Rescaldo da decisão da UEFA

Confirmaram-se os piores receios na decisão da UEFA. E agora?

Agora é tempo de cerrar fileiras até que haja uma resolução final nesta cavalgada fruto da mediocridade e inveja vigentes em Portugal que, como Miguel Sousa Tavares ainda esta semana bem resumiu nos seus artigos d'A Bola, consegue orquestrar uma campanha contra o FCP com uma mão cheia de nada e conseguiu levar a sua avante na primeira instância.

Da SAD peço no imediato que ajam de forma competente, estejam atentos e não se deixem comer por lorpas: o CJ da FPF tem juízes a sério (ao contrário do CD da Liga) e é minimamente isento, mas a pressão e influência do inimigo não é algo de menosprezar. Por favor, não quero voltar a ouvir dizer (por exemplo) que fomos apanhados de surpresa com a comunicação da FPF à UEFA, tendo ficado sentadinhos à espera que a FPF viesse consultar o FCP. Mais: depois de termos feito parte do restrito gupo do G14 durante anos e anos, não quero ouvir dizer que fomos "tramados" na UEFA por influências directas de um clube que na Europa não é, hoje, ninguém.

A médio prazo peço que adoptem uma postura combativa, fiel às origens tripeiras do clube, e não deixem por exemplo que o inimigo coloque anti-portistas primários como bem entender em posições de poder nas instituições do futebol português. Quero um FCP de ataque, não um FCP à defesa como ainda ontem vi Pinto da Costa fazer na televisão. No terreno de jogo, mas também fora dele.

Dos adeptos, peço que estejam serenos mas atentos e realistas, não embarcando em cenários catastróficos e surrealistas, e que saibam retirar as suas ilações de tudo isto. Ponderadamente.

E se formos realmente condenados?

Sejamos condenados ou não (e a possibilidade é bem real), a verdade é que houve demasiados tiros nos pés em todo este processo para que se possa assobiar para o lado e deixar tudo na mesma. Apesar das responsabilidades do inimigo, haverá ilações internas a retirar de tudo isto. Após a poeira assentar, parece-me que haverá funcionário(s) e/ou dirigente(s) da SAD cujo tempo útil terá chegado ao seu término, com o candidato mais óbvio a ser o administrador responsável pela área jurídica, Adelino Caldeira. Mas como disse, para já é tempo de cerrar fileiras e, no que diz respeito à SAD, concentrar-se a 100% no planeamento da próxima época e nas batalhas jurídicas que ainda temos que enfrentar.

No que diz respeito aos cenários catastrofistas, bem pode o inimigo tirar o cavalinho da chuva.

Se não ficarmos de fora da LC, seremos de longe o óbvio candidato à conquista do próximo campeonato; se ficarmos de fora, teremos que vender apenas mais uma jóia do que estava previsto (para colmatar um prejuízo que prevejo de 15 a 20 milhões), sendo fortes candidatos na mesma. Mais: a conquista do penta será certamente uma possibilidade bem concreta na mesma. Ainda mais quando os nossos inimigos se continuarem a preocupar connosco, em vez de aprenderem a gerir o seu clube.

Vender jogadores ao desbarato? Queriam. Como já disse, o prejuízo financeiro será colmatado com a venda de um Quaresma ou um Lucho. Além disso os nossos jogadores têm bastante mercado, e o leilão do mercado assegurar-se-á de que a sair, saem bem pagos.

A médio prazo, é óbvio que mais cedo ou mais tarde o principal alvo de tudo isto, Pinto da Costa, sairá do FCP, até porque já não é uma criança. Mas para horror dos nossos inimigos continuaremos a ser vitoriosos, porque a força do FCP vai bem para além de Pinto da Costa. Também quando Pedroto nos deixou se dizia que íamos voltar ao pré-25 de Abril; passado pouco tempo éramos campeões europeus pela 1a vez...

Concluindo, esta decisão foi uma pequena machadada nas nossas expectativas. Se a condenação se confirmar, será uma machadada maior mas... sem o impacto que os nossos inimigos desejam. O que não mata só nos deixa mais fortes.