segunda-feira, 14 de julho de 2008

E se o FCP não for à CL


Fez-se um enorme silêncio entre os clubes que disputam os lugares na CL. O que tem a legitimidade desportiva para lá estar, e os “vampiros” que aspiram sugar aquele acesso, pela via administrativa. A batalha passou para o campo jurídico e, nessa área, os resultados, por estranho que pareça, ainda são mais difíceis de prever que os da bola.

O FCP está na contingência de não estar presente na CL: a gestão da UEFA neste conflito tem-se manifestado menos escandalosa que a que tem sido levada a cabo pelas instituições nacionais, mas nem por isso muito lúcida e certeira. Por isso, também nas instâncias europeias do futebol, os resultados são imprevisíveis, tanto quanto o enorme poder desta multinacional, porque obriga os seus "filiados" ao cumprimento da justiça segundo os seus mandamentos, quer estejam ou não conforme os preceitos da lei.

Até lá, tudo fala baixinho à espera que lhe saia a sorte grande. É o silêncio que nada tem de inocente e que antecede as grandes tempestades. Entre vencedores e vencidos, a guerra fria vai aquecer e o apaziguamento vai ser complicado. Espero que os dirigentes tenham a clarividência de manter esta batalha, fora da rua.

Dito isto, e no caso do FCP ser impedido de estar na CL é uma grande machadada, mais no ego e na moral do clube, que em termos financeiros e desportivos.
Será? Financeiramente, bom não parece que seja. Resta saber se seríamos capazes de minimizar os estragos.

O FCP nas contas deste exercício apresentará não só o valor das mais valias com as vendas de ZBo e Postiga, mas igualmente de Pepe. Acho que serão suficientes para equilibrar os resultados. Nas contas do exercício de 2006/7, obtivemos de mais valias: 23,5 M€ e tivemos um lucro de 2 M€.

Obviamente, que será muito importante vender Quaresma, se nos for impedido de estar na CL, porque funcionaria como (primeira) almofada pela perda da receita. Mas, esta demora inquieta-me. Será que os interessados estarão a esticar a corda, para ganhar tempo, e comprar mais barato, no caso de sermos afastados da CL? Acho que não devemos vender as jóias ao preço da uva mijona, mas será que os compromissos de curto prazo o permitirão?

foto: Record

Desportivamente, perderemos alguma notoriedade, mas pouco. É muito mais temida essa perda do que vai acontecer na realidade, a não ser que a equipa caia a pique em termos de prestação no terreno do jogo. Isso, sim, seria “dramático”.

É indispensável que os sócios não entrem em debandada e apoiem o clube, e que os jogadores sejam fortemente motivados para ganhar o próximo campeonato. Não podemos entrar em depressão, se o castigo ao FCP for reconfirmado, como não deveremos entrar em euforia se estivermos por direito na CL. Mas um clube e uma equipa deprimidos estarão nas melhores condições para ganhar?

O FCP criou uma dinâmica e um prestígio que o defende destes “pequenos” incidentes de percurso. Vamos continuar a ser visitados por inúmeros observadores e os nossos jogadores continuarão a estar na mira dos principais emblemas estrangeiros. Não acho que seja por não estarmos, eventualmente, na CL que devemos mudar a estratégia. Será?

Quanto à formação do plantel e à mingua de jogadores portugueses, não creio que as culpas possam ser todas imputadas à direcção. Com efeito, as equipas de júniores das principais equipas portuguesas são já constituídas por uma enorme falange de miúdos estrangeiros.


A lei Bosman aconselha a celebração de contratos de longa duração, e a lei Webster de atletas que sejam jovens. E, sendo assim, e uma vez que a formação parece não ser capaz de constituir uma fonte segura de recrutamento para as equipas seniores, então há que ir lá fora, porque se adquire melhor produto e se calhar mais barato. Todos os jovens que nos sacaram, ainda júniores, nenhum deles venceu. Os jogadores que conseguiram fazer carreira no estrangeiro já tinham experiência e tinham tido êxito, ainda que jovens, nas suas equipas de origem.

De qualquer forma, o FCP tem tido uma prática errática na formação, e os dirigentes são “cooptados” por serem amigos e não necessariamente, ao que parece, por serem competentes. Depois de Feliciano, que tinha pouco de pedagogo e era um “duro”, não apareceu ninguém que tivesse tirado tão bons resultados quanto ele.

Temos um programa: Visão 611. É bonito e está bem apresentado. Mas, não acredito. Falta qualquer coisa – não sei bem o quê – que o credibilize. Talvez porque esta construção do futuro que projecta se constrói de palavras e, aparentemente, escamoteia as boas experiências do passado. Talvez porque não determina qual o papel dos dirigentes e que supervisão lhes é remetida. Ou será a ausência de “alma” que se pressente e que tínhamos às carradas no passado?


As chicotadas no FCP apenas têm corrido junto de treinadores e jogadores que não são apreciados ou cujo trabalho não se revelou profícuo. Alguns dirigentes eternizam-se no FCP (e na SAD) sem que se lhes reconheça qualquer mérito. Talvez seja injusta uma afirmação tão radical quanto esta, mas a verdade (pelos sinais a que temos direito) é que temos directores que sem apresentar trabalho (e resultados) se mantêm como se o lugar fosse vitalício e para além do mérito.

Insisto: se não formos à CL não é nenhum drama, mas um desafio tremendo para uma direcção que tem trabalhado sem constrangimentos em função dos êxitos obtidos e que, pela primeira vez, seria confrontada com um duro revés interno e externo. Vamos esperar o melhor, devidamente preparados para o pior. Força Porto.

17 comentários:

José Correia disse...

«Obviamente, que será muito importante vender Quaresma, se nos for impedido de estar na CL, porque funcionaria como (primeira) almofada pela perda da receita. Mas, esta demora inquieta-me. Será que os interessados estarão a esticar a corda, para ganhar tempo, e comprar mais barato, no caso de sermos afastados da CL?»

De facto, não é nada normal no FC Porto anunciar-se uma venda como quase consumada - O JOGO titulou "30 milhões + Pélé" - e depois o "quase" demorar uma eternidade.

A atitude de Quaresma à partida para o estágio na Alemanha (ver foto que ilustra este artigo) foi elucidativa.

José Correia disse...

«o FCP tem tido uma prática errática na formação, e os dirigentes são “cooptados” por serem amigos e não necessariamente, ao que parece, por serem competentes. Depois de Feliciano, que tinha pouco de pedagogo e era um “duro”, não apareceu ninguém que tivesse tirado tão bons resultados quanto ele»

Saiu o Feliciano, saiu o Costa Soares, saiu o Ilidio Vale e a qualidade do "produto" resultante das camadas jovens portistas tem vindo a decair ao longo dos últimos anos.

O projecto 'Visão 611' tem um nome bonito, mas só marketing não chega.

C disse...

A eventual ausência da C.L. teria consequências gravíssimas, não tanto no plano desportivo (onde mais uma vez, com esta política de compras, não chegaríamos longe) mas sim no plano moral e de reputação externa.

Digam-me, com sinceridade, olhámos hoje em dia, para uma Juventus com os mesmos olhos de há 4/5 anos atrás?...

Nelson Carvalho disse...

A não ida à CL obrigaria a SAD a fazer uma inflexão em toda a sua estratégia, que é muito agressiva no mercado de transferências, quer nas vendas (onde faz-se cobrar dos seus jogadores grandes fortunas), quer nas aquisições (onde, por exemplo este ano já investimos quase 20 milhões).

Esta estratégia só funciona e mantem o equilibrio no exercicio operacional da SAD se os 2 factores funcionarem sem sobressaltos. Ora isso pode estar em causa se os nossos jogadores perderem o direito de estar na maior montra do futebol europeu.

Aposta na prata da casa não sido de facto convincente, que facilmente é preterida por qualquer figura mais emergente do futebol sul americano.

Com a bolsa mais apertada, pode ser que a SAD se veja na obrigação de abdicar de alguns vicios preniciosos que foi adquirindo em tempo de vacas gordas.

Nem tudo será mau se ficarmos fora das provas da UEFA.

Unknown disse...

Caros Portistas

Vou colocar este texto que se encontra no JN, elucidativo na minha opinião.

""A razão está do lado do F. C. Porto"
Advogado acredita que recursos de Benfica e Vitória levarão chumbo no TAS
01h05m
almiro ferreira

"A razão está do lado do F. C. Porto" e é nessa convicção que o advogado suíço Antonio Rigozzi acredita que o TAS chumbará os recursos do Benfica e do Guimarães. Amanhã, já se sabe a decisão do tribunal arbitral.

Na observação distante - geográfica e, sobretudo, civilizacional -, o advogado suíço Antonio Rigozzi, que patrocina a defesa do F.C. Porto na UEFA e, agora, também no Tribunal Arbitral de Desporto (TAS), olha para as convulsões da justiça desportiva portuguesa, espanta-se com a intentona jurídica no Conselho de Justiça da Federação e comenta ao JN: "Visto aqui da Suíça, tudo isso que se passou no CJ, aí em Portugal, é incompreensível…".

Seja como for, o causídico helvético estará, hoje, em Lausanne, na audiência do TAS, para argumentar a favor do F.C. Porto, numa exposição elaborada em co-autoria com o compatriota Jorge Ibarrola, outro barra em direito desportivo, que se juntou à causa do clube das Antas. Ibarrola é nem mais nem menos que o ex-conselheiro do TAS (exerceu até Maio de 2007) que julgou e sentenciou um dos casos que fazem jurisprudência favorável aos dragões. Foi este advogado hispano-suíço que arbitrou o "caso Valverde" e que concluiu pela irrectroavidade dos regulamentos da União Ciclista Internacional, que pretendia aplicar, a anteriori, as normas que aprovara já depois de o corredor espanhol ter sido envolvido num escândalo de doping, o "caso Puerto".

O caso do Anderletch

Ibarrola é também contemporâneo de outro acórdão do TAS favorável ao F.C. Porto: em Abril de 2007, o tribunal de Lausanne verificou a irrectroavidade dos regulamentos da UEFA para o caso de corrupção que envolveu o Anderlecht em 1984.

Hoje, do lado de cá da barra, Ibarrola e Rigozzi exporão as razões do F.C. Porto e farão o contraditório aos recursos convergentes do Benfica e do Vitória de Guimarães, que contestam a decisão da UEFA de reintegrar os tricampeões nacionais na Liga dos Campeões e que argumentam, com base nas "decisões" de cinco dos membros do CJ, o trânsito em julgado do processo a Pinto da Costa, pretendendo, nessa presunção, ver os dragões fora do maior torneio de clubes da Europa.

Uma equipa de advogados, reforçada com o ex-conselheiro do TAS, passou a última semana a elaborar uma exposição, para contrariar os argumentos aduzidos pelo recurso "conjunto" do Benfica e do Vitória. Comprometido com as cartilhas deontológicas, Antonio Rigozzi não quis alongar-se em análises a um processo em curso, mas sempre verificou, convictamente, que "a razão está do lado do F.C. Porto".

"Juridicamente - acrescentou -, tudo é possível, mas a razão está do lado do F.C. Porto. Preparámos a nossa exposição, que defenderemos, em Lausanne, e acredito que a decisão do TAS será favorável ao F.C. Porto".

Processo longe da resolução

Seja como for, mesmo que a decisão dos juízes do TAS não lhe seja favorável, mesmo que a UEFA retroceda, Rigozzi deixa escapar, implicitamente, que o processo ficará longe da resolução. O advogado vai observando que há muitas peças soltas e "muitas questões a verificar".

"A aplicação retroactiva do regulamento será só uma dessas questões. É claro que a UEFA não pode aplicar um regulamento de 2007 sobre facto ocorridos ou pretensamente ocorridos em 2004. Isso abriria outro problema", disse Rigozzi, sem especificar o "outro problema".

Embora tacitamente, "maître" Rigozzi não se referiria apenas ao facto de os regulamentos da UEFA, sediada em Nyon, terem de estar conformes à Lei Geral da Confederação Helvética, a qual, na observância de um princípio universal caro a qualquer Estado de direito que se preze, não aplica leis retroactivamente. "Outro problema" aludido pelo advogado será uma referência às eventuais e incalculáveis consequências jurídicas e financeiras que possam derivar do facto de a UEFA não se ter lembrado de aplicar o regulamento, instituído em Janeiro de 2007, à Fiorentina e à Lazio, equipas certificadas, em Junho de 2007, para jogarem a edição 2007/8 da Taça UEFA, como se nada lhes tivesse sucedido no "calcio caos". O mesmo se pode dizer da Juventus, relegada à segunda divisão italiana, por comprovada corrupção de árbitros, e agora regressada, impunemente, à Liga dos Campeões.

E apanhada como foi em evidente duplicidade de critérios - até o próprio Comité de Apelo, mais do que verificar a irrectroavidade do regulamento, apelou a todas as cautelas... -, a UEFA não estará nada interessada em abrir uma caixa de Pandora, de efeitos imprevisíveis, jurídicos, desportivos e económicos. Com repercussões imponderáveis. Lá e cá!"

Rui disse...

Continuo convicto que o Principio da não retroactividade penal vai ser aplicado pelo TAS, e como tal, que vamos à CL este ano.

Depois de isso estar resolvido, acho que o FCP, devia passar ao contra-ataque, e processar esta gente toda que tem enxovalhado o FCP.

A começar pelo Benfica, que ao chamar permanentemente o FCP de corrupto, esta a difamar o Clube, uma vez que fomos acusados de tentativa, e para já, o primeiro processo a ser apreciado na justiça civil foi arquivado pelos motivos que todos bem sabemos.

Mefistófeles disse...

Pois, é que se a irretroactividade não for considerada, e se considere ser requisito de admissão "o estar ou ter estado envolvido em", isso significa que todo e qualquer clube que tenha estado directa ou indirectamente ligado a actos ( ou tentativas )de corrupção JAMAIS poderá ser admitido pela UEFA nas suas competições por ser um requisito de admissão. Absurdo, não ?

Mário Faria disse...

Se a irretroactividade for considerada (na minha santa ignorância, também acho que não pode ser de outra maneira), não se compreende esta novela criada pela UEFA.
Tinham dado um puxão de orelhas (interno) ao Platini, não "incomodavam" o SLB e o VG, não lhes tinham criado falsas expectativas, e os clubes interessados poderiam ter sido geridos - há mais tempo - de acordo com essa realidade.
Os Platinis e essa corja toda, deveriam saber que a indústria do futebol atingiu uma tal dimensão que não admite este tipo de amadorismo e voluntarismo bacoco. Não deveriam (e não deveriam poder) ajuizar em matérias tão delicadas, de forma tão apressada e grosseira, sem colher a devida responsabilização.

Nuno Nunes disse...

Independentemente da ida ou não à próxima edição da Liga dos Campeões, acho que a administração da sad tem de mudar o seu comportamento relativamente aos 2 grandes assuntos abordados neste texto do Mário:
- Começar a arrepiar caminho na reabilitação da imagem do clube, gerindo de forma activa (e não reactiva ou passiva) a sua relação com os inimigos, com a CS, com as instituições hostis, levantando se necessário processos judiciais.
- Começar a arrepiar caminho na formação porque não tarda estamos em 2011 (fim do "Visão 611") e resultados népias.

Mefistófeles disse...

Quando nasceu o "Visão 611" ? Ainda não começou a andar e já lhe querem cortar as pernas ?
Roma e Pavia não se fizeram num dia...

Zé Luís disse...

Caro Mário, pelas reacções de "optimismo" dos adversários ontem à saída do TAS, não vejo razão para o seu pessimismo...

José Correia disse...

Quando nasceu o "Visão 611"?

Caro mefistófeles, o projecto 'Visão 611' teve início em 2006 (há dois anos atrás).

O 611 resulta de ser um projecto com início em 2006 e fim em 2011.

José Correia disse...

O Zé Luis tem razão. As declarações à saída do representante do SLB são uma derrota anunciada.


«O Tribunal Arbitral do Desporto ouviu ontem, durante cerca de sete horas, as alegações de Benfica, Guimarães, UEFA e FC Porto, para analisar o recurso interposto pelos dois primeiros contra a decisão de manter o campeão português na Liga dos Campeões 2007/08. No final, os comentários de Paulo Gonçalves, assessor jurídico do Benfica, indiciavam uma reunião mais agradável para os dragões, mas só hoje o TAS dará a conhecer a sua decisão.

"A UEFA navega contra os próprios estatutos", foi o comentário feito por Paulo Gonçalves à TVI. "Chegámos aqui, porque a UEFA quis esperar pelas decisões do Conselho de Justiça. Agora, a UEFA alega que essas decisões não são definitivas e que o FC Porto ainda pode recorrer para os tribunais administrativos."

Dez elementos representando o FC Porto, entre advogados e administradores da SAD, dois do Benfica e outros dois do Guimarães estiveram na sede do TAS. Nâo houve declarações da delegação portista nem à entrada nem à saída.Gonçalo Lobo, pelo Guimarães, mostrou-se "optimista".»
in O JOGO, 15/07/2008

Mefistófeles disse...

Pois, José Correia, por isso mesmo me parece prematuro "matar" o 611. Estamos em 2008. Não temos garantias que seja um projecto fracassado. Ou temos ?

José Correia disse...

Caro mefistófeles, estou de acordo que é prematuro "matar" o projecto Visão 611. Eu ainda acredito que pode dar frutos.

Contudo, não me parece que esses "frutos" possam aparecer se não houver uma aposta séria em, pelo menos, alguns dos jovens jogadores portugueses, algo que, na minha opinião, não tem acontecido.

Mefistófeles disse...

IN JN Online, 9h33:
"O F. C. Porto vai à Liga dos Campeões. A notícia, avançada pela SIC, diz que a decisão do Tribunal Arbitral do Desporto é favorável aos dragões.

O Tribunal Arbitral do Desporto (TAS) pronuncia-se, às 10.30 horas, sobre os recursos do Benfica e do Vitória de Guimarães contra a decisão da Comissão de Apelo da UEFA em readmitir o F. C. Porto na Liga dos Campeões em futebol. Segundo a SIC, a decisão é favorável aos dragões."

José Correia disse...

Quem esteve presente ontem na reunião do TAS?

«Para trás ficou uma maratona que começou às 13 horas portuguesas (mais uma na Suíça), e que se arrastou até ao início da noite, numa sala repleta. Pelo FC Porto, além do administrador da SAD, Adelino Caldeira, estiveram presentes os advogados Daniel Pereira, Gonçalo Almeida, Antonio Rigozzi e Jorge Ibarrola; a representar o Benfica esteve Paulo Gonçalves e Giampaolo Montaneri; e pelo V. Guimarães marcaram presença João Martins, Gonçalo Gama Lobo e o grego Constantinos Zambeguis.

As testemunhas indicadas pelo FC Porto, Cordeiro Tavares e Mota da Costa, foram os primeiros a abandonar o tribunal, escusando-se a tecer quaisquer considerações. Foi então que começaram as alegações. Uma etapa que se pensava pudesse demorar menos de uma hora, mas que se estendeu quase pelo triplo do tempo.»

in Record