A aposta na contratação de jogadores internacionais de outros países é, na minha opinião, correcta, contudo acarreta riscos.
No caso dos internacionais sul-americanos, para além do risco de lesões, há também o enorme desgaste relacionado com as N viagens intercontinentais que eles têm que fazer.
Eu não sou especialista em metodologias de treino, mas este aspecto deve ser algo que tem um impacto significativo no rendimento dos jogadores ao longo de uma época.
E compensará mesmo contratar jogadores de outros continentes que joguem regularmente nas suas selecções? Seria interessante que algum estudioso fizesse a análise do "custo-rendimento" destes atletas, comparativamente com outros que não sejam titulares das suas selecções... A FIFA e a UEFA estão sempre a aumentar o número de jogos das competições que organizam, o que é compreensível face às receitas que obtêm sem ter que se preocupar com contratos e renegociações de contratos, pagamentos de ordenados, etc... Penso que esta lógica das "selecções" não encaixa mesmo nada bem no actual estado do futebol profissional... Espanta-me é a passividade dos clubes. Em tempos ainda ameaçaram com a constituição duma liga europeia fora da alçada da FIFA e da UEFA. Pensei que as coisas iam mudar mas, afinal, acabaram por recuar... Seria interessante ver os principais clubes europeus fazer um acordo de forma a que nenhum deles contratasse jogadores internacionais... Ou me engano muito ou as vedetas todas correriam a imitar o Figo quando resolveu abandonar a selecção para se dedicar a 100% ao Real Madrid...
Aí está uma optima matéria para análise e de uma forma simplista, teho para mim que o desgaste desta gente é enorme e prejudicial para os Clubes. Basta ver como ficamos se em férias fazemos viagens intercontinentais. Agora acrescente-se os treinos e os jogos... Há que repensar isto, realmente.
Que me desculpem, mas quando penso no Arsenal-FC Porto, onde no Arsenal jogou UM jogador inglês, pergunto: quantos jogos e deslocações têm os jogadores daquela equipa nas pernas ? E correm assim porquê ? Drogas ? Não creio, tão só um patamar desportivo e competitivo diferente. Estamos mal habituados e somos é pouco exigentes !
Mefistófeles disse: «Que me desculpem, mas quando penso no Arsenal-FC Porto, onde no Arsenal jogou UM jogador inglês, pergunto: quantos jogos e deslocações têm os jogadores daquela equipa nas pernas?»
Certo, mas o que estava aqui em causa era outra coisa.
Qual o impacto de várias viagens intercontinentais no organismo e consequente rendimento desportivo de um jogador de futebol?
Estamos a falar de viagens de 8 ou 9 horas de avião (muitas delas com escalas) e de vários fusos horários de diferença.
6 comentários:
A aposta na contratação de jogadores internacionais de outros países é, na minha opinião, correcta, contudo acarreta riscos.
No caso dos internacionais sul-americanos, para além do risco de lesões, há também o enorme desgaste relacionado com as N viagens intercontinentais que eles têm que fazer.
Eu não sou especialista em metodologias de treino, mas este aspecto deve ser algo que tem um impacto significativo no rendimento dos jogadores ao longo de uma época.
Inevitável, meu caro. Infelizmente, inevitável.
Para todos, para todos.
E compensará mesmo contratar jogadores de outros continentes que joguem regularmente nas suas selecções?
Seria interessante que algum estudioso fizesse a análise do "custo-rendimento" destes atletas, comparativamente com outros que não sejam titulares das suas selecções...
A FIFA e a UEFA estão sempre a aumentar o número de jogos das competições que organizam, o que é compreensível face às receitas que obtêm sem ter que se preocupar com contratos e renegociações de contratos, pagamentos de ordenados, etc...
Penso que esta lógica das "selecções" não encaixa mesmo nada bem no actual estado do futebol profissional...
Espanta-me é a passividade dos clubes. Em tempos ainda ameaçaram com a constituição duma liga europeia fora da alçada da FIFA e da UEFA. Pensei que as coisas iam mudar mas, afinal, acabaram por recuar...
Seria interessante ver os principais clubes europeus fazer um acordo de forma a que nenhum deles contratasse jogadores internacionais... Ou me engano muito ou as vedetas todas correriam a imitar o Figo quando resolveu abandonar a selecção para se dedicar a 100% ao Real Madrid...
Aí está uma optima matéria para análise e de uma forma simplista, teho para mim que o desgaste desta gente é enorme e prejudicial para os Clubes.
Basta ver como ficamos se em férias fazemos viagens intercontinentais.
Agora acrescente-se os treinos e os jogos...
Há que repensar isto, realmente.
Que me desculpem, mas quando penso no Arsenal-FC Porto, onde no Arsenal jogou UM jogador inglês, pergunto: quantos jogos e deslocações têm os jogadores daquela equipa nas pernas ? E correm assim porquê ? Drogas ? Não creio, tão só um patamar desportivo e competitivo diferente. Estamos mal habituados e somos é pouco exigentes !
Mefistófeles disse: «Que me desculpem, mas quando penso no Arsenal-FC Porto, onde no Arsenal jogou UM jogador inglês, pergunto: quantos jogos e deslocações têm os jogadores daquela equipa nas pernas?»
Certo, mas o que estava aqui em causa era outra coisa.
Qual o impacto de várias viagens intercontinentais no organismo e consequente rendimento desportivo de um jogador de futebol?
Estamos a falar de viagens de 8 ou 9 horas de avião (muitas delas com escalas) e de vários fusos horários de diferença.
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