domingo, 22 de março de 2009
Lucílio presta singela homenagem a Calabote
Hoje, 22 de Março de 2009, completam-se 50 anos do célebre jogo Benfica-CUF arbitrado por Inocêncio Calabote, o árbitro que não conseguiu fazer do Benfica campeão apesar de ter feito todos os possíveis para que isso acontecesse. O outro obstáculo que acabou por se revelar intransponível foi o FC Porto que conseguiu vencer o seu jogo em Torres Vedras com três golos marcados que lhe permitiu sagrar-se Campeão Nacional 1958/1959 por desempate através de goal-average. Todo este episódio pode ser consultado aqui, no Reflexão Portista, devido ao excelente trabalho desenvolvido por José Correia.
O SLB (Sr. Lucílio Baptista) não ficou indiferente à comemoração dos 50 anos do episódio Calabote e, também ele, à sua maneira, quis participar na festa através de uma arbitragem tão ao seu jeito, na Final da Taça da Liga, marcando um penalty inexistente contra o Sporting que deu o empate ao Clube do Regime e lhe permitiu chegar à lotaria dos penalties para aí vencer o troféu. E assim se vê que passados 50 anos o SLB continua a vencer títulos com a ajuda dos árbitros. Foi uma bonita e singela homenagem de Lucílio ao seu grande inspirador na carreira na arbitragem, o lendário Inocêncio Calabote.
A análise do lance no Tribunal de OJOGO
“É bem assinalado o penalty que resulta no empate e provoca a expulsão de Pedro Silva?”
Jorge Coroado: “O penalty não teve razão de ser. O jogador utilizou o peito e não o braço. Equívoco grave com influência no resultado. Árbitro e árbitro-assistente deveriam ter-se entendido”.
Rosa Santos: “Não. A bola bate no peito do jogador do Sporting e é uma má decisão. Como tal, a expulsão também é errada, pelo que o Sporting foi duplamente penalizado”.
António Rola: “Pedro Silva jogou a bola com o peito, sem cometer qualquer infracção. Muito mal o assistente ao dar indicação para penalty, e mal o árbitro ao aceitá-la, pois cabia-lhe o último julgamento. Erro grave com influência no resultado”.
Já tive a oportunidade de denunciar aqui que esta competição não passa de uma enorme Farsa alimentada pelo “cola cartazes” Hermínio Loureiro e seus acólitos. Durante a competição muitos foram os exemplos de arbitragens miseráveis, tendenciosas, que alteraram a verdade desportiva ao longo da fase de grupos. Vimo-lo nos jogos Rio Ave x Sporting em que o clube lisboeta obteve o golo da vitória em claro fora-de-jogo e no Benfica x Belenenses em que o Bruno Paixão anulou um golo limpo ao Belenenses depois de já ter ignorado um penalty contra o Benfica. Este derby lisboeta foi um jogo escandaloso. Bruno Paixão (Lucílio não é caso único) continua a apitar jogos nas competições profissionais depois de anos e anos de péssimas e dolosas arbitragens. O FC Porto foi eliminado em Alvalade, depois de estar a vencer por 1-0, quando Carlos Xistra inventou 2 (dois!) penalties para o Sporting virar o resultado do jogo. Tenho muitas dúvidas que sem essa dádiva os sportinguistas, desorientados, conseguissem sequer empatar o jogo. E assim chegaram Sporting e Benfica à final.
O objectivo de Liga e Sponsor televisivo era claro: conseguir uma final entre os clubes da 2ª Circular para assim exultarem com “o verdadeiro clássico dos clássicos” como foi possível assistir à cansativa publicidade na comunicação social nos últimos dias. Com as arbitragens declaradamente tendenciosas a favor dos clubes de Lisboa, os estádios vazios, os erros na elaboração do regulamento e o resultado da Final gravemente influenciado pelo árbitro é caso para dizer com toda a certeza que esta competição foi uma Farsa. Só é pena que os patrocinadores, em particular a Carlsberg e a Unicer, não se tenham dado conta que não deviam ter financiado uma nova competição de uma instituição dirigida por miseráveis e incompetentes.
O Sporting acabou por pagar na Final o facto de ter sido conivente (e beneficiado) durante anos e anos com as arbitragens de Lucílio ‘Calabote’ Baptista, principalmente nos jogos em que defrontou o FC Porto. Talvez (ou provavelmente talvez não!) os calimeros consigam tirar daqui algumas lições do que não devem repetir no futuro. E talvez agora entendam que foram (e são) bastante prejudicados pelo Apito Encarnado, que continua a ser a mais efectiva e poderosa teia de interesses (transversal a Polícia, Ministério Público, Clubes, Árbitros e Comunicação Social) no futebol português.
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8 comentários:
Destaco as palavras do Reyes: "A verdade é que não interessa como ganhamos. De penálti, de canto, de falta, o importante é ganhar. Se foi (grande penalidade), se não foi, sinceramente não sei. Mas o importante é que ganhámos e há alegria no balneário". Mas... e o presidente do SLB como fica? Tem de retirar muito do que disse, e deixar de contestar as vitórias do FCP. Porque, pelos vistos, não interessa se há roubo, corrupção, etc., o que importa é ganhar. É miserável esta atitude, e é aqui que se vê a grandeza das pessoas e das instituições. Não me surpreende, vindo de onde e de quem vem. Se alguém ainda tinha algum respeito por essa instituição e acreditava que as tretas da verdade desportiva que por ali se papagueiam eram honestas, espero que abra os olhos.
Espero que estas situações – que de facto insistem em repetir-se, parafraseando o Paulo Bento e concordando em absoluto: "Afinal vale a pena rejeitar uns e pedir outros. Não sou desse filme. Sou feito de outra massa." – não se repitam no campeonato, para pelo menos o SCP ter hipótese de cumprir o seu papel.
Nunca me calarei porque basta ter dois dedos de testa para ver o que se passa.
Há quem tenha fama e quem tenha proveito.
Acabei de ver a entrevista do Lucílio à SIC, em que ele tentou explicar o inexplicável. Segundo o árbitro, o liner que acompanhava o ataque do slb disse que não viu nada. O liner do lado oposto, que estaria a pelo menos 50 metros e a ver o lance de trás disse que era penalti. Muito esclarecedor sem dúvida.
A única coisa positiva da entrevista foi saber que só vamos comer com o SLB durante mais um ano até que ele pendure as botas.
Sinceramente não sei se é importante destacarmos a arbitragem de um jogo que não nos diz nada, reamente foi uma roubalheira, mas, foi o mesmo Lucílio que em 2002/03 em alvalade nos roubou 4 penaltis... e ficando o Benfica com mais um troféu oferecido como tantos outros, os ecos da revolta acabam sempre por vir ter ao F.C. Porto. O Paulo Bento aprovetou a indignação para invocar o golo de mão que, pelas palavras dele, decidiram o campeonato de 2006/07... esquece-se da derrota do F.C. Porto em Leiria concerteza... Por isso acho que eles que se entandam até porque durante decadas os resultados viciados tinham como intervenientes o Benfica e o Sporting...
Enfim, não tenho pena nenhuma, nem do Sporting, nem do Caceteiro Silva. Ao fim e ao cabo, o Sporting, como sempre, passou o jogo a fazer anti-jogo.
Parabéns pelo artigo. Subscrevo inteiramente.
Mas os calimeros não vão abrir a pestana.
«Pedro Silva arriscaria até quatro jogos de suspensão e uma multa até cinco mil euros, caso Lucílio Baptista tivesse registado no seu relatório de jogo a peitada que o defesa brasileiro lhe fez, de forma violenta e acompanhada de protestos, após ter sido expulso, por acumulação de amarelos.
Mas parece que, afinal, isso não vai acontecer. É que ontem, na entrevista que deu à SIC, o árbitro da final da Taça da Liga disse não ter valorizado esse gesto do defesa brasileiro: "Não me apercebi da gravidade desta situação no terreno de jogo", assegurou, confirmando, em seguida, não ter referido o facto no relatório que é feito e enviado à Comissão de Disciplina (CD) logo após o final do encontro.
Recorde-se que na temporada passada aconteceu uma situação semelhante que, contudo, valeu a Derlei três jogos de suspensão e uma multa de 1750 euros. Na deslocação do Sporting a Leiria, o avançado brasileiro exaltou-se e deu um encosto a Carlos Xistra, após ter visto cartão vermelho, tendo sido castigado por "práticas de gestos ameaçadores" e "injúrias e ofensas à reputação da equipa de arbitragem", conforme os artigos 125 e 126 do regulamento.»
in O JOGO, 23/03/2009
«Não sei se alguma vez tentou dedilhar uma guitarra ou soprar num trompete mas tenho uma convicção: Lucílio Baptista tem mais jeito para a música do que para árbitro.
A arbitragem da final da Carlsberg Cup é o exemplo-zénite de como um cidadão em perfeito juízo deve suspirar para que passe rapidamente o ano e pico que falta ao senhor para abandonar a actividade…
A música é, de facto, uma área de menor prejuízo para terceiros à qual Lucílio Baptista se deve dedicar. A sério.
Lucílio Baptista mostrou dotes para vários instrumentos no "day after" da barracada que cometeu no Algarve.
Contactado pela jornalista de O JOGO Ana Proença, ao começo da tarde, para se pronunciar sobre os factos polémicos do Sporting-Benfica, teve o condão de tratar educadamente uma senhora mas negando o que a SIC já anunciara: que iria falar nos próximos dias. Pois. Não era uma questão de dias. Mas de horas. Esquivou-se. E após a "finta", aconselhado pelas melhores técnicas da comunicação, optou por formatar uma resposta à Agência Lusa, anunciada para difusão às 20h30 e… não mais voltou a atender a jornalista. É de músico! Como de músico foi o surgimento posterior na SIC Notícias a reafirmar o que já dissera pelo canal conveniente mas, agora, com a vantagem de o "espelho da moda" em que se transformou a televisão lhe encher o ego! E hoje há mais: no TVI24 - fica o anúncio para ver se ele rebenta de vaidade!
Um comportamento assim tem classificação? Tem. E o leitor sabe qual. Mesmo que se sinta muito sensibilizado com o acto de contrição, o erro assumido - mas já não reversível - e com a lengalenga do costume. Lucílio no seu melhor, agora a soar a música celestial.
Que fique claro: Lucílio tem todo o direito de falar para quem quer. Não pode é arrogar-se o direito de nos achar a todos parvos. Mesmo que durante mais uns tempos o futebol esteja sujeito a que faça (mais algumas) das suas.»
Fernando Santos
in O JOGO, 23/03/2009
Só lamento uma coisa nesta final da Vergonha, no estádio da Vergonha e com as habituais personagens da Vergonha:
não ter ali descambado uma guerra civil, um linchamento público, very-lights a voar d'um lado pró outro, pancadaria de criar bicho, encornados d'um lado, calimeros do outro, o badocha do Herminio lá no meio, etc etc... isso sim, teria sido uma final e pêras.
não foi, e como não foi, foi o costume... o Calabote do costume que em cada 10 jogos, 9 são de escandaleira, mas pelos vistos, continua a ser o maior para o «sistema»... os defensores da verdade desportiva, mas só a que lhes convém e interessa, sempre levados ao colinho... e por fim, os calimeros de sempre que falam, falam, falam, mas não fazem nada, senão, vitimizar-se a si próprio.
Tudo normal...
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