Na semana passada, o Barcelona apurou-se para a final da Liga dos Campeões. Frente a frente estiveram dois estilos de jogo completamente opostos. De um lado, o futebol da procura do golo do Barcelona de Guardiola e do outro, o futebol sem riscos do Chelsea de Hiddink. Mas infelizmente não se tratou apenas de dois estilos de futebol opostos. O futebol praticado pelo Chelsea é no mínimo preocupante para a modalidade. Uma equipa milionária com Drogbas, Anelkas, Ballacks e Lampards, entre outros, a jogar com o único objectivo de anular a ofensiva adversária (o Chelsea teve 35% de posse bola em toda a eliminatória) é uma ideia assustadora, mas foi assim durante os 90 minutos em Camp Nou e muitos dos minutos em Stamford Bridge. O que dizer quando as equipas com maior capacidade financeira e desportiva, e que deveriam ser as primeiras a promover o futebol, são as que praticam um jogo aborrecido e sem correr qualquer risco.
O Barcelona tinha assim mais um apoiante para o jogo da 2ª mão. Acima de tudo, eu queria que o futebol dos catalães vencesse o futebol dos ingleses, numa espécie de “bons” contra os “maus”. Mas infelizmente a UEFA já tinha feito as suas contas e verificado que não era nada bom voltar a ter uma final com as mesmas equipas e do mesmo país. O público neutro preferia o Barcelona, motivado pelos duelos Man. United versus Barça, Ronaldo versus Messi.
E ganhou o Barcelona, mas da pior maneira. O árbitro teve uma enorme influência no resultado. Teve péssimas decisões para ambos os lados, mas mais para o lado inglês e aquela falta de Daniel Alves sobre Malouda aos 25 minutos deixa muitas dúvidas. O árbitro vê a falta e não vê que ambos estavam já dentro da área? Prontamente apontou para a linha da área, como quem quer evitar o penalti e a morte da eliminatória. No final nem acho que o Barcelona tenha vencido a eliminatória de forma injusta. Estatisticamente foram superiores nos dois jogos (remates, cantos, posse de bola), mesmo que na 2ª mão tivessem menos inspirados. O Chelsea acabou por parecer superior em Londres e mesmo com as decisões contrárias do árbitro, teve mais uma ou outra oportunidade flagrante para matar o jogo. O que me custou foi ver o Barcelona vencer por entre muitas situações duvidosas e uma arbitragem que cheirou muito a arranjinho. Caros senhores da UEFA, eu gostaria que o futebol espectáculo superasse o futebol defensivo, mas assim não, obrigado.
fotos: uefa.com
3 comentários:
Comparado com o "Sistema" da UEFA, o "Sisteminha" português é uma brincadeira de crianças.
Há duas arbitragens que eu nunca mais esqueci:
1) A vergonhosa actuação de Adolf Prokop (árbitro da ex-RDA), no Juventus x FC Porto da final da Taça das Taças de 1984.
A equipa do "impoluto" Platini levou a taça e, no final, o falecido Zé Beto perdeu a cabeça e agrediu um dos fiscais-de-linha do senhor Prokop.
Nota: Uns anos antes, em 1978, já o mesmo Prokop tinha sido agredido por Juanito, o que lhe valeu uma suspensão de dois anos de jogos nas competições europeias.
2) A do escocês Hugh Dallas num Bayern Munique x FC Porto dos quartos-de-final da LC 1999/2000. A roubalheira foi de tal modo, que até o sempre calmo e low profile Fernando Santos foi punido pela UEFA, por ter dito que aquela eliminatória tinha sido entregue ao Bayern.
foi realmente 1a arbitragem desastrada..mas com erros para ambos lados
ja q estamos n1a de tesourinhos deprimentes:
e aquele jogo em barcelona q 1 sr arbitro grande e careca nos ASSALTOU e q acabamos por perder 2-0.Ca ganhamos 3-1(eu estava nas antas) mas de nada serviu.
ja fomos tao roubadinhos q nem e bom pensar.
esse platini e 1 PALHAÇO
Ó Zé, dizes o seguinte:
"O que me custou foi ver o Barcelona vencer por entre muitas situações duvidosas e uma arbitragem que cheirou muito a arranjinho."
Um arranjinho que expulsa um jogador do Barcelona a 25 minutos do fim e que só deu "resultado" devido a um golo fortuíto aos 93 min é uma merda de um arranjinho.
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