quinta-feira, 16 de julho de 2009

O Adepto Bairrista e o Adepto da "Marca"


1. Quando, na Final da Taça de Portugal da última época, as equipas subiram ao relvado, cerca de 10.000 espectadores equipavam de amarelo, a cor do Paços de Ferreira, o nosso adversário naquela partida. De onde vinha tanta gente? De Monção? De Miranda do Douro? De Vila Real de Santo António? A questão parece descabida e a resposta é evidente: mas, claro que vinham de Paços de Ferreira!

E qual a razão pela qual esses adeptos do Paços viriam todos da sua terra? Bolas, mais uma pergunta estúpida! Será assim tão estúpida? Experimente-se então perguntar agora de onde vinham os cerca de 25.000 portistas presentes no Jamor. Sem dúvida que a maioria viria do Grande Porto mas, com a Final nos arredores de Lisboa, decerto muito portista da capital ali estaria presente.

2. Há uns 10 anos fiquei meio estupefacto quando, seguindo pela televisão um jogo do FC Porto em Faro, reparei num cartaz que dizia “Dragões de Olhão”. Foi aí que comecei a reparar no crescente fenómeno dos portistas da “província”, para roubar um termo tão caro ao vocabulário lisboeta. O F.C.P. parecia estar também a ser acometido por um fenómeno que há muito existia em Benfica e Sporting. Todos nós conhecemos (de “ginjeira”, diria eu) os famigerados benfiquistas do Norte, particularmente do Minho e dos desertos futebolísticos do planalto transmontano, aliás a espécie mais aferroada de vermelhuscos. A incidência do lagartus nortensis vulgaris (Linnaeus) é muito menor, estando a espécie claramente em vias de extinção, provavelmente sendo até já uma espécie protegida (não está ainda determinado o impacto do CO2 de origem humana na rápida diminuição desta espécie zoológica).

3. A origem dos fenómenos citados em 2. está nos períodos de êxito, mais ou menos alargados, de cada um dos clubes. O portuense médio, adepto do F.C. Porto, tê-lo-ia também sido mesmo que o seu clube não tivesse atingido o fulgor dos últimos 25 a 30 anos. O mesmo se diga do bom lisboeta adepto do Benfica ou do Sporting em relação aos períodos dourados daqueles emblemas. Mas o êxito dos três clubes fez transbordar a respectiva massa adepta para fora do seu habitat natural. De hoje em dia já há, pelos vistos, mais portistas que belenenses em Lisboa. E o número de benfiquistas assumidos terá de novo aumentado na Invicta com o naufrágio do Boavista, embarcação onde muitos deles se tinham refugiado e da qual eram bem capazes de constituir a maioria da tripulação (possível explicação para o escasso amor clubista recentemente revelado por aquelas bandas).

4. Temos assim, e para nos centrarmos agora no F.C. Porto, duas espécies relevantes e distintas de adeptos: o adepto bairrista e o adepto a que poderia chamar-se “da marca” (nestes últimos não incluo, obviamente, os lisboetas com raízes no Porto ou no Norte, eles também adeptos bairristas em sentido lato). Este fenómeno vem tornar obsoletas, pelo menos no campo futebolístico, as proclamações contra os “mouros” e os gritos de “nós só queremos Lisboa a arder”, pois do outro lado da porta de Martim Moniz pode estar um “mouro” de cachecol azul-branco ao pescoço. Mas se o alargamento da base de adeptos só pode ser bem-vindo (e já haverá mais portistas que sportinguistas no país inteiro) já os assomos de alguns desses adeptos da marca se tornam, aos olhos dos portistas de sempre e de todas as estações, por vezes incomodativos. É que isto de ouvir “lições de portismo”, ou até de moral, de correligionários recém-convertidos não cai mesmo nada bem. É que muita dessa gente, como diria um amigo meu, se tivesse nascido vinte anos mais cedo, seria possivelmente adepta do Benfica ou do Sporting, e o portista bairrista acha que não tem de aturar esses “entusiasmos”. Essa é, contudo a atitude típica de todos os recém-convertidos: regra geral, a sua militância é mais radical. Mas o “núcleo duro” do F.C. Porto, aquele de onde o clube nasceu, onde sempre foi buscar os seus dirigentes, só pode ser o dos adeptos bairristas. Sem estes, o clube não existiria; com os outros, tornou-se apenas maior. Tornou-se também melhor?

37 comentários:

nobigdeal disse...

.
"desertos futebolísticos do planalto transmontano, aliás a espécie mais aferroada de vermelhuscos"

meu caro, papalvos existem em todo o lado, inclusivamente na "sua" cidade do Porto.

é por causa de portuenses como o sr. q eu digo sempre que sou PORTISTA mas não portuense.

já agora, parolos por parolos deixe que lhe diga, não sei se prefiro os de Lisboa se os do Porto.

melhores cumps. :)

Anónimo disse...

Obrigado por ter lido o artigo.

Eu não chamei parolo nem papalvo a ninguém e essa sua interpretação não é legítima.

Gostar do FCP e não gostar da cidade do Porto são, no meu entender, duas coisas incompatíveis. Eu sou bairrista.

jdm.dragão.lisboeta disse...

Pois é, o País já tem uma malha de portistas significativa e mais crescerá.
Aqui, em Lisboa, também somos muitos. Desde há anos que crescemos continuamente.

Um café aqui do bairro onde moro e que frequento expõe estrategicamente, logo quando se entra, os cachecóis do TRI e do TETRA, e numa prateleira atrás do balcão principal as garrafas de espumante (vazias) desses dois feitos recentes, mais alguns troféus do Dragão.

Era o que falta o "meu" café só ter símbolos da segunda circular...

Já agora deixem-me confessar que com os anos (nasci na década de 50) estou mais "radical" na defesa do FCPORTO e no "ataque-resposta" aos nossos "queridos inimigos". É que a gente também se farta de tanta vilanagem desde os "roubos" à vista, como que legais dada pouca vergonha cúmplice de várias pessoas/entidades que apoiam os arrogantes do costume e de muitos media da treta, que sem deontologia e sentido de isenção, tanto quanto possível, dizem, falam e mostram nada, excepto os habituais...

Sou nascido em Lisboa por razões circunstanciais, mas como costumo dizer, graças a Deus fui gerado em Matosinhos com genes minhotos e beirões. Regressei a terras de Leixões, clube de que também gosto, (leixões, os tais "penedos" marítimos que dão nome ao clube que pescadores e tostões dos cabazes de sardinha ajudaram a crescer), mas dizia, regressei ao Norte com 18 dias (sim, dias), e aí vivi regularmente até aos meus 18 anos finalizando o liceu.

A vida académica e profissional fixou-me em Lisboa, com passsagem alguns anos por terras do Oriente, e permitiu-me viajar, consolidando ainda mais o sentimento de ser portista.

Claro, as raízes estavam cá na maneira de ser e de estar. Desde muito novo que era assíduo das Antas (também frequentei algumas vezes o velho campo de Santana e o então novo Estádio do Mar). Sócio efectivo há bastantes anos, e também da delegação de Lisboa, vou muitas vezes ao longo do ano ao Dragão fazendo os tais 600 km, e sempre que posso e a vida profissional mo permite acompanho o FCPORTO dentro e fora do País.

Como estou quase de partida para umas férias algarvias sempre poderei matar saudades e colorir mais a estadia com os jogos do FCPORTO, já no dia 23 em Albufeira e depois, dando uns saltinhos a Espanha, para os da Peace Cup.

Somos muitos, sem ser os milhões da treta encarnada, cada vez mais e com muitos jovens para garantir o futuro militante deste grande símbolo desportivo e social de Portugal que se chama FCPORTO.

E já agora, acredito que este ano vamos ter novo PENTA.

nobigdeal disse...

"Gostar do FCP e não gostar da cidade do Porto são, no meu entender, duas coisas incompatíveis."

olhe que com isso está a escorraçar muitos e bons portistas.

digo-lhe ainda mais, segundo parece o sr. é portuense (é bairrista). assim sendo, qual a dificuldade ou admiração em que o sr. seja também portista?

confesso-lhe que tenho mais admiração por quem, não sendo portuense, desde pequeno (ou mesmo mais tarde) aprendeu a gostar do FCPORTO e do que ele significa no desporto (e não só) nacional.

embora não goste de o fazer, vou abrir uma excepção e contar-lhe o meu caso pessoal:

tendo vindo para Portugal (não para o Porto) com 13 anos de idade, o futebol português dizia-me muito pouco. mas claro que nas futeboladas com os amigos que entretanto criei tinha que fazer uma opção clubística. era tudo dos outros dois clubes (sem desprimor para os restantes) e eu optei pelo que me pareceu melhor (o nosso clube nessa altura não ganhava nada e nunca gostei de torcer pelos mais fortes, foi portanto uma opção político/desportiva).

por não ser portuense e não achar a cidade do Porto particularmente "especial" em relação às restantes cidades, serei menos portista que o sr. que, afinal, nascido no Porto, parece que não tinha outra opção?

cumps. :)

p.s. admito que a minha interpretação do seu artigo possa ter sido excessiva, mas como transmontano (a viver no Porto, já agora), senti-me um pouco ofendido.

Jorge disse...

"lagartus nortensis vulgaris"...ora lá está um bom tema para abrir uma conversa com os meus amigos sportinguistas aqui do Porto :)

Anónimo disse...

Caro "nobig deal",

Porventura por defeito meu algumas das coisas que eu escrevi não foram por si bem interpretadas. O seu caso (transmontano) de portista é para mim naturalíssimo, visto ser do Norte. Eu não estranho ver portistas no Minho, no Alto Douro ou em Trás-os-Montes, assim como não estranho ver benfiquistas no Alentejo ou no Algarve. Acho natural os nortenhos serem portistas (mesmo sem serem tripeiros) e os do sul serem benfiquistas ou sportinguistas.

Outra coisa: quando eu digo que gostar do FCP e não gostar da cidade do Porto são coisas incompatíveis eu não estou a escorraçar ninguém (quem sou eu para o fazer?); apenas expresso o meu ponto de vista e , decerto, o de muitos tripeiros, cujo amor ao FCP tem origem, precisamente, no amor que têm à cidade que os viu nascer. Admito que, para os de fora,isto possa parecer exclusivo, mas não é essa a intenção.

E, já agora, não acredito que o meu amigo, vivendo no Porto, não tenha ao menos um fraquinho pela cidade?

Também não é verdade que eu,sendo portuense, não tinha outra hipótese além de ser portista, pois há na cidade mais os seguintes clubes: Boavista, Salgueiros, Pasteleira, Ramaldense, Foz, Desporivo de Portugal e Sport Progresso.

Os meus cumprimentos

eduardo disse...

Alexandre Burmester saúda o alargamento geográfico da base de adeptos do FC Porto, mas lembra, para quem duvide, que na família azul-e-branca há os portistas de primeira (os “de todas as estações”) e os portistas de segunda (os “outros”). O simples facto de terem raízes na cidade do Porto confere aos portistas de primeira maior legitimidade e, por isso, não admitem lições de ninguém. Burmester duvida também que os portistas de segunda tenham contribuído com algo de positivo que torne o FC Porto não apenas um clube maior mas também melhor.

Quando fala dos portistas de primeira (“os de sempre”), A. Burmester está a referir-se à “massa assobiativa” sempre presente no Dragão? Aos portistas que, para vergonha do FC Porto, causam desacatos aquando das deslocações das equipas? Aos adeptos que rasgam o cartão de sócio ao menor desaire ou aos portistas que insultam e agridem jogadores, treinadores e dirigentes?

Nuno Leal disse...

Como leitor assíduo deste blog, que considero um dos melhores no panorama portista, e sobretudo como portista não portuense, nascido em Coimbra, residente até aos 18 anos na Marinha Grande e desde aí lisboeta por adopção universitária, laboral e familiar (aqui casei), não resisto a tecer algumas considerações.

Tenho 31 anos (nascido em 77) e sou portista desde pequenino, porque sempre me identifiquei com a cidade do Porto, o azul e branco, com alguns jogadores, era fã do Gomes, do Oliveira, e depois, muito do Futre (tinha 8, 10 aninhos). Não tinha ninguém na família adepto do nosso clube, pai sportinguista e mãe lampiona mas estava em mim. E é óbvio que com vitórias atrás de vitórias o m eu amor ao clube solidificou-se na adolescência como ninguém. Mas se o Porto não ganhasse tanto certamente seria portista até porque já o era quando levava porrada na escola de benfas ou levava mais docemente com o tens 9 camepeonatos e nós 27! Longe vão esses tempos. Mas meu caro Alexandre, se hoje há adeptos novos com alguma soberba esses provêm do tempo Mourinho, e muitos sentam-se no dragão, muitos são portuenses e pouco ou nada contribuem para o nosso clube, assobiando quando joga mal, numa atitude quase benfiquista de soberba. E esses adeptos, alguns bem novos que só viram o Porto ganhar, outros mais velhos mas que agora estão de modinha (esses mais nessa coisa de ser daí do Norte e tal), existirão sempre e cada vez mais porque isso é reflexo do clube em grande crescimento. Agora essa história do radical tem uma explicação mais geográfica do que outra coisa. Eu sou portista há três décadas, sou ultra-radical porque sou sempre minoria em relação a outros fanáticos de outros clubes. Sou portista tanto ou mais do que muitos portuenses portistas porque faço 600 km ida e volta para ver o meu clube, porque vi o Porto ganhar uma UEFA no meio de adeptos do Celtic na rua em Sevilha, porque não tinha bilhete nem BMW para zona VIP, mas lá estava. Conto 8 finais no jamor, tou sempre na Amadora, Setúbal, Belém, Alvalade, Luz, Leiria e Coimbra, em momentos em que também perdi e não em joguinhos de 3 a zero no dragão a assobiar na 1ª parte.

E como eu há cada vez mais portistas sim no país inteiro. E todos nos identificamos obviamente com a cidade do porto, só não somos bairristas porque não somos daí. Mas o benfiquista de Barcelos também não bairrista de Lisboa. Mas o benfiquista de Sete Rios é. Por isso, citando até o final do seu texto, a sua retórica hoje aqui é um bocado Lapalisseira, vai-me desculpar.

E olhe que há boavisteiros que são tão bairristas pelo Porto que preferem apoiar o FCP do que outro qualquer (conheço um axadrezado assim). Não generalize tanto se faz favor.

E sobretudo, como portuense que é, gostava que me explicasse como há tantos portuenses de gema, bairristas e tal, que odeiam o FC Porto pelas piores e mais incompreensíveis, ignorantes e deturpadas razões? Aquelas que combato na área todos os dias. A retórica generalista dos fanáticos do SLB e SCP.

PORQUE ACIMA E TUDO AMAMOS O FC PORTO.


Os melhores cumprimentos,

Pedro disse...

Eu como portuense sempre tive 2 clubes. FCP enquanto fanático, e o Salgueiros por hobby. Num fim de semana ia ás Antas, no outro ia ao velhinho Vidal Pinheiro. Obvio que enquanto portuense senti sempre duma forma especial a cultura destes 2 clubes que está muito ligada á cidade do Porto.

Confesso também que sempre tive uma grande admiração pelos portistas de Lisboa e do Minho. Locais onde era muito dificil expressar o portismo.

Hoje fruto das vitórias, dos grandes jogadores e de uma cultura de luta e ambição estamos em todo o lado em grande número. Fruto também, é justo dizê-lo, das migrações internas onde muitos portuenses a partir dos anos 80 foram obrigados a ir trabalhar para Lisboa.

Caro nobigdeal, acho que exagerou um pouco na interpretação do artigo. É obvio que a base de adeptos mais fanáticos do FCP está aqui na Invicta, mas também reconheço que o futuro do clube passa por adeptos como o senhor, fora do Porto que vão dar ao clube uma dimensão e força muito superiores à actual. E são também adeptos que ajudam a moldar uma nova politica de comunicação do clube. Mais global e menos local, embora a luta pela cidade/região seja sempre a nossa bandeira.

Mas olhe que vivendo no Porto o seu fanatismo tem tendência a crescer :-)

Ps: Estou particularmente surpreendido com o crescimento de adeptos em 2 zonas, Lisboa/Setubal e Minho. Estamos a multiplicar-nos!!

Pedro disse...

Como consideração final, gostaria também de dizer que hoje em dia, os adeptos mais fieis e seguidores começam a ser os adeptos portistas fora do Porto.

Por ver aqui um leitor de Coimbra lembro-me que o FCP tem sempre um enorme apoio por lá. Dá a impressão que tudo que é portista lá vai ver a equipa.

Este apoio nos jogos fora é cada vez mais importante, como o foi para o SLB durante muito tempo.

nobigdeal disse...

já agora, também acrescento mais um pequeno pormenor que talvez passe despercebido aos portuenses cujas vistas não alcançam para além do estádio do dragão (não é para si, Alexandre Burmester):

acho perfeitamente normal haver mais e melhores portistas em Setúbal do que em Braga, por exemplo.

os setubalenses (naturais) como minoria que são, têm de "guerrear" diariamente com o gigante do lado (Lisboa), pelo que não me admira nada que tomem o FCPorto como seu aliado para derrotar o vizinho mais poderoso;

os bracarenses, por seu turno, para poderem fazer finca pé à cidade do Porto (vizinho mais poderoso)aliam-se ao ben7ica.

parece-me que este "pormaior" passa muitas vezes despercebido a lisboetas e portuenses, habituados que estão a, do alto da sua soberba, não olharem para quem está em baixo.

Anónimo disse...

Me Myself and I disse:

"E olhe que há boavisteiros que são tão bairristas pelo Porto que preferem apoiar o FCP do que outro qualquer (conheço um axadrezado assim)."

Claro que os boavisteiros, como qualquer outro portuense, são bairristas. Mas boavisteiros a apoiarem o FCP são apenas a excepção que comprova a regra. Muitos deles não passam (ou não passavam) de benfiquistas disfarçados.

Anónimo disse...

eduardo disse:

"Quando fala dos portistas de primeira (“os de sempre”), A. Burmester está a referir-se à “massa assobiativa” sempre presente no Dragão? Aos portistas que, para vergonha do FC Porto, causam desacatos aquando das deslocações das equipas? Aos adeptos que rasgam o cartão de sócio ao menor desaire ou aos portistas que insultam e agridem jogadores, treinadores e dirigentes?"

Eu sei que as suas perguntas são meramente retóricas, não carecendo, portanto, de resposta. Mas esses elementos desordeiros a que se refere são, como muito bem sabe, uma pequena minoria, pelo que partir do comportamento deles para generalizar para todos aqueles que designa de portistas "de primeira" não é aceitável.

Pedro disse...

"os bracarenses, por seu turno, para poderem fazer finca pé à cidade do Porto (vizinho mais poderoso)aliam-se ao benfica."

- Este paradigma hoje... não me parece tão correcto. No caso de Braga pelo menos. Braga é uma cidade onde os jovens de hoje em dia são cada vez mais bracarenses acima de tudo. E fruto da Universidade do Minho albergar muita gente do Porto as influências estão a mudar. Fui ver os 2 ultimos Braga-FCP e porra que aquilo tava cheio de portistas, e não eramos todos do Porto seguramente. A maior rivalidade deles é de goleada com Guimarães. Todos os bracarenses que conheço gostam, e bastante do Porto.

Cada região/cidade têm a sua explicação própria que raramente é simples e linear. Senão como explicar que Vizela, terra colada a Guimarães seja ultra-portista?

Já reparei que o caro nobigdeal tem uma especie de complexo anti-grandes cidades. "Do alto da sua soberba"... Isso parece-me uma vitimização algo ridicula. As raizes de grande parte dos portuenses são aldeias do interior transmontano, do minho, do alto douro. E nós não costumamos dizer mal das nossas raizes.

PS: A explicação para os portistas de Setubal não é só a "azia" contra Lisboa. Tem a ver com a história da região e dos pescadores e operários fabris que foram do Porto para Setubal nos anos 50 em diante.

nobigdeal disse...

.
Pedro, a minha explicação era obviamente demasiado simplista, mas olhe que parece ajustar-se ao seu exemplo de Vizela.

olhe que não, não tenho quaisquer complexos no que se refere a "grandes cidades".
bem pelo contrário, gosto de todas as grandes cidades em que já tive o prazer de viver e acredite que até estou a gostar de viver no Porto (embora não a possa incluir nas "grandes cidades").

cumps

Unknown disse...

"Sem estes, o clube não existiria; com os outros, tornou-se apenas maior. Tornou-se também melhor?" - pergunta o Sr Burmester.

Não sei ao certo se se tornou melhor, mas duvido. A juventude dos Super-Dragões é de importância elevada, mas os seus cânticos e comportamentos deixam, por vezes, amargos de boca e, porque não dizê-lo, envergonhados, os mais tradicionalistas (mais velhos, se quiserem). Mas queria lembrar a máxima que pontifica: Muda-se de partido político; muda-se de religião; muda-se de mulher (ou de homem); mas nunca se muda de clube! Sejam quais forem as queixas! Logo, o que há a fazer é pugnar por uma coexistência pacífica, entre novos e menos novos, onde o interesse comum se sobreponha à eventual intolerância que possa caracterizar alguns de nós.

Unknown disse...

Só depois de ter comentado o port do Sr Burmester é que me dispuz a ler, por alto, alguns comentários. E concluí que esta coisa de não saber ler, ou ler o que não está escrito, traz complicações do arco da velha. Sr nobigdeal, volte a ler o artigo, releia o que escreveu e, se achar que meteu a pata na poça (sem ofensa!) peça desculpa, que não lhe fica nada mal. É o conselho de um mais velho!

nobigdeal disse...

.
Sr. maniche, muito obrigado pelo seu conselho de mais velho (porventura não mais do que eu).

permita-me que não o siga.

aceite no entanto os meus melhores cumprimentos :)

Anónimo disse...

A avaliar por certos comentários, o articulista pôs mesmo o dedo na ferida quando disse que certos adeptos "da marca" se arrogam o direito de darem lições de moral aos adeptos bairristas: basta ver a referência aos assobios no Estádio do Dragão e a tentativa de chamar arruaceiros a todos os portistas tripeiros...

A quantidade não é, de facto, sínónimo de qualidade.

jchs disse...

Tendo lido todos os posts deste blog desde a sua criação, considero este post(e a sua caixa de comentários)o mais importante e emblemático para a cultura portista.
De tal sorte que me permito sugerir que, se tal for possível, este artigo seja "emoldurado", quer dizer seja destacado de modo a não ser submergido por posts subsequentes, e assim, para além de referência, poder a todo o tempo ser objecto de consulta, debate e enriquecimento. Acho que a sua importância bem o merecia.

jchs disse...

E, já agora, a minha singela opinião sobre o assunto. Penso que se terá de analisar à luz da evolução social dos últimos 40 anos. Digo isto porque comecei a frequentar as Antas nos finais dos anos 60, por influência paterna (embora o meu baptismo tenha sido a célebre final da Taça perdida para o Leixões,salvo erro em 61 - 0-2 - como bem me lembro desse jogo!) e, ao tempo, não havia transmissões televisivas, nem o futebol tinha o mediatismo actual. Provavelmente, o ciclismo era mais apaixonante e acessível porque passava à porta da população com todo um folclore associado, hoje desaparecido, e que entusiasmava e cativava adeptos. Eram os tempos da guerra colonial, que tanto preocupava, onde o futebol era um escape saudável.
Hoje os tempos são radicalmente diferentes, o bairrismo está significativamente esbatido, a globalização trouxe outras perspectivas de escolha. Felizmente o nosso (de portuenses, lisboetas, algarvios e tutti quanti) FCP conseguiu a inacreditável proeza de acompanhar, e até suplantar, os mais poderosos e famosos. Só por isso esta discussão é hoje possível. Agora há uma coisa que eu conheço bem, e que aconselho a todos os "novos" portistas que "estudem", refiro-me à História do FCP. Só conhecendo bem o nosso passado, do nascimento ao momento actual, seremos capazes de criar as condições para que discussões como esta perdurem por muitos e bons anos.

nobigdeal disse...

.
José, uma pequena nota de humor: :)

já não bastava termos de andar todos os verões com o coração nas mãos a refazer meia equipa e termos de estar sempre atentos aos ataques externos, ainda nos íamos digladiar numa luta fratricida para ver quem é mais portista... :)

por mim voto em sentido contrário ao seu, ou seja, apaguem-se todos os comentários antes que sejam lidos pelo "inimigo".

cumps. :)

Mário Faria disse...

1)Acho o comentário do Alexandre muito oportuno;
2)Acho que está muito bem escrito.

Dito isto, oferece-me dizer o seguinte :

a)O FCP é melhor e mais forte, hoje que no passado ;
b)Éramos um clube demasiado provinciano : o que sobejava em orgulho, faltava em organização e profissionalismo ;
c)Com Pedroto e Pinto da Costa obtivemos, finalmente, a carta de alforria. O FCP libertou-se das suas próprias amarras e cresceu ;
d)Hoje temos marca, produto, estabilidade, estrutura e organização. Competimos fora e dentro das 4 linhas, no país e no estrangeiro, e somos respeitados apesar de alguns vícios próprios e de todos os desmandos alheios.
e)O FCP alargou-se e deixou de ser uma “família”. Hoje, somos uma “nação”, habitada por gente muito diversificada em termos culturais e regionais. Não penso que esse facto nos empobreça, bem pelo contrário;
f)Vivemos, porém, num mundo diferente em que a informação tem um papel preponderante, nomeadamente a TV que mudou as regras do jogo;
g)O futebol depende demasiado da TV e essa dependência – indispensável de momento – pode enfraquecer a relação com o clube;
h)O perigo é passarmos a ser mais adeptos e menos sócios, mais reactivos e menos activos, mais conformistas e menos lutadores, mais desistentes e menos resistentes quando a coisa der para o torto ;
i)A existência das SAD’s e a gestão empresarial dos clubes não favorece a proximidade entre dirigentes e dirigidos, atletas e adeptos, mas até agora os eventuais malefícios têm sido pouco dolorosos;
j)A ligação mantém-se porque a gestão continua fechada a estranhos e tomada por dirigentes de sempre do FCP. São profissionais, mas gente da casa. Porém, essa pode ser uma situação que pode ser revertida. O actual modelo da SAD pode ser facilmente subvertido, assim as condições o "exijam" e os sócios o subscrevam.
k)Apesar dos riscos – quem quer crescer tem de correr riscos – estou muito esperançado que o FCP vai continuar a crescer. O crescimento sustentado do FCP na faixa etária mais jovem, deixam-me relativamente tranquilo. Atento, mas confiante.
l)Tenho um grande orgulho em ser do FCP : vestido de andrade ou como dragão. No FCP cabem os que trazem cachecol, os que comem pipocas, os que estão mudos e calados ou os que barafustam a todo o momento e a propósito de nada, os de cá e os de lá, os novos e os velhos.
m)Os novos são os legítimos herdeiros dos mais velhos. De cá e de lá. Compete-lhes continuar esta obra ímpar que nos enche de alegria e nos mitiga a dor.
n)Acho que vão ser capazes e que o FCP tem futuro, com os de cá e os de lá !

nelson barbosa disse...

Achei o artigo interessante, e, tendo muito respeito pelo bairrismo e até pelo regionalismo, não concordo com a "separação", que faz entre adeptos da marca e os portistas genuinos. A propósito dos novos adeptos, gostaria contar um episódio a que assisti recentemente, que ilustra de forma exemplar o modo como se fazem adeptos actualmente. Numa festa de encerramento de ano escolar, do 1º ciclo, em que participei estavam cerca de 100 crianças, entre os 7 e 11 anos e mais ou menos outros tantos adultos. A certa altura o animador musical de serviço, como é habitual nestas ocasiões, quando não tem mais para dizer, pergunta: Quem aqui é do benfica? Resposta dos adultos, talvez aí metade. Quem é do sporting? Resposta dos adultos, mais ou menos os mesmos ( o sporting tem nesta região bastantes adeptos). Quem é do Porto? olhei à minha volta e vi que além de mim haveria uma meia dúzia no máximo, claro que nem sequer nos manifestamos.
Quando o animador fez as mesmas perguntas às crianças: Quem é do benfica? um pequeno grupo. Quem é do sporting? mais ou menos os mesmos. Quem é do Porto? espantoso! uma enorme algazarra, a maioria era do Porto.
Eu já sabia que a juventude estava a aderir ao FCP, as vitórias explicam isso, mas não fazia ideia de que tal se verificasse com tanta rapidez.
Palpita-me que o que se passa nesta escola também se passa em muitas outras.

Estas crianças serão certamente bons portistas.

José Rodrigues disse...

Jose' disse: "Agora há uma coisa que eu conheço bem, e que aconselho a todos os "novos" portistas que "estudem", refiro-me à História do FCP. Só conhecendo bem o nosso passado, do nascimento ao momento actual, seremos capazes de criar as condições para que discussões como esta perdurem por muitos e bons anos."

Esta parece-me uma observacao oportuna. Os portistas, independentemente de onde sao, para sentirem na totalidade o clube devem estar bem familiarizados com toda a sua historia. E nesse aspecto os portistas tripeiros (i.e. da cidade do Porto) tem à partida maior consciência disso em 1a mão (o q eu vivi de perto, a minha família, os meus vizinhos etc fizeram com q desde pequeno eu tivesse bastante consciência dessa história). Os outros de mais longe têm q fazer um esforço consciente para pesquisar e se familiarizar com essa história. Alguns fazem-no, outros nem por isso.

Não escondo q tenho mais estima por alguns portistas do q por outros. Mas o critério não é geográfico; os portistas por quem tenho mais estima são aqueles q fazem sacrifícios (concretos) pelo FCP, q vão ao estádio tão frequentemente quanto possível para apoiar a equipa, aqueles q estão com o clube nas horas boas e nas horas más (e alguns - os q têm menos de 30 anos - nunca foram verdadeiramente testados nisso), aqueles q fazem um esforço para participar tb na vida cívica do clube (AGs, etc), aqueles q estão mais preocupados em defender o nosso clube perante os inimigos do q em atacar outros portistas.

Nada me irrita mais do q ver um portista q não preenche as características q acabo de enumerar a tentar dar lições de portismo a outros q as preenchem.

Sejam uns ou outros de onde forem, geograficamente.

PortoMaravilha disse...

Viva !

Concordo : Gostar do FC Porto e não gostar do Porto é também, para mim, incompatível.

Nasci na Rua da Constituição no Porto. Não é por acaso que a rua se chama Constituição, atestando-se a história de Portugal. Talvez não seja um acaso se o primeiro grande campo do FC Porto aparece numa rua com tal nome.

O assunto daria para uma tese.

À afirmação das vitórias internacionais do FC Porto correspondem, quase em simultâneo, a afirmação de talentos portuenses que terão projecções mundiais em vários campos : Burgmester ( piano ) em música, Mário Claúdio, Agostina Bessa Luís, etc em literatura, Alvaro Siza em arquitectura, trabalhos em biologia ( luta contra o cancro) ...

O Porto soube mostrar que Portugal não é só Lisboa.

Que hajam hoje adeptos que se digam covilhanenses, bracarenses, etc antes de optarem por um dos três grandes, mostra que o FC Porto abriu vias de pensamento.

Rompeu com o centralismo que tanto oprime as regiões de Portugal.

O Porto incomoda : Isso é certo. É atípico num país que é mais que centralista.

Mas não data de hoje : Talvez não seja um acaso se Miguel Torga no seu texto, Portugal, ele que era transmontano, tivesse escrito : Lisboa é bonita. Gosto do Porto.

Para mim, não há portistas de segunda, primeira ou terceira. Mas uma génese existe. Conhecê-la ajuda a melhor entender a história.

A história do Boavista não é mais que uma história pai-filho. Quantos boavisteiros não conheci que foram para o Boavista para chatearem os pais ? Com a idade aquilo vai-lhes passando.

E Viva o Porto !

José Correia disse...

Jose disse...
«Tendo lido todos os posts deste blog desde a sua criação»

Caro Jose, isto é mesmo verdade?
E eu que supunha que era a única pessoa que tinha lido todas as mensagens publicadas no 'Reflexão Portista'...
Pelos vistos já somos dois. ;-)

Enquanto o cansaço não nos vencer, vamos tentar não defraudar as expectativas de quem criou o hábito de passar regularmente pelo 'Reflexão Portista'.

Obrigado e participe mais vezes.

José Correia disse...

O artigo do Alexandre é uma excelente reflexão e, nos tempos que correm, bastante pertinente.

Relativamente aos comentários anteriores, revejo-me em quase tudo do que o Mário Faria escreveu, particularmente no seguinte:
"Tenho um grande orgulho em ser do FCP: vestido de andrade ou como dragão. No FCP cabem os que trazem cachecol, os que comem pipocas, os que estão mudos e calados ou os que barafustam a todo o momento e a propósito de nada, os de cá e os de lá, os novos e os velhos."

Anónimo disse...

E os que não comem pipocas, como eu?;-)

José Rodrigues disse...

Não me parece que, tecnicamente falando, portistas "novos" seja correcto para os portistas sem ligações ao Porto ou ao Norte, mesmo que compreenda a ideia do Alexandre.

Dá um bocado a ideia de "convertidos" quando na realidade a grande maioria é portista desde pequenino, tal como a grande maioria dos portistas do Porto. Ou seja, para mim portistas "novos" ou "velhos" só mesmo no sentido literal da palavra (i.e. idade).

E o q é um facto é q tenham aderido ao FCP por causa da vaga de sucesso ou não, a partir do momento em q são portistas não me acredito q algum dia deixem de ser portistas para passar a ser adeptos de outro clube, mesmo q o clube venha a passar por maus momentos.

Podem é reagir à adversidade de uma forma diferente de outros, mas já agora adeptos de "marca" tanto há longe do Porto como no próprio Porto (mesmo q em % é provável q sejam mais longe do Porto, o q é compreensível - a esmagadora maioria dos adeptos do Man U em África ou na Ásia, ou do Real Madrid na América Latina são-no por causa do sucesso).

Paulo Marques disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Paulo Marques disse...

@PortoMaravilha:

Eu procurei escrever algo semelhante, mas não me saiu nada que se parecesse com o que queria dizer. Assim sendo, obrigado pela leitura de pensamentos... Penso que hoje em dia, os Benfiquistas são claramente mais bairristas do que os Portistas.

nobigdeal disse...

.
parece-me que no meio de tantos comentários não seria nada de mais se tivessem deixado aqui uma palavra de apreço a PORTISTAS como o ME MY SELF AND I que escreveu isto:

"Sou portista tanto ou mais do que muitos portuenses portistas porque faço 600 km ida e volta para ver o meu clube, porque vi o Porto ganhar uma UEFA no meio de adeptos do Celtic na rua em Sevilha, porque não tinha bilhete nem BMW para zona VIP, mas lá estava. Conto 8 finais no jamor, tou sempre na Amadora, Setúbal, Belém, Alvalade, Luz, Leiria e Coimbra, em momentos em que também perdi e não em joguinhos de 3 a zero no dragão a assobiar na 1ª parte."

e não, não parece ser daqueles que vai em excursão com mais umas centenas escoltados pela polícia e introduzidos no estádio num lugarzinho só pra eles.
é certamente dos que vai sozinho, sabe-se lá com com que sacrifícios pessoais e/ou familiares, misturado com adeptos do adversário e expondo-se fisicamente.

e porque o faz? porque é PORTISTA.

ah... e tal, se calhar não leu a história oficial do clube... dasss

cumps.

p.s. termino aqui a minha participação neste debate, continuarei a ler, como faço quase diariamente, este blogue de que muito gosto e que muita informação me tem dado.

flama draculae disse...

Ó Alexandre, essa de só se poder gostar do FCPorto se se gostar da cidade é um bocado um tiro no pé, quando se quer que o clube cresça em Portugal e no mundo. Tenho 34 anos, nasci em Lisboa e para mim Lisboa é a cidade mais bonita do mundo. Ainda sou do tempo em que os meus primos sportinguistas gozavam comigo pelo facto de o FCPorto ficar em terceiro lugar. Não se pode dizer por isso que sou do FCPorto só porque ganha mais vezes. Posso não sentir a cidade como o Alexandre, mas de certeza que o Alexandre não sentirá o FCPorto como eu. Nunca poderá sentir o que é ser portista de Lisboa. Posso deizer-lhe que é um sentimento de orgulho muito especial. Mas isso nunca irá sentir.

Abraço.

Unknown disse...

O Alexandre tocou na ferida!

E bem!

Admito que também ficaria "sensibilizado" se fosse de outra região, que não do Porto!

Admito também, que muitas vezes reflecti sobre este assunto, visto várias vezes frequentar outras regiões que não o Porto!

Fico receoso e ao mesmo tempo tempo orgulhoso!

Receoso, porque chateia-me imenso vêr PORTISTAS a não defenderem com unhas e dentes o nosso clube que constantemente e baixamente, é atacado!

Orgulhoso, porque conhecendo desde à muito tempo outras regiões, onde outrora era perigoso assumir o PORTISMO - e agora poder constatar o nosso crescimento!

Acima de tudo, o desejo de todos nós, é que caiamos no erro da ostentação!

E sim! Sou dos que assobiam no Estádio do Dragão, mesmo que o meu clube esteja a ganhar um jogo da UCL a uma equipa que na temporada anterior esteve nos 1/4!

Faço-o porque adoro o meu clube, porque sou exigente... enfim!!!

Porque sou PORTISTA!!!

Unknown disse...

Permitam-me a correcção, mais que óbvia.

"Acima de tudo, o desejo de todos nós, é que não caiamos no erro da ostentação!"

pc disse...

Caro Alexandre , uma conversa destas quando a cidade tem um presidente que ODEIA o FCP é de fazer saltar a tampa a qq portista (como eu) que sofre (por todas as equipas , de todas as modalidades) bem longe da cidade do Porto!

PS1.Vi em Aveiro Milhares de Portistas de fora do grande Porto e muitas (mas mesmo muitas) mulheres e crianças nas bancadas, como nunca vi no Dragão
PS2. Em Aveiro também vi o Alvaro Pereira (fixem este nome)