Pela minha parte recuso toda e qualquer introdução de meios tecnológicos, novas tecnologias ou o que se queira chamar que não tenham uma resposta em tempo real. No dia em que isso acontecer podemos ter um desporto com menos erros, mas seguramente não teremos FUTEBOL.
Introduzir um sistema qualquer que diga em tempo real se a bola entrou ou não. SIM
Introduzir um sistema qualquer que implique analisar na TV, seja por um 5º árbitro, pelo árbitro, ... NÃO
Por estes dias leio tanta gente a desancar nos 5 árbitros, em experiência da Liga Europa, e vejo-os a defenderem a introdução de meios tecnológicos, falam do olho de falcão do ténis, ... Mas vamos ser claros: não há neste momento nenhum sistema tecnológico que possa ser utilizado no futebol com, já não digo total - mas grande fiabilidade. Se existisse, a conversa era outra, mas como não existe era bom que as pessoas falassem da realidade e deixassem a ficção científica para outras alturas. E entre um erro humano ou um erro tecnológico, prefiro o erro humano.
Se queremos, no imediato, reduzir o erro no futebol temos que ir inevitavelmente pelo lado humano e aumentar o n.º de olhos que decidem ou ajudam a decidir, e é por isso que 10 olhos são melhores que 6 e muito melhores que um olho de falcão. No ténis o olho de falcão é utilizado e utilizável, mas numa área/terreno de jogo completamente aberta/o, em que no máximo existe 1 jogador a encobrir a "visão do falcão" e a decisão é sempre sobre o momento em que a bola toca o chão.
1º a decisão em 90 e tal porcento dos casos não é sobre o momento em que a bola toca o chão, é sobre o momento em que a bola está no ar. E isto não é um mero requisito.
2º é absolutamente normal que haja vários jogadores a encobrir a "visão dos falcões".
Por isso, o problema não é a FIFA, nem os velhotes do International Board, é a falta de solução tecnológica. E quem diz olho de falcão, diz sistemas de chips na bola. Com chips são problemas: a deformação que a bola sofre e a forma de efectuar a triangulação para detectar se toda a bola ultrapassou a linha.
5 comentários:
Muito bem João. Totalmente de acordo.
Peço desculpa mas não concordo. E não concordo simplesmente porque a análise de casos com recurso a imagens televisivas já acontece no rugby e de uma forma completamente acertada. Por isso não seria assim tao dificil transportar esse sistema para o futebol.
Ruibonga
Isto dos meios tecnológicos no futebol, está a meter-se coisas diferentes no mesmo saco.
Um coisa são os chips e/ou olho de falcão, onde estou de acordo com o João Saraiva quanto à inviabilidade de os mesmos serem usados no imediato.
Outra coisa é o recurso às imagens televisivas, o que poderia ser efectuado de modo parcimonioso e em moldes idênticos ao que já é feito no Rugby.
Discordo!!!
Porquê?
Exemplifiquemos com o último lance ocorrido com o mais melhor bom clube do mundo!
Na minha opinião, poderia aceitar a muito custo "o jogo perigoso". Mas isto mesmo, a muito custo!
Imaginemos agora, os 4/5 técnicos serem uns lampiónicos fanaáticos a analisarem e a decidirem o tal lance?!
Que decisão acham que saíria dali???
Ou seja, para mal já basta assim!!!
Penso eu de que...
Os meios tecnológicos como o olho falcão são praticáveis no futebol. A margem de erro existe mas é uma marge de erro IGUAL para todos. Essa é uma grande diferença.
Além do mais, o olho falcão poucos segundos a funcionar, logo não vejo grandes problemas nisso. Só vantagens.
Quanto ao chip, parece-me evidente que, mesmo com margem de erro por causa da geometria da bola - que me parece irrelevante -e mais uma vez é uma margem idêntica para todos, era a melhor solução para - embora mais despendiosa - para resolver dois casos que não têm interpretação no futebol: bola passou a linha de baliza de campo e fora de jogo.
Com chips nas botas e na bola, julgo ser possível resolver de vez se foi golo, se foi fora ou se estava fora de jogo.
Evidentemente que são soluções que custam dinheiro e podem não estar completamente afinadas, mas parece-me óbvio que a FIFA e a UEFA são avessas a essas tecnologias, principalmente em competições como o Campeonato de Mundo, onde corre muito dinheiro e muito controlo dos resultados por parte da FIFA através dos seus árbitros.
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