terça-feira, 27 de outubro de 2009

O cabo das tormentas


«Rodríguez está em plena pré-época, mas tem de a cumprir num período repleto de competição. Em suma, tem muito jogo e pouco treino (...). Mesmo assim, é difícil exigir nível máximo a um jogador que já enfrentou lesões em ambos os joelhos e que só cumpriu 20 sessões de treino sem quaisquer limitações num total de 101 possíveis. Tudo isto é agudizado por constantes viagens para a América do Sul (...). Rodríguez não tem sequer 500 minutos nas pernas e de azul e branco só fez 6 dos 9 jogos que soma esta época. (...) Entretanto, acelera no Olival para voltar a ser desequilibrador na faixa, formando com Hulk e Falcão o ataque há tanto prometido.»
in Record, 24/10/2009


«Pelo menos até agora, Jesualdo Ferreira nunca conseguiu ter à sua disposição aquele que parece ser o seu "onze". Ou falta Hulk por estar castigado ou falta Rodríguez por lesão ou não conta com Fernando por castigo ou não pode utilizar Belluschi por lesão. E para complicar, também lhe faltam Varela e Valeri e Orlando Sá e Tomás Costa para compensar as ausências dos titulares.»
Jorge Maia, O JOGO, 24/10/2009


Antes da largada para a longa viagem que é a época futebolística 2009/10, o comandante da nau azul-e-branca viu partir para outras paragens três dos seus elementos mais capazes – Cissokho, Lucho e Lisandro – e, no caso da dupla argentina, não será exagero dizer que eram dos navegadores mais experientes e que foram pilares fundamentais de epopeias anteriores, nomeadamente na conquista do Tetra aos “mouros” e nas batalhas com as principais potências europeias.

No total saíram 9 e entraram 11 novos marinheiros (!) e, estava a armada portista em ensaios para treino da nova tripulação e já as maleitas afectavam vários deles, com destaque para a baixa prolongada de Rodriguez.

Também há que contar com o Adamastor e com as forças ocultas que manobram nos bastidores. Ainda se via o porto de partida e logo na primeira etapa Hulk era vítima de um inédito castigo, só regressando às lides na quarta etapa da viagem.

Depois vieram mais e mais lesões (no último desafio eram sete!), ao ponto do comandante nunca ter tido à sua disposição a tripulação completa e, inclusivamente, obrigando-o a recorrer a iniciados nas artes de navegar. Todos fazem falta mas, neste domínio, têm sido particularmente sentidas as ausências de Silvestre Varela, Belluschi e agora também de Fucile.

Em paralelo, todos os meses a tripulação portista tem sido desfalcada dos seus marinheiros internacionais, os quais se têm ausentado e estado várias semanas ao serviço dos seus países. Também neste aspecto os dragões têm sido, de longe, os mais afectados entre as naus portuguesas. Para o comprovar basta verificar o que se passou na última jornada dupla das competições de países, em que o comandante Jesualdo ficou praticamente duas semanas sem 10 tripulantes, oito dos quais são titulares habituais - Helton, Fucile, Rolando, Bruno Alves, Álvaro Pereira, Meireles, Rodriguez e Falcao (a estes juntaram-se Beto e Guarin).

É verdade que a navegação tem tido alguns zig-zags e a velocidade não tem sido a ideal, mas convenhamos que, nestas circunstâncias, e em tão pouco tempo não é fácil integrar 11 elementos novos e construir uma tripulação coesa com os necessários entendimentos e mecanizações. Seja como for, nada está perdido (longe disso) e, inclusivamente, o cabo Bojador (conquista da Supertaça) já foi dobrado com sucesso.

Enfim, espero que este conjunto de contrariedades, um verdadeiro cabo das tormentas, seja rapidamente ultrapassado e que a nau portista, comandada pelo timoneiro Jesualdo, entre em águas mais calmas, num rumo seguro em direcção aos destinos pré-definidos: os oitavos da LC e a reedição do penta-campeonato.



Ó mar salgado, quanto do teu sal
São lágrimas de Portugal!
Por te cruzarmos, quantas mães choraram,
Quantos filhos em vão rezaram!
Quantas noivas ficaram por casar
Para que fosses nosso, ó mar!

Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena.
Quem quer passar além do Bojador
Tem que passar além da dor.
Deus ao mar o perigo e o abismo deu,
Mas foi nele que espelhou o céu.

Fernando Pessoa
poema "Mar Português", livro Mensagem

23 comentários:

José Rodrigues disse...

"convenhamos que, nestas circunstâncias, e em tão pouco tempo não é fácil integrar 11 elementos novos"

Se ao fim de 3 épocas no FCP o Jesualdo (e direcção) acharam por bem mudar 10 ou 11 elementos do plantel, ninguém os obrigou a isso logo não serve de desculpa para nada. O Jesualdo só foi obrigado a mudar 3 jogadores no plantel, q são aqueles q foram vendidos.

Não há inevitabilidade nenhuma q nos obrigue a mudar 10 gajos todos os anos, principalmente quando o treinador nào é novo.

Para além disso verifico q o ben7ica tem mais titulares novos do q nós mas não precisaram de meses para engrenar de forma satisfatória.

A equipa apresenta neste momento um péssimo fio de jogo, q as ausências forçadas explicam apenas muito parcialmente. Os passes são simples e denunciados, as movimentações básicas e fáceis de anular, os jogadores por vezes atrapalham-se uns aos outros.

Uma das consequências é q o último classificado do campeonato conseguiu chegar ao intervalo no Dragão com mais remates do q nós (2 contra 1), o q presumo seja inédito na nossa história.

Não adianta bater no ceguinho da integração dos novos jogadores quando se constata que as 3 contratações q têm sido regularmente utilizadas (Belluschi, Varela e Pereira) até têm sido dos melhores jogadores.

O que me parece sim é q, acima de tudo, Jesualdo quer insistir num modelo de jogo que passou a data de validade com a saída de Lucho, pelo menos no q diz respeito aos jogos do campeonato. Ou isso, ou a capacidade para construir um fio de jogo rapidamente não será um ponto forte dele (comparativamente falando com outros treinadores). Ou as duas coisas.

Modelo que, diga-se de passagem, já não tinha sido lá muito eficaz no Dragão na época passada (veja-se o nr de pontos perdidos em casa).

Precisamos de muito mais criatividade, tanto nas movimentações como nas características dos jogadores q temos - Belluschi e em menor medida Rodriguez são a excepção no plantel (possivelmente tb Valeri, a ver vamos), e isso é muito pouco.

Precisamos acima de tudo de uma atitude dos jogadores e treinador mais ofensiva e ambiciosa, em q a principal preocupação é "ir para cima deles" e não buscar o erro do adversário.

Luís Carvalho disse...

Sem dúvida, José Rodrigues.

Nós adeptos estamos cansados deste futebol.
Já chega desta mentalidade pró-defensiva doentia.(Todos conhecemos uma equipa portuguesa que tem, actualmente, no seu "11" base, nada menos do que quatro jogadores que praticamente não defendem e não se têm queixado).

Queremos jogadores criativos e ofensivos no meio-campo.
Queremos posse-de-bola, pressão alta e controlo das partidas, como o fazem toda e qualquer grande equipa digna desse nome.

José Rodrigues disse...

Acho extraordinário e muito preocupante q Jesualdo volta e meia se queixe da forma compacta como o adversário defende, como ainda agora fez.

É assim há 30 anos, não há novidade nenhuma. Jesualdo é pago para prever isso e planear a forma de o ultrapassar, e não é jogando no erro do adversário (o q não equivale necessariamente a dizer q se joga sem bola) q vamos conseguir ultrapassar isso sempre. É preciso mais iniciativa, mais "ganas" em "ir para cima deles", mesmo q se corra um bocadinho mais de riscos no contra-ataque adversário. Dava jeito tb ter mais criatividade individual no plantel e nas movimentações colectivas.

Em particular e no q diz respeito a este jogo, Jesualdo devia ter mesmo VERGONHA de usar isso como atenuante contra um adversário q 1) é o último classificado do campeonato, 2) q marcou 2 golos no Dragão, e 3) q ao intervalo tinha mais remates feitos à nossa baliza do q nós.

fiona bacana disse...

A este rol de preocupações acrescentaria o alarmante número de lesões musculares desde o início da época:

1)a 1ª e escandalosa lesão do cebola, q regressa de férias LESIONADO;
2) Sapunaru, Farias, Varela, Belluschi, de novo Cebola, Valeri, e agora, infelizmente, Fucile;
3) apenas em parte o desgaste acumulado de jogos+selecções explica esta predominância de lesões musculares, já que nem Farias, nem Valeri, nem Varela são chamados à selecção há muito e mesmo o Sapunaru, sendo convocado, raramente joga pela Roménia;

Assim sendo, resta-me colocar a questão: o que se está a fazer, a nível de treino, no FCP?

cumps

6012 - Azul desde 1971- disse...

José Correia, um excelente post. Concordo perfeitamente com esta análise e não posso deixar de dizer que reflecte seriamente os factos. É isso mesmo!

José Correia disse...

José Rodrigues disse...
"Não há inevitabilidade nenhuma q nos obrigue a mudar 10 gajos todos os anos, principalmente quando o treinador não é novo."

Inteiramente de acordo.

José Correia disse...

José Rodrigues disse...
"Se ao fim de 3 épocas no FCP o Jesualdo (e direcção) acharam por bem mudar 10 ou 11 elementos do plantel, ninguém os obrigou a isso"

Antes do Jesualdo chegar ao FC Porto, já a política adoptada pela SAD privilegiava a saída de 8-10 jogadores por época e a entrada de outros tantos. Ou seja, é óbvio que esta política/estratégia de rotatividade elevada no plantel é imposta pela SAD e não pelo treinador que, todos os anos, se vê forçado a trabalhar com um plantel renovado.
A excepção foi a época 2003/04, a segunda completa do Mourinho.

José Correia disse...

José Rodrigues disse...
"O Jesualdo só foi obrigado a mudar 3 jogadores no plantel, q são aqueles q foram vendidos."

O impacto das saídas depende muito dos jogadores e das posições que ocupavam no modelo de jogo da equipa. Por exemplo, a experiência passada mostra que é muitíssimo mais fácil substituir um trinco (Paredes, Costinha ou Paulo Assunção), do que um pivot ofensivo (Deco, Diego ou Lucho).

José Correia disse...

José Rodrigues disse...
"A equipa apresenta neste momento um péssimo fio de jogo, q as ausências forçadas explicam apenas muito parcialmente."

A época passada, a esmagadora maioria das movimentações ofensivas da equipa passavam por Lucho, pelo trio de ataque - Rodriguez, Hulk e Lisandro - e, em menor medida, pelos dois laterais.
Ora, esta época houve jogos em que, para além da dupla argentina, Jesualdo também não pôde contar com Hulk e Rodriguez. Aliás, na maior parte dos jogos apenas pôde contar com Hulk, porque o Rodriguez está agora a fazer a sua pré-temporada.

Os jogadores que saíram e as muitas lesões que têm ocorrido afectaram, essencialmente, os jogadores por onde passavam (e passam) as movimentações ofensivas da equipa. Por isso é que eu digo que é preciso tempo porque, como é sabido, é muito mais fácil treinar e consolidar movimentações defensivas do que ofensivas.

José Correia disse...

A saída de jogadores-chave e a profunda renovação do plantel são "apenas" dois dos problemas que têm afectado o início de época do FC Porto. Conforme recordei no artigo/post (e não vou repetir), há outras situações que não podemos ignorar e que têm contribuído, e muito, para dificultar o trajecto.

José Correia disse...

Ana Martins disse...
«o alarmante número de lesões musculares desde o início da época (...)
Assim sendo, resta-me colocar a questão: o que se está a fazer, a nível de treino, no FCP?»

Como esta é a quarta época em que Jesualdo é o treinador do FC Porto, presumo que em termos de metodologia de treino não haja diferenças significativas em relação às épocas anteriores.
E muito menos diferenças que justifiquem a quantidade enorme de lesões que têm assolado o plantel.

José Correia disse...

«Hulk é a grande novidade na convocatória do Brasil para os jogos particulares com Inglaterra e Omã, em Novembro»
in Maisfutebol

Já se sabia que o FC Porto ia ficar sem os seus internacionais portugueses (Beto, Rolando, Bruno Alves, Meireles) e uruguaios (Fucile, Álvaro Pereira, Rodriguez) devido aos jogos do play-off que Portugal e Uruguai vão ter de disputar.
O Hulk é mais um a juntar à lista - oito no total - que, mais uma vez, vão estar ausentes dos treinos e preparação dos jogos seguintes.

John Aarson disse...

José Correia disse...
«Hulk é a grande novidade na convocatória do Brasil para os jogos particulares com Inglaterra e Omã, em Novembro»


Esperemos que o Hulk não volte lesionado também...

Nuno Nunes disse...

A grande tormenta é mesmo o Modelo de jogo de Jesualdo Ferreira e a sua incapacidade para aproveitar ao máximo as potencialidades dos jogadores, tanto a nível técnico/táctico como motivacional. É uma tristeza ir ao Dragão para assistir a jogos assim.

Acho que finda esta época estará na altura de mudar o Comandante da Nau. Já se viu que anda por aí muita gente que põe as equipas a jogar bom futebol. Basta ver o exemplo do Vilas Boas que pegou na equipa há poucos dias e já a pôs a jogar à bola. Custa assim tanto?

O que se viu no Domingo foi uma exibição paupérrima com responsabilidade directa do treinador.

José Rodrigues disse...

"Já se sabia que o FC Porto ia ficar sem os seus internacionais portugueses (Beto, Rolando, Bruno Alves, Meireles) e uruguaios (Fucile, Álvaro Pereira, Rodriguez) devido aos jogos do play-off que Portugal e Uruguai vão ter de disputar.
O Hulk é mais um a juntar à lista - oito no total - que, mais uma vez, vão estar ausentes dos treinos e preparação dos jogos seguintes."

Este é um factor (jogos pelas selecções) q me parece ter sido algo subestimado nos últimos anos nas contratações.

Nomeadamente, na contratação de sul-americanos. O desgaste provocado pelas presenças nas selecções é muito mais acentuado no caso dos sul-americanos do q no caso dos jogadores portugueses (ou europeus). Além disso há tb as férias e mini-férias, em q mais uma vez temos os sul-americanos a fazer longas e desgastantes viagens comparado com os portugueses (e outros europeus).

Este é um factor q faz a balança pender para a contratação de um português em caso de duvida entre um sul-americano e um português. Não invalida q se contrate um Belluschi na mesma, mas em alguns casos pode fazer a diferença na decisão.

dragao vila pouca disse...

As únicas lesões musculares que o F.C.Porto teve foram o Silvestre Varela e agora o Fucile. As outras, são lesões traumáticas e estar a meter tudo no mesmo saco não é bonito. Criticar o Jesualdo, tudo bem, mas com factos concretos e não por razões que não fazem sentido.

A qualidade exibicional tem ficado aquém dos mínimos exigíveis e no domingo abusou, principalmente na 1ª parte.

Jesualdo sabe que no F.C.Porto não há tempo para ter tempo - esta época muito menos -, tem de saber viver com isso e não andar a arranjar sempre as mesmas desculpas.

Por isso, embora aceitando os argumentos do José Correia digo: que diabo, não estamos a exigir este mundo e o outro, mas apenas que o F.C.Porto jogue melhor contra equipas que lhe são francamente inferiores...

Quem vai sempre ao Estádio e vê estes jogos...como fica e como sai de lá, apesar das vitórias?...

Um abraço

Ricardo de Sousa disse...

Esta frase do vila pouca creio que é sintomática do que a maior parte dos portistas sente neste momento.

"que diabo, não estamos a exigir este mundo e o outro, mas apenas que o F.C.Porto jogue melhor contra equipas que lhe são francamente inferiores..."


Abraço

José Correia disse...

Caros Ricardo Sousa e Vila Pouca,

Como é óbvio, também eu não estou satisfeito com o nível exibicional patenteado pela equipa em grande parte dos jogos, mas isso não faz com que eu deixe de ter confiança no treinador, o qual, nas últimas três épocas, mostrou ser capaz de formar equipas competitivas e de atingir as metas definidas (oitavos da LC e conquista do campeonato).

Sim, também eu gostava de mais brilhantismo e de menos sofrimento durante os 90 minutos mas, apesar de todas as contrariedades que eu referi, nesta época estamos melhor (em termos de resultados) que em igual período da época passada. Ou os meus amigos já esqueceram as derrotas em casa com o Leixões e na Naval?

Vamos ter calma e acreditar em quem já deu provas de ser competente. A praga das lesões não vai durar sempre e os jogos das selecções terminam no dia 18 de Novembro.

Metz disse...

Desculpem, mas um gajo que emendou a mão no jogo da champions quando finalmente percebeu que Mariano no meio não dava, e chega ao Domingo e faz o mesmo...

Burro velho não aprende linguas, e se o ano passado defendi que devia ficar, o 11 de Londres contra o Chelsea e estas casmurisses repetidas, fazem-me pensar, que realmente secalhar era melhor ele ter saido, apesar de TODO o mérito que teve nos 3 titulos.

Espero a bem do Porto que veja as coisas da forma como nós vemos (ou a maioria) a bem do Porto e da nossa "saude".

Cumpz

Luís Negroni disse...

Concordo plenamente com o que dizem nas entrelinhas muitos portistas! Também eu estou cheio de inveja do grande futebol do SLB+APAF. Temos de ir buscar o Jorge Jesus, porque para além de ser um grande treinador - mas só quando é devidamente assessorado por adjuntos como João Capela, Vasco Santos, Jorge Sousa, Pedro Proença, Artur Soares Dias e outros da mesma valia - é indesmentívelmente um Gentleman, como ainda anteontem fez questão de mostrar, de forma eloquente, por expressões faciais, palavras e gestos (há gestos que valem por um milhão de palavras). Este homem dignifica qualquer instituição que o contrate. Temos de o contratar já mas vamos ter de contratar também todos os seus adjuntos da APAF, porque sem eles, não há penaltis como cogumelos, nem expulsões de jogadores adversários aos pontapés, nem livres perto da ára adversária em catadupa, nem equipas adversárias corridas a amarelo todos os jogos, e sem estes ingredientes, o futebol do Mister Jesus é muita parra, muito pontapé no português e muito pouca uva.

PS Se há coisa que me comove, como portista, é vir aqui e ver(ler) tantos portistas desinteressadamente solidários com os encornados e a cs lisboeta/encornada. Tanta generosidade comove profundamente.

bLuE bOy disse...

Luis Negroni,

Felizmente para mim, faço de todas as tuas palavras... as minhas!!!

Parabéns por tão sábias palavras e leitura do «emprenhamento» que por ai ainda de tudo o que mexe de encornado... como eu não «emprenho», passo bem, com toda a certeza!!!

Abraço a todos os colaboradores e comentadores deste «excelente» blog de azul e branco pintado!!!

Hugo disse...

"Regresso do 'grego' não deve ser directo ao onze. Poder de encaixe de Mariano é único Jesualdo estará dividido.

Mariano? Belluschi? Há dúvidas? Há. O FC Porto avança para o jogo com o Belenenses sem dias livres e com o meio-campo reforçado por Fernando Belluschi e Tomás Costa, duas das soluções mais válidas do plantel, mas o reforço de opções não quer necessariamente dizer que haja alterações no horizonte, ou que a suposta 'ordem natural' das coisas seja reposta com a devolução de Belluschi à posição seis, sobre o lado direito do miolo.

O cenário de contestação regular à volta do surpreendente e às vezes (muitas vezes) inconsequente Mariano Gonzalez não é de agora, e por isso mesmo, em nada afecta o bonancheirão das pampas, logo, não existindo qualquer razão de fragilização psicológica para se tomar como certa ou 'automática' a revisão do meio-campo portista, a partir da recuperação de Belluschi.

Para já, e pelo menos no horizonte do jogo com o Belenenses, é muito provável que Jesualdo Ferreira mantenha Mariano Gonzalez no onze. Por princípios de coerência, por reconhecimento da capacidade de encaixe do jogador, por prémio ao seu extraordinário golo e restante influência na ultrapassagem à Académica, por a equipa continuar a ganhar, e a ganhar em série... mesmo sem Belluschi.

Muitas razões para se prever que Mariano continue no onze... sem esquecer que há outra de peso: a falta de ritmo do jogador contratado ao Olympiakos, e que perdeu os dois últimos jogos, devido a uma entorse que o reteve duas semanas na sombra."

Leio isto e fico em choque

Sérgio de Oliveira disse...

Excelente !




Um abraço