quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Ivanildo e companhia

Há longos anos que ouvimos dizer que o filão de jogadores africanos é um grande filão para se explorar, e se ainda não apareceu um jogador ao nível de um Pelé, Maradona ou Cruyff , têm surgido uns Drogba, Eto'o, Essien, ... que não são nada maus. O único problema é mesmo não jogarem (ou terem jogado) de azul e branco.

E se é verdade que o que importa é termos bons jogadores, quer tenham nascido em Portugal, marrocos norte, Marrocos ou África do Sul, no domingo ao rever o Ivanildo não pude deixar de pensar que ainda não foi desta que acertámos.

Eles até chegavam aqui novinhos e eram bons, relembro o Toni, Cao, Moisés, Tinaia, Zeferino, mas quando foi necessário dar o salto, parece que gastaram as pilhas todas nas camadas jovens.

E a ideia que dá é que o facto de, nas camadas jovens, serem fisicamente (e vamos acreditar que a idade até estava correcta - o que no caso do Cao até sabemos que é falso) mais evoluídos que os seus companheiros e adversários, só os beneficiou a curto prazo, ou seja nas camadas jovens. Revejo o Ivanildo e não é hoje o mesmo jogador, de avançado puro passou a extremo, e um dia destes ainda acaba a lateral.


Quando agora ouço falar em academias em África, sinceramente quer-me parecer que esse será o melhor caminho, dar-lhes condições decentes de treino e fazê-los competir com outros jogadores fisicamente equivalente, e lá para os 18-20 anos, integrá-los então sim nas equipas europeias. Ao mesmo tempo isto permitiria que jogadores locais tivessem oportunidades que hoje não têm.

Mas vamos lá ver se com o Yero ou o Abdoulaye (por exemplo) vamos ter melhor sorte.

foto: publico.pt

3 comentários:

Amphy disse...

Caros,

em jeito de off-topic,

já repararam que o Varela se lesiona constantemente antes dos jogos da selecção? Parece bruxedo.

Agora on-topic,

Julgo que o mercado de leste também seria interessante uma vez que daí costumam provir jogadores com uma cultura táctica e compreensão global do jogo acima da média de África ou América em geral. Para além de que em termos culturais e sociais talvez o choque fosse menor. Digo isto pois considero que muitas vezes o "deslumbramento" de indivíduos provenientes de meios muito menos desenvolvidos que o português (sim, é possível!) acaba por os levar a entregarem-se mais ao quotidiano que propriamente à actividade profissional.

Bem hajam.

Daniel Gonçalves disse...

Relembro também o Quinzinho, angolano, um avançado centro possante que ainda marcou uns golos no tempo de Robson, depois dos golos fazia sempre uma dança africana.

meirelesportuense disse...

Se o Ivanildo der um bom lateral seria muito bom, mas duvido...
Nunca mais me esqueço de o ter encontrado por acaso na WortenAntas, há uns anos, para comprar uma Televisão, a namorada -uma loira lindíssima- queria um Plasma, ele dizia:-Plasma não, LCD!...