A época de 2010/2011 foi a mais difícil desta longa série vitoriosa que culminou com a conquista do DECA CAMPEONATO, em 4 de Junho de 2011.
O começo da época não foi o melhor, devido à participação de jogadores fundamentais nas selecções e que não chegaram ao clube nas melhores condições.
A Supertaça António Livramento foi a primeira batalha disputada em Coimbra em Setembro e o nosso desacerto nos penalties e livres directos, aliado à boa performance do inimigo neste capítulo, e com uma forte dualidade de critérios de arbitragem, levaram ao desaire e deixavam antever uma época duríssima que se veio a confirmar.
No início do Campeonato conseguimos rectificar a imagem deixada na Supertaça e entramos com uma vitória ante a aguerrida equipa do Valongo. Outras vitórias se seguiram, até que a 6 de Novembro nos deslocávamos ao terreno do eterno candidato na última década que, felizmente, tem sido sempre derrotado e a entrada em igualdade pontual deixava antever um jogo complicadíssimo. A sorte nas bolas paradas alterou-se face ao duelo anterior em Coimbra e aliada à melhoria do critério de arbitragem permitiu que a vitória sorrisse aos então ENEA CAMPEÕES.
A saída desta jornada permitia antever um campeonato duro mas desde logo com vantagem para o FC Porto. Na jornada seguinte a recepção ao Candelária trouxe o primeiro dissabor do Campeonato e a prova de que todos se “mordiam” para derrubar o FC Porto e um empate a 3 golos colocava alguma pressão no FC Porto em não perder mais pontos que o colocasse numa posição desconhecida desde há alguns anos. A equipa reagiu bem e com vitórias ante Espinho, Limianos e Braga.
A vitória em Braga fica marcada por um critério estranho da dupla de arbitragem Jaime Vieira e Joaquim Carpelho, em que ignoraram as regras internacionais e paravam o jogo para assinalar faltas, quando as regras dizem que se deve assinalar a falta e deixar prosseguir o jogo.
A deslocação a Viana, num jogo terrível para o FC Porto em que tudo corria mal, trouxe a primeira derrota da época e colocou a nossa equipa na posição de perseguidor, algo que não estávamos, felizmente, habituados. Era um período difícil para a nossa equipa e de intranquilidade que nem as vitórias frente ao Gulpilhares, Física e OC Barcelos nos permitiam descansar.
A 26 de Janeiro deslocação a Oliveira de Azeméis e uma derrota que nos colocava mais distantes do título já que o nosso inimigo não escorregava nem tropeçava como acontecia em anos anteriores. Neste momento passávamos a depender de terceiros para alcançar o objectivo do DECA CAMPEONATO.
Apenas 10 dias e as esperanças renasciam com o empate do líder dessa altura na deslocação aos Açores. As três jornadas seguintes eram cruciais, já que a perda de pontos seria fatal, visto que impediria a troca de liderança. As vitórias alcançadas em Cascais, na recepção ao Cambra e em Porto Santo colocavam o duelo no Dragão Caixa, a 5 de Março, decisivo para o FC Porto.
A recepção ao eterno candidato a campeão correu dentro das expectativas e a vitória colocou o FC Porto na posição que é sua por norma, ainda que em igualdade pontual, e possíveis escorregadelas fossem determinantes para a perda do objectivo.
A jornada seguinte era um teste duro com a deslocação aos Açores e o que durante o jogo parecia uma batalha perdida foi, no fim, uma vitória conseguida com muita raça, garra e querer. Este jogo permitiu clarificar algumas posições e ver que o máximo dirigente açoreano anda no hóquei para tentar beneficiar terceiros já que só se revolta por não ganhar ao FC Porto não dando mérito a uma equipa que lutou até ao fim do jogo.
As recepções ao Espinho, Braga, Viana e Física, intercaladas com deslocações a Ponte de Lima, foram ultrapassadas e colocavam-se embates tradicionalmente difíceis em Gulpilhares e Barcelos juntamente com a recepção à Oliveirense. Pelo meio ficava a recepção à Física. Estes jogos foram superadas em especial dificuldade com a excepção do jogo que confirmou o título na recepção aos comandados de Tó Neves.
Nas competições europeias a fase de grupos ficou marcada pela derrota pesada na deslocação ao Valdagno no período mais negro da época em Dezembro. Este derrota arredava a equipa do 1º lugar do grupo colocando a nossa equipa na rota do Barcelona.
Na final 8 disputada em Andorra, ainda na ressaca de Dublin, defrontamos e vencemos no golo de ouro os catalães num pavilhão maioritariamente português tal a presença dos nossos emigrantes. No dia seguinte seguia-se outro osso duríssimo com a recepção ao então 1º classificado da Liga Espanhola, o Liceo da Corunha. Não entramos muito bem no jogo e vimo-nos a perder 3-0. Depois, como prova do querer e da raça desta equipa, chegamos ao 3-3 e no prolongamento manteve-se a igualdade. Nos penalties fomos eliminados de forma inglória num penalti defendido pelo guarda-redes dos galegos de forma irregular, já que não se encontrava em cima da linha de golo e teria sido expulso obrigando à entrada a frio de um outro guarda-redes. Tal como em 2010, saímos de prova sem perder um jogo na fase decisiva. A minha confiança é que um dia destes a taça virá para o nosso lado e eu vou lá estar a apoiar já que estive nestes dois desaires um pouco inglórios.
Por último a retrospectiva da Taça de Portugal. Entramos na competição defrontando a Académica de Espinho em casa e conseguimos a vitória. De seguida o sorteio colocou no nosso caminho a combativa equipa do Santa Cita. Como são uma equipa da 3ª divisão manda o regulamento que a equipa de divisão inferior jogue em casa. Nova vitória e assegurada a presença na final 4 em Coimbra. Novamente o mesmo pavilhão da Supertaça e a dupla de arbitragem da visita Braga. O resultado foi similar ao da Supertaça com a vitória a sorrir à Oliveirense. Foi um jogo que não entramos bem e ao intervalo perdíamos 2-1. No início da segunda parte passamos de 3-2 para 5-2, tendo o 5º golo da Oliveirense sido marcado bem acima do 1,5m permitido pelas regras. Com dois livres directos Pedro Gil aproximou as equipas no marcador e a equipa acreditou que podia empatar e lutou até ao fim. Com o resultado em 5-4 Emanuel Garcia rouba de forma 100% legal uma bola junto à tabela lateral e o árbitro marca falta quando devia ter deixado jogar e seria um contra-ataque de 2 para 1 do FC Porto que podia ter dado o empate e o prolongamento que seria merecido pelo que os DECA CAMPEÕES fizeram na parte final do jogo mas inglório se olhássemos para os primeiro 35-40 minutos em que não conseguiram colocar toda a qualidade em pista.
No fim fica a dúvida se é do pavilhão que está enguiçado ou se é coincidência e o problema reside nas duplas de arbitragem que erram contra nós quando jogamos no pavilhão Mário Mexia.
A preparação para a época correu sem grandes alterações no plantel apenas com a saída de Jorge Silva e a entrada de Gonçalo Suíssas. Foi a adaptação do Gonçalo a um grande clube e assim a utilização foi um pouco irregular, tendo aumentado ao longo que a época se aproximava do fim e em que as exibições dele foram melhorando. A empatia entre o Gonçalo e os adeptos foi grande tendo-lhe sido adaptada a música do João Moutinho e, tal como expresso na música, o Gonçalo alcançou o seu primeiro título nacional no FC Porto. O Gonçalo é um valor seguro da modalidade e a nova época certamente trará um Gonçalo ainda mais preponderante.
O balanço da época é positivo já que o principal objectivo foi conseguido e a dureza da época não permitiu que a equipa se apresentasse mais fresca, quer em Andorra, quer em Coimbra para a Taça de Portugal e conseguisse mais algum título.
Um agradecimento especial ao André Azevedo por estes 4 anos que defendeu as nossas cores e ao Emanuel Garcia que sai 11 anos depois de ter ingressado na formação do nosso clube. Boa sorte aos dois nos novos desafios que terão nas suas carreiras.
Ao mister Franklin Pais um enorme obrigado por estes 10 anos que culminaram com 10 títulos. Espero que as novas funções que o mister Franklin irá abraçar lhe tragam tanta felicidade como até aqui enquanto treinador. A certeza porém é que Franklin Pais será um nome incontornável na história da modalidade e na história do clube, primeiro como jogador e agora como treinador. Esperamos que entre na história também nas novas funções que lhe serão confiadas.
A finalizar fica a tristeza de algumas notícias desagradáveis na comunicação social dando conta de ordenados em atraso, algo que estes bravos guerreiros não merecem. O desejo para a nova época é da não repetição destas notícias já que estes atletas, bem como os do andebol e do basquetebol, encarnam a 100% o espírito do Dragão e merecem que o clube cumpra os compromissos que tem com eles. Esperamos que todos os problemas sejam ultrapassados porque os atletas precisam de estar 100% focados nos jogos e treinos e com a cabeça cheia de problemas é muito difícil.
Nota: Nas próximas semanas será elaborado um artigo antevendo a nova época.
O começo da época não foi o melhor, devido à participação de jogadores fundamentais nas selecções e que não chegaram ao clube nas melhores condições.
A Supertaça António Livramento foi a primeira batalha disputada em Coimbra em Setembro e o nosso desacerto nos penalties e livres directos, aliado à boa performance do inimigo neste capítulo, e com uma forte dualidade de critérios de arbitragem, levaram ao desaire e deixavam antever uma época duríssima que se veio a confirmar.
No início do Campeonato conseguimos rectificar a imagem deixada na Supertaça e entramos com uma vitória ante a aguerrida equipa do Valongo. Outras vitórias se seguiram, até que a 6 de Novembro nos deslocávamos ao terreno do eterno candidato na última década que, felizmente, tem sido sempre derrotado e a entrada em igualdade pontual deixava antever um jogo complicadíssimo. A sorte nas bolas paradas alterou-se face ao duelo anterior em Coimbra e aliada à melhoria do critério de arbitragem permitiu que a vitória sorrisse aos então ENEA CAMPEÕES.
A saída desta jornada permitia antever um campeonato duro mas desde logo com vantagem para o FC Porto. Na jornada seguinte a recepção ao Candelária trouxe o primeiro dissabor do Campeonato e a prova de que todos se “mordiam” para derrubar o FC Porto e um empate a 3 golos colocava alguma pressão no FC Porto em não perder mais pontos que o colocasse numa posição desconhecida desde há alguns anos. A equipa reagiu bem e com vitórias ante Espinho, Limianos e Braga.
A vitória em Braga fica marcada por um critério estranho da dupla de arbitragem Jaime Vieira e Joaquim Carpelho, em que ignoraram as regras internacionais e paravam o jogo para assinalar faltas, quando as regras dizem que se deve assinalar a falta e deixar prosseguir o jogo.
A deslocação a Viana, num jogo terrível para o FC Porto em que tudo corria mal, trouxe a primeira derrota da época e colocou a nossa equipa na posição de perseguidor, algo que não estávamos, felizmente, habituados. Era um período difícil para a nossa equipa e de intranquilidade que nem as vitórias frente ao Gulpilhares, Física e OC Barcelos nos permitiam descansar.
A 26 de Janeiro deslocação a Oliveira de Azeméis e uma derrota que nos colocava mais distantes do título já que o nosso inimigo não escorregava nem tropeçava como acontecia em anos anteriores. Neste momento passávamos a depender de terceiros para alcançar o objectivo do DECA CAMPEONATO.
Apenas 10 dias e as esperanças renasciam com o empate do líder dessa altura na deslocação aos Açores. As três jornadas seguintes eram cruciais, já que a perda de pontos seria fatal, visto que impediria a troca de liderança. As vitórias alcançadas em Cascais, na recepção ao Cambra e em Porto Santo colocavam o duelo no Dragão Caixa, a 5 de Março, decisivo para o FC Porto.
A recepção ao eterno candidato a campeão correu dentro das expectativas e a vitória colocou o FC Porto na posição que é sua por norma, ainda que em igualdade pontual, e possíveis escorregadelas fossem determinantes para a perda do objectivo.
A jornada seguinte era um teste duro com a deslocação aos Açores e o que durante o jogo parecia uma batalha perdida foi, no fim, uma vitória conseguida com muita raça, garra e querer. Este jogo permitiu clarificar algumas posições e ver que o máximo dirigente açoreano anda no hóquei para tentar beneficiar terceiros já que só se revolta por não ganhar ao FC Porto não dando mérito a uma equipa que lutou até ao fim do jogo.
As recepções ao Espinho, Braga, Viana e Física, intercaladas com deslocações a Ponte de Lima, foram ultrapassadas e colocavam-se embates tradicionalmente difíceis em Gulpilhares e Barcelos juntamente com a recepção à Oliveirense. Pelo meio ficava a recepção à Física. Estes jogos foram superadas em especial dificuldade com a excepção do jogo que confirmou o título na recepção aos comandados de Tó Neves.
Nas competições europeias a fase de grupos ficou marcada pela derrota pesada na deslocação ao Valdagno no período mais negro da época em Dezembro. Este derrota arredava a equipa do 1º lugar do grupo colocando a nossa equipa na rota do Barcelona.
Na final 8 disputada em Andorra, ainda na ressaca de Dublin, defrontamos e vencemos no golo de ouro os catalães num pavilhão maioritariamente português tal a presença dos nossos emigrantes. No dia seguinte seguia-se outro osso duríssimo com a recepção ao então 1º classificado da Liga Espanhola, o Liceo da Corunha. Não entramos muito bem no jogo e vimo-nos a perder 3-0. Depois, como prova do querer e da raça desta equipa, chegamos ao 3-3 e no prolongamento manteve-se a igualdade. Nos penalties fomos eliminados de forma inglória num penalti defendido pelo guarda-redes dos galegos de forma irregular, já que não se encontrava em cima da linha de golo e teria sido expulso obrigando à entrada a frio de um outro guarda-redes. Tal como em 2010, saímos de prova sem perder um jogo na fase decisiva. A minha confiança é que um dia destes a taça virá para o nosso lado e eu vou lá estar a apoiar já que estive nestes dois desaires um pouco inglórios.
Por último a retrospectiva da Taça de Portugal. Entramos na competição defrontando a Académica de Espinho em casa e conseguimos a vitória. De seguida o sorteio colocou no nosso caminho a combativa equipa do Santa Cita. Como são uma equipa da 3ª divisão manda o regulamento que a equipa de divisão inferior jogue em casa. Nova vitória e assegurada a presença na final 4 em Coimbra. Novamente o mesmo pavilhão da Supertaça e a dupla de arbitragem da visita Braga. O resultado foi similar ao da Supertaça com a vitória a sorrir à Oliveirense. Foi um jogo que não entramos bem e ao intervalo perdíamos 2-1. No início da segunda parte passamos de 3-2 para 5-2, tendo o 5º golo da Oliveirense sido marcado bem acima do 1,5m permitido pelas regras. Com dois livres directos Pedro Gil aproximou as equipas no marcador e a equipa acreditou que podia empatar e lutou até ao fim. Com o resultado em 5-4 Emanuel Garcia rouba de forma 100% legal uma bola junto à tabela lateral e o árbitro marca falta quando devia ter deixado jogar e seria um contra-ataque de 2 para 1 do FC Porto que podia ter dado o empate e o prolongamento que seria merecido pelo que os DECA CAMPEÕES fizeram na parte final do jogo mas inglório se olhássemos para os primeiro 35-40 minutos em que não conseguiram colocar toda a qualidade em pista.
No fim fica a dúvida se é do pavilhão que está enguiçado ou se é coincidência e o problema reside nas duplas de arbitragem que erram contra nós quando jogamos no pavilhão Mário Mexia.
A preparação para a época correu sem grandes alterações no plantel apenas com a saída de Jorge Silva e a entrada de Gonçalo Suíssas. Foi a adaptação do Gonçalo a um grande clube e assim a utilização foi um pouco irregular, tendo aumentado ao longo que a época se aproximava do fim e em que as exibições dele foram melhorando. A empatia entre o Gonçalo e os adeptos foi grande tendo-lhe sido adaptada a música do João Moutinho e, tal como expresso na música, o Gonçalo alcançou o seu primeiro título nacional no FC Porto. O Gonçalo é um valor seguro da modalidade e a nova época certamente trará um Gonçalo ainda mais preponderante.
O balanço da época é positivo já que o principal objectivo foi conseguido e a dureza da época não permitiu que a equipa se apresentasse mais fresca, quer em Andorra, quer em Coimbra para a Taça de Portugal e conseguisse mais algum título.
Um agradecimento especial ao André Azevedo por estes 4 anos que defendeu as nossas cores e ao Emanuel Garcia que sai 11 anos depois de ter ingressado na formação do nosso clube. Boa sorte aos dois nos novos desafios que terão nas suas carreiras.
Ao mister Franklin Pais um enorme obrigado por estes 10 anos que culminaram com 10 títulos. Espero que as novas funções que o mister Franklin irá abraçar lhe tragam tanta felicidade como até aqui enquanto treinador. A certeza porém é que Franklin Pais será um nome incontornável na história da modalidade e na história do clube, primeiro como jogador e agora como treinador. Esperamos que entre na história também nas novas funções que lhe serão confiadas.
A finalizar fica a tristeza de algumas notícias desagradáveis na comunicação social dando conta de ordenados em atraso, algo que estes bravos guerreiros não merecem. O desejo para a nova época é da não repetição destas notícias já que estes atletas, bem como os do andebol e do basquetebol, encarnam a 100% o espírito do Dragão e merecem que o clube cumpra os compromissos que tem com eles. Esperamos que todos os problemas sejam ultrapassados porque os atletas precisam de estar 100% focados nos jogos e treinos e com a cabeça cheia de problemas é muito difícil.
Nota: Nas próximas semanas será elaborado um artigo antevendo a nova época.
Nota final: O 'Reflexão Portista' agradece ao Fernando Delindro, um apaixonado do Hóquei em Patins e um portista sempre presente nos jogos das modalidades, a elaboração deste artigo.
2 comentários:
Houve vários momentos da época em que receei que este fantástico ciclo vitorioso ia ser interrompido pelo slb. Os encarnados têm vindo a fazer uma grande aposta no Hóquei e fizeram uma época muito acima do habitual.
Mas aqueles segundos finais nos Açores, no jogo contra o Candelária, são algo de inimaginável.
Acreditei que o título ia ser nosso. A partir da vitória nos Açores era esperar pela festa porque sabia que os jogadores também queriam muito vencer.
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