Extractos de uma entrevista recente de Józef Mlynarczyk ao jornal i:
«(...) o FC Porto era mais que um clube, era uma família. Muito unida. Nunca senti nada assim. Era um clube com jogadores tão próximos uns dos outros. Até arrepia, só de pensar. Mérito para o presidente Pinto da Costa. Nos treinos, todos se portavam bem mas bastava chegar ao balneário para começar a brincadeira. Aí, eu entendia a mística e a verdadeira amizade entre nós. E quem te diz isso sou eu, que nunca cheguei a falar muito bem português. Portanto, às vezes, nem entendia as piadas em português mas estávamos sempre a rir. E já se sabe que a alegria contagia.»
«(...) nunca senti tanto frio como nesse jogo [Taça Intercontinental] e olha que eu joguei anos e anos na Polónia, com neve e gelo. Mas nesse dia em Tóquio o tempo estava insuportavelmente frio. Cada vez que ia ao chão para agarrar uma bola, a relva molhada e gelada, juntamente com flocos de neve, entranhava-se no meu corpo, não sei muito bem como. E era cá um incómodo.»
«No FCP, não há um só momento inesquecível. Há vários. Foi muita coisa junta. Depois da Taça Internacional, ainda ganhámos a Supertaça Europeia. E ao Ajax, que tinha mais nome que nós. Esse Ajax era treinado por Cruijff e o adjunto era um tal Van Gaal. Ganhámos 1-0 em Amesterdão naquele que terá sido uma das melhores exibições do Rui Barros. Ele correu mais que todos os outros 21 jogadores em campo. Correu, correu e marcou-nos o golo da vitória.»
«(...) Aproveito para mandar um grande abraço ao Pinto da Costa. Foi ele que tornou estas memórias possíveis. E um abraço a todos os jogadores do FC Porto. E a todos os adeptos. E a todos aqueles que conheci na minha passagem por aí. A todos aqueles que me deram força quando me lesionei [facto aproveitado para se dar a passagem de testemunho para Vítor Baía]. E, é o último agradecimento, prometo, a todos aqueles que me mostraram o bem que se come e vive em Portugal. É um país magnífico. Parabéns.»
Lembro-me da serenidade que o Mly transmitia à equipa, o que contrastava com um certo nervosismo que prespassava quando o guarda-redes era o malogrado Zé Beto.
Lembro-me, também, da forma como este guarda-redes polaco fazia lançamentos longos com a mão, colocando a bola nos pés de jogadores portistas à entrada do meio-campo adversário.
«(...) o FC Porto era mais que um clube, era uma família. Muito unida. Nunca senti nada assim. Era um clube com jogadores tão próximos uns dos outros. Até arrepia, só de pensar. Mérito para o presidente Pinto da Costa. Nos treinos, todos se portavam bem mas bastava chegar ao balneário para começar a brincadeira. Aí, eu entendia a mística e a verdadeira amizade entre nós. E quem te diz isso sou eu, que nunca cheguei a falar muito bem português. Portanto, às vezes, nem entendia as piadas em português mas estávamos sempre a rir. E já se sabe que a alegria contagia.»
«(...) nunca senti tanto frio como nesse jogo [Taça Intercontinental] e olha que eu joguei anos e anos na Polónia, com neve e gelo. Mas nesse dia em Tóquio o tempo estava insuportavelmente frio. Cada vez que ia ao chão para agarrar uma bola, a relva molhada e gelada, juntamente com flocos de neve, entranhava-se no meu corpo, não sei muito bem como. E era cá um incómodo.»
«No FCP, não há um só momento inesquecível. Há vários. Foi muita coisa junta. Depois da Taça Internacional, ainda ganhámos a Supertaça Europeia. E ao Ajax, que tinha mais nome que nós. Esse Ajax era treinado por Cruijff e o adjunto era um tal Van Gaal. Ganhámos 1-0 em Amesterdão naquele que terá sido uma das melhores exibições do Rui Barros. Ele correu mais que todos os outros 21 jogadores em campo. Correu, correu e marcou-nos o golo da vitória.»
«(...) Aproveito para mandar um grande abraço ao Pinto da Costa. Foi ele que tornou estas memórias possíveis. E um abraço a todos os jogadores do FC Porto. E a todos os adeptos. E a todos aqueles que conheci na minha passagem por aí. A todos aqueles que me deram força quando me lesionei [facto aproveitado para se dar a passagem de testemunho para Vítor Baía]. E, é o último agradecimento, prometo, a todos aqueles que me mostraram o bem que se come e vive em Portugal. É um país magnífico. Parabéns.»
Lembro-me da serenidade que o Mly transmitia à equipa, o que contrastava com um certo nervosismo que prespassava quando o guarda-redes era o malogrado Zé Beto.
Lembro-me, também, da forma como este guarda-redes polaco fazia lançamentos longos com a mão, colocando a bola nos pés de jogadores portistas à entrada do meio-campo adversário.
4 comentários:
...e a marcar penalties. Numa meia-final para a Taça de Portugal, no Estádio do Bessa e contra o Boavista, depois de um empate no fim do tempo regulamentar, série de 5 penalties. O Boavista falhou o último, grande defesa do Mly.
O 5º e último a favor do F.C.PORTO decidia a vitória. E o Mly que tinha defendido, foi ele marcar o penaltie.
Golo. F.C. PORTO na final.
Nome grande de guarda-redes do F.C.PORTO, na linha de SISKA, SOARES DOS REIS, BARRIGANA, ACÚRSIO, AMÉRICO, RUI, VITOR BAÍA, HELTON.
Ah, magnífico Mlynarzik! Alma ainda maior que o corpo!
Um abraço, de AMIGO.
Realmente nós os adeptos temos tido uma sorte!... quantos fora de série já jogaram com esta (linda) camisola do fcp ?... (e,quantos jogam?)
este era um deles.
em toda a linha.
"alma ainda maior que o corpo"- bem dito r m silva da costa!
Um abraço também para ti Mlyna!
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