Há cerca de um ano atrás, num artigo cujo título foi 'Plano B para a equipa B', escrevi o seguinte:
«(...) não havendo jogadores que tenham, para já, demonstrado qualidade para serem chamados à equipa A, o Plano B poderia passar por “transferências” no sentido inverso, isto é, ir dando minutos em jogos da equipa B aos jogadores do plantel principal que não têm feito parte das escolhas de Vítor Pereira (...)
É sabido que todos os jogadores precisam de competição para evoluir e mais ainda quando são jovens. Nesse sentido, um campeonato disputado e intenso como é a II Liga, iria dar aos jogadores, que habitualmente não fazem parte da lista de convocados de Vítor Pereira, um andamento que seria muito útil, se e quando fosse necessário chamá-los a uma das competições (Campeonato, Taça de Portugal, Taça da Liga) em que a equipa principal vai estar envolvida.
De resto, parece-me óbvio que a articulação entre as equipas A e B tem de melhorar. A coisa tem de funcionar como uma espécie de vasos comunicantes, em que os que se destacarem na equipa B são chamados à equipa A (funcionando como um mecanismo de prémio e estimulo) e os menos utilizados da equipa principal poderão ganhar ritmo e competição em jogos da equipa B.»
Ao ler O JOGO, verifiquei que aquilo que defendi há um ano atrás vai ser posto em prática, não episodicamente, mas sim de uma forma regular e obedecendo a uma estratégia clara.
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| (O JOGO, 14-08-2013) |
Penso que esta estratégia irá contribuir para um maior sucesso do projecto da equipa B. Contudo, subsiste a dúvida de ver como irão reagir algumas pseudo vedetas, como é o caso do Iturbe, que na época passada chegou a fazer declarações públicas mostrando pouca vontade em jogar pela equipa B do FC Porto.
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| Beira Mar x FC Porto B (O JOGO, 13-08-2013) |
8 comentários:
Também me parece a estratégia ideal mas não é sem demérito, as constantes alterações de elenco acabam por prejudicar o entrosamento e a criação de dinâmicas próprias na B, o que também pode condicionar o desenvolvimento dos jogadores mais jovens. Julgo que vimos isso, em certa medida, com o Sporting B na 2a volta da época passada quando o êxodo de jogadores para o plantel principal começou a pesar.
São factores que se podem levar em linha de conta para não desbaratar por completo o trabalho do Luís Castro, mas à partida parece-me que será a melhor forma de integrar e motivar os jogadores com falta de minutos na A.
Esta estratégia da equipa B ia começando como na época anterior e com um dos mesmos intervenientes. Tiago Ferreira não é jogador para oferecer confiança, ainda bem que não está lá um David Bruno, outro com falta de categoria. A equipa B, pelo menos no Porto, tem um problema grande, metade dos jogadores não tem categoria, a outra metade não tem motivação. Porque havia o Iturbe de gostar? Tenho a certeza que o Herrera, internacional mexicano também não gosta de ir para a equipa B, o mesmo vai acontecer ao Reyes. Na equipa do ano passado não apareceu ninguém com qualidade para a equipa A, como se viu, por isso o Sebá foi emprestado e o To Zé fica na B. Só teria algum sentido se tivessemos um núcleo grande de jogadores de qualidade vindos dos juniores, que fizessem um conjunto. Felizmente a equipa técnica parece ser melhor este ano.
Tiago Ferreira e TóZé marcaram um golo esta Segunda contra o Beira-Mar. Se não têm qualidade...
Sebá não pertence ao FC Porto.
A razão pela qual alguns dos jogadores dos A irão fazer uma perninha nos B não é apenas para lhes dar tempo de competição mas também para compensar o facto do número e acima de tudo da qualidade dos B é pequena. Assim matam-se dois coelhos com uma....
O Antero já tinha avisado numa das entrevistas à Marca dos últimos meses e o Luis Castro confirmou-o depois do jogo com o Beira-Mar. O staff técnico e a direcção desportiva consideram a equipa A, B e os juniores um só grupo de trabalho de 60 jogadores, que vão mover-se consoante as necessidades.
Haverá juniores a actuar pelos Bs, apesar de continuarem a ser preferencialmente júniores, jogadores da B a subir aos A pontualmente (uma situação dificil com o over-booking que ainda existe) e jogadores da A que vão baixar á B, num modelo claramente britânico de manter os atletas com ritmo de jogo nas pernas.
Parece-me uma excelente política até porque já ficou claro que há poucos atletas na B que podem subir de imediato e é importante que a equipa se mantenha na Liga de Honra e com uma dinâmica positiva. Aos jogadores, pontualmente, não lhes vem mal fazer uma perna na B e isso também não vem travar concretamente o progresso de nenhum jogador.
O Tiago Ferreira parece que tem uma doença degenerativa, antes cometia erros de juvenil, agora dá autênticas casas de iniciado. Contra o Beira-Mar marcou um golo, certo, também ofereceu o 1o golo do Beira e enterrou quase todos os lances onde esteve envolvido, à imagem aliás do que já tinha feito no Mundial de sub-20. Está uma nódoa.
O David Bruno nisso foi é mais coerente, porque foi sempre um buraco. Se não foi o pior lateral da 2a Liga na época passada, andou lá perto.
Já dizer que o Tozé, Quino, Seri (!) e Kadú, por exemplo, não têm categoria nem/ou vontade parece-me manifestamente exagerado. Rafa é bem capaz de ser o melhor puto a sair da nossa formação nos últimos largos anos, Tomás, André Silva e Caballero também têm potencial.
Este fim-de-semana o jogo da equipa B (FC Porto B x Trofense) é no Sábado, um dia antes do jogo da equipa principal (V. Setúbal x FC Porto).
Estou com alguma curiosidade em ver se algum dos não convocados para Setúbal irá jogar na véspera pela equipa B.
Imagino que assim seja, provavelmente Tiago, Carlos, Reyes e Ricardo estejam por lá!
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