Desde que saiu do FC Porto, quantas entrevistas (a maior parte delas exclusivas) é que O JOGO já publicou de André Villas-Boas? Sinceramente, já perdi a conta.
Obviamente, percebo o forte interesse jornalístico de um jornal como O JOGO, publicar entrevistas com ex-treinadores do FC Porto.
Mas, precisamente por reconhecer o interesse jornalístico e saber qual é o principal público-alvo do único jornal desportivo que tem a sede no Porto, surprende-me que O JOGO não publique entrevistas com o último dos ex-treinadores do FC Porto, até porque, que me lembre e desde que saiu do FC Porto, Vítor Pereira já deu entrevistas extensas ao Maisfutebol (01-07-2013), TVI e Record (10-09-2013).
É O JOGO que, de acordo com a sua linha editorial, não está interessado em entrevistar o treinador que levou o FC Porto ao tri-campeonato, ou Vítor Pereira que não quer dar entrevistas ao jornal dirigido por José Manuel Ribeiro?
Nota: Este post nada tem a ver com o gostar mais ou menos de AVB ou de VP. Aliás, para que fique claro, eu faço parte dos portistas que já perdoaram a "traição" de AVB e gostava de, um dia (não esta época, porque isso seria muito mau sinal), o ver regressar à sua "cadeira de sonho".
12 comentários:
Posso estar enganado, mas não me lembro de muitas entrevistas do Victor Fernandez, do Co Adriaanse ou do Jesualdo ao Jogo depois de serem treinadores do Porto.
Sem querer parecer defensor oficioso do dito do jornal, creio que as entrevistas a AVB se justificam pela notabilidade do treinador (afinal de contas, esteve na Premier League e ganhou o que ganhou no FCP) por comparação com os seus antecessores e com o seu sucessor. Da mesma forma que, comercialmente, os portistas terão mais interesse em "comprar" uma entrevista de AVB do que dos outros treinadores que referi.
Desculpem-me o off-topic, mas por falar em gente que tem uma "agenda", e tendo em conta que alguns me criticaram quando disse que o MST era mentiroso, desonesto e faz muito mal ao Porto, leiam o que ele escreve no ponto 2 deste texto:
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O homem é tão anti-VP que diz que essa jogada táctica (que só é brilhante porque teria sido feita por AVB) foi feita no jogo de 2011 (em que James nem sequer jogou) em vez do 3-2 na Luz de VP! É a este ponto que este "doente" chega. Quanto tempo mais vamos ter uma pessoa destas associada ao nosso clube? Não sei se é por ser desonesto se é por ser idiota, mas é uma vergonha para todos os portistas!
Posso estar enganado, mas não me lembro de muitas entrevistas do Victor Fernandez, do Co Adriaanse ou do Jesualdo ao Jogo depois de serem treinadores do Porto.
Eu também não me lembro, nem ao O JOGO, nem a outros jornais.
Mas convém distinguir as coisas e perceber as linhas editoriais dos jornais desportivos.
O Victor Fernandez e o Co Adriaanse não sairam propriamente a bem do FC Porto e não ficaria surpreendido do interesse, não de O JOGO, mas de A BOLA ou do Record em os entrevistar.
Esta entrevista justifica-se por um simples motivo: o seu despedimento do Tottenham.
O Fernandez não saiu a mal. Teve resultados negativos, mas tanto quanto me lembro houve um acordo de cavalheiros e saiu de uma forma educada e cordial (o que aliás condiz perfeitamente com o modo de estar da pessoa). Tal como o Jesualdo Ferreira não saiu a mal e poucas entrevistas deve ter dado ao Jogo depois disso (eu nem me lembro de nenhuma).
O VP prestou declarações ao referido jornal aquando do Porto vs Sporting. Não deu nenhuma entrevista de fundo, é certo, mas não deixou de ser ouvido e ter tido protagonismo na primeira página.
De resto, acho que por si só esta entrevista do AVB ao Jogo vai um pouco contra a ideia - que eu, talvez por ser muito ingénuo, continuo sem perceber - de que o Jogo está alinhado com o Paulo Fonseca.
O Fernandez não saiu a mal. Teve resultados negativos, mas tanto quanto me lembro houve um acordo de cavalheiros e saiu de uma forma educada e cordial
Concerteza. Mas qualquer treinador que é despedido a meio da época, não sai muito satisfeito desse clube.
Entrevistar o Victor Fernandez após ter sido despedido teria um inegável interesse jornalístico, mas será que essa entrevista encaixaria na linha editorial de O JOGO?
Dentro daquilo que era (e continua a ser) a linha editorial de O JOGO (por alguma razão JMR sucedeu a Manuel Tavares), será que O JOGO estava interessado em publicar este tipo de declarações de Victor Fernandez:
"Pedi mais tempo à direção e não mo deram. Respeito a decisão, mas erraram ao despedir-me. Estávamos no terceiro lugar, a um ponto do Sporting e a dois do Sp. Braga. Garanti ao presidente que seríamos campeões. (...) O presidente precipitou-se, mas continuamos a ter uma relação fantástica."
Mas podemos ter a certeza que ao Vitor Fernandez foi convidado a ser entrevistado? E se foi convidado pode ter recusado.
O VP prestou declarações ao referido jornal aquando do Porto vs Sporting. Não deu nenhuma entrevista de fundo, é certo, mas não deixou de ser ouvido e ter tido protagonismo na primeira página
Duarte, parafraseando uma célebre frase preferida pela Maria José Nogueira Pinto num congresso do CDS, você sabe que eu sei que você sabe que eu sei…
Como ambos sabemos, a conversa (não entrevista de fundo) de O JOGO com o Vítor Pereira foi balizada num único tema (o FC Porto x Sporting) e resumiu-se a meia dúzia de frases publicadas.
De resto, acho que por si só esta entrevista do AVB ao Jogo vai um pouco contra a ideia - que eu, talvez por ser muito ingénuo, continuo sem perceber - de que o Jogo está alinhado com o Paulo Fonseca.
Ó Duarte, você de ingénuo não tem nada, a começar pela escolha daquilo que eu suponho ser um nickname ("Duarte").
Como é óbvio, o "alinhamento" de O JOGO é com a decisão de Pinto da Costa de não renovar com Vítor Pereira e escolher um "novo Mourinho" para lhe suceder (após os últimos bons resultados, até já se fala em “FC Porto reabilitado por Paulo Fonseca” e em “edição de autor”...).
Quanto às diversas entrevistas com AVB, diga lá, qual tem sido o tom?
Acha que têm sido entrevistas inócuas, ou têm servido para, aos poucos, "limpar a imagem" de AVB junto dos adeptos portistas, após a saída pouco simpática da sua "cadeira de sonho"?
"Ó Duarte, você de ingénuo não tem nada, a começar pela escolha daquilo que eu suponho ser um nickname ("Duarte")."
É apenas o meu primeiro nome. Se quer saber, até já nos conhecemos pessoalmente e eu tive todo gosto nisso. E para pormos tudo em pratos limpos, não trabalho nem nunca trabalhei no Jogo.
Quanto ao "novo Mourinho", foi do Jogo que veio tal epíteto? Se foi, acho absurdo. A não renovação com VP é uma coisa para a qual creio que a maior parte dos portistas já virou a página, mesmo alguns dos seus simpatizantes.
Como já aqui disse, a escolha do sucessor de Vítor Pereira poderá é ter sido errada e aí contra mim também falo, já que fui um dos que defendeu a vinda do PF. Até agora, o actual treinador tem-me desiludido bastante no geral.
Acho que o AVB, do ponto de vista desportivo, não precisa de ver a sua imagem limpa para 99% dos portistas. De resto, ao ser convidado pelo presidente para diversos eventos oficiais no clube e ao marcar presença neles, o próprio AVB limpou a imagem da forma feia como abandonou o clube. Aí não terá chegado para convencer uma percentagem tão grande, mas aposto que a franca maioria dos adeptos o vê com bons olhos.
Quanto ao "novo Mourinho", foi do Jogo que veio tal epíteto?
Não (que eu saiba).
Eu é que digo que o Pinto da Costa anda à procura de um "novo Mourinho". Um treinador jovem, ambicioso, que tenha feito um trabalho meritório num clube pequeno (Mourinho deixou o Leiria em 3º lugar quando saiu para o FC Porto) e, se possível, com um discurso apelativo.
A não renovação com VP é uma coisa para a qual creio que a maior parte dos portistas já virou a página
Concerteza.
Como explica, então, a necessidade de O JOGO em fazer permanentes comparações entre Paulo Fonseca e Vítor Pereira?
Podia dar-lhe N exemplos dos últimos meses, mas vou recorrer a dois do artigo que publiquei.
«O futebol jogado não é pior do que foi o de Vítor Pereira grande parte do tempo (melhor no ataque, pior na organização)»
«em duas semanas Fonseca virou a mesa e ganhou uma equipa, que não só é muito diferente das versões anteriores dele próprio como já é uma edição de autor, impossível de relacionar com as de Vítor Pereira»
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