No dia 23 Fevereiro de 2012, o jornal catalão El Mundo Deportivo noticiou o interesse do Benfica em Cristian Tello, adiantando que Valência, Málaga e Liverpool eram outros emblemas que tinham o futebolista debaixo de olho.
Perante esta notícia, Nuno Farinha, jornalista (Subdiretor do Record) e um assumido adepto “doente” do FC Barcelona, escreveu o seguinte no seu blogue dedicado ao Barça: “Cristian Tello? E não querem mais nada?” (vejam os comentários)
Cerca de um ano depois, em 18 de Abril de 2013, num post intitulado “Cláusula de alto risco”, o mesmo Nuno Farinha escreveu o seguinte:
«Tello continua a sua assombrosa evolução que está a surpreender, até, o próprio Barcelona. Só assim se compreende que a cláusula de rescisão do extremo seja de apenas 10 milhões euros - perfeitamente acessível a qualquer clube grande. É preciso rever com urgência o contrato de Tello e atualizar, igualmente, esta perigosíssima cláusula: 10 milhões é a cláusula de vários "garotos" das equipas B em Portugal. Tello reclama um lugar na melhor equipa do Mundo. Atenção, pois.»
E quando se começou a falar, de forma mais insistente, na hipótese de Tello vir para o FC Porto, num novo post, intitulado Tello é a "bomba" do FC Porto, o sócio 129800 do FC Barcelona, escreveu o seguinte:
«O negócio não está ainda garantido, mas há mesmo fortes possibilidade de Tello ser cedido ao FC Porto por empréstimo. A titularidade no Barça é um objetivo impossível: as três vagas do ataque para a nova época estão reservadas para Messi, Neymar e, em princípio, Luis Suárez. Ainda "sobram" Alexis Sánchez, Pedro e Deulofeu. Mesmo que Alexis venha a sair (ou mesmo Pedro), é fácil perceber que a vida não está fácil para Tello. Não é por isso que deixa de ser um jogador de top. É mesmo: velocidade de ponta impressionante, praticamente impossível de parar no 1x1 (quando embala para a linha de fundo) e com muito golo (sobretudo para um extremo). Se Lopetegui o convencer a mudar-se para o Porto... é de tirar o chapéu!»
E Tello veio mesmo, num empréstimo de dois anos.
«O FC Porto assegurou a cedência, por empréstimo, do extremo espanhol Cristian Tello, do FC Barcelona, para as próximas duas épocas desportivas, com opção de compra, findo esse período.»
«FC Barcelona and FC Porto have reached an agreement for the loan of striker Cristian Tello for the next two seasons, with the latter having an option to buy. The loan will operate on a payment basis, and FC Barcelona withhold the right to cancel the option to buy as well as the loan agreement itself at the end of the first season.»
No seu site, o FC Barcelona referiu que pode anular a opção de compra, bem como, o acordo de empréstimo no final da primeira temporada mas, segundo o jornal O JOGO, nesse caso o FC Porto será compensado (financeiramente).
De facto, o FC Porto “corre o risco” da 1ª época de Tello no Porto ser tão boa que, no final da temporada 2014/2015, o colosso catalão irá/poderá anular a opção de compra e compensar financeiramente a FCP SAD.
Ou seja, investindo muito pouco, o FC Porto irá usufruir de um produto de La Masia durante dois anos, isso é (quase) certo.
Qual é o risco desta operação?
O “risco” é o Tello fazer duas excelentes épocas de dragão ao peito, ajudar o FC Porto a alcançar sucessos desportivos e de, ao fim desses dois anos, o FC Barcelona o querer de volta.
Como adepto e sócio do FC Porto é um cenário que, a concretizar-se, não me parece nada mal, bem pelo contrário.
29 comentários:
Visto que de outra forma não teriamos qualquer hipotese de ver Tello a jogar de dragão ao peito, olha.... Assim seja.
Para mim, um grande jogador ainda tem como missão proporcionar grandes espectáculos e grandes resultados... Não grandes negocios!
Daquilo que o vi jogar tenho algumas dúvidas que seja um reforço de peso como já anunciado. Não é um jogador soberbo e devido à idade pode perfeitamente sair uma especie de jeffren ou mesmo nolito. Meto mais depressa as mãos no fogo por Adrian, um jogador já feito ou por Brahimi se se confirmar.
Por outro lado, o facto de conhecer o treinador e de treinar todos os dias num estilo de jogo que será proximo do estilo de lopetegui pode fazer com que expluda e se torne dos melhores do plantel.
PS:pelo que percebi no fim da segunda época, pagando o porto a opção de compra , o barcelona já não pode fazer nada.
Há muito tempo que eu digo aqui que nao tenho problema nenhum que se tenha um dois (mas nao mais) jogadores emprestados, q venham para uma posição deficitária e se forem de qualidade, q estejam tapados num grande clube europeu - e principalmente se forem maduros (já q é para tirar rendimento imediato e nao fazer de barriga de aluguer).
Tello cumpre em grande parte esses requisitos (nao é jogador feito) e apesar de um custo aparentemente elevado (nao esquecer o salário) nao me parece mal à partida q venha.
Já os portistas q me caíram em cima quando sugeri isso (e dando exemplos bem vistos no slb nos ultimos anos), dizendo q o nosso modelo é diferente, de valorizar jogadores nossos, é q devem estar muito chateados...
Já o caso de Oliver é diferente, aí temos claro overbooking (começando por Quintero) e nesse caso fui contra.
Os empréstimos são (serão) a nova fonte de negócios dos clubes europeus, visto a UEFA e por acréscimo a FIFA quererem "ilegalizar" os famosos fundos desportivos... e como bons portugueses que somos, quando não há cão, há gato!
E depois estou como o Miguel, os jogadores estáo ali para fazer grandes jogos, não grandes negócios...
Os empréstimos são (serão) a nova fonte de negócios dos clubes europeus, visto a UEFA e por acréscimo a FIFA quererem "ilegalizar" os famosos fundos desportivos... e como bons portugueses que somos, quando não há cão, há gato!
E depois estou como o Miguel, os jogadores estáo ali para fazer grandes jogos, não grandes negócios...
Perdão!!!! Queria dizer clubes portugueses, não europeus, visto serem esses os que frequentam o nosso hipermercado...
Completamente de acordo!
Emprestados com opção de compra não me mete confusão nenhuma... a questão do Oliver associado ao overbooking de Médios Ofensivos e então com a possível integração do Brahimi, essa fica difícil de perceber.
Agora se veio o Tello e se o Casimiro vier nas mesmas circunstâncias, está tudo muito bem.
Estes empréstimos tem o condão de pedir emprestado o "melão" abri-lo e só depois decidir se o queremos mesmo ou não e isso é priceless.
Para além da própria gestão financeira e do investimento poder ser preparada com 1 ano de antecedência, colocando agora apenas uma pequena verba em cima da mesa para ir buscar um jogador que de outra maneira, não o teríamos por cá.
Comparar o Tello ao Nolito ou ao Jeffrén é de bradar aos céus. O primeiro, para além de ser melhor jogador (o Jeffrén também poderia tê-lo sido, mas as lesões impediram-no), tem muito mais andamento de equipa A do Barcelona do que os outros dois. E confesso que também não embandeirei em arco com a contratação do Tello: acho que é um bom jogador que pode dar muito ao Porto, mas não é um craque tipo Hulk ou James. Em todo o caso, tendo em conta o marasmo nas alas no princípio da época passada, é uma excelente notícia. Quanto ao empréstimo, não me escandaliza. É o negócio possível, uma vez que o Tello não queria perder a ligação ao Barcelona (acredita legitimamente que ainda pode lá vingar), nem o Barcelona queria abdicar precocemente de um jogador promissor (é uma política já vista). Em suma, um bom negócio, na senda do que tem sido feito neste defeso.
O risco de qualquer empréstimo é sempre o risco do pouco retorno financeiro em caso de grande sucesso desportivo.
Tello apesar de ter alguns defeitos na tomada de decisao, estou convencido que se tornará num idolo dos adeptos pois tem qualidade individual e boa capacidade de concretizaçao. Adrian, por exemplo já penso que vai ser mais incompreendido, porque é mais jogador de equipa e a nao ser que supere os 15 golos nao vai destacar-se individualmente tanto como Tello, para além de ter o rótulo dos 11 milhoes, por 60% do passe, nos seus ombros.
Globalmente nao tenho problemas com empréstimos, penso até que muitas vezes sao formas mais "seguras" de assegurar os serviços de um atleta, embora esse metodo nao possa ser aplicado quando tentamos contratar jovens promessas sul-americanas, numa época como esta em que estamos a contratar uma equipa praticamente nova isso, faz ainda mais sentido (sem exagerarmos obviamente).
Globalmente também estou a gostar da politica de contrataçoes porque, com excepçao de um ou outro jogador, seguem uma linha coerente dentro das ideias que o treinador defende.
Já agora, vai ser necessário, alguma paciencia por parte dos adeptos:
-Treinador novo, com métodos totalmente diferentes, e que tem de adaptar-se à nossa realidade.
-Um 11 quase todo remodelado com 3/4 jogadores da época passada
-Uma pré eliminatória extremamente importante para a liga dos campeoes
Nao esperemos que tudo comece a funcionar logo no arranque da temporada.
O desespero de imaginar um novo mês de Maio em branco fez PdC esquecer 30 anos de filosofia desportiva. É uma pena que um trabalho, tantas vezes bem feito, seja trocado por uma solução de consumo imediato sem nenhuma perspectiva de futuro apenas para impedir o bicampeonato do Benfica a todo o custo. O FC Porto não era isto!
Em que medida esta política de contratações não tem "nenhuma perspectiva de futuro" se em 3 empréstimos para "consumo imediato" 2 são com opção de compra? O que dizer das restantes contratações a título definitivo?
Queria só informar o sr Jose Correia, autor do Post, que desde 01 de Agosto de 2013, vai fazer agora 1 ano, que o jornalista sr Nuno Farinha não é Subdirector do Jornal Record, é apenas Editor. Se quiser actualizar-se aqui vai o link da Ficha Técnica da actual (em funções) Direcção do Record.
http://www.record.xl.pt/info/ficha_tecnica.aspx
O seu a seu dono.
Actualmente, o Subdirector é o António Varela.
Fico há espera de um post a explicar tudo isto muito direitinho. É que infelizmente nao alcanço nenhuma destas conclusoes excepto a parte de uma soluçao para o imediato (felizmente), e este tema merece um debate á parte.
Nao deixe de fora uma explicaçao para o "sem perspectiva de futuro", e qual a filosofia desportiva de 30 anos que aplicamos tantas vezes bem (eu ao longo desses 30 anos, presumo os mais recentes, vi várias filosofias desportivas utilizadas pelo clube, algumas bem distantes entre si), e qual a diferença significativa para pior, desta politica de contrataçoes em contraste com os recentes anos.
Desde já obrigado
João,
Convém ler a letra pequena.
Tanto o Barcelona como o Real Madrid têm opção de recuperar o jogador sem que o FCP possa dizer o contrário. Os próprios jogadores têm direito a voltar ao FCB se não quiserem ficar mais um ano no clube. Portanto, o FCP pode gostar muito do melão. Se este ou o seu anterior não quiserem que o coma, vai ficar com fome.
PS: Parece assim tão improvável que, se a época desportiva de Tello e Casemiro for tão boa como espero que seja, os respectivos clubes os repatriem para depois os vender ao melhor postor? O Real Madrid já fez isso com Alvaro Negredo, por exemplo, e o Almeria ficou a perder um grande negócio!
Luis, Pedro,
Fácil: não são jogadores do FCP.
O FCP paga os salários, pago um x para os ter e depende, exclusivamente, do desejo de Real Madrid e Barcelona, bem como dos jogadores, de poder efectuar a opção de compra. Se o clube de origem os quiser repescar, repesca. Se os quiser revender a outro clube tirando maior lucro, pode faze-lo ao fim do primeiro ano. Se a época desportiva for de elevado nivel, como espero que o seja, é o cenário mais do que provável para ambos os casos. Os proprios jogadores podem solicitar ao fim do ano voltar ao clube de origem se quiserem.
Portanto, esta opção tem uma perspectiva de futuro muito limitada e depende, em quase nenhum ponto (salvo o de péssimo resultado desportivo) do FC Porto.
Por outro lado, o FC Porto já apostou em muitos modelos de negócio nos últimos anos, mas é a primeira vez que mendiga jogadores e prefere ter jogadores emprestados a jogadores seus. Talvez seja consequência de uma péssima gestão financeira na última década que deixou um passivo ruinoso, talvez seja a mão do agente que agora manda no Dragão mais do que o presidente. Pode ser. Mas este modelo de negócio, por exemplo, faz com que o espaço no plantel do "futuro" Anderson, James e companhia porque não há espaço para todos.
Dito isto, esta é a minha opinião sobre o modelo de negócio baseado em empréstimos (não ao conceito de empréstimo pontual em si) e muito menos está relacionado com os jogadores. Acho que são dois excelentes jogadores, que vão ajudar muito a equipa e que entrarão de caras no onze titular com o que plantel tem actualmente. Salvo o Oliver que me parece mais um favor (tal como negócio Adrian) do que uma necessidade!
Miguel Lourenço Pereira disse:
"O FCP paga os salários..."
Naturalmente, como paga de TODOS os jogadores, quer detenha 100% do passe, apenas uma parte do passe ou estejam no Porto por empréstimo.
Miguel Lourenço Pereira disse:
"Se o clube de origem os quiser repescar, repesca. Se os quiser revender a outro clube tirando maior lucro, pode faze-lo ao fim do primeiro ano. Se a época desportiva for de elevado nivel, como espero que o seja, é o cenário mais do que provável para ambos os casos. Os proprios jogadores podem solicitar ao fim do ano voltar ao clube de origem se quiserem."
São muitos SES.
Para já, o que é certo, é que o Tello vai estar uma época no Porto, sem que a FCP SAD tenha gasto uma fortuna na sua contratação e uma pequena fortuna em comissões e encargos do negócio.
Aliás, o valor pago por 1 ano de empréstimo (diz-se que será 1 milhão de euros) é menor do que apenas as comissões pagas em muitos dos negócios feitas pela SAD nos últimos anos.
Mas, se quisermos ir pelo caminho dos SES, podemos especular noutro sentido.
Daqui a um ano, é muitíssimo provável que Messi, Neymar, Luis Suárez e Pedro Rodríguez (já nem conto com Gerard Deulofeu) continuem em Barcelona, o que reduz a quase zero as hipóteses de Tello poder ser titular do Barça.
Neste cenário, quem disse que o FC Barcelona estaria interessado em repescar o Tello para o revender a outro clube?
Para o Barça pode ser mais interessante continuar com o Tello sob contrato e mantê-lo no Porto mais 1 ou 2 anos.
E quem garante que o próprio Tello estaria interessado em servir de mera mercadoria, se não for para voltar a Barcelona?
Mais ainda. Se o FC Barcelona quiser vender o passe do Tello, quem disse que a FCP SAD não pode chegar a acordo e comprar o passe, por exemplo com o apoio de um Fundo?
Miguel,
Os jogadores voltam sempre e vão sempre embora se não quiserem ficar não é? Veja-se o caso do Fucile e agora do Rolando ou do Atsu...
Em relação às letras miúdas, convém ser bem lindas... no caso do Casemiro se o Porto accionar a clausula de compra, o Real não mede o dedo e fica com uma clausula de recombra (provavelmente o dobro do que o Porto paga por ele... pelo menos é assim que o Real tem feito com os outros negócios anteriores a este) e aí o Porto ganhará bastante dinheiro se o Real o quiser de volta.
No caso do Tello se o Barcelona exercer o "re-call" do jogador tem de compensar o Porto financeiramente.
Portanto os interesses do Porto estão protegidos.
Miguel,
O Porto não tem adoptado esta politica e MUITO MAL MESMO!
Exceptuado na B, os empréstimos deveriam ser regra na A, mas sempre com opção de compra e nunca sem como é óbvio.
Será preciso lembrar que o Tello está no plantel do Porto ao preço de um Benitez?
Ou será melhor referir que o Tello foi mais barato que o Prediguer, Licá, Tomás Costa, David Addy, Hector Quinones, Kleber, Souza, Mark Janko, Walter, etc.. etc... etc...
Este é o caminho certo! Adquirir jogadores já com nome, jovens e tapados nos grandes clubes da Europa ( e cada vez vai haver mais destes)! Se for por empréstimo com opção de compra que o seja, mas tem de ser assim.
Só quando penso que o Reyes custou 10M€ e esta na fase de evolução tão atrasada que está que ao 2º ano dificilmente terá lugar no 11 em muitos jogos e só de pensar que se o tivéssemos trazido com opção de compra tinha-se poupado 9M€ pelo menos.
Temos de aumentar a fiabilidade do negócio e tentar errar cada vez menos e duvido que nos enganemos quando vamos buscar Indi, Tello, Adrian ou Casimiro... jogadores internacionais com provas dadas na Europa.
E se nos enganarmos dois deles estão por empréstimo...
Caro Miguel, depois de tudo o que diz continuo sem uma resposta a qualquer pergunta que efectuei.
1- Qual a diferença entre ter um jogador emprestado com direito de opçao, a ter um jogador a meias com um qualquer fundo que exige a venda do jogador sempre que aparece uma proposta por um determinado valor?
Pondo as coisas nos seus termos: qual a diferença entre medingar ao Real Madrid ou Barcelona e mendigar a um qualquer fundo que financie a compra de determinado jogador?
2- A maior parte das compras continua a seguir um modelo de comprar jovens para valoriza-los e vende-los mais tarde por um valor acrescentado. A diferença é que estes têm mais experiencia europeia e estamos a recruta-los num mercado diferente que é o espanhol. Os próprios valores nao diferem muito das promessas sul-americanas que normalmente contratavamos.
Nao pudemos num ano criticar o clube por preferir sempre jovens promessas sul-americanas por valores absurdos e agora criticarmos porque mudamos para o mercado europeu.
3- Falta espaço James e Anderson no futuro porquê? Estamos apenas a seguir um modelo semelhante à época de Mourinho: depois de uma época muito abaixo das expectativas chegaram à conclusao que era necessário uma revoluçao do plantel e passam para o treinador grande parte da responsabilidade dessa reformulaçao. A diferença é que, ao contrário de Mourinho que conhecia bem o mercado portugues, este olha para o mercado que melhor conhece que é o espanhol, com os custos que isso acarreta. Tal como nessa altura estamos a escolher jogadores para o imediato nao para daqui a 2/3 anos.
Onde está escrito que a partir de agora iremos seguir sempre esta politica de empréstimos? Para mim é apenas pontual numa época de necessidade e em que nao existe possiblidades financeiras contratar 9/10 jogadores de top.
Quanto dinheiro já gastamos em novos James e Anderson que depois se tornaram num Tomás Costa ou um Prediguer?
3- Tudos os presupostos que enuncia baseiam-se num grande sucesso desportivo, que ninguém neste momento pode sequer prever. Lembre-se do que disse sobre este treinador, e nao venha agora, apenas porque dá jeito assegurar que tudo vai ser um mar de rosas desportivamente apenas para justificar a sua opiniao.
Digo mais, tenho assistido a várias reaçoes como a sua, tudo por causa da palavra emprestimo, mas parece-me que tudo nao passa de um qualquer complexo de inferioridade pelo facto dos jogadores chegarem dum Real Madrid e Barcelona, viessem eles dum Braga ou Gil Vicente este histerismo pura e simplesmente nao existia.
4- Por fim gostaria de saber como num plantel de 24/25, ter 2 emprestados com opçao de compra (com todas as clausulas que possam existir) e 1 sem qualquer opçao é uma politica de empréstimos? Só para relembar que já vamos na nossa 9º aquisiçao oficial para esta época.
Zé,
"Para já, o que é certo, é que o Tello vai estar uma época no Porto, sem que a FCP SAD tenha gasto uma fortuna na sua contratação e uma pequena fortuna em comissões e encargos do negócio.
Aliás, o valor pago por 1 ano de empréstimo (diz-se que será 1 milhão de euros) é menor do que apenas as comissões pagas em muitos dos negócios feitas pela SAD nos últimos anos."
Tendo sido eu uma das vozes mais criticas à utilização de fundos pelo clube, esse argumento não belisca o mais minimo o que eu disse. Não há só dois caminhos nestas estrada.
Zé,
"este cenário, quem disse que o FC Barcelona estaria interessado em repescar o Tello para o revender a outro clube?"
Se o FC Barcelona receber uma oferta superior ao que o FCP irá pagar para ficar com o jogador a titulo definitivo (8 milhoes) e se esse clube oferecer a Tello mais o que ele ficaria a ganhar no FCP, a lógica ditaria que o Barça repescasse o jogador e este aceitasse ir. Chame-se Tello ou chama-se X. Aliás, já houve uma oferta de 10 milhões do Liverpool este ano mas era a titulo definitivo (o Barcelona ainda não tinha fechado Suarez) e Iago Aspas, amigo pessoal de Tello, não lhe recomendou Liverpool para viver.
Se Tello e Casemiro, como eu espero, vão fazer uma optima época desportiva, parece-me quase quimérico achar que vão ficar a titulo definitivo do clube.
Depois da resposta, continuo sem perceber como 3 empréstimos podem mandar às malvas uma "política desportiva". Trata-se apenas de 3 jogadores num presumível plantel de cerca de 25. Os restantes 22 também não são jogadores do FCP? Acho que foi uma opção muito boa, uma vez que traz 3 jogadores de indiscutível qualidade, sem um investimento avultado. No fim do empréstimo, se o Porto quiser ficar com 2 deles, pode fazê-lo, desde que haja acordo com os clubes de origem e com os jogadores. Deste modo, parece-me que se houver sucesso, os jogadores poderão inclinar-se a replicá-lo na época seguinte no mesmo clube, uma vez que tanto o Barcelona como o Real Madrid têm plantéis sobrelotados. Neste caso, a vontade do Tello e do Casimiro será decisiva e se se tornarem jogadores nucleares e queridos pelos adeptos não é inverosímil que optem por dar continuidade à carreira no Dragão (pelo contrário, é muito provável). Em suma, parece-me que a política desportiva se mantém, com alguns ajustes, e que este ano houve apenas um maior cuidado em trazer jogadores de qualidade garantida e não putativa, o que muito me agrada.
Não comparei tanto os jogadores na sua qualidade, mas mais naquilo que pode acontecer no futuro. Pode acontecer com Jeffren que teve azar com lesões e quando aparecia não convencia. Ou acontecer como Nolito que até marcava uns golos mas era fraquinho no jogo de equipa a diversos níveis. Daquilo que vi no barça não me iludo, mas pode resultar muito bem. Repito, se vier Brahimi, nesse sim deposito grandes esperanças. é um jogador de uma entrega incrivel e junta isso a qualidade técnica muito boa. um jogador à porto.
Miguel Lourenço Pereira disse:
"Se o FC Barcelona receber uma oferta superior ao que o FCP irá pagar para ficar com o jogador a titulo definitivo (8 milhoes) e se esse clube oferecer a Tello mais o que ele ficaria a ganhar no FCP, a lógica ditaria que o Barça repescasse o jogador e este aceitasse ir."
Depende.
Para o FC Barcelona pode ser melhor manter o Tello "controlado" no Porto, na expectativa de o recuperar mais maduro e melhor jogador ao fim de 2 ou 3 anos, do que o vender e dizer adeus a um jogador formado em La Masia e que é querido pelos adeptos.
Miguel Lourenço Pereira disse:
"... já houve uma oferta de 10 milhões do Liverpool este ano mas era a titulo definitivo..."
Cá estás tu a dar-me razão!
O FC Barcelona preferiu emprestar o Tello ao FC Porto e receber 1 milhão de euros por um ano de empréstimo, do que vender o passe do Tello por 10 milhões e ficar definitivamente sem o jogador.
É sempre um exercício de futurologia, mas acredito piamente que o Tello terá muito mais impacto no campeonato português que o Nolito e o Jeffrén, pelas razões já expostas.
De facto, as coisas mudam. Nuno Farinha (eu, portanto) foi diretor-adjunto, passou a editor e é hoje, de novo, diretor-adjunto.
Boa noite a todos.
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