foto: lusa / maisfutebol
Acordei, nesta bonita manhã de Novembro, com vontade de caçar.
Não estava chuva, nem orvalho, estava era um frio significativo. Mas o sol brilhava.
Falei a dois ou três amigos mas não consegui organizar uma rápida ida ao Alentejo.
A caçada ficou para a tarde, reservada para a passarada vermelha dos Açores. E arrear na passarada vermelha sempre me deu, também, muito gozo.
Às 18h00, lá começou.
Uma defesa tipo B, mas que, em minha opinião, foi honesta. Helton seguro. Marcano também. Lichnovsky e V. Garcia cumpriram.
Um meio campo que soube jogar, com Imbula, Evandro e um promissor Sérgio Oliveira.
Na frente um Varela sem surpreender, um Bueno cada vez melhor e um Osvaldo que vai deixar poucas saudades se sair em Janeiro, como se tem falado.
Logo aos 6 minutos, Bueno centra de forma perigosa para a área, sem que ninguém apareça a finalizar.
Cerca de dois minutos depois começa a sessão de sarrafada do açoriano Stela: são-lhe poupados 7 cartões amarelos ao longo do jogo.
O primeiro aos 8 minutos.
O segundo também aos 8 minutos, na jogada seguinte.
Ao minuto 23 entra sobre Varela, cortando um contra ataque.
Ao minuto 27, nova entrada aos calcanhares de Evandro.
Ainda no minuto 27, nova entrada sobre Imbula.
Aos 60 minutos, numa entrada sobre Jose Angel, altura em que o árbitro lança sobre o pauliteiro um sério aviso (um jogador interpreta um aviso como "ok, ainda posso dar mais uma, que só levo amarelo na próxima").
E, finalmente, aos 73 minutos, com nova paulada em Bueno.
Se fosse contra os vermelhos do Continente, o Stela tinha ido tomar banho muito mais cedo.
Depois de um minuto 10 em que houve três cantos consecutivos, chega o golo ao minuto 13: excelente centro de Jose Angel e boa entrada de Bueno de cabeça (embora a guarda-redes pudesse ter feito melhor).
No resto da primeira parte, fizemos a passarada voar de um lado para o outro e ansiar pelo intervalo. Fizemo-los correr, cheirando a bola, mas pouco lhe tocando. Atuação racional.
E foi assim que, aos 39 minutos, Osvaldo no lado esquerdo do campo, centra com o seu pé direito para a área. Um bom centro, com a bola a cair no peito de Bueno que, dominando-a, remata de primeira também com o pé esquerdo. Um golo importante, bonito e de excelente recorte técnico.
Na segunda parte registei uma boa desmarcação de Evandro a passe de Sérgio Oliveira (revelou boa visão, o rapaz) aos 61 minutos, mas Evandro não foi suficientemente rápido nem hábil para passar o guarda-redes açoriano.
A partir dos 70 minutos a passarada já não conseguia correr, depois do muito que já tinha corrido.
No entanto, ainda tivemos o momento "mano de Dios" à portuguesa: os vermelhos conseguiram levar a bola às redes, mas fizeram-no após o avançado ter correspondido com a mão a um centro para a pequena área.
Cumprimos o nosso dever: descansámos a equipa; rodámos jogadores; abordámos o jogo de forma séria; marcámos quando foi preciso; fizemos correr a bola quando preciso; tivemos personalidade e procurámos rigor.
Queríamos mais golos? Possivelmente. Mas prefiro ganhar por 2 e fazer um jogo sério e personalizado, lançando jogadores, do que ganhar por 4 com golos resultantes apenas de jogadas individuais.
Parabéns aos jogadores e, esta tarde, ao treinador.
Depois de abater passarada vermelha, foi tempo de limpar armas. Um arroz de favas e um tinto do Alentejo, que a caça cansa muito.
A propósito: eu vi um jogo da taça com algum desequilíbrio. Alguém sabe como ficou o jogo - seguramente equilibradíssimo - entre o Real e o Barcelona?
2 comentários:
Esse Stela não foi o que o comentador disse ter admitido ser portista? Imaginem se não fosse..
Não tenho a certeza. Tenho a impressão que era outro....um que no final andou a tirar fotos com o Helton para a posteridade. ..Mas havia ali muito lampião disfarçado
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