sábado, 3 de novembro de 2018

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67 foi o minuto-chave desta partida. Sérgio Conceição foi, hoje, ainda mais valente que o seu habitual e não hesitou em trocar um lateral-direito por mais um elemento ofensivo (Otávio) que, apenas três minutos depois, marcaria o golo que desbloquearia uma partida onde pairava um intenso odor a empate.
E, dadas as circunstâncias (derrota escandalosa do slb, em sua casa, na noite anterior), talvez um qualquer outro treinador não se incomodasse assim tanto com uma eventual igualdade, num campo historicamente complicado para as nossas cores. Sérgio Conceição, no entanto, tinha outros planos e, como na última quarta-feira para a Taça da Liga, virou tudo ao contrário com alterações vindas do banco.

E tudo tinha começado mal para o FCP. Um primeiro tempo completamente desinspirado da nossa parte. Quando Brahimi não está nos seus dias, a máquina emperra sempre. Aqui e ali, Corona lá continuou na sua actual onda de sentar primeiro os adversários e, depois, centrar com precisão. Contudo, a frequência com que o faz não se aproxima sequer do habitual caudal atacante do argelino e, por isso, o FCP não criou qualquer lance de perigo nos primeiros 45 minutos.

Foi assim recebido como uma dádiva dos céus o penalty assinalado por Xistra, já na segunda metade. Lance duvidoso, mesmo após inúmeras repetições. Mas Marega falhou. Ainda não parece que seja ele quem deva ser o habitual marcador. Há que treinar mais este tipo de lances. São já muitos os falhanços da marca dos 11 metros.
Após este lance, parecia mesmo que a maldição dos Barreiros estava de volta, até Otávio ter dado a melhor sequência a dois toques de calcanhar consecutivos (de Soares e Marega), num golo fabuloso para mais tarde recordar.
Três minutos depois, Óliver, de novo titular (e bem) no lugar de Herrera, rouba uma bola à defesa do Marítimo e segue completamente isolado para a baliza contrária. Como sabe que a finalização não é o seu ponto forte, olhou para todos os lados até encontrar um companheiro solto. Otávio e Marega completaram a obra.
O brasileiro ainda conseguiria fazer expulsar Danny e o FCP acabaria, assim, um jogo teoricamente difícil de uma forma inesperadamente tranquila.


7 comentários:

Unknown disse...

Concordo que o SC foi valente .

Foi uma equipa extremamente ofensiva.

Mas Hoje e pela primeira vez em quase ano e meio critico o SC num aspeto .

Mas que lhe passou pela cabeça em colocar o Marega a bater o penalty ??? O jogador mais fraco de pés do plantel ( mas obviamente muito importante para a equipa devido a outras caracteristicas : nomeadamente a velocidade e a grande capacidade fisica para massacrar uma defesa)

Foi um erro enorme, remediado por uma jogada fantastica e finalizada pelo Otavio ..

Saudacoes a todos os Membros do Reflecção Portista

Unknown disse...

O Jardel era um jogador ainda mais fraco de pés e raramente falhava um penalty. Ali estamos a falar de um momento mental.

vidente mor disse...

ganhamos e foi muito bom! Marega tem dois pes extraordinarios, de tal maneira que nunca se sabe se vai sair dali algo de jeito ou uma coisa completamente disparatada, Soares e identico muita força mas pouco discernimento e tecnica, mas desgastam e marega anda sempre por ali, no entanto temos andre pereira que e de longe o nosso melhor avançado, o mais completo, mas enfim vamos ganhando. Claramente Maxi esta a mais, no 1 golo eram 3 ou 4 de volta de brahimi como eles nao podem tapar todos com rapidez e tecnica ficam todos abertos. Mas SC continua com muitas contradiçoes e coisas por vezes esquisitas como as marcaçoes de penalties, corona por exemplo sera sempre um excelente marcador de penaltis, Militao aposto que mete as todas la dentro, otavio tambem e bom a marcar penalties, tem de se treinar mais nao podemos falhar os penaltis como estamos a falhar , e demasiado. Antes e depois de um jogo para a champions e sempre complicado ganhar, foi uma excelente vitoria.

Unknown disse...

Há uma contradição dificil de entender.
Se passamos 45 minuos sem rematarmos ou criarmos uma unica oportunidade, como é que se pode dizer que o meio campo é mais criativo com a entrada dum elemento novo a substituir Herrera?

miguel.ca disse...

A jogada do primeiro golo vai ficar na nossa galeria de grandes golos.

csantos disse...

o jardel fraco de pés? o jardel marcava com os dois pés, mas para quê correr ou esforçar-se se a bola ia teleguiada À cabeça dele?

O Fafe do AB6 disse...

Comparar Marega com Jardel? Jardel era limitado na finta, no drible e na progressão com bola. Mas tinha uma inteligência e intuição na movimentação e percepção, do melhor que há.
Agora, quanto a remate? Jardel tinha uma técnica de remate inigualável, com qualquer dos pés e, então, de cabeça era letal.
Jamais conseguiremos contar a quantidade de remates que Jardel executou nos quatro anos ao serviço do nosso FCP, mas direi, em jeito simbólico, que os dedos das duas mãos serão suficientes para contar as bolas rematadas por Jardel, que não se enquadraram com a baliza.
Haja memória.