Quando comecei a ir ao futebol, em meados dos anos 70, os meus ídolos eram o Oliveira e, principalmente, o Gomes. O Oliveira fazia jogadas geniais, mas o Gomes marcava golos atrás de golos e os miúdos (e graúdos) sempre gostaram dos jogadores que marcam muitos golos.
Havia também um jogador que jogava com a camisola Nº 6 e que era o capitão da equipa – Rodolfo dos Reis Ferreira – mas esse era raro marcar um golo e era mais notado por impor respeito dentro do campo, aos nossos e aos deles.
Quando o Rodolfo deixou de jogar (nunca jogou noutro clube que não fosse o FC Porto), quem passou a ocupar o seu lugar na equipa foi o Jaime Pacheco, também conhecido por Jaime I (no plantel havia outro Jaime – Jaime Magalhães – também conhecido por Jaime II). O Jaime Pacheco não era tão mandão como o Rodolfo, mas corria como o caraças e começou a dar muito nas vistas, ajudando o FC Porto a chegar à final de Basileia e, passado umas semanas, os “patrícios” a brilharem no Europeu de França de 1984.
Contudo, verdadeiramente eu só reparei na importância do Jaime Pacheco quando, em Junho de 1984, o Sporting desferiu um ataque ao FC Porto, aliciando dois dos “esteios da equipa” (era assim que se dizia na altura) a rescindir o contrato, alegando falta de condições psicológicas...
Eles lá foram ganhar dinheiro para Lisboa, mas apesar do presidente do Sporting – João Rocha – ter ameaçado levar a equipa toda, a resposta de Pinto da Costa às contratações de Sousa e Jaime Pacheco foi cirúrgica, tendo ido buscar ao Sporting um miúdo que os leões se preparavam para emprestar à Académica: Paulo Futre.
Mas voltando aos trincos, com a saída de Jaime Pacheco, Pedroto, apesar de doente, deu indicação para o FC Porto contratar um jogador ao Varzim – António André.
Nascido no seio de uma família de pescadores das Caxinas, Vila do Conde, André tornou-se num exemplo de dedicação, aliando a sua força à raça / entrega em cada partida.
A comunicação social, e eu também, começou a prestar muita atenção ao novo médio-defensivo dos “dragões” tendo, rapidamente, sido claro que o FC Porto tinha ficado a ganhar com a troca, ao ponto de passado dois anos Pacheco e Sousa terem voltado ao FC Porto, mas André nunca mais perdeu a titularidade.
A seguir a André o FC Porto teve vários jogadores que ocuparam a posição 6, entre os quais se destacam o brasileiro Emerson (pela sua força – Bobby Robson dizia que ele tinha dois corações) e Paulinho Santos, também ele um homem das Caxinas e também ele de antes quebrar que torcer.
Na segunda metade dos anos 90 e início do século XXI o lugar de médio defensivo foi perdendo peso dentro da equipa, até que em Janeiro de 2002 Mourinho chegou às Antas e apostou em Costinha como pivot defensivo.
Costinha nunca foi um jogador de grandes correrias, mas tinha um posicionamento e leitura de jogo fora do comum, para além de ter um bom jogo de cabeça e, por isso, ser várias vezes decisivo em lances de bola parada.
Costinha foi um jogador fundamental nas equipas de Mourinho e aquando da sua saída, no final da época 2004/05, pensou-se que seria muito difícil de colmatar, mas o FC Porto fez regressar Paulo Assunção, que estava emprestado ao AEK de Atenas, o qual fez três épocas de muito bom nível – 2005-08 – até fazer uso da lei Webster para sair do FC Porto.
Mas afinal, que características deve ter um bom médio-defensivo (“trinco”)?
Garra, pulmão, agressividade e disponibilidade para correr quilómetros, tipo Jaime Pacheco, André, Paulinho Santos ou Petit?
Bom posicionamento, correcta leitura de jogo e rigor táctico, tipo Costinha ou Paulo Assunção?
Na minha opinião, a missão de um médio-defensivo é muito mais que o ocupar de espaços e interceptar linhas de passe. Isto é importante, mas não é tudo.
Conforme escreveu Luís Freitas Lobo, em 21/12/2005, “quando uma equipa tem a bola, a única certeza que tem é que o passo seguinte é…perde-la. A solução para essa fatalidade é, desde logo, perde-la o mais longe possível da sua área e em zonas laterais que não facilitem o contra-ataque rápido do adversário”.
Ou seja, é fundamental que o médio-defensivo seja muito eficaz no passe, tocando a bola para trás e serenando o jogo quando é preciso, abrindo nos flancos, ou verticalizando o jogo e fazendo um passe de ruptura quando surge uma oportunidade.
Evidentemente, não é fácil encontrar um jogador com todas estas características e, quando surgem, estão fora do alcance das bolsas dos clubes portugueses – Albertini, Paulo Sousa, Guardiola, Redondo, Pilro, Marcos Assunção, etc.
Paulo Assunção fez 39 dos 46 jogos do FC Porto na época passada, um dado que traduz a sua importância na equipa. Ora, olhando para o plantel desta época, qual a opção mais indicada para o substituir?
Se a escolha fosse baseada no número que cada um dos jogadores tem nos calções e nas costas, estava feita: seria Guarín.
Contudo, e conforme já escrevi em comentários a alguns artigos, na minha opinião o Guarín não tem as características necessárias para jogar na posição 6. Falta-lhe rigor táctico, leitura de jogo e qualidade de passe. Acredito que, bem trabalhado, poderá dar um excelente número 8, mas duvido que algum dia venha a ser um bom número 6.
Por isso, nesta altura, a minha escolha para jogar na posição 6 seria o Raul Meireles.
Concordo que a melhor opção neste momento deverá ser o Raul Meireles. Até porque provavelmente ele poderá ser um melhor 6 do que 8. E pelo que vimos tanto o Guarin como o Tomás Costa podem dar bons 8.
ResponderEliminarDe qualquer forma temos que ter mais jogadores rotinados naquela posição para qualquer eventualidade e aí se calhar a solução de futuro é o Fernando, sendo o Guarin uma solução presente de recurso.
Quanto ao Bolatti tem sido para mim a grande desilusão destas 2 últimas épocas de contratações. Será que ainda vai dar jogador?
"Quanto ao Bolatti tem sido para mim a grande desilusão destas 2 últimas épocas de contratações. Será que ainda vai dar jogador?"
ResponderEliminarO Pedro Reis já se esqueceu que o FCP contratou 11 (onze !!) jogadores na época passada destinados a "reforçar" (?) a equipa principal e que desses 11 sobram, além do Bolatti, o Fernando e o Mariano... Ou estarei enganado?
Não percebi???
ResponderEliminarO Bolatti, pelo valor que custou, pelas referências que trazia, pelo que o vi jogar é para mim a grande desilusão.
Houve muitas outras contratações falhadas, mas para haver desilusão é preciso primeiro haver ilusão.
Nunca me iludi com o Lino, nem com o Mareque, nem com o Renteria, etc, etc.
Está a faltar ai o Farías nessa lista, caro Hulk!
ResponderEliminarPara mim a solução que poderia resultar melhor seria apostar num trinco á boa maneira de Guardiola, Redondo e Pirlo: Lucho. Primeiro porque ele tem todas as condições de fazer a posição (não me esqueço que alguns dos melhores jogos que o vi fazer foi em 06/07 nessa posição) e depois, como está a ser discutido aqui no post, nenhum dos outros candidatos satisfez plenamente até agora, estando até mais rotinados para a posição 8. Quanto a Bolatti, tambem eu tinha grandes esperanças sobre ele, mas parece que foram em vão...
ResponderEliminarNinguém comentou, mas nos últimos 30 anos, os jogadores mais marcantes na posição 6 foram portugueses - Rodolfo, Jaime Pacheco, André, Paulinho Santos, Costinha - e mesmo o Paulo Assunção veio para Portugal com 19 anos e tem dupla nacionalidade.
ResponderEliminarOu seja, ao contrário de outras posições (defesa-esquerdo e ponta-de-lança) em Portugal produzem-se bons médios defensivos.
O Bolatti é, de facto, uma das grandes decepções relativamente aos jogadores que foram contratados na época passada.
ResponderEliminarEm termos de decepção, e juntamente com o Stepanov, são os dois piores casos (atendendo às expectativas iniciais).
Lembro-me ainda de dois jogadores que fizeram a posição 6 grande classe, o Doriva e o Carlos Parede.
ResponderEliminarNeste momento e tendo em conta que o Bolatti continua muito lento, não tenho duvidas em concordar que o melhor jogador para a posição 6 é o Raul Meireles
Rui disse: «Lembro-me ainda de dois jogadores que fizeram a posição 6 grande classe, o Doriva e o Carlos Parede»
ResponderEliminarSim, o Doriva tinha classe, mas a sua passagem pelo FC Porto foi meteórica.
Quanto ao Carlos Paredes, quando teve de optar, Mourinho não hesitou e escolheu o Costinha. O tempo veio dar-lhe razão.
Tinha-me esquecido da hipótese Lucho que fez excelentemente de 6 quando foi necessário. Agora o Lucho a 6 desperdiça, quer queiramos quer não, parte da sua classe, nomeadamente na fantástica capacidade do último passe - assistência para golo. E isso não quero perder!
ResponderEliminarO Farías está bastante aquém das expectativas, embora não constitua uma desilusão ao nível do Bolatti.
E no Stepanov, ainda acredito!
Zé Correia, boa evocação desse grande capitão só portista Rodolfo. O primeiro capitão que mistificou a garra da equipa, a imagem do clube ao ponto de resolver muitos assuntos à chapada - era vulgar nos jogos em Alvalade, para quem se lembra - e ele e o adversário (Artur, Festas) eram expulsos.
ResponderEliminarMas falta a foto do grande Rodolfo que me lembro de marcar um golo ao Benfica (1-1 momentâneo, Gomes depois decidiu) em 1980 a caminho do tri que falhou por pouco.
Rodolfo marcou a posição. André foi no tempo do duplo pivot, nomeadamente com Rui Filipe, além de Frasco.
Alguém que evoque o paredão do Paredes deve ter andado deslumbrado como o Octávio Machado... pelo amor de Deus!
Agora, para mim pegava o Fernando, gosto muito e fez bem a posição. Meireles deixa-me dúvidas, não no que sabe fazer, mas na eficácia que se ganhe ali e se perca onde ele costuma jogar.
De qualquer modo, a posição é fulcral e está já na génese da hegemonia do FC Porto. Ali tem de funcionar um cérebro ao ponto de pensar o jogo mais sem bola do que com ela. Porque o equilíbrio que dá à equipa e a segurança imposta à sua volta, e contagiante para os colegas, torna-o uma peça essencial, daí aceitar a opção segura de Meireles, por muito que goste de Guarín.
Bolatti claramente está fora e devia ser cedido ou vendido na melhor oferta. Só ou acompanhado sempre se deu mal: um fracasso dele mesmo que não se recuperou, ao contrário de Mariano.
p.s. - à falta da foto de Rodolfo, outro senão no post: amiúde evoca-se algum letreiro que o LFL tenha publicado e que para mim, nas mais das vezes, não tem piada, não tem objectividade (é poético, quando muito, vago, vagamente literário) e muita vez nem tem senso. Confesso dificuldade em perceber o que quer dizer, porque não diz o que pensa ou não o sabe fazer. Essa citação, que como todas as outras dele eu desconheço, é um bom exemplo da bestialidade do comentário não inteligível.
Não gosto de me referir ao moço, que é maçador, e se fico em pele de galinha é por só me lembrar que com o futebol de volta à RTP (não há diferenças para a porcaria da TVI, nem da SIC, é tudo mau) vamos ter que ouvir muita teoria barata - e logo o Porto-Belenenses, dia 24, a estrear no "novo" velho canal.
Acho que a posição de médio defensivo é a aquela que é mais fácil de substituir no seio de uma equipa. O novo 6 do FC Porto terá de se habituar jogo a jogo às exigências da nova posição, não sendo algo que já venha gravado no seu ADN. Lembro-me do que evoluiu o traidor e do tempo que levou a tornar-se um jogador imprescindível. Por isso acredito que Guarín, Fernando ou Bolatti ainda possam dar bons médios defensivos e que até possam ter virtudes que o traidor não possui: saber sair a jogar.
ResponderEliminarZé Luís disse: «falta a foto do grande Rodolfo que me lembro de marcar um golo ao Benfica (1-1 momentâneo, Gomes depois decidiu) em 1980 a caminho do tri que falhou por pouco.»
ResponderEliminarCaro Zé Luís, não consegui arranjar uma foto do Rodolfo que tivesse qualidade suficiente e, por isso, optei por uma foto da equipa de 1977/78, de que ele era o capitão, salientando-o em relação aos restantes.
O Raúl Meireles é tão bom profissional que até jogava no lugar do Hélton! Por isso como a posição 6 é das mais importantes( evita jogadas de contra ataque e inicia as jogadas de contra ataque) acho que o Raul Meireles é o mais forte candidato pois é o que têm mais maturidade para o lugar. O Gaurin pode jogar mais à frente pois já mostrou qualidade para tal, além de acrescentar cm nos lances de bola parada.
ResponderEliminarRaul Meireles para 6 parece óbvio.
ResponderEliminarMas, para mim, Guarin e Tomy vão ser as grandes revelações do campeonato.
É só um "feeling".
Bolatti já teve oportunidades de sobra, eu próprio achei que poderia ser o tal mas falta-lhe a fibra e o querer.
Como alguém aqui disse, quando um jogador é bom, pega de estaca !
O exemplo de Quim e André, depois da intentona de João Rocha, que nos levou Pacheco e Sousa...é elucidativo.
Verdade seja dita que fomos buscar o Futre e ganhámos com a troca mas por causa da têmpera dos primeiros.
Médios convocados para o jogo da Supertaça: Fernando, Guarin, Lucho, Raul Meireles, Tomás Costa
ResponderEliminarAo contrário de Fernando, Tomás Costa e Guarin, recém-chegados ao plantel, Bolatti nem sequer faz parte da lista de convocados. Sintomático...
«Desenhando elipses como um pêndulo de Foucault, o 6 volta sempre ao ponto de partida, depois de reequilibrar a equipa. Vai e volta, preenchendo vazios e anulando equívocos pelo meio, com a bola recuperada, pronto para definir os tempos dos ataques como andamentos musicais. Bola para a direita em grave ou em adágio, avanço moderato, trocas de bola em allegro ma non troppo e contra-ataque vivace.
ResponderEliminarO 6, esse número que alguém, um dia, decidiu vulgarizar com o nome de «trinco», é mais do que um destruidor de jogadas adversárias e amigo dos apanha-bolas, deverá ser, se o futebol faz realmente sentido, o ponto de equilíbrio de tudo.
A certa altura pensou-se que qualquer um podia jogar ali, sobretudo se tivesse porte e ganas de não perder uma jogada. Centrais ou laterais, a adaptação parecia de pouco risco. Depois, antes e ao mesmo tempo, porque no futebol nada é cronológico excepto os troféus, viu-se que um não bastava, eram precisos dois. Até o Brasil, heresia! Até o «escrete», onde a bola sempre teve uma direcção, em ésses mas apenas uma, baixou sectores para ser campeão do mundo. Mais tarde, em França, Zizou precisou de uma guarda de honra de três médios-defensivos, Deschamps, Petit e Vieira, para se tornar imperador de todo o continente.
Por cá F.C. Porto, Benfica e mesmo Sporting procuram o seu «6». A norte, Jesualdo Ferreira disfarça o rombo-Assunção com um «oito» colombiano sob disfarce. Com Katsouranis dividido entre a defesa e o meio, um francês desconhecido é a aposta encarnada na força e na disponibilidade física em detrimento da juventude e arte de Fillipe Bastos. Em Alvalade, Miguel Veloso, o natural dono da posição, começou a temporada no banco. Moutinho, que já fez de tudo e mais alguma coisa, tirou quatro unidades ao número com que começou a carreira, o 10, na primeira partida oficial do ano.
O meu «6» é redondo e não quadrado. É Fernando Redondo, sublinho. Talvez o melhor de sempre. Alex Ferguson também concordou, quando disse, depois de ver a sua equipa destroçada, que tinha íman nas botas. Nos quartos-de-final da Champions de 2000, em Old Trafford, construiu sobre a faixa esquerda, de calcanhar e entre as pernas de Berg a jogada que daria o terceiro golo «merengue» (2-3), marcado por Raúl. The backheel of Old Trafford (o calcanhar de Old Trafford) - ficou assim conhecido esse lampejo de autonomia de um «trinco», capaz de aparecer junto à baliza contrária para decidir um jogo.
O meu «6» é também o geómetra Paulo Sousa, um dos melhores portugueses de todos os tempos, desenhando triângulos no Del Alpi e um pouco por todo o planeta com as cores da Selecção. É o ex-10 Andrea Pirlo, talvez o melhor lançador de ataques do futebol moderno. Escondido atrás de uma parede levantada por Gattuso, Ambrosini e Seedorf, experimenta, furtivamente, as alas com venenosos passes longos, enquanto não segue também ele até à frente para resolver à entrada da área.
Não sei se é de mim, mas sente-se que o jogo está a querer voltar a mudar. As equipas voltam a preocupar-se com o ataque, privilegiando os artistas. Os «trincos» são menos, o «6» tem novamente metros quadrados livres para afirmar-se. A posição pode deixar de ser o refúgio de quem tem pouco jeito para a bola e integrar-se também na velha ideia de Michels. O futebol, leia-se a bola, não é só para alguns, é total.»
Luis Mateus, a lógica do 6 no futebol moderno
in Maisfutebol, 19/08/2008
«Jesualdo testou, insistiu e resistiu, mas cedeu. É da posição 6 que falamos e do recuo de Meireles para um posto que foi irrepreensivelmente interpretado por Paulo Assunção nas últimas três épocas. Não há clones do brasileiro e, por isso, a sua saída implicaria sempre uma redefinição. Guarín foi a primeira aposta, mas mostrou em jogos oficiais os problemas que já denunciara nos encontros de preparação. Sem rotinas e sem margem temporal para as adquirir, o colombiano deu lugar a Meireles.
ResponderEliminarPelo que se viu diante do Belenenses, o internacional português oferece, fruto de uma cultura do futebol português e europeu muito mais profunda, uma estabilidade assinalável. Algo que Guarín, Fernando ou Bolatti não podem, nesta altura, assegurar.
Percebe-se a resistência de Jesualdo ao recuo de Meireles: nas duas anteriores épocas com o técnico ao leme, o ex-Boavista assumiu um destaque tremendo como médio de transição.
O professor é um admirador profundo das qualidades que o internacional emprestava nas suas anteriores funções, pelo que foi com relutância que reconheceu que, nesta fase, a equipa pedia um novo posicionamento para o camisola 16.»
in Record, 26/08/2008