terça-feira, 23 de setembro de 2008

Os assobios

Começo por esclarecer que não sou um adepto do assobio.

Antes de mais porque mal sei assobiar, mas também porque não entra no meu feitio (no estádio e sempre que fiquei irritado com alguma incidência do jogo nunca fui além de um tipicamente desabafo tripeiro, do tipo “carago, ó Secretário!” – mas numa versão tipicamente muito mais, digamos “colorida” com vernáculo popular - que passa para o relvado apenas como um burburinho, um pequeno “bruáá” pouco claro de desilusão nas bancadas).

Vem isto a propósito da polémica relançada pela enésima vez a propósito dos assobios nas bancadas no jogo com o Fenerbahce e das declarações que se lhes seguiram, começando pelas de Nuno.

Nem assobio nem acho boa ideia que se assobie um jogador durante o jogo, a não ser em casos muito excepcionais (por exemplo, quando um jogador nitidamente não se está a esforçar). Isto porque acho que é contra-producente: parece-me que se um jogador se esforça mas as coisas não lhe saem bem, não é por se assobiar que passa a fazer melhor. Muito menos faz sentido assobiar um jogador mesmo antes de tocar na bola, como pontualmente acontece no Dragão (embora no pensamento popular se exagere na extensão dos assobios).

Já não me incomoda que se assobie ao intervalo ou, melhor ainda, no fim do jogo (uma vez a contenda terminada).

Mas será que se assobia tanto como isso? E porquê?

Assobios sempre houve, quem ia às Antas sabe isso muito bem. Parece-me no entanto que hoje em dia os adeptos assobiam com um pouco mais de facilidade, por vezes de forma algo gratuita. E porquê? Penso que há 3 ou 4 explicações possíveis, e que a verdade estará numa combinação das mesmas.

A primeira é que em certa medida os adeptos se “habituaram mal” e estão mais exigentes, fruto de 2 décadas de grande sucesso; a chamada “benfiquização” do adepto, que vai do 8 ao 80 e tem delírios de grandeza e perfeição, e que fica “chocado” quando a realidade é mais terra-a-terra. Mais: esses sucessos atraíram muitos “cristãos-novos”: adeptos que aderiram ao FCP por osmose, por se querer identificar com uma entidade de sucesso. É fácil ser-se adepto quando se está na mó de cima...

Mas adiante. Essa primeira razão está bastante “batida”, as seguintes nem tanto.

Parece-me também que a SAD está a recolher um pouco a tempestade de ventos que lançou. A SAD trata os sócios cada vez mais como meros consumidores; ora sendo assim é normal (infelizmente) que cada vez mais os adeptos se comportem como consumidores do "espectáculo" ao assistir ao jogo em vez de se comportar como adeptos. E um "consumidor do espectáculo" naturalmente que tem muito mais tendência a assobiar, mesmo por coisas consensualmente estúpidas, do que um "adepto", que sabe que mesmo que tenha razão em estar descontente não adianta de nada assobiar durante o jogo.

Ora cada vez mais é só no estádio que os sócios podem descarregar frustrações, mesmo que não tenham nada a ver com o jogo em si (pode ser, por exemplo, a frustração de não ver na qualidade do plantel o que o adepto esperaria em função do investimento em compra de jogadores, descontentamento generalizado com o treinador, ou outra coisa qualquer). Os treinos são à porta fechada, a história do clube (uma progressão fantástica com muito sofrimento) é algo que não se pode incutir aos mais jovens através de visitas ao Museu (já que este não existe...), o clube não incentiva a participação nas AGs (nem praticamente por mais via nenhuma) - aliás, recusa-se a falar de futebol nas AGs apesar de ser o seu principal activo! - e o sítio onde se fala de futebol (AG da SAD) não tem a presença dos sócios, a não ser que sejam accionistas (e mesmo que sejam, a SAD faz a vida negra a quem deseja participar e tenha um emprego - desde os requisitos, à hora da AG, à forma como ela decorre, etc.).

Sendo assim é humano, ainda que criticável, que vão adeptos para o estádio descarregar assobios a torto e a direito.

Finalmente, há a questão dos bilhetes... penso que faria muito mais sentido ter lugar anual por sector do que para um lugar específico. Há muita gente (e em certa medida eu sou um deles) que se estiver a puxar pela equipa mas os 6 tipos à minha volta estiverem calados, fica-se desmotivado - para não dizer que se sente q se está a fazer figura de urso. Se houvesse pequenos grupos espalhados mas homogéneos a puxar pela equipa, os outros sectores iam sentir impelidos a também puxar pela equipa (ou os assoios eram pelo menos abafados). Chamem-lhe "psicologia das massas" se quiserem um nome chique, mas é como é, quem vai ao estádio sabe do que estou a falar.

Dito tudo isto, quem joga a este nível tem q ter poder de encaixe para estas coisas. Se não o têm, não acho q devam arranjar um psicológo mas sim ir para operários da construção civil, que aí ninguém os assobia. Ou então que vão para o futebol amador.

Aliás, jogadores que são pagos (e muito bem pagos) para fazer o que fazem e que em 95% dos casos (pelo menos no FCP) são "mercenários" no sentido de estarem totalmente dispostos a "dar o salto" se lhes acenarem com umas notas (olá, Quaresma...), não têm qualquer legitimidade para vir dar lições aos sócios, até porque é à custa de sacrifícios económicos de muitos deles que podem auferir os salários que auferem – para não relembrar que no fim de contas os sócios são os patrões dos jogadores, já que mandam no clube, que por sua vez manda na SAD.

É que até podem ter toda a razão no que dizem!, que não têm legitimidade. O papel deles é jogar o melhor que podem e sabem. Só.

19 comentários:

  1. Tal como o Zé Rodrigues, não sei assobiar e também não me parece grande ideia que se assobie a nossa equipa durante o jogo, embora às vezes isso sirva para os espevitar.

    Contudo, o Zé Rodrigues toca num ponto que me parece pertinente:
    "A SAD trata os sócios cada vez mais como meros consumidores; ora sendo assim é normal (infelizmente) que cada vez mais os adeptos se comportem como consumidores do "espectáculo" ao assistir ao jogo em vez de se comportar como adeptos".

    Infelizmente, não me parece que este aspecto vá mudar. Pelo contrário, tudo indica que esta tendência se irá aprofundar.

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  2. Não vou dar uma de low profile como os meus colegas: sei assobiar. Dá muito jeito para vaiar o árbitro, especialmente se estivermos perante um Proença ou um Paixão.

    Acho que estas afirmações do Nuno foram muito infelizes. O sócio do FC Porto, desde que me lembro, assobia quando os atletas não estão a dignificar a camisola que vestem. Mas é interessante que logo a seguir, se for preciso, aplaudem e incentivam a plenos pulmões. É uma massa associativa muito particular, está lá sempre, faça chuva ou faça sol, cumpre as suas obrigações de sócio. O Nuno já tem idade e anos de FC Porto suficientes para entender isso.

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  3. "Quem esteve nas bancadas do Estádio do Rio Ave ou viu o jogo do FC Porto através da televisão, não observou a parte mais importante: ao intervalo, no recato do balneário, Jesualdo Ferreira insurgiu-se contra a apatia geral da equipa na primeira parte e criticou a atitude e a falta de empenho dos jogadores. A verdade é que a mensagem teve o efeito pretendido e isso viu-se logo nos primeiros minutos da segunda parte, prolongando-se até ao apito final de Pedro Proença. Isto apesar de o empate, o segundo da época, não ter sido desfeito."
    OJOGO, 23/09/2008

    Ui, que deve ter sido duríssimo com os rapazes. Será que o Jesualdo também os assobiou?

    Esta exibição foi a melhor prova que:
    - O Nuno perdeu uma boa oportunidade para estar calado.
    - Provavelmente os sócios que assobiaram tinham razões de queixa.
    - Se o jogo se estivesse a realizar no Dragão uma boa assobiadela teria o efeito de acordar o treinador antes dos 60' e os jogadores desde o primeiro minuto.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Concordo plenamente com o conteudo deste post. Principalmente na parte que diz que somos cada vez mais consumidores e menos sócios/adeptos.
    Nesse sentido, fiquei muito desiludido com o salto das Antas para o Dragão, onde se respirava futebol e se sentia o cheiro da relva, hoje respira-se marketing e cheira a pipocas.
    Para mim, que gosto de futebol em geral e do Porto em particular, é triste...

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  6. Miguel87 disse «Nesse sentido, fiquei muito desiludido com o salto das Antas para o Dragão, onde se respirava futebol e se sentia o cheiro da relva, hoje respira-se marketing e cheira a pipocas.»

    É perfeitamente natural que com a mudança de estádio, tenha tambem mudado o perfil dos adeptos. Logo a começar porque a média de assistências subiu bastante, levando regularmente aos jogos um tipo de adepto que só comparecia exporadicamente. Depois porque o proprio adepto tipo que vai ao Dragão é diferente do das Antas, que se sente atraído pelo maior conforto do estádio, mas com maior propensão em protestar quando algo não corre como planeou ou julgou.

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  7. Faço minhas as palavras do Miguel87, também concordo em absoluto com a ideia descrita no post.

    Há pouco tempo noutro blog afecto ao F.C.Porto referi o mesmo e até acho que não fui bem entendido.

    Todos nós somos acima de tudo humanos e os assobios, os insultos, as gargalhadas, as palmas, a alegria, a tristeza e a decepção fazem todas parte do jogo.

    Abraço

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  8. Parabéns pelo excelente artigo.

    "A SAD trata os sócios cada vez mais como meros consumidores"

    Embora assobios sempre tivessem existido, também estou de acordo que existe agora muita tensão devido à forma como os "antigos sócios" são agora tratados, quer pela Futebol-SAD quer pelo próprio FCP.
    Efectivamente, o FCP já não olha para nós como sócios. Direi mesmo que nem nos vê como "clientes"...
    Veja-se como exemplo mais recente o que se está a passar na "Constituição": passo por lá muitas vezes e tenho escutado desabafos irritados de associados que querem ver o que se está a passar para lá do portão e são impedidos pela segurança!!! Treinos de putos à porta fechada???
    E mais: os associados do FCP não teem qualquer desconto nas mensalidades!!!! Nem como clientes somos tratados porque existem montes de empresas que procuram fidelizar os seus clientes concedendo-lhes determinadas vantagens!

    "... faria muito mais sentido ter lugar anual por sector..."

    Completamente de acordo. Ou por sector ou de outra qualquer forma que possibilitasse que as pessoas se juntassem a outras, segundo as suas preferências. Há muito que venho pensando nisso. Se estão assim tão preocupados com o ambiente no estádio, que tratem disso e com urgência!
    E mais: penso que as declarações do Nuno e do Treinador nada mais foram do que simples encomenda de alguém do staff da SAD!!!

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  9. Muito bom post!
    Toca em pontos fulcrais que muita gente ignora: desde o distanciamento da sad em relação aos sócios (ninguém quer saber de nós a não ser pelo dinheiro), á falta de diálogo entre partes, etc etc (já agora gostei do carago ser para o Secretário :)).

    Não me vou perder em saber ou não assobiar, tanto bato palmas a uma boa jogada como protesto com um falhanço ou com falta de empenho, é normal, pago e gosto de sentir recompensado em...ESFORÇO no mínimo!

    Acho que assobiar por tudo e por nada é que é grave, e isso acontece algumas vezes no dragao!

    Fui criticado na semana passada por ter constestado a substituição tardia do Porto (no caso o Lino) e o adepto da festa depois do golo ainda achou que o Jesualdo tinha feito bem e esqueceu logo o sufoco que foi ganhar aquele jogo...

    Não tenho memória curta por isso fiquei insatisfeito.

    Joguem á bola que os assobios desaparecem (digo eu)

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  10. É um tema recorrente. Estamos em Portugal, somos portugueses e assobiámos com a mesma facilidade os jogadores e os treinadores, como dizemos cobras e lagartos do governo, dos ministros e dos deputados, dos patrões e dos chefes só que relativamente a estes o fazemos geralmente de forma discreta e silenciosa. Somos latinos : é da raça.
    Não creio que o distanciamento da direcção com os sócios tenha a ver só com o facto de haver uma SAD que gere o negócio do futebol. Acho que tem mais a ver com o poder demasiado centralizado, sem alternativas reais e estrategicamente silencioso, em função dos processos do apito : “finais” e em curso.
    Até porque um consumidor num mercado aberto tem de ser bem tratado, porque a concorrência aperta. Só que no futebol não há "concorrência". Serve-se o clube uma vida inteira, por muito que haja quem ofereça melhor produto. Não fora assim, e provavelmente teria sido sportinguista (no tempo 5 violinos) , do SLB (com Eusébio & Cia.) e só nestes últimos anos teria aderido ao FCP.
    E as direcções sabem isso, jogam nisso e permitem-se muitas vezes estar desatentos relativamente ao pulsar dos sócios. Prevejo que achem muito chato ter que aturar os sócios, pois eles é que sabem do negócio e como chegar às vitórias. Não basta as vitórias que nos oferecem numa bandeja ? E quanto trabalho, Deus meu !
    Esgotam a sua proximidade aos sócios na entrega das rosetas de prata e de ouro, que cumprem quase sempre sem graça e sem jeito, e alguns outros galardões que vão sempre para o mesmo tipo de sócios . Vocês sabem do que estou a falar.
    Já mais que uma vez afirmei que, quando passámos da Constituição para as Antas, se dizia o mesmo relativamente aos novos adeptos e sócios que passaram a usufruir das bancadas confortáveis do novo e belo estádio e gozar a vista deslumbrante que o fecho da Maratona “matou”. Eram os sócios das Antas, como não se cansavam de dizer ao mais antigos, que souberam sofrer (e perder sem queixume) nos gloriosos tempos da Constituição.
    Fui uma dúzia de vezes à Constituição e aquilo era mais ou menos um inferno, para a equipa adversária e para os árbitros. Não me lembro de ouvir assobiar a equipa.
    Hoje o Dragão terá em média (quase) o dobro de espectadores que tinha as Antas. Logo é bem provável que haja mais do dobro de assobios. Dizer que são os novos sócios é atirar um pouco ao boneco, porque não há nada que o comprove : é um feeling. Acho – pelo pessoal que me rodeia – que é o grupo etário mais velho o mais intolerante e mais próximo do assobio, mas não tenho como o provar. Pode ser assim, ou o seu contrário.
    Não sei se Nuno foi o porta voz do “senhor” para lembrar aos sócios o efeito que os jogadores sentiram quando foram assobiados. Se o fez, para cumprir “ordens”, lamento mas compreendo. Se o fez, expressando o sentimento dos jogadores, acho que tem todo o direito e legitimidade para o fazer. Porque não houvera de ter ? O direito dos sócios e adeptos não é ilimitado, e quando os sinais de desagrado passam para o nível da histeria, é justo que venha alguém com um passado no clube que mereça respeito para o dizer. Como Nuno o fez num tom que não foi acintoso, acho que fez muito bem em dizer o que lhe ia na alma.
    Por fim e quanto aos assobios não sou nenhum dogmático. Houve jogos que não assobiei, no fim, porque não sei assobiar, se não fá-lo-ia com toda a certeza.

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  11. Vejo nesta secção do blog muitos samaritanos humildes...

    e quanto à parte: "A SAD trata os sócios cada vez mais como meros consumidores" bem, isto é um negócio acima de tudo, onde no íntimo e mais profundo objectivo é gerar lucro para os accionistas, não é novidade nenhuma o que foi escrito aqui, sempre foi e sempre será assim.

    Quantos aos assobios, falta acrescentar que, a palmatória faz jus a quem a merece.

    A quem merece por assobiar e a quem merece por não ter assobiado.

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  12. É sempre um prazer ler os posts deste blog.
    Quanto a este assunto a análise é excelente, eu que há 45 anos corro para as Antas / Dragão, fui atleta do Clube, sou o sócio 4000, ando a pensar que como as coisas estão, mais ano menos ano ainda deixo de ir aos jogos todos e ter lugar anual.Realmente não me identifico com estas modernices e sim, sou um ADEPTO e não cliente. Nunca deixarei de ser no entanto sócio, mas do Clube e não da Sad onde tambem sou um minusculo accionista.
    E venha o Museu, claro.

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  13. Paulino disse:
    "... isto é um negócio acima de tudo, onde no íntimo e mais profundo objectivo é gerar lucro para os accionistas, não é novidade nenhuma o que foi escrito aqui, sempre foi e sempre será assim."

    Não é verdade que o principal objectivo das "SAD - Sociedades Anónimas DESPORTIVAS" seja o lucro.

    Se fosse esse o caso, a "FCP-Futebol-SAD" seria um grandesíssimo fiasco pois desde a sua constituição vem acumulando prejuízos de ano para ano, estando numa situação muito crítica em termos de resultados financeiros. Nunca destribuiu lucros pelos seus acionistas nem se prevê que o venha a poder fazer nos anos mais próximos.
    Os objectivos da "FCP-Futebol SAD" são aqueles que os seus acionistas determinam. Sendo o FCP o acionista maioritário, lógicamente que o principal objectivo será o da conquista de títulos, procurando conciliar esse principal objectivo com a maximização das receitas do "negócio futebol" e controlo dos respectivos custos.

    Cumprimentos

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  14. O Nuno e os restantes, que vejam o vídeo do FC Porto 0 - Panathinaikos 1 de 2003, e vejam a diferença de raça e atitude dos jogadores nesse jogo para os recentes.

    E têm aí a resposta para o motivo pelo qual nesse jogo a equipa saiu de campo aplaudida (apesar da derrota), e por que motivo mesmo estando a ganhar a equipa (ou certos jogadores) são assobiados.

    Idealmente é certo que os assobios não deviam fazer parte dos 90 minutos, mas se um jogador se deixa ir abaixo por isso, é certo que é um jogador que não tem estaleca para estar na alta roda e ir jogar a esses estádio da europa com 50 a 60 mil a apuparem-no.

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  15. José Rodrigues concordo com quase tudo o que escreveste. Mas não tenho a mesma opinião sobre os lugares anuais. Para quem mora longe do dragão ou sai do trabalho em cima da hora dos jogos é muito conveniente saber que está lá a nossa cadeira à espera. Antes encontrar um lugar livre nos jogos com lotação esgotada era pior do que procurar uma agulha num palheiro. Principalmente se o jogo já tivesse começado.

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  16. "Há muita gente (e em certa medida eu sou um deles) que se estiver a puxar pela equipa mas os 6 tipos à minha volta estiverem calados, fica-se desmotivado - para não dizer que se sente q se está a fazer figura de urso."

    Para a próxima vira-te para eles e grita: "APLAUDAM CARAGO!"

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  17. o problema é que as vezes mais vale ter alguns prejuízos financeiros do que distribuição dos dividendos daqueles que julgam algum dia ter algum proveito...

    nos últimos 10 anos o FCP foi quem mais receitas conseguiu angariar (Títulos / Transferências)e como não sou muito entendido na matéria o resultado liquido deverá andar bem positivo no final de cada ano fiscal...

    abraço

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  18. Isto tudo porque a frase: "A SAD trata os sócios cada vez mais como meros consumidores" deixa muitas ideias no ar quanto ás intenções dos gestores/administradores quando lidam com milhões...

    Ou não será assim?

    abraços

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