Ditado popular
16/10/2005, Lenços brancos para Co Adriaanse:
18 dias após a derrota contra o Artmedia (2-3), nova derrota em casa contra o SLB (0-2)
18 dias após a derrota contra o Artmedia (2-3), nova derrota em casa contra o SLB (0-2)
Após o jogo com o Dínamo Kiev, o jornal O JOGO fez um inquérito em que perguntava a que se devia a derrota do FC Porto e as respostas foram:
- Falta de aplicação dos jogadores: 23%
- Opções de Jesualdo Ferreira: 49%
- Qualidade do adversário: 15%
- Apenas azar: 13%
Estou certo que se o inquérito fosse repetido hoje, depois de mais uma derrota caseira, a percentagem dos que culpam o treinador seria ainda maior.
Há uma crise no Dragão, é indisfarçável, os assobios e lenços brancos no final do FC Porto–Leixões não enganam. Nestas alturas, é normal que o treinador seja sempre um dos alvos mas, olhando para o FC Porto 2008/09, será Jesualdo o único e principal responsável?
Será Jesualdo um treinador assim tão incompetente, tão incapaz, tão medíocre?
Antes de ser feito o julgamento e condenação sumária de Jesualdo Ferreira, é bom lembrar que ele não chegou ao FC Porto na semana passada e, por isso, convém recuarmos um pouco mais e analisarmos o que tem sido a sua trajectória como treinador do FC Porto.
Recuemos então a Janeiro de 2006, era Co Adriaanse o treinador do FC Porto e, após uma derrota na Amadora, decidiu efectuar diversas alterações na equipa, a mais significativa das quais foi a mudança do sistema de jogo. Assim, na maior parte da 2ª volta, o FC Porto de Adriaanse alinhou em 3-4-3, com Adriano a ponta-de-lança, Jorginho nas costas do(s) avançado(s) (foi assim que jogou, e bem, no decisivo Sporting x FC Porto) e Paulo Assunção a recuar para 2º central quando a equipa defendia.
As alterações deram resultado e o FC Porto haveria de conquistar a dobradinha com o seguinte onze-base:
Helton, Bosingwa, Pepe, Pedro Emanuel, Paulo Assunção, Ibson/Raul Meireles, Lucho, Jorginho, Quaresma, Adriano e McCarthy/Lisandro
No início da época 2006/07, quando Jesualdo Ferreira foi contratado de emergência para suprir o abandono de Co Adriaanse, herdou do irascível treinador holandês um plantel que tinha ficado sem três internacionais - McCarthy, Diego e Hugo Almeida -, mas que mantinha o onze-base 2005/06 e ainda jogadores como Vítor Baía, Bruno Alves, Ricardo Costa, Marek Cech, Anderson, Alan e Postiga.
Estamos a falar de um núcleo duro de 18-19 jogadores que transitava da época anterior, perfeitamente adaptados ao clube e ao futebol português. Aliás, sobre este aspecto, convém destacar o facto dos brasileiros que eram mais utilizados (Helton, Pepe, Paulo Assunção, Jorginho e Adriano) terem todos passado por outros clubes do campeonato português antes de ingressarem no FC Porto e de dois deles - Pepe e Paulo Assunção - terem mesmo acabado por obter a nacionalidade portuguesa.
Relativamente às contratações para a época 2006/07, parte delas indicadas por Adriaanse, incluíram: Sonkaya, Tarik, Ezequias, João Paulo, Diogo Valente, Fucile, Mareque e Renteria.
Jesualdo foi fiel aos seus princípios, alterou o sistema para 4-3-3 e o onze-base passou a ser o seguinte:
Helton, Bosingwa, Pepe, Bruno Alves, Fucile/Cech, Paulo Assunção, Lucho, Anderson/Raul Meireles, Quaresma, Postiga/Adriano e Lisandro.
29/10/2006, FC Porto - SLB: Jogadores em festa após vitória (3-2) obtida no último minuto
Das oito contratações feitas em 2006/07, Fucile, apesar de ter sido contratado para ser uma alternativa a Bosingwa, foi o único utilizado com regularidade como... defesa-esquerdo (o que diz bem da qualidade de Mareque e Ezequias e, já agora, do pouco acerto na globalidade das contratações).
Inicialmente, Jesualdo apostou num meio-campo com Paulo Assunção, Lucho e Anderson. Contudo, a lesão provocada por Katsouranis no FC Porto – SLB da 1ª volta, afastou o craque brasileiro dos relvados durante cinco meses e obrigou Jesualdo a ter de reformular o meio-campo.
29/10/2006, FC Porto - SLB: Katsouranis espeta os pitões nas pernas de Anderson uns minutos antes de o "varrer" dos relvados durante 5 meses
A entrada de Raul Meireles libertou o Lucho para jogar mais adiantado mas, obviamente, não é de um dia para o outro que os jogadores adquirem novas rotinas, particularmente num sector decisivo para as transições ofensivas e defensivas.
Ao longo da época a equipa teve altos e baixos, mas o principal objectivo foi alcançado: sagrar-se bi-campeão.
Na Liga dos Campeões, depois do traumatizante desempenho da época anterior (derrota em casa com o Artmedia e último lugar do grupo), a equipa demonstrou maior equilíbrio e maturidade, tendo chegado aos oitavos-de-final onde foi eliminada pelo Chelsea (não fosse o peru do Helton e o impedimento do Anderson por lesão e talvez pudesse ter chegado mais longe).
06/03/2007, Chelsea - FC Porto:
Quaresma a comemorar o golo que colocou o FC Porto a vencer (1-0) em Stanford Bridge
Quaresma a comemorar o golo que colocou o FC Porto a vencer (1-0) em Stanford Bridge
Jesualdo herdou uma equipa campeã e, apesar das saídas de McCarthy, Diego e Hugo Almeida, o plantel mantinha bastantes “ovos” de boa qualidade e identificados com a realidade do FC Porto. Contudo, assumiu o controlo da nau portista sem ter feito a pré-temporada e não pôde influenciar/avalizar as saídas/entradas do início de época.
Resolveu de forma eficaz as crispações de balneário que existiam e soube contornar o facto de ter ficado sem Anderson entre Novembro e Março.
Em termos de resultados, que é o que interessa, ganhou o campeonato e na Liga dos Campeões houve uma clara evolução relativamente à época anterior.
Sem deslumbrar, a “omolete” produzida pelo “cozinheiro” Jesualdo foi de boa qualidade e, portanto, o balanço à sua primeira época como treinador do FC Porto foi positivo, justificando claramente a continuidade.
(continua - A época 2007/08, um plantel espremido até ao limite)
Alguma correspondência atrasada, visto não ter podido responder, na altura, quer ao Mário Faria, quer ao José Correia.
ResponderEliminar(Alinha-se, contudo, com a temática deste presente post):
Caro Mário: essa velha polémica entre assistir a um jogo ao vivo ou via TV foi já alvo de grandes discussões num fórum que nós tão bem conhecemos...
Pensava ser uma questão já ultrapassada.
A realidade é que ambas as formas apresentam virtudes e defeitos e nenhuma é, definitivamente, melhor do que a outra.
Muitos dos que viram o jogo de Londres ao vivo, acreditam que o Meireles esteve tão mal quanto os outros.
A triste verdade é outra, caro Mário: o actual FCP joga tão mal na TV como, ao vivo, no estádio.
Zé, quanto àquela nossa outra questão que tinha ficado pendente, respondo com uma história:
Lembras-te, tão bem quanto eu seguramente, das aventuras de um tal de Costa, trinco escolhido pelo nosso "visionário" técnico António Oliveira para fazer a sua estreia absoluta em pleno Old Trafford, num jogo decisivo para a Champions League.
O resultado, como todos se recordarão, foi um pesado 4-0 favorável ao Manchester Utd.
Tivesse o resultado sido mais "agradável" ao olho, como por exemplo um "simples" 2-0 e creio que o rapaz teria jogado muitos anos com nossa camisola e naquela mesmíssima posição.
Por que não, se muitos outros o conseguiram, apenas pelo simples facto de nunca terem estado directamente ligados a uma qualquer ''hecatombe"?
Bastaria, então, ter seguido a duas fórmulas infalíveis, que a tantos médios (e não só...) aproveitou nos últimos (largos) anos no nosso clube:
1- Esconder-se o mais possível do jogo, nunca arriscando desequilíbrios ou passes superiores a 10 metros;
2- Deixar o trabalho ofensivo completamente para os outros na maior parte do tempo;
Utilizando estas 2 regras de ouro da preguiça futebolística, muitos mantiveram-se, umas boas temporadas, como habituais titulares.
Nunca são, jogos e derrotas a fio, o alvo dos "assobiadores'' de bancada ou do "assobiadores" de papel-e-caneta. Fogem, assim, de todas as polémicas e raramente são responsabilizados.
Bastam, aliás, uns mesitos nisto para começarem, até, a receber alguns elogios:
É a tal história (sempre repetida nestas ocasiões) da "formiguinha invisível", que ninguém vê, mas que trabalha e joga de caraças, supostamente.
Enquanto "correrem quilómetros" (quais maratonistas) e "suarem a camisola", estão aí para durar.
Só a bola, essa chata, é que os atrapalha, às vezes.
P.S: Abençoada redução de clubes participantes, nosso nosso título conquistado em 2006/07. Mais duas partidas no calendário e ninguém sabe o que teria sucedido àquele FCP em queda livre.
Não esquecer.
Zé Correia, há aqui um pormenor importante e subalternizado mas que requer uma pergunta:
ResponderEliminar- quem Adriaanse meteu a trinco frente ao Benfica e só depois da derrota colocou ali outro jogador?
Espero, com interesse, pelo desenvolvimento (parte II e, talvez, III) do post.
ResponderEliminarNo entanto, indo directamente ao tema ("omoletes e ovos"), julgo que é preciso, sem tibieza, dizer o óbvio:
- temos o plantel mais fraco dos últimos anos.
Ovos, portanto, não há, ou os que existem, são poucos (Lisandro, quando estiver em plena forma; Lucho, a espaços; R. Meireles, a espaços)!
Hulk e T. Costa são ainda esperanças, apresentam potencialidades, porém, há que evoluir (às vezes, o deixar passar o tempo e a idade, ajudam muito).
- O que não há: um jogador capaz de, fazendo tendem com Lucho, desiquilibrar do meio-campo para a frente, tendo capacidade para, por si só, provocar desiquilíbrios e até, quiçá, entrar na área do adversário (talvez Tarik...quando?; talvez Rodriguez...jogando mais recuado e menos na ponta?).
- O que não há: não temos laterais à altura do Porto (Sapunaru talvez possa evoluir, mas...). Não temos mais, no resto, do que jogadores que, de momento, são banais! (basta ver os respectivos percursos).
- Desde 2004 que vendemos milhões e compramos tostões (quer dizer, neste caso, mal!).
As coisas já não são como nos anos 80 (em que se descobriam Madjers e Mlynarziks tapados em clubes secundários franceses) e o clube, cada vez mais, já não é sítio que tranforme lixo comprado em ouro! (a economia do futebol actual já não dá para isso...só por sorte).
- Last, but not the least, deciddimos cortar relações com Jorge Mendes e, com o nível (fraco) de empresários que "abrigamos2, claro está que só vamos descobrir Mareques, Guarins e quejandos!
- Em conclusão: com um cozinehiro diferente (até um pouco mais habilidoso, com mais mão para os temperos, etc.) o sucesso da omelete seria sensivelmente o mesmo, ou seja, mau! O problema está nos ovos e em quem os escolhe/compra...
Pedro Madeira Froufe
Caro Zé Luis, no FC Porto x SLB da época 2005/06, alinhamos de inicio com:
ResponderEliminarVítor Baía, Bosingwa, Ricardo Costa, Bruno Alves, César Peixoto, Ibson, Lucho González, Jorginho, Alan, McCarthy e Lisandro López.
O Lisandro, que estava a ser o melhor em campo, teve de sair aos 24 minutos (sendo substituído pelo Diego) devido a uma lesão provocada pelo Karagounis.
Aos 63 saiu o Lucho e entrou o Quaresma e aos 70 saiu o Alan e entrou o Hugo Almeida.
No banco ainda tínhamos Pepe e Paulo Assunção, que não jogaram.
No jogo seguinte, na Madeira contra o Nacional, o onze inicial foi:
Vítor Baía, Bosingwa, Pepe, Pedro Emanuel, Marek Cech, Paulo Assunção, Lucho González, Jorginho, McCarthy, Hugo Almeida e Ricardo Quaresma.
No banco ficaram jogadores como Ibson, Raúl Meireles e Diego (entrou aos 79 para o lugar do Quaresma).
Ou seja, do jogo com o SLB para o jogo com o Nacional, Co Adriaanse fez 6 alterações no onze-inicial, incluindo três na defesa (só Bosingwa se manteve) e o médio-defensivo (Paulo Assunção em vez de Ibson).
Nós precisamos é de um cozinheiro com conhecimento Tácticos o nosso actual cozinheiro é só batatas e bacalhau(4-3-3), témos que ter mais soluções, na epoca em que fomos campeoes europeus jogavamos sempre na Champions em 4-4-2 e 4-3-3, e agora este cozinheiro só conhece o 4-3-3, limitado.
ResponderEliminarTémos que comecar a colocar os olhos no Jorge Jesus e na caminhada no Braga...
Pelo menos tem mais qualidade que o nosso actual e mais conhecimentos tácticos, este cozinheiros já deu o que tinha a dar... E os alimentos que témos para fazer os Pratos (Jogadores) neste momento não são de bom nivel e nem qualidade para fazer parte do menu do nosso restaurante.
Reconheço que a opção de comprar muito não me parece avisada. Quem "precisa" de comprar expõe-se obviamente às usuras do vendedor. Recordo os dois jogadores holandeses que CO queria comprar e acabaram por ser cedidos a outros emblemas europeus, por metade do preço que pediam ao nosso clube. O FCP , na qualidade de vendedor, faz isso normalmente muito bem. O problema é que não é tão certeiro na compra. Será por falta de pontaria ou sabedoria ? Temos scouting, temos programas informáticos que contam tudo, temos observadores, temos empresários, e como planeámos a médio prazo, não entendo tanto desperdício.
ResponderEliminarPorém, relativamente a algumas aquisições acho que é cedo para pareceres definitivos. A recente história do FCP e as “revelações” em que se tornaram : Pepe, Paulo, Zebo, Bruno Alves, Meireles, Ricardo Costa, Hugo Almeida, Ibson, Diego, Fabiano, entre outros, recomenda um pouco de paciência, relativamente aos novos recrutas.
O FCP está muito mal física e animicamente. Os índices de confiança são baixos e a equipa não tem "condições" para superar a mais pequena contrariedade.
Além disso, convém lembrar que o FCP nas épocas anteriores não jogou especialmente bem, embora fosse claramente superior à concorrência.
Por outro lado, espanta-me muito a disponibilidade física de algumas equipas, especialmente quando jogam com os tês grandes, assim como a sazonalidade de forma de alguns jogadores, nomeadamente daqueles que querem renovar contratos ou manter-se como opções das suas selecções.
Há jogadores que jogam nos clubes e passeiam nas selecções, mas o inverso é cada vez mais frequente.
Os clubes estão muito reféns dos jogadores. É preciso tratar a rapaziada com toda a meiguice não vão zangar-se. É a lei Bosman e Webster a influenciar as contratações e a sua validade. Os jogadores (com mercado) têm instrumentos que podem usar em seu exclusivo benefício. Os clubes, nem tanto, no quadro legal.
Às equipas que têm de ser mais fortes e jogar para ganhar é bem mais difícil que jogar com duas linhas defensivas, a explorar o erro do adversário e o nervosismo do adversário, a gerir os espaços e o tempo, como dizem os técnicos. É um futebol pobre que parece melhor só porque se engalana em dias de festa e faz tudo (em termos colectivos e individuais) para brilhar.
A performance do SCB no campeonato nacional e na Europa são o paradigma dessa maneira de estar. Somos sempre melhores quando não temos obrigação de ganhar, nem quando temos de jogar em ataque sistemático. Procurar a falta e saber bem o tempo de mergulho, quebrar os ritmos, nisso somos bons. É, assim, que a maioria das equipas faz quando joga contra o FCP, no Dragão.
O FCP, infelizmente, cada vez tem menos antídotos para jogar contra equipas fracas e fortes, porque nem sabe atacar, nem defender, por agora.
O treinador, não foi capaz de resolver nenhum problema da equipa. C’um diabo não vejo que o FCP tenha pior plantel e jogadores que o Kiev, o Leixões ou o Rio Ave, e o que é certo é que contras essas equipas, em muitos momentos do jogo, fomos claramente inferiores física, técnica e tacticamente. Esse défices : organizativos, da escolha do modelo e jogadores para o executar, bem como a condição física e psicológica não podem ser endossadas à SAD.
A César o que é de César.
"Esses défices : organizativos, da escolha do modelo e jogadores para o executar, bem como a condição física e psicológica não podem ser endossadas à SAD.".
ResponderEliminarConcordo, Mário Faria. Jesualdo Ferreira não é o homem certo para a actual conjuntura. Não é que não tenha valor mas nas actuais circunstâncias já mostrou não ter perfil para dar a volta aos acontecimentos e parece-me mesmo que é o primeiro a dar sinais de incapacidade e impotência, transmitindo esses sentimentos aos jogadores. Para cúmulo, José Gomes perde para Carlos Azenha.
O problema é liderança, mais do que a evidente falta de qualidade do plantel.
Zé Correia, desculpe ter sido mauzinho mas creio ter percebido a minha dúvida: a chave esteve em trocar o Ibson pelo Paulo Assunção.
ResponderEliminarNa tarde desse jogo, ia para o estádio a conversar e a perguntar se era desta que o Adriaanse meteria o P. Assunção. Eu já tinha detectado um dos males da equipa.
Agora, como deve saber, Ibson é reclamado nos 4 cantos da blogosfera portista, mesmo tendo feito a asneira de que resultou o golo do Atlético.
A minha memória é que me deixa ficar mal, com algumas verdades inconvenientes. E não consigo corrigir-me quando solto a língua.
O resto é história, como diria o outro...
caro mário faria, o Co queria o Hesselink. Não era burro nenhum.
ResponderEliminarO jogador holandês pode não ser, tecnicamente, grande espingarda, mas é grande.
Acho confrangedor que, depois, fossem buscar o Farias e quando toca a chuveirinho para a área contem com esse caga-tacos para alguma coisa.
Estas aquisições é que não consigo perceber. Se o poder de choque de Adriano tinha sido crucial, na Europa seria ainda mais importante.
Não vale a péna falar de aguas passadas, témos que olhar o futuro, e passa certamente pela dispensa do Mister Jesualdo.
ResponderEliminar"Relativamente às contratações para a época 2006/07, parte delas indicadas por Adriaanse, incluíram: Sonkaya, Tarik, Ezequias, João Paulo, Diogo Valente, Fucile, Mareque e Renteria."
ResponderEliminarSafou-se Fucile e Tarik à segunda tentativa, mas olhando para a lista, há muitas semelhanças com as recentes aquisições...
http://chutodeletra.blogspot.com/
O meio-campo da primeira metade do campeonato de Adriaanse era constituído por Ibson, Lucho e Diego. Na segunda metade os jogadores do meio-campo foram P. A$$unção, R. Meireles e Lucho. Menos técnico mas melhor tacticamente.
ResponderEliminarO problema é que, em relação às 3 temporadas anteriores, com a saída de Quaresma e Bozingwa, perdemos o jogador mais criativo e um lateral que causava desequilíbrios com a sua velocidade. Os seus substitutos não estão à altura. Se estivessem, obviamente teriam custado 20M€ cada.
Para compensar essa perda de qualidade nas alas o meio campo precisa de jogadores mais criativos do que nas últimas 2 épocas. Daí a alteração feita por Jesualdo contra o Leixões, ao trocar Fernando por Tomás Costa. O problema foi que manteve Lucho, que não me parece fisicamente apto para jogar futebol.
Eu não sou fã de Jesualdo nem do modelo que colocou em prática nos últimos 2 anos. Normalmente um técnico bi-campeão teria margem de manobra para os maus resultados desta época. Porém, o comportamento da equipa de Jesualdo consistia em dominar o jogo até ficar a vencer por 1-0, depois optar por aquela atitude italiana de ficar à espera de um erro do adversário em vez do o forçar. Esse estilo de jogo causa problemas graves esta época, em que entraram 3 novos jogadores para a defesa, mais um para o meio-campo defensivo. A linha de defesa recua demasiado quando a equipa perde a bola, deixando demasiados espaço atrás do meio-campo para os adversários explorarem. Daí estarmos a sofrer do dobro dos golos em relação à última época.
O modelo de jogo de Jesualdo, como não privilegia o ataque continuado, mostra muitas dificuldades em virar resultados, dada a falta de rotinas para encostar um adversário às cordas. A equipa parece ficar sem ideias quando não tem espaço para jogar.
O problema do Jesualdo é ser manso: é manso com os jogadores e manso com a SAD. Não manda nada! E por isso é que nunca será despedido, porque convém à SAD ter um pau mandado que diga sempre que está tudo bem e que aceite os reforços que dão jeito aos comissionistas.
ResponderEliminarMas é assim tão difícil perceber isto?
A equipa está um farrapo e assim vai continuar. Malditas as horas em que empatámos na Luz e ganhámos em Alvalade. Enquanto não batermos no fundo em termos de resultados o clubenão leva uma abanão. É triste mas é a realidade...
Também eu espero com algum interesse o desenvolvimento deste post nas partes que ainda surgiram. Em relação aos comentáros, concordo com muito deles mas, sinceramente, não acho que o grande problema do FC Porto seja a fraca qualidade do plantel (embora concorde que este perdeu alguma qualidade desde o ano passado). Para mim mais do que conseguir ou não fazer uma omolete com ou sem ovos o grande problema de Jesualdo é não conseguir trabalhar da mesma maneira sejam os ovos de galinha ou de coderniz. Ou seja, e como diz Mário Magalhães, este treinador não é capaz de por as pedras no seu devido lugar pura e simplesmente porque estes não encaixam na "sua" tática.
ResponderEliminarEm relação à questão do Ibson, não me esqueço desse erro contra o atlético mas creio mas creio que ele terá sido vitima de uma situação que parece estar a afectar o Cebola neste inicio de campeonato ou seja, estava a jogar num posição que não seria a dele (mais ou menos como por o Tomás Costa a trinco).
Creio que aqui (e não acreditando que o Prof. Jesualdo Ferreira terá tanto poder como isso nas aquisições) as culpas terão de ser imputadas à SAD porque das duas uma: Ou compravam os jogadores para o sistema que sabiam que seria utilizado pelo treinador ou contratavam um treinador que pudesse por a equipa a jogar num sistema que aproveitasse as novas pedras disponiveis.