segunda-feira, 10 de novembro de 2008
A jogar à Porto a sorte ajuda
O FCP entrou ameaçador com uma boa jogada, do lado esquerdo, que pedia melhor seguimento. Mas, é assim: quando o jogador passa pede-se que chute, quando chuta pede-se que passe. É óbvio que sabemos, agora, que a opção mais certa foi a que não tomou. Os treinadores e os jogadores viverão sempre com esse estigma.
Mas, foi sol de pouca dura, o FCP mostrou-se mais uma ver desorganizado perante a teia táctica que o SCP montou e pela capacidade física que demonstrou, pois fizeram um pressing permanente durante toda a primeira parte.
No meio campo, notava-se o esforço de Fernando e Meireles, sendo que o segundo foi perdendo clarividência à medida que os minutos passavam. Lucho pouco em foco, nunca foi capaz de agarrar o jogo, principalmente na primeira parte. Mariano, muito encostado à lateral, ajudou pouco o meio campo e só por uma ou duas vezes foi capaz de levar a bola no pé, bem dominada e causar algum sobressalto na defesa contrária.
Mais uma vez, se notou grande espaços entre linhas no FCP, a defesa via-se às aranhas, pois o SCP entrava e saia dessas auto-estradas como queria, mas acabamos por sofrer, pela enésima vez, um golo esquisito que já não se usa, com culpas repartidas por Helton e Pedro, mais este do que aquele. Fucile fez um jogo de sacrifício, não está bem fisicamente, ainda, saiu exausto e provavelmente tocado e Emanuel é um remendo. Vale mais pela presença que pela eficiência.
É uma sina nossa jogar sem laterais que estejam ao nível da equipa, com “saúde”, rotina e pernas para durar um jogo. Os centrais cumpriram quase sempre bem, não obstante o centro da defesa se mostrar permeável, ora pela falta de apoio do meio campo, ora pela pouca firmeza dos laterais. Vimo-nos à nora, em demasiados momentos.
Na frente Lisandro muito caído nas alas, lutou e bateu-se, mas não foi o jogador influente que costuma ser. Hulk foi um perigo constante e, hoje, demonstrou que pode ser uma caso sério no nosso campeonato.
Na segunda parte melhorámos: mais com a saída de Mariano que com a entrada de Tomás Costa. Fizemos um golo fantástico, e Hulk mostrou a sua raça, força e potência: um golo para ver e rever.
Expulso um homem do SCP – que jogou sempre na intimidação, a roçar a violência – o FCP não foi tão capaz quanto deveria de jogar mais coeso e em progressão, nesse período em que jogámos em superioridade. O árbitro ia ajudando o SCP e acabou por equilibrar, quando depois do teatro do costume de Moutinho – que se perde na teatralidade: um jogador de top não pode usar e abusar desse tipo de cenas – o Pedro foi expulso. Passamos o Fucile para a esquerda, o Fernando ocupou o lado direito (outra vez muito bem) e o meio campo ficou formado, depois da sida do Meireles, por: Tomás Costa, Lucho, Lisandro e Rodriguez, e à frente o Hulk que recebia apoio, ora de Lisandro, ora de Rodriguez.
O jogo foi repartido, partido, emocionante, não muito bem jogado nesta fase, mas sempre muito intenso: enfim um jogo que valeu a pena ver. Acabámos com mais um jogador expulso, Hulk, por suposto mergulho para forçar a grande penalidade.
Depois, seguiram-se as grandes penalidades e o resto da história é conhecido.
Ganhámos e digo com justiça, porque o FCP jogou contra muitos na noite de ontem. Não vou falar muito do árbitro, não vale a pena. Sabíamos porque foi escolhido.
Notas mais: Helton, Hulk e Bruno Alves.
Notas menos: a pouca coesão da equipa na 1ª. parte , o jogo intimidatório do SCP.
O pior: Bruno Paixão, foi uma calamidade. O jogo foi bastante difícil de apitar, mas o homem foi mau de mais, quase sempre em prejuízo do FCP, salvo 3 ou 4 lances em poderá ter beneficiado o FCP, dos quais destaco aquele braço de Rolando, muito duvidoso, talvez passível de grande penalidade.
Fotos: Record
7' - Liedson acerta com o cotovelo na boca de Fucile e o uruguaio tem de sair do relvado para receber assistência médica. Não houve sanção disciplinar para o avançado do Sporting.
ResponderEliminar46' - Lucho faz uma falta normal, a meio-campo, sobre Rochemback. Perante a habitual pressão histérica do público de Alvalade, Bruno Paixão mostra um cartão amarelo ao argentino do FC Porto.
47' - Rochemback tem uma entrada às pernas de Lucho nas barbas do árbitro, que marca falta, mas se "esqueceu" da sanção disciplinar para o médio do Sporting.
62' - Hulk é derrubado por Polga na área do Sporting, mas o árbitro limita-se a marcar canto. 1º penalty (e cartão amarelo para Polga) que ficou por marcar contra o Sporting.
68' - Rui Patrício carrega, de forma evidente, Hulk pelas costas, derrubando-o de forma ostensiva. Caído no chão, Hulk é ainda atingido na cara por uma patada de Caneira. 2º penalty (e cartão vermelho directo para Caneira) que ficou por marcar contra o Sporting.
109' - Rochemback atinge Rolando com o braço esquerdo na face, derrubando-o. 3º penalty (e cartão vermelho directo para Rochemback) que ficou por marcar contra o Sporting.
Isto é apenas um resumo dos principais lances em que o Bruno Ladrão ROUBOU descaradamente o FC Porto.
Apesar de, no computo geral, terem sido claramente favorecidos pela arbitragem, os calimeros ainda tiveram a lata de se queixar no final do jogo.
Logo à noite, o Manuel Serrão vai-lhes dizer das boas no Porto Canal.
Bom dia meus caros, ontem tivemos um cheirinho na segunda parte como seria o nosso clube a jogar em 4-4-2, e devo dizer que mesmo assim ainda podemos melhorar e muito... Quando vi a 1ªparte vi uma especie de porto a ser liderada por uma especie de tecnico... 2ªparte vi um Porto transfigurado para muito melhor com muita vontade de mostrar que não ia ali fazer um simples jogo, o mister corregiu alguns erros iniciais e o porto melhorou muito, com alguns ajustes, incluindo o Péle no lugar do Fernando, e fazendo uns retoques nas laterais defensivas acho e tenho a certeza que témos equipe para ganhar o campeonato sem grande esforço...
ResponderEliminarSaudações
Um roubo descarado todo o jogo.
ResponderEliminarO FC Porto, verdade seja dita, para vencer um jogo em Alvalade ou na Luz não tem apenas de ser melhor do que o adversário, tem de ser MUITO melhor.
Como nesta altura não temos o melhor FC Porto temos de nos contentar com o esforço e a entrega dos atletas para conseguirem vitórias.
Este jogo fez-me lembrar Campomaior, bastava substituir Jardel por Hulk e José Soares por Caneira, Polga ou Patrício.
Quanto à arbitragem, este foi o maior roubo do ano, pior do que a exibição do Benquerença na final do Jamor.
Mas claro, como sempre, no fim do jogo os prejudicados ainda são os calimeros, com o Pastorzinho, perdão, o Moutinho a dizer que "não os deixaram ganhar".
É um clube de fingidores e enganadores que exige dos adversários jogo limpo mas com imagem suja e de si próprio jogo sujo e imagem limpa. Um nojo de clube. Por alguma razão é um clube que nunca venceu ao longo da sua história a maior competição europeia de clubes, nem nunca irá vencer. É um clube de batoteiros sem fair-play. Depois dizem que é "Paixão".
Fugindo um pouco à discussão sobre a arbitragem - que é ponto central da partida de ontem - queria destacar alguns aspectos tacticos para que o FCP, na minha opinião deve evoluír;
ResponderEliminar- Fernando jogou todo o prolongamento a defesa direito e, tal como em Kyev, deu muito bem conta do recado. Penso que é uma opção em que JF deverá ter em conta nos tempos proximos.
- Fucile mesmo sem ritmo e ainda não totalmente restabelecido da lesão, é o nosso melhor lateral. O lado esquerdo da defesa é seu, garantidamente.
- Pele deveria assumir a posição de trinco (com o "arrastar" de Fernando para lateral direito).
- A dupla Lisandro e Hulk teve ontem bons momentos, não tanto nas tocas de bolas entre si, mas como conseguiram arrastar os jogadores do Sporting para fora das suas posições. Penso que com alguma maturação ambos poderão fazer uma parelha interessante.
Foi uma boa e saborosa 8até pelas circunstâncias) vitória, pese embora existam ainda 8e contionuarão a existir) coisas preocupantes:
ResponderEliminar1 - Está visto que, com estes jogadores e com o estádio actual de preparação, confiança e qualidade do plantél, o sistema que favorece mais o Porto é o do preenchimento do meio campo. Logo, melhor o 4-4-2 do que o 4-3-3. Só com Lucho (em frequente e sistemático déficite físico, R. Meireles e Fernado, há espaço a mais, jogadores a menos e um permanente convite ao adversário a pressionar-nos cada vez mais perto da nossa baliza, com as consequentes inseguranças e riscos agravados para a nossa defesa.
2 - A hipótese de Fernando a Lateral direito (assumidamente defensidvo), com Tomás Costa à frente e, por consequência, Pelé no meio (a 6) será, de facto, como alguém já referiu supora, a considerar...
3 - Hulk tem potencialidades para ser trabalhado; porém, nota-se que não é só trabalho que falta: há uma notória incomodidade em passar-lhe a bola! Repito, nota-se que Lisandro e Lucho e, por vezwes, outros, NÃO LHE PASSAM A BOLA!! Há que superar estas birras e crises de balneário!!! Isto - a confirmação disto que se ía vendo ou intuindo, agora, já evidente (vide a discussão entre Huilk e Lisandro) tem que se resolver e depressa!
PS - J. MOUTINHO tem vindo a estragar-se. Prometia muito, está a ficar cada vez mais inconsequente como patrão do meio campo do Sporting.
Além disso, é absolutamente irritante a sua permanente choradeira, por tudo ou por nada! Um verdadeiro Nody - como, de resto, a sua figura inestética a jogar sugere!!
Esta espécie de meia-leca choramingona, em Inglaterra (queria jogar no Everton!) faria as delícias das claques adversárias, com cânticos que rapidamente lhe dedicariam, em gozo permanente!!
Ontem ao ver o Hulk, só me vinham à memórias os bons velhos tempos do Match Day, FIFAs e PES.
ResponderEliminarA gente ganhava a bola a meio campo, tinha lá um gajo possante, e só tinha olhos para a baliza. Às vezes perdia-se a bola, outras havia espaço livre ia-se por ali fora e pouco depois da entrada da área, rematava-se.