terça-feira, 25 de novembro de 2008
A saga continua
Grande resultado, muita luta e alguns momentos muito bons permitiram ao FCP chegar à fase seguinte, depois de mais uma vitória fora, desta vez sobre o Fenerbahçe que entrou bem e fez perigo por Alex que recebeu um centro da meia direita (rasteiro) e rematou por alto, em muito boa posição. Estavam decorridos pouco mais de 3 minutos.
Pouco antes desta boa ocasião para o adversário, Hulk tinha furado pela direita, possante e rápido, e sobre a linha centrou, mas o guarda-redes turco defendeu sem dificuldade. Iniciativa individual, pois então, era o que se lhe pedia para pôr em sentido o último reduto do Fenerbahçe.
Nos momentos iniciais, os laterais sentiram grandes dificuldades e fizeram faltas sucessivas. Pedro sentiu grandes dificuldades e quando o Rodriguez não conseguia suster o lateral do seu lado, as coisas tendiam a complicar-se, e então, lá vinha o recurso à falta. Fucile na primeira parte esteve inseguro e faltoso, igualmente.
Aos 13 minutos já o FCP igualava as operações, passava a ganhar mais bolas no meio campo e a desferir contra-ataques perigosos. O jogo estava mais dividido, os duelos mais cerrados: o Fenerbahçe com mais pendor atacante, o FCP mais no controlo e no contra-golpe.
Aos 19 e 27 o FCP marca por intermédio de Lisandro. Dois golos com sotaque e muita raça. O primeiro com um passe longo de Fernando para o segundo poste para Bruno, que levantou para a zona da pequena área: Rolando fez-se ao lance e ajudou à insegura saída do gr adversário que afastou a bola para perto, tendo sobrado para Lisandro que, à meia volta, rematou para o fundo das redes.
Antes do primeiro golo Lisandro teve uma jogada brilhante: na esquerda partiu o defesa por duas vezes, atrasou para Meireles que rematou para excelente defesa do guarda redes. Jogada de equipa com boa circulação e variação do flanco; a equipa mais perto de render a um nível interessante, que só tem de ser mais constante.
O 2º golo saiu de um lançamento de bola de Fucile (uma 2ª. parte muito boa porque corrigiu o posicionamento e encontrou o momento certo de intervir e atacar o jogador que se lhe opunha), Lisandro parou com o peito e marcou (à segunda) um golo à boa maneira de um matador. Os nossos comentadores estavam mais preocupados com uma possível bola no braço do nosso avançado que dizer baixinho, como é costume, que tinha sido o 2º. Golo do FCP. Lá o disseram, sabe-se lá com que sacrifício.
Aos 33 minutos tivemos, talvez, a jogada mais brilhante de todo o jogo. Uma transição rápida com um passe a sobrevoar o campo da direita para a esquerda que apanhou completamente desmarcado o Tomás Costa que se isolou e num gesto técnico excelente, à saída do guarda redes contrário, fez um chapéu acabando a bola por bater no poste direito. Um belo lance do melhor que se viu na primeira metade.
Depois foi muita luta e muita perda de bola, de parte a parte, até ao final da 1ª. parte.
A 2ª parte com Kassim Kassim do lado direito, Pedro tornou a sentir enormes dificuldades na marcação. Foi por aí que o Fenerbahçe ensaiou as jogadas de maior perigo. No entanto, e apesar desse mais fulgor dos turcos nos minutos iniciais, perdemos boas situações aos 57 min., num remate de cabeça de Rodriguez num canto de Meireles e aos 59 numa perdida de Hulk depois de se ter isolado, e só com o gr na frente, não foi capaz de o bater, tentando marcar um golo em jeito, quando se pedia que fizesse o que sabe fazer melhor: atirar em força.
Os jogadores do FCP começaram a acusar desgaste e numa perda de bola de Fernando, Kassim Kassim rematou de muito longe a bola em bateu Bruno Alves ganhou altura e Helton, apesar de se ter feito bem ao lance, não foi capaz de defender.
Depois foram as substituições Tomás Costa (todo partido) foi rendido por Guarin, Hulk por Pelé e Rodriguez por Mariano. Foi ocupar espaços, foi lutar muito e defender com alma. Pouco mais atacámos: os jogadores saíram exaustos, nomeadamente Lisandro que se fartou de lutar, e como referiu: saiu morto. O adversário não incomodou muito, mas lá tivemos que sofrer até ao fim.
Um jogo difícil, em que mostrámos alguma irregularidade. Não somos uma equipa categórica, a circulação de bola nem sempre sai bem, mas a atitude, a serenidade e o companheirismo estiveram lá. Jogámos à Porto. É preciso tornar este porto vintage, mas ainda falta bastante caminho para lá chegar, mas com a alma também se ganha.
Os melhores: a atitude, a capacidade de luta, a superação de algumas fragilidades, os centrais, Fucile (uma 2ª. parte estupenda e um espírito indomável) e Lisandro.
O meio campo nem sempre se mostrou afinado, Meireles teve lances geniais outros nem por isso, Tomás Costa lutou até à exaustão e Fernando falta-lhe um pouco de experiência para ser um jogador muito acima da média. Andou algumas vezes perdido, como no lance do golo em que colocou a bola nos pés do adversário.
Hulk tem talento, tem força, só se espera que sem perder o seu apetite pela baliza e pelo golo, que troque melhor a bola quando o momento for mais de circulação e de controlo que de ruptura e insistência em jogadas individuais. Rodriguez esforçado, continua a não brilhar: até parece que a bola o atrapalha.
Dos suplentes utilizados, nota mais para Guarín.
Fotos: Record
já leio o vosso blog á muito e no meu proprio blog tenho um link que me direciona para aqui.
ResponderEliminarja agora o meu blog www.aguiamoribunda.blogspot.com
o Tomás costa é a proxima perola do FC PORTO, assim como acho que o Garin tb o será. precisam é ambos de jogar o mais possivel.
o Hulk começa a ser barato, não acham?
Boas, hoje acordei com um sorriso que já não tinha a muito, vi uma equipa unida a lutar num só sentido, gostei muito de toda a equipa, com este espirito e entrega vejo um futuro muito risonho para nós, com alguns retoques que tem que ser dado no plantel e ai estamos a toda a força na luta por tudo e conta todos. VIVA O FCPORTO
ResponderEliminarSaudações
A moralidade
ResponderEliminarEste ultimo ciclo desportivo do F.C.Porto tem sido mais complicado do que o habitual, em especial para os seus adeptos que nas últimas décadas se têm habituado a ver o F.C.Porto bem lá na frente a competir com os grandes da Europa (dentro dos seus limites) e a estar a anos-luz dos seus adversários internos.
Em especial nesta temporada, tem apresentado um comportamento mais irregular, mas nas últimas semanas tem mostrado a verdadeira chama do dragão e tem atirado as criticas invejosas para trás das costas. Senão vejamos, este ano os velhos do Restelo, que se passeiam nas redacções dos jornais, nas rádios e nas televisões tem utilizado novas estratégias. Os adeptos já ouviram de tudo, desde que o F.C.Porto não fez contratações com qualidade, que o ciclo do Pinto da Costa e do Jesualdo se estão a extinguir, ou seja para regozijo nacional o clube estaria a perder a sua dinâmica.
Esta nuvem negra criada, que apareceu quando se percebeu que não se consegue ultrapassar a dinâmica de vitória que reina lá para os lados do Dragão dentro das quatros linhas serviu-se de tudo. Desde hostilidade inicial da câmara, a guerra surda com um canal privado de televisão até o tentar fazer crer que os árbitros só tomavam café em casa dum dos presidentes.
Mas ultimamente, as forças retrógradas têm exagerado: é comentadores que só gritam quando os adversários marcam golos nos jogos contra o F.C.Porto, em especial é de repensar o que aconteceu ontem (dia do jogo da Champions do F.C.P.). Toda a imprensa do dia remeteu para canto as noticias referentes ao F.C.Porto, chegando ao extremo da imprensa desportiva – que dizem contempla três diários, um por cada um dos grandes, simplesmente na primeira pagina ignorarem o jogo do F.C.Porto e em uníssono apresentar uma capa a exultar a grandeza do feito do Quique Flores (que deve ser ter conseguido aguentar umas semanas à frente do F.C.Porto). À noite repetiu-se o desprezo pelo grande resultado do jogo, merecendo apenas num dos canais temáticos uma breve análise.
Como alguém já escreveu numa coluna de jornal, o nosso grande problema é não tentarmos nos superar, não tentarmos ser melhor do que os outros e em especial por cá, preferimos simplesmente invejar e não tentar ultrapassar os feitos que nos custam a aceitar.
Esta envolvente toda, faz-me pensar que enquanto o F.C.Porto fique situado num lugar de classificação mais modesto, o futebol nacional está apaziguado e não se falará de corrupção desportiva, o mal é se mais lá para a frente o F.C.Porto se voltar a superar e ai iremos ver nos jornais, nas televisões e nas rádios a voltar a criar um clima de suspeição e de constante reclamar da falta de verdade desportiva. Que pais é este, onde os feitos do clube da segunda cidade são remetidos para meros acontecimentos que por uma razão ou outra são sempre minorados. Se calhar se um determinado clube da capital tivesse recentemente sido campeão europeu teria sido feriado nacional no dia seguinte, quando o F.C.Porto venceu a Champions nem o presidente da câmara da sua cidade o recebeu em ambiente festivo.
Por último lanço a pergunta: porque será que não se questionam (mas também não se comentam) as arbitragens da Champion ? Dessa forma era mais fácil justificar o desprezo a que o F.C.Porto está condenado e cada vez mais o ajuda a fortalecer.
O jogo foi bom, o resultado ainda melhor, mas não nos iludamos: o Fenerbahçe não jogou pevides, chegando a ser caricato na primeira parte. Desaproveitámos algumas ocasiões perigosas, tremelicámos aqui e ali sem grande mossa e no final demos um suspiro de alívio. Mas não me parece que devamos embandeirar em arco. "Aquilo" ainda não parece muito seguro, e há situações inacreditáveis, como a de o treinador se ver obrigado a uma frustrada tentativa de adaptação de um veterano defesa-central a defesa-esquerdo por manifesta falta de qualidade dos defesas esquerdos do plantel.
ResponderEliminarE que dizer dos "turcos" comentadores/torcedores da RTP?.Estes "artistas" são mesmo adeptos do maior clube do mundo que é o TCP. VTNC como dizem os brasileiros e eu á boa maneira de CAMPANHÃ digo,PQP.
ResponderEliminarAbraço
Contra o Fenerbahçe voltamos a ter o Lisandro dos velhos tempos. Um avançado lutador, felino e eficaz.
ResponderEliminarFernando começa a evoluir na fase de construção de jogo e, embora tenha estado na origem do lance do golo dos turcos, talvez daqui a 6 meses já pouca gente se lembre do Paulo Assunção.
Fucile fez um belo jogo e, mais uma vez, mostrou que é o melhor lateral-direito do plantel. Infelizmente, as últimas 5 ou 6 contratações para defesa-esqierdo deixaram muito a desejar e, por isso, Fucile é obrigado a jogar a lateral-esquerdo na maior parte dos jogos.
Aurélio Estorninho disse: «o Hulk começa a ser barato, não acham?»
ResponderEliminarO Hulk tem características e um potencial muito interessante.
Contudo, só começará a ser barato quando souber jogar com os seus companheiros e deixar de estragar, devido a excessos de individualismo, N jogadas de ataque da equipa.
V.R. disse: «O jogo foi bom, o resultado ainda melhor, mas não nos iludamos: o Fenerbahçe não jogou pevides, chegando a ser caricato na primeira parte.»
ResponderEliminarEu não estou iludido e continuo a pensar que esta equipa do FC Porto não está preparada para disputar uns oitavos-de-final da LC. Contudo, é justo dizer que parte significativa dos erros (particularmente passes falhados) do Fenerbahçe, tiveram origem na pressão alta feita pelo ataque e meio-campo do FC Porto.
Pagamico disse: «E que dizer dos "turcos" comentadores/torcedores da RTP?»
ResponderEliminarCoitados, deviam estar a pensar no Galatasary, que no campeonato turco tem apenas mais um ponto que o Fenerbahçe, e que há poucas semanas atrás foi à Luz espetar dois secos ao clube do regime...
Pagamico disse: «VTNC como dizem os brasileiros»
ResponderEliminarDesculpa a ignorância, mas o que significa VTNC?
Vai Tomar No C...
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