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«Oportunidade. Os grandes clubes fazem investimento sobre investimento e ficam com talentos que não podem utilizar. Para não os ver desvalorizar, emprestam-nos a clubes menos ricos, que assim melhoram o seu potencial desportivo. Mas nem tudo são rosas, porque se o jogador for mesmo bom, a separação chegará rapidamente.
A maior fatia do investimento feito pelo Sporting nos últimos anos foi no exercício dos direitos de opção sobre jogadores emprestados como Romagnoli, Izmailov ou Grimi.
No Benfica, grande parte do sucesso da equipa na Liga explica-se com o rendimento de Suazo, um atacante que pertence ao Inter de Milão e veio para Portugal em busca de tempo de utilização.
O FC Porto é, dos três grandes, quem menos recorre aos empréstimos - nos últimos anos assim estiveram Fucile e Luís Aguiar, o primeiro resgatado, o segundo não - optando antes pela co-propriedade com fundos de investimento a que também o Benfica recorre com frequência.
A dispersão do valor dos jogadores por investidores ou o recurso a cedências de emblemas financeiramente mais fortes é cada vez mais uma realidade que se impõe a um futebol onde o dinheiro não abunda. E, embora haja problemas, toda a gente acha o esquema positivo.
A questão fundamental tem a ver com o profissionalismo do jogador emprestado.
"Há jogadores que chegam e se encostam ao contrato, mas quando o profissionalismo é a 100 por cento, o empréstimo pode ser encarado como uma oportunidade para demonstrar que quem emprestou estava enganado ou para atrair o interesse de um novo mercado", sustenta Carlos Freitas, actual director desportivo do Sp. Braga que, nos anos que passou enquanto responsável pelo mercado no Sporting recorria regularmente aos empréstimos de clubes estrangeiros.
Depois, há a noção de que, como salienta Carlos Carvalhal, treinador que levou o V. Setúbal à vitória na Taça da Liga com cinco emprestados entre os titulares, a situação tem que estar clara para toda a gente.
Equipa do V. Setúbal, Taça da Liga 2007/08 (fonte: VIII Exército)
"Só se deve pedir um jogador emprestado se se tiver uma utilidade específica para ele", diz Carvalhal, consciente de que a operação deve satisfizer as três partes nela implicadas: o jogador, que se mostra e valoriza; o clube que o recebe, que melhora o potencial desportivo; e o clube que o cede, que vê crescer um activo.
Esta época, entre os casos de não cumprimento destas regras basilares destacam-se, por exemplo, Celsinho ou Saleiro. O primeiro foi emprestado pelo Sporting ao Estrela da Amadora e, a julgar pelos problemas disciplinares que já enfrentou, não terá encontrado no passo atrás a motivação para trabalhar mais. Já Saleiro, que teve sucesso na passagem pelo Fátima, na época passada, tem tido poucas oportunidades para jogar, a ponto de já ter questionado publicamente a opção pelo V. Setúbal.
Por outro lado, o futebol português tem, este ano, um caso evidente de sucesso, que é o Olhanense, líder da II Liga e candidato à subida de divisão com seis emprestados, cinco deles (os portistas Vitória, Stephane, Castro e Ukra e o sportinguista João Gonçalves) habituais titulares.
Jorge Costa, Olhanense (fonte: Record)
Jorge Costa, o treinador do Olhanense, não esconde a felicidade por ter melhorado o plantel de uma forma que normalmente não estaria ao alcance do clube. "Tive a felicidade de o FC Porto e o Sporting me terem emprestado jogadores de qualidade, na maioria jovens internacionais, e de ter no grupo uma série de jogadores experientes que me deram uma ajuda muito grande a enquadrá-los", destaca Jorge Costa.
Mas o antigo defesa central do FC Porto e da selecção nacional sabe que nem tudo são rosas. Basta recordar a sua própria experiência como jogador emprestado, primeiro ao Penafiel e ao Marítimo, ainda enquanto jovem em busca de afirmação, e mais tarde, quando teve problemas com Octávio Machado, ao Charlton, de forma a poder jogar e justificar a convocatória para o Mundial.
"A primeira situação foi semelhante à dos jogadores que tenho agora. Era um jovem que queria fazer carreira e mostrar qualidades. E consegui-o, em dois anos fantásticos, nos quais cresci como homem e jogador. A segunda situação teve contornos mais infelizes, mas foram seis meses que me correram muito bem e nos quais consegui o objectivo", recorda. Houve, porém, uma infelicidade. "No Marítimo, numa das vezes que joguei contra o FC Porto, tive a infelicidade de fazer um autogolo [ndr: em Fevereiro de 1992, a desempatar o jogo a favor dos portistas]. Foi complicado, mas quem joga está sempre sujeito a isso. É por isso que, embora saiba que para um emprestado não há melhor ocasião do que aquela para mostrar valor, acho que o ideal é mesmo proteger os jogadores e não os utilizar nessas situações", considera o treinador do Olhanense. Esta época, uma vez que joga um escalão abaixo de FC Porto e Sporting, Jorge Costa não terá de enfrentar essa situação na Liga. Já será diferente se subir de divisão e ficar em Olhão.
Aí, porém, pode ter de confrontar-se com a perda dos jogadores, já valorizados, outro dos problemas de quem recorre a emprestados. "Em tese é mais interessante um clube partir para um investimento que possa dar frutos do ponto de vista desportivo mas também financeiro", concorda Carlos Freitas, consciente de que ao acolher jogadores cedidos os clubes estão a valorizar-se activos alheios.
Carlos Freitas (fonte: Record)
"Mas sou claramente favorável aos empréstimos, sobretudo em clubes portugueses. A capacidade dos nossos clubes intervirem num primeiro ou mesmo num segundo mercado é esporádica e surge sempre num contexto de oportunidade e não de intervenção consolidada", explica Freitas que, apesar de tudo, no Sp. Braga só tem um emprestado: o colombiano Rentería, que pertence ao FC Porto. No futuro talvez cheguem mais: "convém manter o contacto, não apenas nas janelas de mercado mas durante todo o ano, para estar sempre a par de quem pode vir a estar disponível", defende.»
António Tadeia
in DN, 13/12/2008
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O FC Porto tem sido, essencialmente, um clube que empresta jogadores, recorrendo poucas vezes a empréstimos de jogadores de outros clubes.
Nos últimos anos, os casos de maior sucesso foram Benny McCarthy, que na segunda metade da época 2001/02 jogou no FC Porto por empréstimo do Celta de Vigo, e Fucile, que veio como um desconhecido e se impôs como um dos melhores laterais do plantel.
Na época passada Luis Aguiar também veio por empréstimo mas, apesar das boas exibições que o uruguaio fez na Académica, a SAD portista não exerceu o direito de opção e o jogador foi contratado pelo Braga (onde tem sido um dos esteios da equipa desta época).
Deveria o FC Porto recorrer mais vezes a empréstimos de jogadores cujo passe pertença a outros clubes?
Nota: A escolha das fotos e os negritos são da minha responsabilidade.
Fucile, L Aguiar, McCarthy... então e o Mariano e o Edgar? Os empréstimos deles não foram há tanto tempo assim para ficarem de fora da lista.. ;-)
ResponderEliminarPessoalmente considero que o empréstimo (para dentro) é uma táctica interessante a ser utilizada, enquadrando-a dentro de uma estratégia geral. Passo a explicar...
O FCP precisa constantemente de ter uma boa meia dúzia de jogadores "vendáveis" para financiar o défice. Para isso precisa também de ter uma "pipeline" de jogadores relativamente jovens que possam vir a ser os senhores q se seguem.
Ora isso não invalida que faça sentido ter um ou dois jogadores q tenham vindo por empréstimo, para serem aproveitados acima de tudo de um ponto de vista desportivo (i.e. mesmo q o FCP não compre o passe no fim). Para isso terão q ser à partida fortes candidatos à luta pela titularidade, como foi o caso de um McCarthy (ou de um Suazo no slb, Suazo q tb teria lugar neste FCP).
Para vender e valorizar já lá temos nós imensos jogadores, felizmente (muitos deles até mesmo emprestados para fora); não virá nenhum mal ao mundo se tivermos lá um ou outro jogador q sejam para "espremer" desportivamente e q sejam claras mais-valias desportivas em relação aos jogadores q já tínhamos.
Há no entanto outro tipo de emprestado q confesso me causar alguma confusão... falo de jogadores q vêm com pouco CV e de clubes muito inferiores ao FCP: foi o caso de Fucile, L Aguiar ou Edgar, por exemplo. Faz-me confusão q um pequeno clube empreste um jogador a um clube grande, provavelmente isso só acontece pq as condições financeiras para quem empresta são muito interessantes (mais do q se tivessem vendido o jogador).
José Rodrigues disse:
ResponderEliminar«Fucile, L Aguiar, McCarthy... então e o Mariano e o Edgar?»
Tens razão.
E, já agora, entre o Mariano e o Luis Aguiar, preferia que a SAD tivesse exercido o direito de opção pelo uruguaio que, ainda por cima, era muito mais barato (penso que o Braga adquiriu o seu passe por 700 mil euros).
Luis Aguiar esse que é exactamente o tipo de jogador (médio ofensivo/creativo) que mais falta faz ao nosso plantel...
ResponderEliminarQuanto ao Suazo, é realmente inacreditável a forma como o deixamos ir para o slb: precisamente durante as negociações sobre o Quaresma.
Mesmo ali debaixo das nossa barbas...
Eu até vejo com "melhores olhos" a situação do empréstimo ao qual recorremos nos casos de Fucile, L.Aguiar e Edgar. São jogadores que por virtuda da sua juventude, comportam um grande risco de inadaptação, o que por sua vez desaconselha a compra do seu passe.
ResponderEliminarO "caso" Suazo, nota-se que foi uma opção nossa, especialmente porque havia o "Hulk" nas contas. Mais a questão salarial que já estava complicada.
As saídas do Bosingwa e do Quaresma aliviaram a folha de pagamentos, mas as entradas do Rodriguez, Guarín, Tomás Costa, Sapunaru e Mariano acabaram por anular o "alívio". Se acrescentásse-mos Suazo, lá se ia o tecto salarial para o maneta.
A pior face dos empréstimos é aquela que "esconde" os atletas que por este ou aquele motivo não integram o plantel principal. No caso de serem jovens formados na nossa "cantera" a coisa ainda escapa se hoverem hipóteses reais de os ver regressar. Mas muiitas vezes são os rejeitados e as más contratações que andamos a pagar para estarem o mais longe possíver da vista, e logo, do coração.
José Rodrigues disse:
ResponderEliminar"Há no entanto outro tipo de emprestado q confesso me causar alguma confusão... falo de jogadores q vêm com pouco CV e de clubes muito inferiores ao FCP: foi o caso de Fucile, L Aguiar ou Edgar, por exemplo. Faz-me confusão q um pequeno clube empreste um jogador a um clube grande, provavelmente isso só acontece pq as condições financeiras para quem empresta são muito interessantes (mais do q se tivessem vendido o jogador)."
O Porto pagou 0,2M€ pelo empréstimo e depois mais 0,4M€ ao activar a clausula de opção.
No caso do Fucile é muito fácil de explicar. Basta comparar a visibilidade que o jogador tinha no Uruguai com a que tem num clube que joga na Champions. Mesmo que o Porto não o tivesse comprado o jogador teria sido valorizado pela utilização que teve na maior competição de clubes no mundo. Assumindo que iria jogar, é claro. Nestas coisas há sempre algum risco, como em qualquer outro negócio.
José Rodrigues disse:
ResponderEliminar"Fucile, L Aguiar, McCarthy... então e o Mariano e o Edgar? Os empréstimos deles não foram há tanto tempo assim para ficarem de fora da lista.. ;-)"
Exacto. Convém referir todos os exemplos para não dar a entender que os jogadores que vêm emprestados são a galinha dos ovos de ouro.
- Adriano também veio do Cruzeiro para o Porto nas mesmas condições que o Fucile. 0,3M€ pelo empréstimo de 6 meses e mais 1,2M€ pela compra do passe.
- André Vilas Boas, emprestado pelo Rio Ave para a equipa B.
- Cajú, emprestado pelo Alverca.
C disse...
ResponderEliminar"Luis Aguiar esse que é exactamente o tipo de jogador (médio ofensivo/creativo) que mais falta faz ao nosso plantel..."
Em relação ao Luis Aguiar, há um erro de avaliação na utilidade do jogador. No sistema táctico de Jesualdo não há lugar para um médio ofensivo.
C disse...
ResponderEliminar"Quanto ao Suazo, é realmente inacreditável a forma como o deixamos ir para o slb: precisamente durante as negociações sobre o Quaresma.
Mesmo ali debaixo das nossa barbas..."
Para o SLB o Suazo é um bom empréstimo do ponto de vista desportivo, mas péssimo do ponto de vista económico. A titularidade do hondurenho implica que o Cardozo vá para o banco. Portanto o SLB pagou 10M€ por um jogador que não é titular.
Para o Porto o negócio não fazia sentido nem economicamente nem desportivamente. O SLB paga 1,8M€ de salário ao Suazo, que é metade do seu vencimento (o Inter paga a outra metade). Esses 3,6M€ são mais do dobro do que ganham actualmente os jogadores mais bem pagos no Porto. Mesmo esquecendo a questão salarial, seria o mesmo erro que cometeu o SLB. Se Suazo fosse titular significaria que Lisandro ou Hulk fossem para o banco. Seriam pelo menos 5M€ sentados no banco. Se o Suazo não fosse titular seriam 1,8M€ em salários por um jogador suplente. Não somos o Manchester ou o Real Madrid.
"Deveria o FC Porto recorrer mais vezes a empréstimos de jogadores cujo passe pertença a outros clubes?"
ResponderEliminarCreio que seria útil em situações pontuais. Como no caso de um jogador sul-americano em que não se sabe como se vai adaptar ao futebol europeu. Claro que aqui depende da vontade do dono do passe. Outra situação seria para suprir uma necessidade imediata da equipa, como é actualmente a posição de defesa esquerdo.
Todos os anos entra uma fornada de ex-júniores, todos os anos entra uma fornada de promessas e certezas de países “bárbaros”.
ResponderEliminarComo é possível fechar este ciclo se as saídas são muito inferiores às entradas e não há um mercado interessado em valores medianos a não ser que se consigam contratar a preço de saldo ou sejam mesmo “oferecidos” por empréstimo.
Por outro lado, a multiplicação de provas – taça da liga e taça intercalar – não chamam público e são uma monotonia competitiva a maior parte das vezes. Não servem os novos, nem vestem os menos rodados.
Há um número muito elevado de activos no FCP e a maioria é para descartar, infelizmente. Aliás, para comprovar a pobreza do aproveitamento dos nossos jovens, basta atentar na forma como o RC retrata a questão e doura a pílula: “Outro factor relevante, ainda que nem sempre devidamente valorizado, prende-se com a integração de alguns jogadores formados nos escalões jovens portistas na equipa principal do FCP ao longo de 2007/8, renovando uma aposta que gradualmente abre novos horizontes para o futuro do clube. Ventura, Rui Pedro e Castro repetiram experiências anteriores, enquanto André Pinto e Hélder Barbosa, chegados na reabertura do mercado de transferências, em Janeiro, experimentaram emoções novas ao lado dos mais experientes e conceituados companheiros de equipa, assim completando uma nova e fundamental etapa no processo evolutivo enquanto atletas de alta competição”.
Aristodemos disse...
ResponderEliminar«Em relação ao Luis Aguiar, há um erro de avaliação na utilidade do jogador. No sistema táctico de Jesualdo não há lugar para um médio ofensivo.»
Num meio-campo a três, Luis Aguiar seria uma alternativa a Lucho que, este ano, devido a problemas fisicos e disciplinares, não foi convocado para alguns jogos.
Num meio-campo com quatro, seria um jogador interessante.
Seja como for, há que preparar uma alternativa para a mais que provável saída do Lucho no final desta época.
Aristodemos disse...
ResponderEliminar«Se Suazo fosse titular significaria que Lisandro ou Hulk fossem para o banco. Seriam pelo menos 5M€ sentados no banco. Se o Suazo não fosse titular seriam 1,8M€ em salários por um jogador suplente.»
Esta explicação faz todo o sentido.
Mas então, caro Aristodemos, como explicar/justificar o facto de o Farias, que custou mais de 5 milhões de euros (contando com as comissões), alinhar habitualmente ao lado de Jesualdo no... banco?
Aristodemos disse...
ResponderEliminar«Outra situação seria para suprir uma necessidade imediata da equipa, como é actualmente a posição de defesa esquerdo.»
Totalmente de acordo.
O nosso historial recente na compra de defesas esquerdos é tão mau, que seria boa política primeiro experimentar (através de um empréstimo) antes de fazer a n-ésima tentativa de comprar um defesa-esquerdo de jeito.
No "sistema" de Jesualdo não encaixa um médio ofensivo?
ResponderEliminarEstamos a falar do mesmo Jesualdo que muda de figurino tactico sempre que defronta um "grande"?
Honestamente, também nunca entendi esse habitual argumento dos "5M€ sentados no banco."
Mas desde quando uma época inteira se faz apenas com 2 avançados?
Depois queixamo-nos que ficamos sempre pelos oitavos nas Champions...
"Lucho ... problemas físicos e disciplinares"
ResponderEliminarpeço explicações :)
de que se trata? obviamente não me estou a referir a problemas físicos :)
José Correia disse:
ResponderEliminar"Mas então, caro Aristodemos, como explicar/justificar o facto de o Farias, que custou mais de 5 milhões de euros (contando com as comissões), alinhar habitualmente ao lado de Jesualdo no... banco?"
Obviamente não sei se a intenção do treinador era que Farías viesse para ser titular. Recordo que em 2006/07 Lisandro jogou na ala. Farías lesionou-se nos primeiros jogos, só fez 5 jogos oficiais em 2007.
Nesta época houve a oportunidade de melhorar a equipa com a contratação do Hulk. Ele e Lisandro são superiores a Farías, tanto desportivamente como numa perspectiva de encaixe financeiro. Farías é a alternativa caso eles não possam alinhar. Nenhuma equipa joga a época toda com 11 jogadores.
José Correia disse:
ResponderEliminar"Num meio-campo a três, Luis Aguiar seria uma alternativa a Lucho que, este ano, devido a problemas fisicos e disciplinares, não foi convocado para alguns jogos.
Num meio-campo com quatro, seria um jogador interessante.
Seja como for, há que preparar uma alternativa para a mais que provável saída do Lucho no final desta época."
Para essa posição é que foi contratado o Tommy. É um médio interior, como o Lucho. Tem tido poucas oportunidades nessa posição, o L. Aguiar não teria tido mais. Além disso, meter na equipa jogadores cuja maior valia é serem especialistas em livres resulta em erros de casting como o Lino.
C disse:
ResponderEliminar"No "sistema" de Jesualdo não encaixa um médio ofensivo?
Estamos a falar do mesmo Jesualdo que muda de figurino tactico sempre que defronta um "grande"?"
Não à 1ª e sim à 2ª pergunta. Em 4-3-3, que Jesualdo utiliza sempre que não defrontámos um grande, Jesualdo coloca 1 médio defensivo e 2 médios interiores. Nos outros jogos tem havido variantes. No início da época Jesualdo habitualmente sacrificava o extremo direito e colocava um médio direito (Mariano ou Tommy). Nos últimos jogos tem optado por recuar Rodriguez para médio esquerdo. Em qualquer dos esquemas, o meio campo com um médio defensivo e depois uma linha de 3 homens, sempre sem um médio ofensivo.
Caro Aristodemos, fiquei então esclarecido:
ResponderEliminarJesualdo já variou de sistema vezes de mais para ninguém poder afirmar que X ou Y não encaixam nas ideias do treinador.
"Nenhuma equipa joga a época toda com 11 jogadores."
Ora nem mais. Esta sua frase encaixa como uma luva naquilo que eu defendo sobre a (não) vinda do Suazo.
nobigdeal disse:
ResponderEliminar«"Lucho ... problemas físicos e disciplinares"
peço explicações :)»
Os problemas físicos, cuja origem desconheço, são óbvios e levaram inclusive o FC Porto a anunciar que o jogador estava a fazer gestão de esforço.
Quanto aos "problemas disciplinares", estava a referir-me à expulsão em Kiev e aos amarelos que já viu noutros jogos (quando atingir os cinco será suspenso).
Aristodemos disse...
ResponderEliminar«Nesta época houve a oportunidade de melhorar a equipa com a contratação do Hulk. Ele e Lisandro são superiores a Farías, tanto desportivamente como numa perspectiva de encaixe financeiro. Farías é a alternativa caso eles não possam alinhar. Nenhuma equipa joga a época toda com 11 jogadores.»
De acordo com estas duas afirmações.
Vejamos, então, o seguinte cenário: O FC Porto recebia o Suazo por empréstimo e vendia/emprestava o Farias.
A diferença nos encargos salariais seria de 75 mil euros por mês (o Farias representa um encargo de 75 mil euros e o Suazo de 150 mil), mas a diferença de qualidade (demonstrada dentro de campo!) entre os dois jogadores mais do que justifica essa diferença.
José Correia disse:
ResponderEliminar"Vejamos, então, o seguinte cenário: O FC Porto recebia o Suazo por empréstimo e vendia/emprestava o Farias.
A diferença nos encargos salariais seria de 75 mil euros por mês (o Farias representa um encargo de 75 mil euros e o Suazo de 150 mil), mas a diferença de qualidade (demonstrada dentro de campo!) entre os dois jogadores mais do que justifica essa diferença."
Isso é um cenário muito utópico. Para além dessas condições todas, terias 2 problemas:
- provavelmente o empréstimo do Suazo seria deduzido na transferência do Quaresma, diminuindo o encaixe financeiro
- no final da época o Suazo inevitavelmente regressaria ao Inter e seria necessário outro avançado para o substituir
"Suazo inevitavelmente regressaria ao Inter".
ResponderEliminarTemos o exemplo contrário do Miccoli que acabou por ir ficando (e marcando).
E, ao que parece, também Reyes vai acabar por ficar.
Como explicar que se tente tudo-e-mais-alguma-coisa para desviar da Luz jogadores de qualidade discutível como Moretto, Edgar e Kaz para, depois, se deixar o Rui Costa ultrapassar-nos, pela direita, enquanto os mesmos italianos se sentavam bem à nossa frente?
Não há volta a dar: fomos"comidos" em toda a linha no negócio-Quaresma.
José Correia, obrigado pela explicação
ResponderEliminarCumps :)
C disse:
ResponderEliminar"Temos o exemplo contrário do Miccoli que acabou por ir ficando (e marcando).
E, ao que parece, também Reyes vai acabar por ficar.
Como explicar que se tente tudo-e-mais-alguma-coisa para desviar da Luz jogadores de qualidade discutível como Moretto, Edgar e Kaz para, depois, se deixar o Rui Costa ultrapassar-nos, pela direita, enquanto os mesmos italianos se sentavam bem à nossa frente?
Não há volta a dar: fomos"comidos" em toda a linha no negócio-Quaresma."
O SLB pagou 1,2M€ pelo empréstimo do Miccoli. Depois quando chegou a altura de pagar a cláusula de opção (5M€) e a totalidade do salário eram outras contas. Ele acabou por regressar a Itália.
Reyes é mais um caso para ilustrar a minha argumentação. Pagaram 2,6M€ por 25% do passe. A cláusula para os restantes 75% fica por 7,6M€. Além disso, o Atlético deixa de pagar metade do salário, mais 1,3M€ por época. Enquanto isso têm um dos jogadores que joga na mesma posição no banco: Di Maria. Pagaram 8M€ pelo passe dele. Tal como Suazo, bom negócio desportivamente, um desastre do ponto de vista económico.
Quanto ao negócio Quaresma, já disse várias vezes que a vinda do Pelé foi excelente. Ele é o melhor médio defensivo do plantel.
Aristodemos disse:
ResponderEliminar«provavelmente o empréstimo do Suazo seria deduzido na transferência do Quaresma, diminuindo o encaixe financeiro»
Porquê?
O SLB não vendeu qualquer jogador ao Inter e recebeu o jogador por empréstimo, sem precisar de deduzir qualquer verba (excepto o pagamento de metade do salário).
Aristodemos disse:
ResponderEliminar«Quanto ao negócio Quaresma, já disse várias vezes que a vinda do Pelé foi excelente. Ele é o melhor médio defensivo do plantel.»
Não discuto esta opinião. Aliás, nem me custa a concordar que o Pelé seja o melhor médio defensivo do plantel.
O problema é que o treinador do FC Porto estava (e está cada vez mais) a apostar num jogador que já cá estava - Fernando - para ocupar esse lugar.
Ora, independentemente do valor do Pelé (que acredito seja muito), faz sentido contratar um jogador por 6 Meuros para o sentar no banco?
Não era este um dos argumentos para não se ter feito o empréstimo do Suazo?
José Correia disse:
ResponderEliminar"Porquê?
O SLB não vendeu qualquer jogador ao Inter e recebeu o jogador por empréstimo, sem precisar de deduzir qualquer verba (excepto o pagamento de metade do salário)."
Porque neste mundo ninguém dá nada a ninguém. :D
Quaresma disse que ia embora a meio da época, a transferência para o Inter arrastou-se até ao último dia do mercado. Porquê? Porque o Porto tentou sacar o máximo de € possível e o Inter tentou pagar o mínimo. Claro que com Suazo no negócio ia desequilibrar as contas. Não era possível um negócio sem o outro.
José Correia disse:
ResponderEliminar"Aliás, nem me custa a concordar que o Pelé seja o melhor médio defensivo do plantel.
O problema é que o treinador do FC Porto estava (e está cada vez mais) a apostar num jogador que já cá estava - Fernando - para ocupar esse lugar.
Ora, independentemente do valor do Pelé (que acredito seja muito), faz sentido contratar um jogador por 6 Meuros para o sentar no banco?"
Não era este um dos argumentos para não se ter feito o empréstimo do Suazo?"
Estou convencido que o Pelé vai ser titular mais cedo ou mais tarde. Só espero que não seja o mesmo caso do Hulk, que só depois de 3 derrotas seguidas Jesualdo finalmente abriu os olhas e o colocou a titular.
A contratação do Pelé encaixa perfeitamente na filosofia de transferências do Porto. Tanto o Pelé como o Fernando só têm 21 anos. Jovens com muita margem de progressão. E valorização, claro. Tal como Rolando, Guarín, Tommy, Rodriguez, Hulk, todos com menos de 24 anos.
Aristodemos disse:
ResponderEliminar«A contratação do Pelé encaixa perfeitamente na filosofia de transferências do Porto. Tanto o Pelé como o Fernando só têm 21 anos. Jovens com muita margem de progressão. E valorização, claro.»
Pois, o problema é precisamente esse. Ambos são jovens, com muita margem de progressão, mas só um é que pode jogar e, consequentemente, valorizar-se.
Ora, a aposta do treinador do FC Porto era (e continua a ser) o Fernando.
Por isso, volto a fazer a mesma pergunta (que ficou sem resposta): independentemente do valor do Pelé, faz sentido contratar um jogador por 6 Meuros para o sentar no banco, ainda por cima sabendo que a aposta do treinador é num jogador igualmente jovem?
Aristodemos disse...
ResponderEliminar«Quaresma disse que ia embora a meio da época, a transferência para o Inter arrastou-se até ao último dia do mercado. Porquê? Porque o Porto tentou sacar o máximo de € possível e o Inter tentou pagar o mínimo. Claro que com Suazo no negócio ia desequilibrar as contas. Não era possível um negócio sem o outro.»
Discordo, completamente, deste raciocínio e conclusão.
O Suazo poderia ter vindo para o FC Porto nas mesmas condições (pelo menos) em que foi para o SLB. Isso para mim é óbvio.
Agora, se o Suazo tivesse sido integrado no negócio Quaresma, acredito que o mesmo se faria nas mesmas condições, mas muito mais cedo, sem ser necessário esperar até à data limite. Algo que, aliás, seria do interesse dos dois clubes.
Havia ainda outra possibilidade. O Suazo ter vindo para o FC Porto em condições mais favoráveis do que as que foi para o SLB (por exemplo, com o Inter a pagar uma percentagem maior dos salários e com o passe fixado por um valor aceitável), desde que o Pelé não tivesse sido incluído no negócio.
José Correia no meu post anterior escrevi:
ResponderEliminar"Estou convencido que o Pelé vai ser titular mais cedo ou mais tarde."
Dei o exemplo do Hulk porque era evidente que não fazia sentido ter o Mariano a titular e o Hulk no banco.
Penso que o mesmo se irá passar com Pelé. Porque é mais possante e melhor tecnicamente do que o Fernando. Só não sei qual será o melhor em termos tácticos, porque só vi um jogo do Porto com o Pelé a titular. Ele terá sido prejudicado por não ter feito a pré-época.
José Correia disse:
ResponderEliminar"Havia ainda outra possibilidade. O Suazo ter vindo para o FC Porto em condições mais favoráveis do que as que foi para o SLB (por exemplo, com o Inter a pagar uma percentagem maior dos salários e com o passe fixado por um valor aceitável), desde que o Pelé não tivesse sido incluído no negócio."
Eu prefiro um jogador promissor português de 21 anos a um estrangeiro de 29 sem a mínima possibilidade de retorno financeiro. A longo prazo será muito mais rentável, tanto desportivamente como economicamente.
Além disso seria necessário que o Inter quisesse vender o Suazo. O Benfica tentou negociar uma clausula de opção mas o Inter não aceitou.
Quanto aos "jovens com imensa margem de progressão e valorização", tudo depende do valor de compra.
ResponderEliminarPessoalmente duvido imenso q Pelé (tendo custado 6 milhões) e Hulk (tendo custado o equivalente a 11 milhões pela totalidade do passe) tenham grande margem de valorização de passe.
De resto e sobre o Pelé, o facto de não ser utilizado dá-me a clara impressão de q houve mto mais dedo da SAD na sua vinda do q uma vontade expressa do J Ferreira.
Aristodemos disse:
ResponderEliminar«Dei o exemplo do Hulk porque era evidente que não fazia sentido ter o Mariano a titular e o Hulk no banco.»
O Mariano?
Esse é outro jogador caro e com mais de 27 anos, que destrói todas as boas teorias e intenções...
Caro Aristodemos, pegando na sua afirmação de que não faz sentido termos jogadores de 5 Meuros sentados no banco, já reparou que o Farias e Mariano juntos são 10 Meuros sentados no banco (e às vezes na bancada)?
Aristodemos disse:
ResponderEliminar«Eu prefiro um jogador promissor português de 21 anos a um estrangeiro de 29 sem a mínima possibilidade de retorno financeiro. A longo prazo será muito mais rentável, tanto desportivamente como economicamente.»
Depende.
Vou dar um exemplo que todos os portistas percebem.
Eu prefiro um bom lateral-esquerdo de 29 anos a titular, que resolva o problema do lugar para os próximos 2-3 anos, do que um excelente médio de 21 anos no banco (ainda por cima sem grandes perspectivas de aceder à titularidade a curto prazo).
José Correia disse:
ResponderEliminar"Caro Aristodemos, pegando na sua afirmação de que não faz sentido termos jogadores de 5 Meuros sentados no banco, já reparou que o Farias e Mariano juntos são 10 Meuros sentados no banco (e às vezes na bancada)?"
Eu não afirmei que o Mariano tenha sido um bom negócio. Quanto ao Farías já dei a minha opinião.
José Correia disse:
ResponderEliminar"Depende.
Vou dar um exemplo que todos os portistas percebem.
Eu prefiro um bom lateral-esquerdo de 29 anos a titular, que resolva o problema do lugar para os próximos 2-3 anos, do que um excelente médio de 21 anos no banco (ainda por cima sem grandes perspectivas de aceder à titularidade a curto prazo)."
Eu estava a referir-me ao eventual negócio do Suazo. Claro que a contratação de um lateral esquerdo deve ser uma prioridade. O que não era o caso do avançado.
Ninguém contrata um jogador de 21 anos a pensar no curto prazo.
Aristodemos disse:
ResponderEliminar«Ninguém contrata um jogador de 21 anos a pensar no curto prazo.»
Espero, sinceramente, que o Pelé venha a demonstrar ser um jogador de uma dimensão e qualidade superior ao Fernando.
Para já, no pouco que jogou, está muito longe de o ter demonstrado e para o jogo de hoje nem sequer vai para o banco, porque voltou a ficar de fora da lista dos convocados.
Por falar em banco, é provável que no jogo de hoje voltemos a ter um banco de "luxo". Stepanov, Mariano e Farias custaram, no total, 15,5 milhões de euros (valores que incluem comissões e que constam do R&C da SAD).
Bem, apenas para acrescentar uma pequena especulaçãozita: E se o Lucho ou o Meireles forem vendidos agora em Janeiro?
ResponderEliminarTenho para mim que o Pélé está no plantel para ocupar a vaga do Raul Meireles e não a de 6 (que já é do Fernando).
O nosso meio campo dentro de 1-2 épocas (mantendo JF a treinador) será:
6 - Fernando
7 - Pélé
8 - Tomás Costa
José Correia disse...
ResponderEliminar(...)
Por falar em banco, é provável que no jogo de hoje voltemos a ter um banco de "luxo". Stepanov, Mariano e Farias custaram, no total, 15,5 milhões de euros (valores que incluem comissões e que constam do R&C da SAD).
Junta-lhes o Adriano (aprox. 1.5 M), o Benitez (1 M) e o Bolatti (2M) e tens 20 Milhões de Euros a fritar.
Com esse dinheiro poderias ter comprado um lateral esquerdo de jeito como por ex.: John Arne Riise (custou aprox. 5 milhões à Roma); Gabriel Heinze (12 Milhões ao Real Madrid); Ou até mesmo o Yuri Zhirkov do CSKA Moscovo, actualmente avaliado em cerca de 18 M Euros!