Foi com o coração aos saltos que terminamos a assistir este Nacional – FC Porto, mas saímos aliviados desta contenda e sobretudo felizes, muito felizes com o resultado final. Seis golos (alguns de grande qualidade), alternância constante na vantagem do marcador, fizeram parte do cardápio deste encontro, conferindo-lhe uma viagem de emoções mais profunda que o futebol pode proporcionar.
Tal como se previa, para os Dragões garantirem a vitória na Choupana teriam de superar-se e dar o melhor de si, algo que no primeiro tempo esteve longe de acontecer. Uma atitude algo apática, pouco pressionante, era tudo o que os nacionalistas desejavam, que mais confortáveis se sentiram quando se adiantaram no marcador a passagem do quarto de hora, após um alívio mal medido de B. Alves para a própria baliza.
Tal como se previa, para os Dragões garantirem a vitória na Choupana teriam de superar-se e dar o melhor de si, algo que no primeiro tempo esteve longe de acontecer. Uma atitude algo apática, pouco pressionante, era tudo o que os nacionalistas desejavam, que mais confortáveis se sentiram quando se adiantaram no marcador a passagem do quarto de hora, após um alívio mal medido de B. Alves para a própria baliza.
Mesmo sofrendo um golo, os homens de Jesualdo pouco fizeram para modificar a atitude com que entraram no terreno de jogo. Sem grande espontaneidade, as investidas eram facilmente anuladas pela equipa do Nacional, conseguindo mesmo aqui e ali lançar uns contra-ataques com relativo perigo. Não foi de estranhar a desvantagem no marcador ao intervalo, pese a felicidade do golo obtido pela equipa insular.
Na segunda parte tudo foi diferente. Os primeiros lances gizados pelos portistas, já com Mariano em campo para garantir maior profundidade nas alas, demonstravam outra fibra para tentar inverter o rumo dos acontecimentos. Nada melhor para motivar a equipa do que um golo para abrir as hostilidades. A partir de uma iniciativa individual de Lisandro a rematar forte, Hulk aparece oportuno para fazer a recarga e igualar o marcador.
A confiança na equipa estava restabelecida, havia que correr em busca da vitória. E assim foi o que sucedeu aos 72 minutos, o ponto alto do encontro. Lucho cruza pela esquerda e Rodriguez na área num golpe acrobático a meio altura (bicicleta) bate Bracali. O mais difícil estava feito, mas o jogo não havia terminado.
7 minutos depois do golaço do Uruguaio, viria ao de cima o pior desta equipa do FC Porto, a permeabilidade nas laterais. Mariano facilita no cruzamento, Fucile não consegue acompanhar a marcação a Miguel Fidalgo, que facilmente cabeceou para o fundo das redes de Helton. Um duro golpe para os portistas pela postura que estavam a impregnar nos segundo 45 minutos.
Mas, como Miguel Sousa Tavares referiu num dos seus recentes artigos, são em momentos como estes em que vê o carácter de uma equipa, a forma de como conseguem fazer deitar para trás das costas as suas fraquezas e potenciar as suas virtudes.
Lisandro, aos 84 minutos, deu o primeiro aviso de que a equipa ainda acreditava na vitória. Bracali uma vez mais salvou. Só não conseguiu ser o padroeiro da equipa já entrada do período de descontos. Primeiro num penalti convertido por Lucho, após mão de Filipe Lopes, depois após um trabalho de grande classe de Hulk. Os 3 pontos eram nossos.
Positivo: A obra de arte de Rodriguez. Para ver e rever.
Negativo: Defesa lateral de papel. Pedro Emanuel fecha bem, mas não sobe. Mariano tenta dar profundidade lateral à equipa, mas coitado. Fucile, o nosso melhor defesa lateral, mesmo esse, revela dificuldades na marcação (vide 2º golo do Nacional).
Fotos: uefa.com
só uma pequena correcção, o cruzamento para o golo do rodrigues foi de Guarin e não de lucho.
ResponderEliminarDe facto a grande pecha da equipa são as laterais, mas acredito no potencial do sapunaru, espero que regresse já no proximo jogo e que se fixe na equipa com fucile de forma a poder dar coesão á defesa.
Lucho hoje esteve melhor do que tem vindo a estar, o rodrigues continua a subir e começa a revelar uma veia goleadora importante, mereiles esteve algo apagado parece desgastado felizmente actualmente temos opçoes de meio campo e guarin entrou muito bem.Fernando contina certinho como se quer.
Para mim, foi um início de noite com muita emoção e sofrimento, mas Ganhámos (4-2); depois, muita emoção e pouco sofrimento, e também ganhámos (2-0). E com golos bonitos!!! (então, o do nosso C. Rodriguez foi lindo!!) um extra para 'gayvota' chorar (sem cebola).
ResponderEliminarMas afinal ainda é Inverno, em tempo de Ano Novo, bem sei. Sendo assim, ANO NOVO, VELHOS (bons) HÁBITOS: O nosso F. C. PORTO é PRIMEIRO.
Lá chegaremos a Maio, acredito, com o TETRA. Restam as tacitas domésticas, que também acredito irão engrossar a longa fila que anseia o seu lugar no nosso MUSEU (já anunciado) e, espero, ainda que pelo menos passaremos pelos 1/4s da Champions.
Nada mau, mesmo com algum sofrimento, que é coisa pouca comparada com a raiva, a inveja, a impotência e a dor que os nossos 'inimigos' e 'freteiros' da escrita, do som, da imagem desonesta e os da (des)Liga do 'taberneiro', e do 'vaidoso' patrocinada por aquela cerveja que nunca bebo e que também apoia descaradamente os 'gayvotas', que connosco costumam perder no campo e nos TAS, vão sofrer.
Para eles, o meu Requiem!!!
«Mariano facilita no cruzamento, Fucile não consegue acompanhar a marcação a Miguel Fidalgo, que facilmente cabeceou para o fundo das redes de Helton.»
ResponderEliminarO Mariano voltou a ter uma oportunidade e voltou a não convencer. Só nos primeiros 5 minutos da 2ª parte falhou dois passes no meio-campo defensivo, permitindo contra-ataques perigosos do Nacional.
Enquanto o problema físico-psicológico do Sapunaru não estiver resolvido, é preferível que joque o Tomás Costa a defesa-direito e o Fucile a defesa-esquerdo.
Relativamente à apreciação que o meu amigo Nelson fez do lance do 2º golo, não concordo que a responsabilidade do Miguel Fidalgo ter cabeceado à vontade seja do Fucile. Quem ficou a "ver navios" e deixou que a bola lhe passasse por cima foi o Bruno Alves. O Fucile tentou, em desespero de causa, ir à zona dos defesas centrais estorvar o avançado do Nacional.
Aliás, o Bruno Alves esteve bastante mal neste jogo.
No primeiro golo do Nacional, mais do que azar, houve inconsciência na forma como o Bruno Alves meteu a cabeça à bola. É sabido que em remates de longe o maior perigo vem dos desvios que podem trair o guarda-redes. Foi o caso.
Para além de não ter gostado das exibições do Mariano e do Bruno Alves, também não gostei do Pedro Emanuel, mas este tem a desculpa de não ter velocidade para jogar nas alas.
ResponderEliminarConsidero que apesar da vitória e de sermos LÍDERES, é preocupante a fragilidade defensiva que a equipa evidenciou nos últimos três jogos.
Aos dois golos sofridos ontem e na Amadora, há que juntar as duas bolas ao poste no jogo com o Marítimo.
E mais do que isso, a facilidade com que as outras equipas ganham bolas de cabeça na nossa área e o perigo (aflição) que causam nos lances de bola parada.
É mais um problema para Jesualdo Ferreira resolver, mas penso que só conseguirá fazê-lo quando o quarteto defensivo estabilizar.
De destacar a exibição de Bracalli, que fez defesas espectaculares a remates de Lisandro e de Hulk.
ResponderEliminarAliás, nos últimos três jogos (Amadora, Marítimo e Nacional) os guarda-redes foram sempre o melhor jogador das equipas adversárias, o que me parece ser um indicador interessante.
Gostei muito da exibição do Rodriguez (novamente o melhor jogador do FC Porto), mas também do Hulk e do Lisandro (que, pelo que fez, merecia ter marcado).
ResponderEliminarO entendimento no tridente atacante tem vindo a melhorar, como aliás foi evidente no lance do 1º golo do FC Porto (muito boa a forma como o Hulk arrastou dois defesas do Nacional, abrindo espaço para o remate do Lisandro).
O Lucho também esteve melhor que nos últimos jogos e o Guarin entrou muito bem no jogo. Começa a afirmar-se como uma alternativa credível para o meio-campo do FC Porto.
Minuto 62: Mariano cruza na direita, lisandro antecipa-se a Maicon, a bola passa por cima.
ResponderEliminarMinuto 83: Mariano assiste Hulk que, á entrada da área foi derrubado em falta.
Foram estes os dois únicos passes do Mariano no jogo, portanto , é mentira quando se diz que falhou passes. Falhou sim, no um-para-um, foi onde esteve mal, de resto, fez um excelente jogo.
Aleixo disse...
ResponderEliminar«Foram estes os dois únicos passes do Mariano no jogo, portanto , é mentira quando se diz que falhou passes.»
Estamos a falar de quê? Das estatísticas?
De facto, os passes que o Mariano falhou não contam como passes, simplesmente porque foram interceptados por jogadores adversários...
Contudo, basta rever a 2ª parte (e deve haver muitos sítios na Net onde o jogo esteja disponível) para verificar que só nos primeiros 5 minutos da 2ª parte o Mariano falhou dois passes no meio-campo defensivo.
Isto são factos e eu não vou estar a perder tempo a discutir a veracidade de factos.
Aleixo disse...
ResponderEliminar«[O Mariano] Falhou sim, no um-para-um, foi onde esteve mal, de resto, fez um excelente jogo.»
O Mariano falhou no um-para-um (conforme o próprio admitiu).
O Mariano falhou vários passes permitindo contra-ataques perigosos do Nacional (repito que basta rever a 2ª parte do jogo para o constatar).
O Mariano permitiu que o Mateus cruzasse à vontade no lance que deu origem ao 2º golo do Nacional.
No resto fez um "excelente jogo"...
Ao contrário do Mariano, o Guarin entrou, mexeu com o jogo e foi decisivo nos lances do 2º e 3º golo do FC Porto. Este sim, tem aproveitado bem as oportunidades que o treinador lhe tem dado.
Concordo com a avaliação do jogo e com a fragilidade que a nossa defesa demonstra em todos os jogos. Esta equipa parece construída da frente para trás e não de trás para a frente como é habitual. Se as coisas assim continuam, a nossa esperança é que aquele trio atacante (que eu acho excelente) continue a marcar mais golos do que aqueles que a defesa consegue sofrer.
ResponderEliminarSinceramente, também tenho ainda alguma esperança que o Sapuranu se consiga afirmar na equipa e creio que, isto acontecendo, ficaremos com um equipa mais equilibrada.
Uma palavra também para Guarin que se afirma cada vez mais como uma alternativa consistente para o meio campo ofensivo. Bom no passe e no remate, tanto faz a posição do Lucho como a do Raul.
p.s: concordo com a avaliação do Mariano. Parece que ele se esquece que jogar a lateral não é a mesma coisa que jogar a extremo. Nem que perder uma bola na área adversária não é o mesmo que perder a bola no próprio meio campo.
Já estou a pensar no tridente atacante endiabrado em Madrid... O que me assusta é que a defesa mete água atrás de água e os avançados do atl. madrid são um pouco (eufemismo) melhores do que os do nacional...
ResponderEliminarGostei da atitude, voltei a não gostar da forma pouco pressionante como o porto defende, muito apática!
Quando for preciso jogar feio, e dar pau para parar lances têm de aprender a fazê-lo..
Cumpz
Só acrescentar algo á fogueira do Mariano, eu acho que ele não se esquece de nada... ele além de não saber mais, não dá mais... nem a extremo.. nem a lateral... e a lateral a culpa nem é dele....
ResponderEliminarCumpz
Para que o FC Porto chegasse outra vez à liderança, à 13ª jornada, dois jogadores deram contributos excepcionais nas últimas semanas: Hulk, de que já falei aqui, e Cristian Rodriguez.
ResponderEliminarJogador muito discutido nos primeiros meses, sempre me pareceu que o uruguaio não vale aquilo que os Dragões pagaram pelo seu passe (7 milhões) mas também é justo dizer que, em comparação, contratá-lo foi melhor opção do FC Porto do que, por exemplo, o Benfica adquirir Pablo Aimar (e já nem falo de Balboa, evidentemente, que até seria mais justo do ponto de vista de comparação directa de posições em campo).
As comparações são sempre complicadas, mas neste caso justifica-se porque Rodriguez esteve no Benfica na época passada e poderia ter lá continuado por bem menos do que custou a Pinto da Costa (creio que 4 milhões de euros era quanto teria que pagar Luís Filipe Vieira). A grande razão é que Rodriguez tem 23 anos e possibilidades de recuperar o investimento (pelo menos), enquanto Aimar tem 29 e já não estava, pelo menos, na fase ascendente da carreira quando Rui Costa o foi buscar em avião privado a Saragoça.
O risco de adquirir Aimar era maior do que o de Rodriguez, o que também quer dizer, no mesmo raciocínio, reconheço-o, que Aimar pode ainda ser um investimento com mais retorno, se na segunda volta do campeonato ajudar decisivamente o Benfica a ser campeão, porque qualidade para isso tem, potencialmente. Rui Costa acredita muito nisso; eu, confesso, sou bastante mais céptico.
Já Rodriguez fez um grande golo ao Nacional da Madeira e começa a ter o peso na equipa de Jesualdo Ferreira que não teve até Novembro. Velocidade, agressividade, capacidade de fazer golos (quatro já, no campeonato) e um espírito que se ajusta àquilo de que gostam os treinadores. Naquele estilo do Benfica de deixa andar, de que se queixa Quique Flores, Rodriguez era capaz de dar algum jeito. Mas Quique, compreensivelmente, conhecia melhor Aimar, Balboa e Reyes...
Manuel Queiroz
in blog 'De Trivela'