segunda-feira, 27 de abril de 2009
Começo difícil, final feliz
O FC Porto apresentou um onze com algumas alterações. Para além dos ausentes Lucho, Hulk e Sapunaru, Jesualdo deixou Fucile no banco. Tomás Costa descaiu para lateral, Mariano manteve-se na função do Comandante e Lisandro variou o jogo ao lado de Farías. Um FCP com mais poder atacante, apesar das ausências, para ultrapassar um Vitória de Setúbal que variou entre o defensivo e ultra defensivo com 10 jogadores atrás da bola e um meio campo recheado de defesas.
O FC Porto entrou um pouco à imagem do jogo em Coimbra: algo lento, com os jogadores da frente muitas vezes parados, o que ajudou os sadinos. Rodriguez e Meireles estão a acusar algum cansaço, o que leva a equipa a entrar com pouco fulgor nestes jogos da recta final do campeonato. Mesmo assim, chegaram a estar 21 jogadores no meio campo do Vitória, mas o guarda-redes Kieszek não chegou a apanhar nenhum verdadeiro calafrio na 1ª parte. Rodriguez apagado, Meireles oculto, Lisandro activo mas insuficiente, Fernando em grande forma a tentar subir e bem. Chegou o intervalo e a nítida sensação de que o Porto teria de regressar com tantos jogadores na frente, mas mais pressionante e mais rápido nas movimentações atacantes.
Raul Meires melhorou na 2ª parte, mais activo, a procurar entrar mais pelo centro e a ajudar as alas e o FC Porto começou a criar verdadeiras jogadas de perigo, o que fechou ainda mais os sadinos. Aos 57 minutos saíram Leandro Lima e Bruno Gama e por momentos julguei que Carlos Cardoso fosse apostar em Bruno Vale para segundo guarda-redes. Mas correram mal as substituições, já que Fernando fez um passe magistral a rasgar a defesa, Farías assistiu Lisandro e o argentino, com um toque sublime, tira o defesa do caminho e "pica" a bola para o fundo da baliza. Um belíssimo golo. Seis minutos volvidos e Lisandro bisava após bom cruzamento de Mariano. O FCP passava a controlar as operações sem grandes pressas. Não se repetiu o resultado da semana passada por manifesto azar: grande (e talvez única) arrancada de Rodriguez a furar pelo meio da defesa sadina, remate e a bola a embater em cheio no poste. Aos 85 minutos - algo tarde pareceu-me, até para o Professor - Jesualdo mexeu no onze inicial, entrando Tarik, Guarín e Rabiola.
Vitória justíssima num jogo muito difícil, onde por vezes a equipa de arbitragem tinha mais membros no meio campo portista que os sadinos. Muito descanso e venha o próximo. Algum cansaço nos jogadores vai exigir um espírito de sacrifício no exigente terreno do Marítimo.
Melhor em campo: Lisandro, com menções especiais para Fernando e Raul Meireles.
O Vitória de Setúbal entrou em campo com uma equipa ultra defensiva, em que cinco dos jogadores são defesas-centrais de raiz: Robson, Auri, Anderson, Hugo e Zoro.
ResponderEliminarEnquanto o resultado se manteve em 0-0, viu-se um Vitória de Setúbal esforçado, coeso, solidário, com os jogadores a darem tudo o que tinham para tentarem cortar linhas de passe e a fazerem dobras e compensações sempre que um deles era ultrapassado por um jogador do FC Porto.
Que diferença em relação à manta de retalhos que há uma semana atrás estendeu um tapete vermelho aos encarnados.
Quanto ao FC Porto, é evidente que as ausências de Lucho e de Hulk tinham de se fazer sentir. Farias esteve muito apagado (com a excepção da intervenção que teve no lance do 1º golo) e Mariano, embora melhor, também não esteve ao nível dos últimos jogos.
ResponderEliminarLisandro esteve em grande, não só pelos dois golos que marcou (o primeiro é fantástico!), como pela forma que veio atrás buscar jogo, arrastando defesas e abrindo espaços. Fez lembrar o grande Lisandro da época passada.
Quem também continua a crescer e se está a transformar num Senhor jogador é Fernando, que ontem mostrou ser mais do que um mero médio defensivo destruidor de jogo. Tem um raio de acção superior ao do Paulo Assunção (alguém tem saudades do judas?) e, conforme se viu na jogada do primeiro golo, não se limita a passar a bola para o lado e para trás.
Notável o trabalho que Jesualdo Ferreira tem feito com este jogador.
"[Lucho e Hulk] São jogadores essenciais. Não há jogadores desta qualidade em qualquer lado"
ResponderEliminarCristian Rodríguez, 26/04/2009
Foi um jogo muito parecido com o de Coimbra: primeira-parte fraca e melhorias substanciais, na segunda, levam a vitória justa, com exibição pouco brilhante.
ResponderEliminarMas, se nesta altura, sem dois dos jogadores mais influentes - Lucho e Hulk -, não é tempo para Ópera e sim tempo para ganhar, as exibições das primeiras-metades, não se podem repetir, sob pena de podermos sofrer dissabores, derivados de más entradas no jogo.
Lisandro na hora certa e no momento oportuno, assumiu-se e liderou a equipa para a vitória. São assim os grandes jogadores: aparecem nas alturas decisivas!
O jogo de Domingo, na Madeira, frente ao Marítimo, é a chave do título.
Um abraço
Que diferença abismal entre um Setúbal sem quaisquer preocupações defensivas contra o SLB na semana passada e este que veio ontem ao Dragão amontoar-se de defesas dentro da sua grande área. Que atitude miserável por parte do treinador. São equipas que jogam desta forma que merecem descer de divisão. Perderam e bem porque não mereceram mais.
ResponderEliminarO FC Porto está definitivamente a acusar o cansaço de final de época mas não se pode agora deixar ir abaixo. Se a entrada em jogo tivesse sido a da 2ª parte o jogo estaria resolvido aos 20 minutos. Foi a atitude de toda a equipa no início da 2ª parte que nos deu mais uma vitória. Preferia que os jogadores dessem tudo desde o primeiro minuto, até porque há a tradição do Marítimo nos marcar golos na Madeira. E esse jogo, como diz o dragao vila pouca, será a chave do título.
Desgostante a primeira parte... repararam que o nosso primeiro remate foi aos 23 minutos???? Sera que os jogadores tem ordem que so podem rematar se estiverem isolados?
ResponderEliminarE tantos passes falhados...
E ontem vi uma coisa que nao gostei nem um pouquinho... no jogo dos lampioes, quando o maritimo defendia com 11, vi os centrais benfiquistas a pegarem na bola e a entrarem no meio campo adversario para desiquilibrarem... O que sera preciso para isto acontecer no nosso Porto, ja que todos os nossos adversarios se fecham??
Ao que o meu desgosto pelas tacticas de Jesualdo chegou, que ate ja vejo coisas decentes no jogo lampiao !!!!!!!!!
Faltam 8 pontos, e guardem umas forcas para a final da taca... Forca Porto
Temo estarmos a assistir, de novo, a mais um final de época em forte queda exibicional.
ResponderEliminarEu sei que existem as lesões, mas há ali mais qualquer coisa.
Qualquer coisa de muito semelhante aos nossos penosos finais de época de 07/08 e 06/07...
E, pelo contrário, o scp volta a repetir um final de época em crescendo.
Muita atenção e concentração, rapazes...
O Sporting esta a jogar em apenas uma competicao desde que foi eliminado da Taca, ja que desistiu da UCL antes dos oitavos nao chegando a jogar essa eliminatoria, o Porto tem tido dois jogos por semana ate agora, por isso nao e correcto compararem as duas equipas.
ResponderEliminarQuanto a primeira parte, nao acho que o Porto tenha entrado a passo, as faltas de rotina abrandam o jogo em certas alturas mas ainda assim conseguimos entrar pelos flancos varias vezes. Infelizmente os cruzamentos nunca chegaram aos nossos avancados, nao so por falta de qualidade mas sobretudo porque o Setubal tinha quatro defesas centrais na pequena area e o resto da equipa a volta.
Acho que a segunda parte aconteceu porque a pressao que pusemos na primeira parte, a recuperar sistematicamente a bola no meio-campo adversario durante largos periodos, obrigou o Setubal a dispender muito esforco.
Como o fim-de-semana futebolístico foi parco em casos - se se excluir o habitual choradinho verde-e-branco - o Público decidiu fazer as vezes do Record e inventou o happening da semana, insinuando que a saída do Leandro Lima e do Bruno Gama, não foram apenas "substituições" ...
ResponderEliminarhttp://desporto.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1376836
Michôm cumprida e mai'nada!
ResponderEliminarInicio da tarde por Fânzeres, com as aventuras recambolescas do Lucho e do Estilhaço, mais logo, na primeira pessoa do singular do ainda "Lucho"... aguardem :D
Chegada ao Dragôm, conBersa puxa conBersa com a malta do costume, desta vez com o Zé Miguel (gand'Abraço Amigo), mas tb com o Dragão 66 que andava a faltar muito aos treinos... no resto, a malta do costume... fora o VilaPouca que não apareceu desta vez.
Quanto ao jogo propriamente dito, foi mais ou menos assim:
1. primeira parte lenta, mastigada e com poucas, muito poucas soluções;
2. segunda parte, com maior rapidez na circulação de bola e movimentações que deixavam a defesa contrária descompensada; e
3. o regresso de Lisandro, o Super Lisandro aos bons velhos tempos... em 5 minutos, cheque-mate na defensiva... de 5 centrais!
4. depois, gerir e relaxar bastante porque o tempo estava a andar demasiado pró meu gosto, e golos, nem vê-los... tudo acabou bem, por isso, que mais pedir?
Faltam 3 bitórias, 3 simples bitórias... desde que os calimeros não se "enterrem" até lá :D
ps - de primeira parte, pensava que já tinha bastado Coimbra... afinal, enganei-me... brinquem, brinquem, depois queixem-se!!!