terça-feira, 29 de setembro de 2009
Nuvens carregadas
Muito raramente uma vitória teve um sabor tão estranho como esta última do passado Sábado. Isto devido a uma exibição tão pobre, durante 75 minutos, que não pode augurar nada de bom.
Fez lembrar - e de que maneira - aquela outra, no primeiro jogo oficial de Fernandez como nosso técnico, em que também vencemos por 1-0, contra o slb na final da Supertaça. Também na altura, tivemos direito a um grande golo (Quaresma) mas tudo o resto foi confrangedor.
Seria, aliás, a perfeita antevisão do desastre que aconteceu em toda essa época de 2004/05.
Contra o scp, coube a Falcao marcar o golaço. Em tudo o mais, o colombiano esteve pouco menos do que desastrado. Só oportunidades flagrantes de golo teve 3, em todas elas ficou aquém do esperado. Pode ter sido apenas um dia mau (sim, apesar do golo), mas fica a nítida sensação de que se trata de uma avançado muito melhor com a cabeça do que com os pés.
Estaremos na presença de um novo Mike Walsh?
Mas o que verdadeiramente assustou foi a nossa total incapacidade para trocarmos 4 ou 5 bolas que fossem, consecutivamente, entre os nossos jogadores. Uma posse de bola aterradora, de tão baixa. E nós que até já estamos habituados a pouco neste campo...
E como jogamos, muito tempo, contra 10 homens apenas, então só pode ser mesmo incompetência de base.
Mesmo naqueles escassos instantes em que chegaram a ser 10 contra 9, onde ainda seria - teoricamente - mais evidente a nossa superioridade numérica (com "hectares" de relva livres para se jogar), ainda assim eram sempre os de verde que tinham a bola.
Bem, também não deixa de ser verdade que, para muita gente, ter Mariano e este Meireles, em simultâneo em campo, equivale a jogar com menos 2...
Como foi possível chegar a um ponto destes, pergunta-se?
E tudo tinha começado tão bem. Foram 15 minutos de luxo, cortesia única e exclusiva de Hulk, o tal que muita boa gente (e O JOGO...) queria ver, de castigo, no banco de suplentes.
A partir daí, foram uns longos 75 minutos de súplica para que aquilo acabasse o mais rapidamente possível, dada a pobreza reinante.
Impossível usufruir de qualquer prazer intelectual, perante um futebol de submissão daqueles.
O resto - as duas expulsões e quejandos - são o folclore habitual e não nos dizem minimamente respeito. Que ninguém perca um segundo que seja a debate-los. Isso são problemas "deles" e só deles.
Nós, por cá, já os temos que chegue.
Sem Rodriguez e Varela lesionados, sem Raul Meireles (o individuo que tem jogado com o número 3 é parecido com o Raul e também tem muitas tatuagens...), com um Belluschi intermitente e com Mariano ao seu pior nível, dificilmente se poderia esperar mais.
ResponderEliminarApesar de termos ficado sem os dois pilares do Tetra – Lucho e Lisandro –, que foi impossível manter, acredito que poderemos formar uma equipa forte, cujo onze-base deverá ser:
Helton
Fucile, Rolando, Bruno Alves, Alvaro Pereira
Fernando, Meireles, Belluschi
Hulk, Falcao, Rodriguez
O problema são as alternativas, as quais, com a excepção de Varela, ainda suscitam muitas dúvidas. Por isso, o problema actual é a necessidade de recuperar lesões, a forma física de alguns jogadores e continuar o processo de integração dos novos, particularmente de Belluschi (é um número 10 que está a aprender a jogar como número 8) e de Falcao (o ritmo e intensidade do futebol sul-americano é muito diferente do europeu).
Agora, ninguém espere que este onze seja tão forte como o que em Março e Abril passados surpreendeu a Europa, fazendo tremer o tri-campeão inglês e campeão europeu em título. É que Belluschi não é Lucho e Falcao também não é Lisandro.
Fico espantado com análises como a do José Correia, mas compreendo dada a forma racional como normalmente vê o futebol. Penso e vejo a nossa equipa de uma forma completamente diferente. Para começar não aceito como desculpa para jogos tão mal jogados a ausência de Lucho e Lisandro, até porque gastámos quase 30 milhões de euros a reforçar o plantel.
ResponderEliminarEm minha opinião o nosso problema reside no modelo de jogo adoptado. Ou melhor, e para ser metódico e estar a salvo das críticas de Jesualdo aos "ignorantes", o nosso problema reside nas ideias e nos Princípios de jogo do treinador. É um treinador que privilegia a transição atacante rápida com um futebol o mais directo possível (vertical) mas que não consegue incutir na equipa uma organização ofensiva capaz, com circulação de bola rápida e efectiva quando o adversário já se encontra reorganizado defensivamente. O que tem acontecido são as já muito comuns perdas de bola por dificuldades no jogo rápido, certeiro e ao primeiro toque (Mariano e Meireles deram bons exemplos do que não se deve fazer no jogo contra os lagartos).
Mas o pior de tudo vem na organização defensiva da equipa. O treinador não consegue implementar um bloco compacto com as linhas mais juntas e por isso costumamos ver o adversário trocar a bola com todo o à-vontade dentro do nosso meio campo. Por outro lado, sem bola, seria necessário fazer pressing em zonas do terreno o mais afastado da nossa baliza possível (e dessa forma mais perto da baliza adversária) e isso não é feito por Jesualdo Ferreira.
Há ainda outro factor a considerar. A equipa não sabe usar o tempo a seu favor porque o treinador não lhe sabe ensinar isso. No passado Sábado, em vantagem no marcador, deveríamos ter usado o espaço e o tempo de acordo com as características dos jogadores para pautar o ritmo do jogo, fazer circular a bola e introduzir momentos de descanso com bola. Estávamos em superioridade numérica, eram eles que deveriam correr atrás da bola e nós a fazê-la circular, nunca o contrário. A equipa não sabe o que fazer quando recupera a bola, ou melhor, se calhar até sabe, é a transição rápida mesmo quando o jogo não está para isso e precisamos de posse de bola para desgastar e desencorajar o adversário, como no jogo de Sábado.
Estas são as razões pelas quais não vou pela teoria de que a equipa é nova e não está rotinada. Em suma, para mim o problema não é dos jogadores, é do treinador que se recusa, época após época, a introduzir algumas nuances e características que possam enriquecer a forma de jogar do FC Porto.
"Gosto que a minha equipa seja uma equipa com posse de bola, que a faça circular, que tenha muito bom jogo posicional e que os jogadores saibam claramente como se posicionarem. Aliado a isso, defender bem e ter qualidade individual (o que marca determinados momentos do jogo) também são factores cruciais.
ResponderEliminarUm bom posicionamento defensivo enquanto equipa, formando um bloco compacto que possa jogar com linhas muito juntas, é outra característica das minhas equipas"
José Mourinho, 2002
Notícia: Belluschi deve estrear-se pelo FC Porto na Liga dos Campeões. Por detrás dessa notícia mais ou menos óbvia, há um treinador entusiasmado. Podia até ser Jesualdo Ferreira, mas quem não poupa nos elogios a Belluschi, à boleia desta estreia, é outro: Daniel Passarella. Esse mesmo. Capitão no Mundial de 1978 - que ganhou - e, entre outras coisas, ex-seleccionador argentino e ex-treinador do River Plate. Aliás, é esta parte que nos interessa, porque foi lá que se cruzou com Belluschi, e também com Falcao. De um e outro guarda momentos fantásticos, mas foi a Belluschi que, um dia, Passarella resolveu colocar preço. "Vale 40 milhões de dólares", disse. Na altura era muito dinheiro. Ainda é. "Foi algo figurativo para destacar o potencial que demonstrava e, ainda que depois tenha sido afectado pela queda de produção da equipa, o Olympiacos pagou bem para o levar. Para mim, era difícil encontrar um substituto quando ele não estava disponível; o seu rendimento era assombroso. Nalguns jogos, ficou no apoio directo aos avançados, mas, depois, montámos um meio-campo de quatro jogadores e ele posicionava-se na zona central, com liberdade de movimentos no ataque. É assim que joga a maioria das equipas actualmente e era ele quem impunha o ritmo", recorda Passarella a O JOGO.
ResponderEliminarNa Europa, prossegue, pode fazer o mesmo. "Tem condições para isso. De sobra. É um jogador completíssimo, ideal para o futebol europeu, porque tem um pouco de tudo. Foi campeão no Newell's, destacou-se no River e também foi campeão na Grécia. Agora está numa grande equipa, habituada a ser campeã. Pode tornar-se num jogador fundamental para o FC Porto, e crescer ainda mais".
Elogios atrás de elogios. Aliás, em seis meses, Passarella ficou de tal maneira rendido a Belluschi, que, além da titularidade e do tal preço, também resolveu promovê-lo a capitão. "Ele conquistou esse direito. Adaptou-se rapidamente à equipa e tornou-se no líder futebolístico por causa das características que tinha. É um médio muito completo: faz marcações, recupera bolas, distribui e também faz golos. Tem um mortorzinho que não pára. Vai, vem e não se cansa. Além disso, tem personalidade, carácter. É um daqueles jogadores para quem ganhar ou perder não é a mesma coisa; ferve quando as coisas não lhe saem como quer".
OJOGO, 2009/09/29
Só mesmo o nosso treinador é que prefere jogadores mais tácticos e que saibam "jogar sem bola". Como o Guarín por exemplo. Isto numa posição (nº 10 ou volante) em que é primordial tratar bem a bola.
Idiossincrasias do nosso treinador.
Não me canso de dizer e estou cada vez mais indignado: a forma de (não) jogar desta equipa é uma VERGONHA, e a culpa tem dois nomes: JESUALDO FERREIRA.
ResponderEliminarO resto são eufemismos... Mal era de qualquer equipa, principalmente uma do Porto, que estivesse dependente da boa forma de 2 ou 3 jogadores!
Desde a construção do plantel, passando pela sua gestão e até á estrategia de jogo, é uma miséria.
Vemos outras equipas a serem "construidas" durante a pré temporada e, no máximo, as 2 ou 3 primeiras jornadas, mas o nosso mister é "especial", tem a equipa "em construção" até Janeiro/Fevereiro!
Se eu fosse crente, era caso para exclamar "por amor de deus!!!"
CALMA!
ResponderEliminarera um jogo de nervos porque vínhamos de duas derrotas...o importante era ganhar e isso foi conseguido. O penalty falhado criou mais nervoseira so isso!
Não vamos ser nós a arranjar probs a nós pp!
Já chega o q fizemos ao Mariano que arriscava falhava mas arriscava e partia defesas apesar de falhar mts vezes...agora não falha porque não arrisca e assim evita assobiadelas!
1- Falcão é Colombiano não Argentino.
ResponderEliminar2- Parece-me excelente a segurar a bola e a fazer combinações, e não o faz copm a cabeça.
3- Já não ouvimos esta conversa no ano passado? Ainda não aprenderam como o Jesualdo trabalha?
4- Não é como se começa, é como se acaba.
5- Na época passada as criticas eram as mesmas, as analises idem. No fim ganhou Jesualdo a todos os treinadores de bancada, e ao contrário de muitos portistas eu espero que este ano seja igual.
Pedro, o Jesualdo ganhou (até isso é discutivel, continuo a dizer que o clube e jogadores fizeram dele campeão e nunca o contrário) mas o futebol dele não convence ninguem (ou cada vez menos pessoas).
ResponderEliminarE eu sou critico nas vitórias e raramente nas derrotas, pois quando se perde é facil dizer mal.
PS.Além de Colombiano, o nome é Falcao e não Falcão.
Caro Pedro,
ResponderEliminaracho que todos esperamos e desejamos que aquilo que vaticina se verifique em Maio. Todos os críticos de Jesualdo ficarão contentes de chegar ao fim e dizer "estava errado/a".
A questão, caro Pedro, é que o problema de JF, no FCP, não se limita aos títulos conquistados. Relembro, assim de repente, os 2 anos consecutivos em que Carlos Alberto Silva foi campeão no FCP com o futebol provavelmente mais miserável (só comparado com o de Octávio e o do 2º ano de Ivic). Ie, os títulos são o que interessa? Claro, é o + importante. Isso valida todas as lacunas no trabalho realizado? Claramente NÃO.
Jesualdo Ferreira é assim como 1 Fernando Santos um pouco mais eficiente. Chamo-lhe uma boa relação qualidade-preço. Não é caro, ninguém o quer, não arranja problemas e dedica-se a fazer crescer 2/3 jogadores por temporada. Não nos esqueçamos, por exemplo, do que Adriaanse queria fazer a Licha: dispensá-lo, ao ponto do D.Médico ter elaborado relatórios atrás de relatórios indicando 1 lombalgia que durou toda a pré-epoca (até JF chegar).
MAS: o facto do FCP só conseguir jogar em 4-3-3 (mesmo com a variante de Rodriguez a fechar ao meio, o que só aconteceu a partir de Março do ano passado), apostar nas transições rápidas quando tem de gerir jogo e deveria ter estatuto mental para girar a bola e a incapacidade de intervir no banco (qual foi a última vez que virámos 1 resultado a partir de 1 substituição?), a fixação no Mariano (mea culpa, eu que o defendi durante ano e meio - porque raio este homem é 3º capitão?!)...são coisas q eu n compreendo. Mas posso ser eu q sou limitada...
Pedro diz: "No fim ganhou Jesualdo a todos os treinadores de bancada, e ao contrário de muitos portistas eu espero que este ano seja igual."
ResponderEliminarPodias começar a dar aqui exemplos desses portistas que dizes que não querem que o Jesualdo ganhe. Depois convocava-se uma AG e expulsava-se os gajos de sócios. É que gente dessa não se admite nas nossas fileiras.
Análises tácticas à parte... Impressionante como se esquecem de quem "forjou" B.Alves, Rolando, Cissokho, R.Meireles, Fernando. E quem está a forjar Hulk.
ResponderEliminarA análise táctica é sempre limitada quando se analisa unicamente as exibições. Onde estavam vocês no Leixões-Porto, no VSC-Porto, no Manchester-Porto do ano passado? Provavelmente acharam que tudo aquilo era fruto dos jogadores? Claro, é que o nosso defesa esquerdo era extraordinário... O Sapunaru era extraordinário, o Fernando era craque quando veio para o porto não era?
Modelo de jogo, táctica, posicionamento individual, deve ser tudo fruto dos jogadores. Aliás nem sei para que temos treinadores... Ou melhor ser tetra campeão qualquer um é.
Aconselho-vos a treinar uma equipa, e tentar perceber se um grupo de grandes jogadores e dirigentes fazem um clube campeão. Isso é treta e é limitar o trabalho de treinador.
David,
ResponderEliminarNeste blog vês alguns infelizmente, que confundem o espirito critico com o apoio à equipa.
Eu não estou satisfeito com o futebol praticado, nem com muitas outras coisas da gestão portista. Mas apoio até ao fim, e no fim faz-se as contas. Quero ver se o FCP for campeão este ano se vão dizer que os adversários é que estavam fracos.
Até esse fim, apoio os jogadores a 100%, e Jesualdo até ao fim. Para vitórias morais já chega a selecção.
Anda tudo com medo do SLM, não sei porquê...
ResponderEliminarVeremos contra o AEK como é que a tal equipa maravilha e o treinador mais que fabuloso se portam.
O que interessa é ganhar, bonito ou feio, com o pé, com a mão...
A mim interessa me é o Pentacampeonato, o resto são fait divers para Bolhas e Rascords fazerem capas sobre os mais maiores do mundo.
Se tiver de escolher entre ser pentacampeão a jogar mal e 2º a jogar espectacularmente,a escolha está mais que feita como é evidente.
Os adeptos portistas estão a entrar na paranoia dos pasquins mouros, que já dão os encornados como campeões antecipados como o fizeram o ano passado.
Pedro, isso dos jogadores "forjados" para mim são loas... Na generalidade dos casos mencionados os jogadores tiveram a evolução exibicional natural inerente á regularidade de tempo de jogo que foram tendo.
ResponderEliminarO Fernando (que veio do Brasil como internacional sub20, e não de uma equipa do fundo da tabela da Argentina) ainda está muito longe de ser craque; quando chegou ao Porto, foi dispensado após ter sido um dos melhores na pré-epoca.
Na temporada seguinte entrou na equipa de um momento para o outro e não voltou a sair. Que evolução teve até hoje? Continua a ser o mesmo jogador certinho e de funções super limitadas que nunca passa a linha de meio campo! Mantenho a opinião que naquele lugar e com aquela função numa equipa de JF qualquer jogador tende a ser sobrevalorizado.
O Rolando já vinha sendo um dos melhores centrais do campenato há alguns anos, chegou e agarrou o lugar (para mim tem sido desde o ano passado o jogador mais regular na defesa do Porto) . Que evolução teve? o maior defeito continua desde que chegou e não se vislumbram melhoras: falha demasiados passes.
Cissokho e Hulk são dois portentos que com a idade que têm, mal era se não evoluissem.
Gostava de dar esse mérito ao JF, mas primeiro tinha que pôr a questão ao contrário: casos como Bolatti e Ibson por exemplo, ambos considerados como melhores jogadores nos campeonatos dos paises deles (sendo que o primeiro foi o melhor jogador do Porto na metade de época em que foi contratado): porque não os "forjou" JF?? E os inumeros jogadores que vieram das camadas jovens? São assim tão fraquinhos que nem o grande Prof. consegue fazer deles jogadores??
A lengalenga da desgraça instala-se de novo no Reflexão Portista. É um acto recorrente. O discurso, o mesmo: dirigentes incompetentes, jogadores incapazes, treinadores medíocres. Continua a ser um mistério como é que o FC Porto – sob a carga do Apito Dourado, em conflito com o poder político (local), judicial e mediático, vendendo sistematicamente os jogadores mais influentes e com o incessante “apoio” da massa assobiativa – conquistou quatro campeonatos consecutivos, projectou jogadores e teve prestações dignificantes ao mais alto nível internacional com um orçamento ridículo.
ResponderEliminarHaverá algum mérito do treinador? Claro que não. Os títulos caem do céu e conquistam-se sem treino.
Resumindo, mais uma exibição menos conseguida e o FC Porto terá novamente de blindar o balneário.
Caro Eduardo,
ResponderEliminarNo Reflexão Portista não se instala nada. Todos os artigos têm autores e esse estão bem identificados com o seu nome. Cada um é responsável pelo que escreve, cada um pensa pela sua cabeça e escreve pela sua cabeça.
A instalar-se alguma coisa no Reflexão Portista é a total liberdade de cada um dos seus autores escrever o que bem entender sem seguidismos ou elitismos, o que aliás está bem representado pela interessante troca de comentários aqui presentes.
Vamos ver uma coisa: de certeza que ou não vimos o mesmo jogo ou então eu estou cada vez menos exigente com a qualidade do futebol praticado.
ResponderEliminar1) Não vi jogadores de braços cruzados, vi, por exemplo, o Belluschi e o Hulk a ajudarem na defesa;
2) Vi um jogo bem disputado com oportunidades para ambas as equipas, mas onde o ascendente sempre foi do FC Porto, com mais posse de bola, mais remates à baliza e mais faltas sofridas;
3) Vi o Hulk a jogar onde rende mais, atrás do PL;
4) Vi o Fernando e o Rolando fazerem as dobras quando o Fucile subia e perdia a bola;
5) Vi um Bruno Alves imperial e um Hélton soberbo;
6) Vi mais um golo do Falcao;
7) Vi uma vitória sobre um rival directo;
Sim há muitos aspectos no jogo do Porto que podem, devem e vão concerteza melhorar. A equipa é 40% nova (Alvaro, Belluschi, Varela, Falcao) e tem outros 40% de jogadores que só são titulares de há 1 ano para cá - Rolando, Fernando, Hulk, Rodriguez.
Como é que é possível tanta bilis a esta altura do campeonato? Haja paciência. Literalmente.
Pedro disse: "Eu não estou satisfeito com o futebol praticado, nem com muitas outras coisas da gestão portista. Mas apoio até ao fim, e no fim faz-se as contas".
ResponderEliminarAté ao fim todos apoiamos, se não nem ao estádio íamos. Não se deve é tentar atribuir segundas intenções ou considerar menos portista quem critica
Bem, eu acho q o Jesualdo é um treinador competente, mas com as suas limitações q volta e meia vêm claramente ao de cima.
ResponderEliminarAcima de tudo e no q diz respeito às limitações, parece-me um treinador algo casmurro no modelo de jogo q terá o seu teste de fogo na forma como consegue superar a saída de Lucho, um jogador q era fulcral no modelo de jogo q tanto gosta (as tais "transições rápidas"). Ele nunca teve um teste tão grande (sim, tivémos novos titulares nos anos anteriores, mas não em posições q colocassem em causa o seu modelo de jogo, como é o caso da substituição de Lucho).
A ver vamos como as coisas correm, e tenho esperança q corram bem. No entanto tb constato q este ano não me parece q tenhamos o luxo de dar muitos tropeções na 1a metade do campeonato já q as gaivotas não vão perder tantos pontos como no ano passado...
Eduardo disse: "A lengalenga da desgraça instala-se de novo no Reflexão Portista."
ResponderEliminarBem, se há uma coisa previsível por aqui é q basta sair um artigo mais crítico no meio de muitos q logo aparecem os anónimos auto-intitulados "defensores da pátria" q não conseguem lidar com opiniões contrárias sem disparar sobre o(s) autor(es) da(s) mesma(s), entrando em generalizações.
Plus ça change...
"Sim há muitos aspectos no jogo do Porto que podem, devem e vão concerteza melhorar. A equipa é 40% nova (Alvaro, Belluschi, Varela, Falcao)"
ResponderEliminarDesde quando é q o Valeri é titular (ou sequer um suplente muito utilizado) nesta equipa para entrar nessas contas?
Mas curiosamente, alguns dos piores desempenhos neste ínicio de época tiveram como intérpretes equipas em q só havia 1 ou 2 titulares novos (como quando Belluschi, Varela ou Falcao ficaram de fora). Penso q isto só por si deita por terra essa teoria...
Onde está Varela não se deve ler Valeri ;-)
ResponderEliminarEhehe
ResponderEliminarCerto, enganei-me.
De qq forma o essencial do post continua: foi nas alturas em q so' tivémos 1 ou 2 titulares novos em campo q pior jogámos...
Nomeadamente quando se utilizou jogadores q já lá estavam antes, como Mariano e Guarín.
Além disso parece-me q Álvaro e Falcao ja' se adaptaram quanto baste ao FCP. Logo parece-me incorrecto q se encontre na "integração dos novos" a principal desculpa para q a equipa carbure abaixo daquilo q seria desejável - as principais razões estão em outro lado.
JVP escreveu no Jogo “que o FCP fez um jogo muito pouco inteligente : com a expulsão de Polga, tinha tudo para tomar conta do jogo mas não o fez. Faltou-lhe o último passe, discernimento e saber quando fazer posse de bola. Deveria ter jogado pela certa em vez de fazer transições”.
ResponderEliminarNão diria melhor nem pior. Tal como os fazedores de opinião de outras áreas, esses homens sabem tudo e raramente tiveram que provar que sabiam fazer. Se não é o caso JVP que foi um excelente jogador, isso não significa que, enquanto comentador, não se refugie num conjunto de lugares comuns que todos os treinadores de bancada, assobiadores, pipoqueiros e entusiastas fervedores são capazes de dizer. Ou seja : JVP é uma espécie de Luís Freitas Lobo menos elitista e mais o homem de campo, moldado por muitas lutas em que fez excelentes jogadas, cavou muitas grandes penalidades, deu e levou que o jogo é para homens de barba rija. Como fica provado, ele sabe que nós sabemos que a inteligência de um jogador vai (quase) tanto para a forma como sabe jogar, cair ou ser agressivo .
Dito isto, acho que o futebol é simples, quando a preparação é boa, os atletas são bons e sabem cumprir as diferentes tarefas que lhes competem, correm, batem-se, ocupam devidamente os espaços, defendem e atacam, ganham com regularidade os duelos individuais e são capazes de o fazer com movimentos colectivos em função de rotinas que os treinos afinam, mas que não dispensa a criatividade e alguma liberdade que um atleta carece para dar resposta às nuances do jogo que são imprevisíveis e ocorrem permanentemente.
O FCP falha muitos passes é verdade, mas ocorre que muitas vezes esse é um desfecho que o adversário provoca : fazendo pressão sobre o homem da bola e cortando as linhas de passe. Um caso paradigmático : no SCB/FCP a nossa equipa teve bastante mais posse de bola que o adversário, mas não teve mais iniciativas nem controlo do jogo. É recorrente o FCP jogar bem 15 ou 20 minutos, e depois vai baixando a intensidade até o ritmo ficar demasiado baixo, desorganiza-se, perde o controlo, inicia as substituições que não corrigem nada e agravam tudo.
Porém se poucas vezes jogámos bem, os resultados parecem demonstrar que o FCP trocou a forma pelo conteúdo, a beleza pelo eficácia e a arte pela inteligência de saber ganhar. E que afinal o FCP é uma equipa inteligente porque ganha reconhecendo as suas insuficiências, o que fez contra o SCP ao concluir que a equipa estava tensa demais para se organizar – depois de falhar a gp - e o que havia a fazer era resistir para ganhar. E ganhámos.
Que gostaria de ver outro futebol, não tenho dúvidas. Que não sou fã de JF é um facto, mas reconheço que foi determinante a sua acção na manutenção da estabilidade num período difícil. Quanto ao JM acho muito sinceramente que o Inter, embora mais forte que o FCP, pratica um futebol bastante menos atraente que o nosso. Descontente com o nível exibicional do FCP, preocupado com algumas fragilidades da equipa que se repetem com alguma frequência, é cedo para tamanho desanimo. O FCP vai fazer um bom campeonato.
José Correia disse: "...basta sair um artigo mais crítico no meio de muitos q logo aparecem os anónimos auto-intitulados "defensores da pátria" q não conseguem lidar com opiniões contrárias.."
ResponderEliminarCaro José Correia, o que me parece é que há certas pessoas que lidam muito mal com a crítica da crítica. Auto-intitulam-se “livres-pensadores” e rotulam aqueles que manifestam uma opinião divergente de seguidistas, bajuladores ou, na sua versão, de “defensores da pátria”.
Quanto ao meu anonimato, devo-lhe dizer que na redacção do Reflexão Portista conhecem o meu nome completo e o meu endereço de correio electrónico. Aliás, para mim, o Sr. também é anónimo, apesar de se identificar neste blogue com o nome José Correia.
O minha intervenção anterior refere-se naturalmente ao comentário de José Rodrigues e não a José Correia. Peço desculpas pelo lapso.
ResponderEliminarAgradecia q deixassem de condimentar os pasquins!
ResponderEliminarSomos Portistas?
-Somos
Gostamos do Porto?
-Gostamos
E razoavel q haja momentos maus?
-E
Temos necessidade de todos anos vender meia equipa para continuarmos a ser mto mais q Portugal?
-Sim
Mais 1ax:planeta terra if u please..
Primeiro que tudo, vamos torcer por uma vitória no jogo importantíssimo de hoje.
ResponderEliminarQuanto às exibições, a verdade deve ser dita. Não jogamos a ponta de um corno e actualmente não consigo ver um jogo inteiro sem morrer de tédio.
Eduardo disse: "A lengalenga da desgraça instala-se de novo no Reflexão Portista. É um acto recorrente. O discurso, o mesmo: dirigentes incompetentes, jogadores incapazes, treinadores medíocres."
ResponderEliminarCaro leitor,
Respeito a opinião de não gostar do que aqui escrevemos: está no seu direito e a solução é óbvia, se não quiser não leia. No entanto não posso deixar de reparar que a acusação é vaga e desonesta. Não me lembro de ler aqui as adjectivações "dirigentes incompetentes e jogadores incapazes" que refere. Além do mais aqui as críticas são normalmente bem fundamentadas.
"o que me parece é que há certas pessoas que lidam muito mal com a crítica da crítica."
ResponderEliminarNão, o Eduardo está muito equivocado: a crítica à crítica é muitíssimo bem vinda, na medida em q fomente a discussão sobre o conteúdo do q está a ser dito.
Se não se concorda com o q se leu, contra-argumente-se. Por exemplo, o treinador foi criticado por ser defensivo? Responda-se: não concordo, acho q ele não é o é porque x e y. Critica-se o jogador x? Responda-se: discordo, acho q o x até é xyz e é preciso ter em conta q xyz. E aí por diante.
O q não é bem-vindo é a crítica ao MENSAGEIRO e generalizações, já q isso não leva a lado nenhum. Isso, para mim, é um sintoma de falta de maturidade no q diz respeito à capacidade para viver com opiniões discordantes (sejam elas quais forem).
Acho q a diferença entre as duas coisas é ENORME.
Caro Nuno Nunes
ResponderEliminarNão fiz nenhuma acusação! O meu comentário abordava um conjunto de argumentos que surgem com relativa frequência no Reflexão Portista em artigos ou comentários e que, resumidamente, destacam a falta de competência dos dirigentes, a precária qualidade dos jogadores e a mediocridade dos técnicos. Não se referia em particular ao seu artigo. Dai o facto de eu ter citado o blogue em si e não o autor do texto. Comento pontos de vista, não as pessoas.
Também não considero o meu comentário vago. É breve por questões de espaço e legibilidade e levantava uma questão que os críticos da gestão do FC Porto e da equipa técnica curiosamente não conseguem responder. Como explicar o facto do FC Porto ter consolidado a hegemonia no futebol português e reforçado o seu prestígio internacional ao mesmo tempo que atravessava o que provavelmente foi/é a mais grave crise da sua história? Repare que, normalmente, as organizações mal geridas afundam-se em períodos de crise, não progridem.
Acho que esta questão, que está explícita no meu comentário, é pertinente e merecia uma resposta dos adeptos críticos. É uma questão de fundo.
Caro José Rodrigues
ResponderEliminarSugiro que releia o meu primeiro comentário ou a minha resposta recente ao comentário de Nuno Nunes que é mais extensa. Talvez compreenda o teor do que escrevi. Sugiro também que aborde argumentos e evite definições de carácter de pessoas que não conhece. É melhor para o debate.
"Como explicar o facto do FC Porto ter consolidado a hegemonia no futebol português e reforçado o seu prestígio internacional ao mesmo tempo que atravessava o que provavelmente foi/é a mais grave crise da sua história? Repare que, normalmente, as organizações mal geridas afundam-se em períodos de crise, não progridem."
ResponderEliminarOra muito bem: creio que os meus parceiros de blogue não se oporão a que o nosso caro leitor Eduardo contribua com um artigo acerca desse interessantíssimo tema. Aceita o desafio?
Eduardo disse: "O meu comentário abordava um conjunto de argumentos que surgem com relativa frequência no Reflexão Portista em artigos ou comentários e que, resumidamente, destacam a falta de competência dos dirigentes, a precária qualidade dos jogadores e a mediocridade dos técnicos.[...]Acho que esta questão, que está explícita no meu comentário, é pertinente e merecia uma resposta dos adeptos críticos."
ResponderEliminarBem, não sei o q é isso de "adeptos críticos". Para mim críticos são a grande maioria dos adeptos, na medida em q com maior ou menor assuidade têm alguma crítica a fazer.
Vamos lá a ver uma coisa: no RP não estamos aqui com o intuito de ser "cheerleaders". Isso é para fazer no estádio, ou em conversa em "hostes inimigas" (leia-se por exemplo Maisfutebóis, etc).
Os autores aqui estão a falar acima de tudo entre portistas, e para portistas. E sendo assim criticam quando (e o que) acham q é de criticar, e elogiam quando acham q é de elogiar.
No rescaldo geral e a posteriori, se se for a fazer a contabilização ver-se-á q os artigos elogiosos ou de ataque aos nossos inimigos superam imenso os artigos mais críticos. Mas lá está: para quem parte do pressuposto q a postura deve ser de cheerleaders, basta um punhado de artigos críticos para se tirar a conclusão q o Eduardo retirou...
Burmester disse: "... creio que os meus parceiros de blogue não se oporão a que o nosso caro leitor Eduardo contribua com um artigo acerca desse interessantíssimo tema."
ResponderEliminarSou obrigado a declinar o convite por dois motivos: falta de disponibilidade e falta de dados.
O facto que anunciei sugere à primeira vista uma organização forte, na qual inclúo, naturalmente, as equipas técnicas do futebol profissional. Estes últimos anos da história do FC Porto têm sido um autêntico "thriller" e há fortes probalidades do clube sair vencedor em toda a linha. Isto merece uma explicação.
Sugiro que o Reflexão Portista coloque apenas a questão e permita que os leitores desenvolvam livremente o tema num esforço colectivo.
É pacífico entre os adeptos do FCP que o clube dispõe de uma estrutura forte, bem organizada, uma autêntica orquestra dirigida por um maestro de qualidade ímpar. Logo, não vejo necessidade de dar mais alguma "explicação". Escrever sobre o tema a despropósito pareceria um artigo de estilo benfiquista, daqueles em que os vermelhuscos se olham ao espelho e indagam: "Espelho meu, haverá alguém neste mundo mais forte do que eu?"
ResponderEliminarNas alturas apropriadas, como sejam balanços de épocas ou de mandatos, nunca aqui se regatearam ou regatearão os louros a quem tão claramente os merece.
Mas o objectivo deste blogue, como bem refere o José Rodrigues não é o de funcionar como cheerleader. Além disso, notícia é quando o homem morde o cão e não o inverso.
Caro José Rodrigues
ResponderEliminarSurpreende-me a sua intepretação. Acho que fui suficientemente claro. Pela minha parte esta questão está encerrada.