sábado, 2 de janeiro de 2010

Obrigação cumprida e pouco mais...


Colocando-se à margem de sobressaltos, ou riscos desnecessários, o FC Porto apresentou-se com o melhor alinhamento possível diante da Oliveirense, equipa que milita na Liga de Honra. Ainda assim, Jesualdo Ferreira, fez avançar para o 11 inicial Orlando Sá, que fez a estreia (pouco feliz) com a camisola azul e branca. A vitória é justa, não merecendo qualquer contestação.

Não se dizer que a exibição portista tenha deslumbrado, longe disso. Sobressaiu, acima de tudo, a competência e o profissionalismo da equipa que era mais forte e tinha obrigação de carimbar o passaporte para a próxima ronda da Taça de Portugal. O ensaio serviu para a equipa ganhar alguma engrenagem após a paragem natalícia, e levantar a moral após o desaire na Capital do Império. Mas ainda não foi desta que Jesualdo aproveitou para testar um sistema de jogo alternativo.



Empurrado por Meireles e Belluschi, o FC Porto foi inclinando o terreno em direcção à baliza da equipa de Oliveira de Azeméis, com o médio Português fazendo boas triangulações e diagonais, e o médio Argentino incutindo uma agressividade positiva no miolo do terreno. Esta boa parelha obteve como resultado um volume enorme de recuperações de bola em zonas altas do terreno. Pena foi que a equipa nem sempre tenha sabido dar seguimento devido a estas situações.

Varela e Rodriguez foram também causando mossa e desgaste na defesa adversária, especialmente o internacional Uruguaio, que fez esta noite em Águeda a melhor exibição da época. Mas o Cebola ainda pode fazer mais. Em sentido inverso esteve Orlando Sá. A sua estreia foi para esquecer. Para além de ter passado longos períodos arredado do jogo, desperdiçou uma grande penalidade e consequente recarga. Assim, torna-se difícil ter direito a mais oportunidades num futuro próximo.



Cumprido que está este objectivo, os olhos voltam-se agora para a estreia na edição da Taça da Liga esta temporada. Um jogo onde certamente Jesualdo Ferreira deverá fazer grandes mexidas na equipa, dando minutos de competição aos menos utilizados. Para a Taça de Portugal, a próxima eliminatória é já no dia 20 de Janeiro, em Belém.

Fotos: Agência Lusa e Record

7 comentários:

  1. Tirando a falta de maturidade demonstrada no penalti, não concordo com a análise ao Orlando Sá.

    Ganhou um número assinalável de bolas pelo ar, tem muito boa presença na área, e o penalti é inteiramente mérito dele. As movimentações que faz, e a resistência que tem em sair da sua zona de acção ( ao contrário de Falcão) fazem dele uma boa opção. Não esquecer que 7 meses sem jogar não é brincadeira.

    De resto grande Rodriguez, boa atitude no geral, e apesar do golo... péssimo Rolando.

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  2. Partida entretida, vencedor justo e boa réplica da equipa aveirense. Para o F.C.Porto e depois da pausa natalícia, foi um jogo que obrigou a equipa a trabalhar, a correr, a lutar e isso é bom para o que aí vem.

    Um abraço

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  3. A habitual pobreza franciscana, mas com aquele campo e um adversário tão fraco também não era de esperar mais.

    Saúdo a estreia do Orlando Sá, um ponta-de-lança com estampa física.

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  4. Voltando ao Orlando Sá, o problema dele é o problema de todo e qualquer ponta-de-lança neste esquema de jogo, e mais especialmente de um que privilegia o posicionamento na área adversária: a bola raramente chega lá.

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  5. Embora com a atenuante dos 7 meses de paragem, o Orlando Sá foi uma desilusão.
    Nas próximas oportunidades que tiver tem, obrigatoriamente, de melhorar muito, de modo a justificar minimamente os 3 milhões de euros que custou o seu passe.

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  6. Mais uma exibição miserável frente a um adversário frágil até dizer chega!

    Nesta altura da época era suposto a equipa ter outra desenvoltura e apresentar um futebol prático, eficaz e até vistoso, face à qualidade dos atletas e ao orçamento envolvido.

    As condições do relvado do Municipal de Águeda ou as férias de Natal não podem servir de desculpas para a reincidência dos erros que continuam a perturbar o rendimento dos atletas, quaisquer que sejam os jogadores utilizados.

    Desta vez não estiveram o Hulk ou o Guarín, habituais bodes expiatórios para justificarem as más exibições.

    Começa a ser incomodativa a incapacidade de Jesualdo para por a equipa a praticar o futebol a que estamos habituados.

    Temos de melhorar muito, mas mesmo muito para alimentarmos ambições.

    Um abraço

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  7. Ninguém comenta a entrevista de José Mourinho à revista do Expresso?

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