É, por estes dias, no Dragão, o tema incontornável. Quem sucederá Jesualdo Ferreira no comando técnico do FC Porto? Quatro anos de meritórias conquistas desportivas parecem ser insuficientes para segurar o Professor no Clube. Desgaste temporal, dizem alguns. Futebol de pouco sumo, reza a maioria da “aficcion” azul e branca. Na verdade, a empatia entre o ainda actual treinador e os adeptos nunca foi plena e, com isso, raramente foi possível estabelecer uma simbiose perfeita entre as duas partes, para que daí se criasse um espírito de agregação plena junto da equipa.
Não raras vezes, nestes últimos 6 anos, em diversos períodos conturbados da equipa, a exemplar e pró-activa gestão de Mourinho, inevitavelmente vem à baila. O domínio e o à vontade com que lida os mais diversos factores do jogo (treino, táctica, mentalidade e relacionamento humano), tornam-no num modelo inesquecível para qualquer adepto dos clubes por onde tem passado, revelando, ao mesmo tempo, um rasto de orfandade profunda a quem assume os despojos de um período tão marcante.
Isto acontece em grande medida porque 95% dos treinadores que por aí andam, saltando de banco em banco, são incapazes de lidar habilmente com todos os itens do futebol, como fazem os poucos “Grandes Mestres” que ainda restam. Uns dominam bem a vertente do treino, mas têm péssima leitura de jogo. Outros revelam um carácter forte, mas são incapazes de estabelecer uma ligação humana duradoura. É esta falta de versatilidade da maioria dos técnicos que os separa dos outros, os que estão no Olimpo. E é esse vazio nos adeptos que os deixa confusos na hora de escolher um sucessor após um reinado técnico impar.
No FC Porto vive-se, desde a saída do “Special One”, neste estado de inconformismo não pleno, daí não ser estranho a falta de unanimidade perante treinadores de sucesso que o sucederam, como são os casos de Adriaanse e Jesualdo.
Não há dúvidas, a escolha do treinador, nos dias de hoje, revela-se uma decisão de importância extrema. É o factor que marca indelevelmente o futuro desportivo de uma equipa nos seus tempos mais próximos. Uma opção que, supostamente, deveria requerer prioridade máxima de quem gere os destinos do nosso Clube, mas, pelos vistos, o cansaço falou mais alto ao Presidente, resolvendo ir a banhos antes de pegar neste dossier tão quente. Espero que a escolha do sucessor de Jesualdo Ferreira, não seja tratada com a ligeireza com que a SAD abordou a época que agora finda.
Não raras vezes, nestes últimos 6 anos, em diversos períodos conturbados da equipa, a exemplar e pró-activa gestão de Mourinho, inevitavelmente vem à baila. O domínio e o à vontade com que lida os mais diversos factores do jogo (treino, táctica, mentalidade e relacionamento humano), tornam-no num modelo inesquecível para qualquer adepto dos clubes por onde tem passado, revelando, ao mesmo tempo, um rasto de orfandade profunda a quem assume os despojos de um período tão marcante.
Isto acontece em grande medida porque 95% dos treinadores que por aí andam, saltando de banco em banco, são incapazes de lidar habilmente com todos os itens do futebol, como fazem os poucos “Grandes Mestres” que ainda restam. Uns dominam bem a vertente do treino, mas têm péssima leitura de jogo. Outros revelam um carácter forte, mas são incapazes de estabelecer uma ligação humana duradoura. É esta falta de versatilidade da maioria dos técnicos que os separa dos outros, os que estão no Olimpo. E é esse vazio nos adeptos que os deixa confusos na hora de escolher um sucessor após um reinado técnico impar.
No FC Porto vive-se, desde a saída do “Special One”, neste estado de inconformismo não pleno, daí não ser estranho a falta de unanimidade perante treinadores de sucesso que o sucederam, como são os casos de Adriaanse e Jesualdo.
Não há dúvidas, a escolha do treinador, nos dias de hoje, revela-se uma decisão de importância extrema. É o factor que marca indelevelmente o futuro desportivo de uma equipa nos seus tempos mais próximos. Uma opção que, supostamente, deveria requerer prioridade máxima de quem gere os destinos do nosso Clube, mas, pelos vistos, o cansaço falou mais alto ao Presidente, resolvendo ir a banhos antes de pegar neste dossier tão quente. Espero que a escolha do sucessor de Jesualdo Ferreira, não seja tratada com a ligeireza com que a SAD abordou a época que agora finda.
Para mim Mourinho não é mais que um excelente técnico, como pessoa não o admiro muito, sobretudo pela maneira como se portou nos últimos tempos no FC Porto e durante algum tempo depois de ter saído do FC Porto.
ResponderEliminarPor isso ontem, antes do jogo começar, pensava eu que queria que o Bayern ganhasse porém desde o inicio do jogo dei por mim a torcer pelo Inter e não conseguia mudar esse sentimento. Este sentimento deve ser gratidão ou admiração, ou os dois juntos.
A verdade é que sendo o clube sempre mais importante que qualquer pessoa que por lá passe, este é feito e constituído por pessoas, e há pessoas que por lá passam e não deixam grandes recordações, outros fazem algo simbólico e são relembrados positivamente e só pontualmente, e outros há que nunca, jamais, serão maiores que o clube, mas que deixaram o clube diferente e que nunca esse clube seria o mesmo se não tivesse havido essa passagem na vida tanto do clube como da pessoa.
Neste grupo de pessoas podem-se incluir Pinto da Costa e Mourinho, um porque é um dirigente no mundo desportivo sem igual e o outro porque mexe e interage de tal forma com os intervenientes, directos e indirectos, do clube que muda a mentalidade de todos eles, ou melhor de todos nós, e faz com que se tenha outra atitude perante o jogo e perante as adversidades (umas vezes é ele próprio quem cria essas adversidades, porque dá "jeito").
São ambos pessoas que mexem e interagem de tal forma com a gestão da equipa e do jogo que, como diz no texto do Nelson, "secam" a ambição de todos de tal forma que criam sempre um ambiente árido para quem os suceder, em que dificilmente os sucessores terão hipóteses de sucesso, simplesmente e desde logo por comparação com o seu antecessor.
Mas as pessoas vão e o clube prossegue e sempre assim há-de ser e é assim a ordem natural das coisas.
Por isso e hoje, com o tempo necessário para ver as coisas com "outros olhos", digo:
Muito obrigado ao Mourinho por tudo que fez pelo FC Porto e respeito imenso o seu trabalho e respeito as suas ideias, carácter e ambição. Tenho pena que da parte dele não tenha havido, como disse o Alexandre no post anterior, uma maior "ligação" e respeito para com o clube que mais acreditou nele quando ele não tinha nada para mostrar à Europa do futebol.
Mas isso é um gesto que fica com ele e é uma atitude que não será nunca esquecida por quem se sente.
Acredito porém que ontem foi para ele um começo de mudança de atitude perante o seu passado profissional e por aquilo que disse e da maneira que falou, acho que já não voltará a falar da sua vida de treinador como tendo começado no Chelsea.
Ontem, e se o Alexandre ouviu já deve ter percebido que o seu comentário no seu próprio post acerca da cautela que Mourinho tem para não falar e nem referir o FC Porto, está desactualizado. Afinal ele ontem não teve essa necessidade, que tinha realmente, de estar sempre a travar a palavra Porto e disse-a umas dezenas de vezes. Ouvi-o ontem numa entrevista à Rosinha Veloso, da rtp, dizer mais vezes Porto e FC Porto que Real Madrid e Inter.
Pode ser que seja o inicio de um "novo" Mourinho, mais leal e mais cordato e mais polido e mais agradecido a quem lhe deu e dá oportunidades. Assim desejo e faço votos e mais uma vez obrigado pelas alegrias proporcionadas.
Para mim é claramente o melhor treinador do mundo.
PS:vejo algumas vezes certas pessoas referirem-se a Mourinho como benfiquista. Sempre ouvi dizer que ele era do Vitória de Setúbal desde sempre, pelos motivos óbvios. Gostava que alguém, desses que afirma que ele é benfiquista que pusesse aqui um link ou indicação de onde se possa ler ou ouvir alguém credível ou até mesmo o próprio, a dizer que ele é outra coisa que não do Vitória de Setúbal.
Steve,
ResponderEliminarDevem contar-se pelos dedos de uma só mão os setubalenses que são apenas adeptos do Vitória. A maior parte deles apoia também Benfica ou Sporting. Claro que o Mourinho pode ser excepção, mas francamente acho completamente indiferente saber-se qual o clube dele (para além do F.C. Mourinho;-)).
Nelson,
ResponderEliminarEu sou de opinião que o presidente foi de férias já com o treinador escolhido. O JF estava ontem em Madrid a convite da UEFA como treinador do Porto, e era muito deselegante ter já anunciado a sua saída.
Quanto ao perfil dos treinadores, nós os adeptos de futebol gostamos que eles sejam o mais completos possível, mas não sei se as direcções pensam o mesmo. É que há treinadores que "têm a mania" de serem eles a escolher os jogadores, e alguns dirigentes de clubes e SADs acham isso uma "chatice".
Pois, acredito nisso, mas não me lembro de o ouvir a ele ou alguém próximo dele dizer qual a sua preferência verdadeira se realmente não for um Vitoriano de gema. Afinal de contas o pai dele é-o e ele desde pequeno pela ligação parental pode sê-lo também.
ResponderEliminarNão acho é piada nenhuma que uns benfiquistas inventem estas tretas (que ele é benfiquista) e depois os outros vão atrás. Se ele for benfiquista não muda a minha admiração por ele mas gostava era que me provassem isso, pois eu sou como São Tomé, preciso de provas fortes ou então não acredito. Para mim é do Vitória de Setúbal e isso ouvi-o eu dizer que é, agora o resto para mim não passa de mais uma tentativa de propaganda ao glorioso dos túneis.
O que o Mourinho faz e bem, é espremer até ao tutano as possibilidades de um punhado de jogadores e depois abandona o barco assim espremido e exangue, e parte para outra sem qualquer remorso ou prurido moral...Quem ficar que se dane.
ResponderEliminarNão é um homem de trabalho contínuo, de longo prazo, sabe como ninguém unir um lote de indivíduos bem escolhidos, prepará-los para uma guerra total mas curta e depois da batalha, se a ganharem, estes homens estão bem é para serem reformados, estão exaustos!...Acho que é o ideal para a Selecção Nacional...Vão ver o que vai acontecer no Inter, lembrem-se da era pós Mourinho no Porto, tudo a querer desertar...
Indo ao encontro do Bracotelli também eu ontem vivi um pouco dividido entre querer que o Bayern
vencesse e a aceitação da superioridade táctica do Inter que foi insofismável...A partir de um determinado momento percebi que era uma questão de tempo, assim que marcasse o Inter só poderia aumentar vantagem, se o Bayern conseguisse um golo, apenas poderia pensar em vencer, se adoptasse uma estratégia semelhante à do Inter...Não me parece haver dúvidas, o Futebol é feito de muita ratice e entreajuda -Van Gaal confirmou-o quando disse que é mais fácil jogar à defesa que ao ataque- e uma grande dose de atenção às posições...Depois a qualidade individual e a rapidez da execução, cava a diferença.
Sempre admirei este sistema que com Ivic era maçador, com Artur Jorge imprevisível mas clássico, e com Mourinho demolidor...Jesualdo Ferreira não tem nenhuma destas qualidades, talvez esteja mais próximo do Ivic no seu futebol, embora menos compacto, mas não vai ao fundo do sistema e não lhe empresta a alegria e o ardor indispensáveis ao nosso gosto...
Não me passa pela cabeça que o presidente tenha ido de férias sem que o dossier do novo treinador esteja completamente tratado.
ResponderEliminarMeus caros: Jaime Pacheco como próximo treinador do F. C. Porto.
ResponderEliminarNotícia da Agência Lusa. Vai ser oficializado na próxima semana.
:-D
ResponderEliminarOs autores do Blog que me perdoem a mentira anterior.
ResponderEliminarSei que não é dia 1 de Abril, nem convêm brincar com coisa séria, como a escolha do próximo treinador do Porto. Mas a minha patranha serve para reflectir sobre o que teria sido se Jaime tivesse sido treinador do Porto há uns anos atrás. Não me parece a personalidade adequada para treinar o nosso clube, mas como vi uma vez num blog portista: pode não servir para treinar o Porto, mas será sempre um jogador "à Porto".
Mais uma vez perdoem-me a minha invenção.
Porra, Daniel!!!!! Assustaste-me!
ResponderEliminarPodia ser pior, podia ser o Fernando Santos - Apesar de me garantirem que é... acho tal hipótese surreal!
ResponderEliminarPressinto que o Presidente ainda vai trazer do Brasil, um treinador brasileiro ou até um sul-americano, o que olhando para a nacionalidade de jogadores do plantel até faz sentido.
ResponderEliminarA imprensa falava em Avam Grant, espero que este senhor não seja possibilidade para o Porto. Até poderiamos estar a falar de um treinador campeão europeu (se Terry não tivesse escorregado antes de marcar um penalty), mas foi copiando a táctica anterior do Mourinho e a equipa era praticamente a mesma; Avam Grant nunca demonstrou grande valor tentaria impor o seu sistema sem fazer uma pré-análise aos jogadores que temos, e seria má escolha ver nele uma pessoa capaz de colocar o Porto a praticar um futebol exuberante e eficaz.
ResponderEliminarE porque não Pellegrini? Ou Pekerman?
ResponderEliminarFernando Santos ou Boloni, não, pf!!
Eu, pelo contrário, Daniel, acharia o Avram Grant uma excelente escolha.
ResponderEliminarAcho que estás a menosprezar o trabalho dele no Chelsea, cuja forma na altura do despedimento do Mourinho deixava muito a desejar. O Grant deu a volta por cima, recolocou a equipa na luta pelo título e pode dizer-se que não foi campeão europeu por azar.
Este ano, no meia de uma enorme crise financeiro-desportiva ainda conseguiu levar o Portsmouth à Final da Taça de Inglaterra.
É um homem duro e que nunca ri, nem cinicamente;-) Sabe claramente organizar uma equipa. Concordo que não poria provavelmente o Porto a jogar um futebol exuberante, mas tenho poucas dúvidas de que seria eficaz.
Mas em Inglaterra fala-se que poderá ir para o West Ham.
Também não desejo Boloni ou Fernando Santos, Pellegrini? Deve pedir um salário elevado, e depois do Real deve ter convites de outros clubes com outros recursos financeiros e na Champions.
ResponderEliminarPekerman é uma boa escolha, até porque tem experiência com equipas jovens e para a próxima temporada vamos ter novos jogadores que querem vingar.
«Pensei que isto não ia acontecer, pois conheço a seriedade do homem. O timing não foi o ideal, pois os jogadores lêem os jornais, tal como eu. Nunca houve diálogo directo, nem uma tentativa de me fazer entender as coisas. Foi sempre através da comunicação social. Restou-me entender, e não reagir com punho de ferro, pois queria que a época acabasse bem», disse o líder do novo campeão europeu.
ResponderEliminarIsto não vos recorda nada?...
Caramba, não percam mais tempo, é o André V B... ou porque julgam que ele não aceitou o SCP em Janeiro????????????
ResponderEliminarExactamente, caro Meireles. Mas somos nós dois decerto que temos mau feitio. Nós, o Moratti e o Pinto da Costa.
ResponderEliminarPois é Burmester, a maioria gosta de ser maltratada, se não fosse assim como seria possível que estes Políticos ainda fossem eleitos de quatro em quatro anos?...Sempre os mesmos.
ResponderEliminar-Com o Mourinho é um pouco assim, ele cospe-lhes e eles vão atrás dele agradecer a cuspidela!...-Só mais uma caro Mourinho, só mais uma, você é tão talentoso em saber tratar-nos abaixo de cão...