Imagine-se se não vencessem

“Foi permitido muita coisa. Jogar na Luz não é fácil e não é fácil quando há árbitros que não têm estofo para este tipo de pressões. Vasco Santos é um bom árbitro, mas os assistentes não aguentaram a pressão. (…) os últimos dez minutos foram muito complicados, o banco do Benfica fez enorme pressão sobre o assistente. Faltas a nosso favor não foram marcadas, outras não existindo contra foram marcadas, (…). Compreendo que um árbitro a jogar na Luz com o estádio cheio penda mais para a casa, mas há momentos em que tem de dizer basta, não é normal. Assistentes não tiveram coragem e ousadia de uma arbitragem correcta.”
Pedro Martins, treinador do Marítimo


“As pessoas viram na televisão o que se passou. Coisas graves, com a agravante de serem repetidas, pois já se tinham verificado no final do jogo com o Nacional. Vi dois senhores de cabeça perdida. No fim do jogo, procurei tirar os jogadores do Marítimo daquela confusão, para não haver mais expulsões (além da do Robson), mas o senhor Jesus começou a empurrar toda a gente. (…) O Rui Costa apareceu de cabeça perdida no túnel, onde foi agarrado por seguranças. Penso que a direcção do Benfica não pactua com estas atitudes. Falei com o Shéu depois e ele disse-me que eles andam muito nervosos. E ganharam, imagine-se o que não teria sido se não vencessem.”
João Lomelino de Freitas, delegado ao jogo do Marítimo


Imagine-se o que não teria sido se os encarnados não vencessem.
Imagine-se que o slb tinha razão de queixa da arbitragem.
Imagine-se se o jogo não tivesse sido com um clube amigo e aliado de Luís Filipe Vieira nas lutas na Liga.
Provavelmente, teríamos assistido a cenas ainda mais edificantes...

E por falar em imaginar, alguém imagina o que o árbitro e o delegado da Liga escreveram nos respectivos relatórios a propósito este "pequeno incidente"?

Nota: Os destaques no texto a negrito são da minha responsabilidade.