Com a vitória na Taça de Portugal fica encerrada uma época, uma época que foi de sonho. Agora sim, é tempo de fazer balanços da época: ficam aqui os meus "prémios" pessoais em dois artigos, no que diz respeito a desempenhos individuais - tanto pela positiva como pela negativa, há para todos os gostos.
Prémio “Full House” – Pinto da Costa
Pinto da Costa arriscou uma jogada de poker ao contratar A. Villas Boas para o lugar de J. Ferreira; despedir este último não foi de todo uma jogada arriscada (e só veio de encontro à opinião majoritária dos adeptos), mas contratar A. Villas Boas sim, e muito. Saiu-lhe uma “Full House”, com mais sucesso na 1ª época do que ele próprio possa ter imaginado. E parece rejuvenescido, pronto para muito mais....
Prémio “X Factor” – André Villas Boas
Mais do que falar num MVP, penso que esta foi a época em que o treinador fez toda a diferença. Repare-se que na equipa-tipo de 10/11 entrou apenas uma única contratação, e uma contratação que se pode considerar mais ou menos ela-por-ela (Meireles por Moutinho); e para além de Meireles saiu também o esteio da defesa, B. Alves. No entanto verifique-se a diferença abismal de rendimento (factual e exibicional) da equipa entre este ano e o ano anterior... a matéria-prima foi muito melhor aproveitada, sem qualquer dúvida.
Prémio “Cisne” – Guarín
Guarín era considerado por muitos como um “patinho feio”, eu incluído (que vaticinei que nunca viria a ser mais do que um “remendo razoável”), e a meu ver com muitas razões legítimas para tal. Mea culpa - deu um salto enorme da época anterior para a actual, e terá certamente convencido os mais cépticos. Época muito boa em que demonstrou muito maior maturidade e cultura táctica, para além de ter afinado as capacidades ofensivas. É hoje um valor seguro.
Prémio “O futuro é já a seguir” – James
James foi uma das contratações mais caras do defeso (avaliado em cerca de 7M€), muito dinheiro para um puto com um CV bastante curto (muito mais curto do que Anderson tinha quando veio). A concorrência era muito forte (Hulk, Varela, “Cebola” e Ukra) mas a pouco e pouco foi agarrando oportunidades e hoje já é uma certeza, com uma maturidade muito considerável para os seus tenros 19 anos, para além de um pé esquerdo de veludo. Se Hulk sair penso que estaremos bem servidos sem precisar sequer de ir ao mercado, e estou certo que do ponto de vista financeiro ainda vamos lucrar muito dinheiro com este jogador – mas só daqui a uns 4 ou 5 anos, espero eu.
Prémio “Confirmação” – Belluschi
Como muitos suspeitavam (eu incluído), Belluschi só não rendeu mais na época anterior por estar muito sub-aproveitado por Jesualdo, cujas ideias fixas colidiam com as características de Belluschi. Esta época e com um treinador muito mais flexível e sem pejo em utilizar futebol apoiado, Belluschi demonstrou ser um excelente jogador (e de equipa).
Prémio “Full House” – Pinto da Costa
Pinto da Costa arriscou uma jogada de poker ao contratar A. Villas Boas para o lugar de J. Ferreira; despedir este último não foi de todo uma jogada arriscada (e só veio de encontro à opinião majoritária dos adeptos), mas contratar A. Villas Boas sim, e muito. Saiu-lhe uma “Full House”, com mais sucesso na 1ª época do que ele próprio possa ter imaginado. E parece rejuvenescido, pronto para muito mais....
Prémio “X Factor” – André Villas Boas
Mais do que falar num MVP, penso que esta foi a época em que o treinador fez toda a diferença. Repare-se que na equipa-tipo de 10/11 entrou apenas uma única contratação, e uma contratação que se pode considerar mais ou menos ela-por-ela (Meireles por Moutinho); e para além de Meireles saiu também o esteio da defesa, B. Alves. No entanto verifique-se a diferença abismal de rendimento (factual e exibicional) da equipa entre este ano e o ano anterior... a matéria-prima foi muito melhor aproveitada, sem qualquer dúvida.
Prémio “Cisne” – Guarín
Guarín era considerado por muitos como um “patinho feio”, eu incluído (que vaticinei que nunca viria a ser mais do que um “remendo razoável”), e a meu ver com muitas razões legítimas para tal. Mea culpa - deu um salto enorme da época anterior para a actual, e terá certamente convencido os mais cépticos. Época muito boa em que demonstrou muito maior maturidade e cultura táctica, para além de ter afinado as capacidades ofensivas. É hoje um valor seguro.
Prémio “O futuro é já a seguir” – James
James foi uma das contratações mais caras do defeso (avaliado em cerca de 7M€), muito dinheiro para um puto com um CV bastante curto (muito mais curto do que Anderson tinha quando veio). A concorrência era muito forte (Hulk, Varela, “Cebola” e Ukra) mas a pouco e pouco foi agarrando oportunidades e hoje já é uma certeza, com uma maturidade muito considerável para os seus tenros 19 anos, para além de um pé esquerdo de veludo. Se Hulk sair penso que estaremos bem servidos sem precisar sequer de ir ao mercado, e estou certo que do ponto de vista financeiro ainda vamos lucrar muito dinheiro com este jogador – mas só daqui a uns 4 ou 5 anos, espero eu.
Prémio “Confirmação” – Belluschi
Como muitos suspeitavam (eu incluído), Belluschi só não rendeu mais na época anterior por estar muito sub-aproveitado por Jesualdo, cujas ideias fixas colidiam com as características de Belluschi. Esta época e com um treinador muito mais flexível e sem pejo em utilizar futebol apoiado, Belluschi demonstrou ser um excelente jogador (e de equipa).
Prémio “Dupla de luxo” – Hulk & Falcão
Este foi o ano de afirmação total destes dois jogadores, tornando-se numa dupla absolutamente temível para os adversários. Falcão beneficiou de maior apoio nas manobras ofensivas fruto do futebol mais apoiado, o que retribuiu de forma brilhante com o seu “killer instinct” e apoio aos colegas. Hulk tornou-se mais jogador de equipa e disso beneficiou não só a equipa como o próprio jogador. Dois jogadores de excepção, mas a ter que vender alguém prefiro claramente Hulk por ser de mais fácil substituição (aliás, deixar James ou Varela no banco é um autêntico luxo).
Prémio “Adaptação” - Moutinho
João Moutinho chegou, viu e venceu, adaptando-se muito rapidamente à sua nova casa e agarrando a titularidade para não mais a largar; ao fim de um ano já parece fazer parte da "mobília". É o “pêndulo” da equipa, fazendo um trabalho de sapa extremamente importante para a equipa e sacrificando-se muitas vezes de forma a que os laterais e restantes médios e avançados possam subir no terreno. Pode no entanto melhorar ainda e espero que na 2ª época apareça mais vezes na zona de finalização – esta equipa tem todo o potencial para ser uma “laranja mecânica” infernal e imprevisiva, com um papel importante para Moutinho.
Este foi o ano de afirmação total destes dois jogadores, tornando-se numa dupla absolutamente temível para os adversários. Falcão beneficiou de maior apoio nas manobras ofensivas fruto do futebol mais apoiado, o que retribuiu de forma brilhante com o seu “killer instinct” e apoio aos colegas. Hulk tornou-se mais jogador de equipa e disso beneficiou não só a equipa como o próprio jogador. Dois jogadores de excepção, mas a ter que vender alguém prefiro claramente Hulk por ser de mais fácil substituição (aliás, deixar James ou Varela no banco é um autêntico luxo).
Prémio “Adaptação” - Moutinho
João Moutinho chegou, viu e venceu, adaptando-se muito rapidamente à sua nova casa e agarrando a titularidade para não mais a largar; ao fim de um ano já parece fazer parte da "mobília". É o “pêndulo” da equipa, fazendo um trabalho de sapa extremamente importante para a equipa e sacrificando-se muitas vezes de forma a que os laterais e restantes médios e avançados possam subir no terreno. Pode no entanto melhorar ainda e espero que na 2ª época apareça mais vezes na zona de finalização – esta equipa tem todo o potencial para ser uma “laranja mecânica” infernal e imprevisiva, com um papel importante para Moutinho.
Amanhã: Parte II, com os prémios "Vinho do Porto", "Suplente de luxo", "Era escusado", "Expectativas defraudadas", "Fogachos de vista" e "Estagnação".
Muito boa analise sobretudo na do João Moutinho, onde destaco a parte: "...espero que na 2ª época apareça mais vezes na zona de finalização – esta equipa tem todo o potencial para ser uma “laranja mecânica” infernal e imprevisiva, com um papel importante para Moutinho".
ResponderEliminarÉ realmente o que lhe falta, mais golos.
Se a equipa for bem "afinada" para a próxima época então aí acreditarei que realmente podemos fazer uma boa figura na Champions. Se não houver afinações talvez façamos também bons resultados mas não acredito que chegue aos quartos de final ambicionados. Mas vamos andando e vamos vendo.
Convido todos a darem um tirinho na minha barraca.
Pode ser que acertem.
Repare-se que na equipa-tipo de 10/11 entrou apenas uma única contratação, e uma contratação que se pode considerar mais ou menos ela-por-ela (Meireles por Moutinho)
ResponderEliminarHá uma grande diferença entre um João Moutinho hiper motivado (obrigado José Eduardo Bettencourt) e um Raul Meireles que, com a cabeça noutros sítios e nas próprias palavras de Pinto da Costa, andou a treinar no campeonato para fazer um bom Mundial.
Também convém não esquecer o seguinte:
ResponderEliminar1) Na época passada o Varela teve várias lesões, a última das quais foi uma fractura que o afastou do Mundial na África do Sul; esta época formou com Hulk e Falcao um trio de ataque que, inclusivamente, mereceu o destaque da UEFA (Varela marcou 10 golos no campeonato, alguns dos quais decisivos, sendo o sexto melhor marcador da prova).
2) O caso Hulk. Sim, se bem me lembro foram 23 jogos de suspensão em vez de 3! O seu regresso à competição coincidiu com uma série de 10 ou 11 vitórias consecutivas (9 das quais para o campeonato). E na própria opinião da SAD, a sua ilegal suspensão esteve na origem do não-apuramento para a Liga dos Campeões.
Quantas vezes é que o "trio maravilha" - Hulk, Falcao e Varela - jogou junto de Janeiro a Maio da época passada? Zero vezes?...
Guarín (...) deu um salto enorme da época anterior para a actual, e terá certamente convencido os mais cépticos
ResponderEliminarEu já estava convencido há muito tempo, como o atestam os vários artigos que escrevi sobre o assunto na época passada. Aliás, no último terço da época passada, o desempenho do Guarín já foi muitíssimo bom.
Belluschi só não rendeu mais na época anterior por estar muito sub-aproveitado por Jesualdo, cujas ideias fixas colidiam com as características de Belluschi.
ResponderEliminar«As suas qualidades agradaram a Jesualdo Ferreira, que há um ano deu o aval à sua contratação como potencial substituto de Lucho, vendido ao Marselha por 17 milhões de euros. (…) Na época passada, Belluschi alinhou em 27 das 30 jornadas do campeonato, quase sempre a titular. Marcou quatro golos, mas esteve longe de conseguir afastar o sentimento de orfandade pelo compatriota Lucho.»
Bruno Prata, 12/11/2010
Em Novembro do ano passado, numa entrevista, Belluschi falou no "mérito da equipa e do treinador", mas acrescentou: "É mérito meu também, que me propus estar melhor e trabalhar mais do que na época passada".
Oi? Um jogador como o Belluschi necessita de ter a bola nos pés e não dar um ou dois toques e zás, transições rápidas... isto claro para além de tempo de jogo e não jogar de forma intermitente, como acontecia na temporada passada em que era sempre preterido para os jogos a doer.
ResponderEliminarPS - O Varela esteve lesionado esta temporada e se na temporada passada ficamos sem o esverdeado por uns meses, é certo que estivemos privados do Falcao durante dois meses e oscilações? Zero.
PS2 - Podia pegar em vários comentários à forma do Hulk aquando do seu castigo, em que vários adeptos pediam que fosse uns tempos para o banquinho mas o passado pertence aos livros de história, mais uma vez soubemos dar à volta e obter vitórias atrás de vitórias no dito ano zero, pela 3ª vez em menos de 10 anos. Grande AVB, grande plantel, grande presidente, somos Porto... e vamos continuar a ganhar.
Para o ano poderíamos devolver a braçadeira de capitão a um Luso e eu não hesitaria em entrega-la a João Moutinho.
ResponderEliminarVamos ter calma com a braçadeira no Moutinho. Não nos esqueçamos do que fez no Sporting.
ResponderEliminarIsto é tudo muito bonito quando se ganha mas se um dia chegar aí o Barça ou o Real a chamar por ele vamos a ver se não faz birra.
A braçadeira está mais que bem no Hélton!
Quanto ao Belluschi no ano passado não jogou na Luz e em Braga e foi a vergonha que se viu!