O Jogo: «Que tipo de feedback tem recebido durante este empréstimo por parte do FC Porto?»
Christian Atsu: «Não tenho tido feedback. Dão-me os parabéns quando faço bons golos, mas, além disso, ninguém fala comigo. Não sei o que estão a pensar sobre esta minha época, mas sei que têm bons planos para mim e por isso não é importante se falam comigo ou não.»
Fonte: extrato de entrevista a Atsu a O Jogo.
Costuma dizer-se que o empréstimo de jovens jogadores é uma etapa (final, espera-se) da sua formação. Pessoalmente concordo com essa filosofia, mas ao ler estas declarações, pergunto-me se esses jovens jogadores são adequadamente acompanhados.
Tratando-se de um investimento em recursos humanos, penso que a SAD terá todo o interesse em acompanhar os jovens emprestados de relativamente perto, até porque não são assim tantos como isso (uma dúzia, já excluindo os mais velhos que não foram emprestados numa lógica de formação, mas sim de «refugo» sem retorno possível, ou para valorizar & vender – por exemplo, um Guarin ou um Fucile).
E quando digo ‘relativamente de perto’ não me refiro apenas à sua performance nos jogos (isso também), mas sim estar em contacto frequente com os jogadores (pelo menos uma vez por mês, idealmente face a face mas se necessário por telefone ou melhor ainda Skype ou algo do genero) numa lógica de Q&A, tocando em assuntos como por exemplo: ‘como é a relação do jogador com o treinador e dirigentes?’, ´que problemas é que o jogador tem (profissionais ou pessoais)? A SAD pode ajudar?`´, ´Como é que o jogador vê a sua evolução? Quais os principais aspectos a melhorar? Está a ter oportunidades para isso na equipa onde está?’, etc.
Mais não seja isso ajuda a manter laços fortes entre o jogador e a casa-mãe, de forma a que no fim da época não peça para sair de vez.
Ora se Atsu que até joga a 30km do Dragão (no Rio Ave) não é acompanhado de perto, como será com outros que estão mais longe?
A SAD tem hoje uma máquina altamente profissionalizada ao seu dispor (entre dirigentes, equipas técnicas, observadores, etc) incomparavelmente maior do que no FCP pré-SAD, mas tenho a impressão de que o acompanhamento dos jovens emprestados não evoluiu minimamente no mesmo sentido.
Costuma dizer-se que o empréstimo de jovens jogadores é uma etapa (final, espera-se) da sua formação. Pessoalmente concordo com essa filosofia, mas ao ler estas declarações, pergunto-me se esses jovens jogadores são adequadamente acompanhados.
Tratando-se de um investimento em recursos humanos, penso que a SAD terá todo o interesse em acompanhar os jovens emprestados de relativamente perto, até porque não são assim tantos como isso (uma dúzia, já excluindo os mais velhos que não foram emprestados numa lógica de formação, mas sim de «refugo» sem retorno possível, ou para valorizar & vender – por exemplo, um Guarin ou um Fucile).
E quando digo ‘relativamente de perto’ não me refiro apenas à sua performance nos jogos (isso também), mas sim estar em contacto frequente com os jogadores (pelo menos uma vez por mês, idealmente face a face mas se necessário por telefone ou melhor ainda Skype ou algo do genero) numa lógica de Q&A, tocando em assuntos como por exemplo: ‘como é a relação do jogador com o treinador e dirigentes?’, ´que problemas é que o jogador tem (profissionais ou pessoais)? A SAD pode ajudar?`´, ´Como é que o jogador vê a sua evolução? Quais os principais aspectos a melhorar? Está a ter oportunidades para isso na equipa onde está?’, etc.
Mais não seja isso ajuda a manter laços fortes entre o jogador e a casa-mãe, de forma a que no fim da época não peça para sair de vez.
Ora se Atsu que até joga a 30km do Dragão (no Rio Ave) não é acompanhado de perto, como será com outros que estão mais longe?
A SAD tem hoje uma máquina altamente profissionalizada ao seu dispor (entre dirigentes, equipas técnicas, observadores, etc) incomparavelmente maior do que no FCP pré-SAD, mas tenho a impressão de que o acompanhamento dos jovens emprestados não evoluiu minimamente no mesmo sentido.
Finalmente: para além do acompanhamento de perto desses jovens, também seria altamente desejável que cada um deles tivesse um dossier extensivo e em dia com uma discussão sobre todos eles a ter lugar mensalmente ao nível do CA da SAD, junto com a equipa técnica. Nessa lista não teríamos apenas os jovens, mas também outros emprestados com perspectiva de retorno (por exemplo, um Beto). Não sei se isso será feito, mas duvido muito.
Aqui há tempos uma das reportagens do programa Azul e Branco no Porto Canal foi sobre o lar do Dragão e mais especificamente sobre 2 ou 3 jogadores que lá vivem desde que foram integrados na formação do FCP (um deles era o Lupeta, que curiosamente não tenho visto o nome dele nas fichas de jogo dos juniores A).
ResponderEliminarOra no seguimento da reportagem houve uma conversa no estúdio em que um dos intervenientes era o Luis Castro, coordenador de toda a formação do clube, e fiquei chocado com o tipo de discurso que apresentou em que o enfoque principal era que das dezenas ou centenas de jogadores que passaram pela formação nos últimos 5/6 anos, a maioria deles está actualmente a jogar em equipas profissionais, independentemente de estar ainda ligado ao clube ou não!
Ou seja, deu toda a impressão de que a formação do Porto é uma éspecie de escola que serve para pôr profissionais no mercado de trabalho e que é perfeitamente indiferente para eles se o jogador vai parar à equipa A, se vai para o Rio Ave, Toulouse, Gijon, etc...
É realmente triste olhar para esta questão, principalmente quando não se vê no plantel um único jogador da casa!
PS.Por triste coincidencia vem hoje n'O Jogo a noticia que o Porto vai deixar cair o projecto da equipa B...
Enquanto lá estiver o Luis Castro o projeto Visão será cego e os jovens emprestados bem podem tirar o cavalinho da chuva que jamais jogarão no FC PORTO!
ResponderEliminarVeja-se o caso de Ukra, Helder Barbosa!!!