quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Missão cumprida

Missão cumprida na Madeira com uma vitória clara e tranquila, em que o resultado terá sido escasso dado o ascendente portista, tendo-se resolvido o jogo relativamente cedo (aos 50mins).

Penso que V. Pereira demonstrou inteligência na forma como geriu o plantel, tendo em conta o calendário. Ficaram de início de fora 3 jogadores da equipa-tipo, 2 de campo (Hélton, Maicon e Fernando) tendo-se a oportunidade (resolvendo o jogo cedo) para dar cerca de meia hora de jogo a Castro, Fernando e Atsu (descansando Lucho, Moutinho e James). Isto já depois de ter utilizado inicialmente Fabiano, Defour e Mangala.

Se não faz sentido em geral sobrecarregar os jogadores, o oposto também é certamente verdade: não seria boa ideia se a equipa-tipo chegasse ao jogo da Luz praticamente sem ter jogado de todo durante um mês inteiro (o que seria o caso se jogássemos com 2as e 3as escolhas na Taça da Liga como muitos defendem, opção aliás ainda ontem aqui defendida em artigo sobre o tema).

Da mesma forma, é jogando ao lado de habituais titulares (na maioria) que se dá verdadeiras «oportunidades» às 2as escolhas (Mangala na sua posição natural, Defour, Castro, Atsu, etc), e não rodeados de outras 2as escolhas numa manta de retalhos.

No próximo jogo em Estoril penso que será de repetir a abordagem (i.e. maioria de jogadores da equipa-tipo no 11 inicial, e não 3 como em Braga), com eventuais alterações pontuais ao 11 inicial de ontem; tendo-se depois a oportunidade de rodar mais 3 jogadores com as substituições. Com uma vitória (e o empate até pode chegar) poderemos depois encarar com toda a tranquilidade o 3o jogo em casa contra o Setúbal, estando já apurados - e sim, recheando o 11 inicial de 2as escolhas tendo em vista a poupança dos habituais titulares para o jogo do «galinheiro» que terá lugar poucos dias depois. Como aliás tinha defendido em artigo na semana passada.

Esta competição é totalmente secundária, sem qualquer dúvida (e numa fase avançada fará eventualmente sentido fazer grandes poupanças, dependendo lá está do calendário e contexto de cada jogo e jogador), mas também não é razão para nos «armarmos» em viscondes desprezando-a completamente (e estamos sujeitos a dúvidas legítimas de que assim se fala porque nunca a ganhámos): está no ADN portista querer ganhar tudo que seja competição oficial. Ambição e exigência são duas palavras-chave no léxico portista.

Mesmo que seja totalmente hilariante assistir a parangonas do género «Tetracampeões recebidos em Olhão» como ainda ontem vi no site ZeroZero...

6 comentários:

  1. ... opção aliás ainda ontem aqui defendida em artigo sobre o tema

    Comentário no tal artigo sobre o tema:

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    José Correia 18 de Dezembro de 2012 13:04

    com uma paragem prolongada não pôr os titulares a jogar vai retirar-lhes ritmo competitivo

    Devido ao adiamento do Vitória Setúbal x FC Porto, admito que esse aspecto deva ser ponderado pela equipa técnica do FC Porto, relativamente ao Nacional x FC Porto de amanhã.

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  2. Ze',

    o q foi escrito preto no branco no ARTIGO foi isto (a ultima frase nao tem qualquer ambiguidade):

    "Então, para um clube como o FC Porto (que, lamentavelmente, é obrigado a participar), para que serve a “Taça Lucílio Baptista”? Na minha opinião, para rodar os jogadores menos utilizados e, eventualmente, dar oportunidades a alguns jogadores da equipa B. É isso que espero que Vítor Pereira faça no Nacional x FC Porto de amanhã"

    A maioria dos visitantes do RP so' le^ os artigos sem ir 'a caixa de comentarios, dai' a minha referencia.

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    1. Pois, mas como tu sabes perfeitamente, o artigo foi alinhavado e agendado com muitos dias de antecedência para a véspera do 1º jogo do FC Porto na Taça da Liga 2012/13, antes de se saber que o Vitória Setúbal x FC Porto ia ser adiado.
      Daí que, quando um dos leitores do RP chamou à atenção para esse aspecto, eu não tive qualquer problema em concordar e, em resposta a esse comentário, disse que esse aspecto (paragem prolongada) deveria ser ponderado na escolha dos jogadores para o Nacional x FC Porto.

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    2. O ponto nao era o q o Jose' Correia acha ou deixa de achar (e se mudaste de ideias tudo bem, nem tinha reparado nesse comentario ao artigo; e se nao tivesses mudado tudo bem na mesma); o ponto era q muita gente achava q era para jogar sempre com 2as (ou ate' 3as...) escolhas, como alias os leitores tinham visto mencionado no artigo anterior sobre o tema.

      E sim, eu sabia q o artigo tinha sido agendado com antecedencia, mas nem sequer sabia qual era o seu conteudo, nao o tinha lido. Mas como acabei de explicar isso nem vem ao caso, o facto e' q e' o q os leitores viram publicado no RP.

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    3. Já agora, não percebo em que é q o adiamento do jogo em Setúbal mudou significativamente o raciocínio para a equipa desejada para o jogo de ontem.

      Se esse jogo tivesse tido lugar e os titulares nao fossem utilizados nos jogos da Taça da Liga, iam ficar na mesma um mês sem jogar, i.e. entre 14 de Dezembro e 13 de Janeiro.

      O facto desse intervalo passar de 4 para 5 semanas fez mudar assim tanto o raciocínio??

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    4. com uma paragem prolongada não pôr os titulares a jogar vai retirar-lhes ritmo competitivo

      É um argumento relevante, que eu não considerei quando escrevi o artigo e que se aplica ao Nacional x FC Porto de ontem, bem como, ao Estoril x FC Porto do final do ano.

      Daí que eu no dia 18 de Dezembro, às 13:04, ANTES sequer de saber quem eram os jogadores convocados por Vítor Pereira, tenha publicado o comentário que acima reproduzi, dizendo que esse aspecto (“não pôr os titulares a jogar vai retirar-lhes ritmo competitivo”) devia ser ponderado pela equipa técnica do FC Porto (treinador, preparador físico e médicos).

      Ou seja, na minha opinião, para além de servir para rodar os jogadores menos utilizados e, eventualmente, dar oportunidades a alguns jogadores da equipa B, a Taça da Liga também serve para que os habituais titulares (jogadores mais utilizados) não percam ritmo competitivo.

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