PF introduziu algumas mudanças no elenco, mantendo o sistema sem alterações substanciais. Lucho apareceu mais atrás e a Carlos Eduardo coube desempenhar o papel que El Comante vinha desempenhando. Saiu Josué e Defour que não estiveram brilhantes em Madrid. A entrada de Licá, visou alargar o jogo e aproveitar mais e melhor o jogo pelos corredores.
Outra novidade foi a reintegração de Kelvin depois do ostracismo a que foi votado. Ainda bem que o treinador não desistiu de aproveitar o seu potencial que, obviamente, deve ser integrado e em linha com os processos da equipa.
A primeira parte, contudo, demonstrou que a coisa não correu muito bem, excepto na forma desempoeirada e plena de iniciativa de Carlo Eduardo que jogou muito bem entre linhas, com rapidez e critério. Também ficou incumbido da execução das bolas paradas que efectuou a um nível superior ao que tem sido feito. Foi de um livre seu que chegámos ao golo por intermédio de Maicon. No processo defensivo e na zona central mostrámos que as rotinas ainda não estão suficientemente oleadas, sem tirar o mérito ao desenho da jogada de que resultou o golo do Rio Ave. Foi uma espécie de regresso ao passado: nem soubemos ir para acima do adversário e alargar a vantagem, nem proteger com eficácia a nossa baliza. A bola girou, tivemos posse, mas não incomodámos, nem desequilibrámos. A jogada mais prometedora foi do Rio Ave, que obrigou Helton a uma cuidada intervenção.
Na segunda parte estivemos bem melhor. Controlámos bem o jogo e a equipa esteve mais coesa. Martinez marcou e Danilo confirmou a vitória. Poderíamos ter feito mais golos, mas o resultado ajusta-se ao que se passou em campo.
Sobre o comportamento dos jogadores, e tirando Carlos Eduardo que me parece ser um reforço valioso para o que ainda falta jogar e esteve a um nível claramente superior, diria que cumpriram sem deslumbrar. Não gostei do Lucho: achei-o hesitante e com pouca mobilidade. Não criou, nem tamponou. Via o Herrera com maior utilidade para jogar nessa posição.
Uma vitória esforçada sem direito a música, mas muito importante. Não caímos e continuamos na luta.
PF demorou só uns 4 meses a perceber que tinha que inverter o triângulo e tirar o Lucho da posição 10. Não está mal, lá para Fevereiro ou Março, a evoluir assim, se calhar já conseguiu colocar a defesa a fazer uma defesa em linha a sério.
ResponderEliminarP.S. Os críticos de Varela?
O que fez o Varela de excepcional? Nada.
EliminarAliás, o golo sofrido é culpa dele por andar a dormir no campo. Mau era se nao consegue ir á linha e sacar um cruzamento DE JEITO para a Area, só faltava isso.
O jogo do Porto pode melhorar se a Dupla de Centrais for Mangala e Ota, visto que Maicon é uma aberraçao a jogar em linha!. No meio campo é por Herrera + Carlos Eduardo, o tempo para o Lucho já se acabou.
Onde a Maquina emperra ? Nao existem 2 extremos de Qualidade, o mercado de Janeiro está aí á porta para resolver esse problema, isto se quisermos ser Campeoes!
Nao é preciso inventar muito, basta só mais 2trocas e ficamos com um excelente 10+ Helton...
"O que fez o Varela de excepcional? Nada."
EliminarLOL
Queres ver que o Varela virou careca, mais claro e já joga a central?
EliminarVarela não ligues pois eles não sabem o que dizem...
Eliminaronde estava o DC com esse comentário quando o Porto perdeu com a Académica e usou o Lucho atrás e quintero à frente?
ResponderEliminarO mal não está nos dois médios atrás, é uma táctica normalíssima e os jogadores rapidamente a entenderiam se fossem bem treinados. mas não são. Carlos Eduardo sem dúvida fez esconder aquilo que de mal treinado têm aquelas rotinas do meio campo. Lucho tem de ir para o banco já! Tem feito uma série de jogos horríveis.
Quanto ao Varela, os MST vão-se esquecer de falar dele ou dizer que a bola lhe foi ter aos pés.
Estava à espera que ele invertesse o triângulo e acabasse com aquela posição 10. Se acha que a táctica contra a Académica teve alguma coisa a ver com a de ontem, só lhe posso recomendar que reveja os jogos com mais atenção.
EliminarDC, não me parece que o triângulo tenha sido invertido. Acho que o Paulo Fonseca manteve o 4x2x3x1, mas com algumas nuances ao nível do meio-campo. O duplo-pivot não foi tão declarado, o Fernando já apareceu algumas vezes sozinho no meio-campo defensivo, mas o Lucho esteve bastante próximo dele, jogando a 8, como lhe apraz (embora apagado, o que acontece desde a lesão com o Braga). A grande diferença, a meu ver, esteve no posicionamento do Carlos Eduardo que jogou no espaço entre-linhas, com grande amplitude de movimentos. Ora vinha buscar jogo mais atrás, ora caía nas alas tabelando com os extremos, ora aparecia nas costas do Jackson a assistir. Houve maior ligação entre os sectores motivada por esta nova dinâmica no meio-campo. Resta saber se houve uma alteração induzida pelo treinador (parece-me que sim) ou se a mera troca de jogadores (recuo de Lucho e introdução de Carlos Eduardo) proporcionou uma nova face ao jogo da equipa, principalmente na 2ª parte. Destaque para a grande exibição do Carlos Eduardo, foi uma verdadeira lufada de ar fresco. Espero que dê continuidade ao que de bom tem feito e que a equipa suba de rendimento, alavancada por um novo maestro.
EliminarBoas, em Coimbra Lucho foi 10. Josué e Fernando foram o duplo pivot e Quintero jogou a extremo esquerdo. Dessa vez PF conseguiu colocar 4 jogadores fora do seu habitat natural :-)
EliminarFoi uma vitória, mas que contra um adversário que ontem, se revelou tao frágil é dificil dizer algo, mesmo assim queria abordar 2 temas:
ResponderEliminar1- Nao deixa de ser engraçado que um jogador, CE, que esteve durante 4 ou 5 meses encostado e a ser "ensinado" na equipa b a jogar na posiçao 8, quando tem a sua 1º oportunidade na equipa principal, seja o melhor jogador em campo, 2 jogos consecutivos, na sua posiçao original como nº 10 (mesmo que isto possa ser um fenomeno passageiro).
Nao será mais fácil ter um ponto de partida em que os jogadores partem nas suas melhores posiçoes ou terá de haver sempre adaptaçoes porque certos jogadores têm sempre de jogar independentemente da sua posiçao?
Isto leva-me a outra questao, que inclusive, já foi levantada aqui neste espaço: será que há vida no meio-campo para além de Lucho e Fernando?
2- Já li aqui e noutros lados, que ontem jogamos com um meio-campo 1+2, eu nao fiquei com essa percepçao (embora reconheço que nao estive tao atento ao jogo como de costume). Vi demasiadas vezes, quer Lucho quer mais tarde Herrera lado a lado com Fernando, e vi este último a ter demasiadas obrigaçoes ofensivas. Fiquei com a impressao, que apenas pareceu que Fernando estava como único pivô defensivo porque Lucho na maior parte do tempo nao esteve em campo (reconheço que pode ter sido o oposto: Fernando com demasiadas obrigaçoes ofensivas porque Lucho nao correspondia). A rever no futuro.
Nos anos anteriores era o Moutinho que baixava até ao lado do Fernando para receber a bola dos centrais ou do Helton e distribuir jogo. O Lucho fez o mesmo ontem... a nível táctico.
EliminarSaúda-se a vitória e as indicações de q PF poderá corrigir um ou outro equívoco, mas... continua-se sem fio de jogo ou dinâmicas (principalmente ofensivas) minimamente convincentes. A ver vamos.
ResponderEliminarJogo normal, vitória justa.
ResponderEliminarPaulo Fonseca já percebeu que Carlos Eduardo merece a titularidade e começa a entender que Lucho vai perdendo espaço nesta equipa. Veremos é se já colocou a si próprio a questão (com resposta óbvia) sobre se o Kelvin não renderá mais do que Licá ou Josué. Parece, contudo, que ainda teremos de aguardar mais tempo para o treinador entender que o Ghilas é uma opção real e merece mais tempo de jogo.
E andamos há três anos com treinadores que demoram um tempo quase interminável a perceber coisas que são tão óbvias para o comum dos mortais...