O JOGO, 04-03-2014 |
O JOGO (um jornal normalmente bem informado em assuntos relacionados com o FC Porto) anunciou que o futuro de Paulo Fonseca está por horas/dias mas, aparentemente, a decisão ainda não está tomada.
Tem-se dito muita coisa (nos jornais, televisões e… redes sociais), mas eu não alinho nas teses de que a saída de Paulo Fonseca ainda não se concretizou devido à teimosia de Pinto da Costa, ou por causa de uma eventual indemnização que a FCP SAD terá (teria) de pagar ao atual treinador do FC Porto (o que está em causa é muito mais do que isso e só o apuramento direto para a fase de grupos da Liga dos Campeões 2014/2015 vale 10 milhões de euros).
Por mais teimoso que seja, ou por querer mostrar que o clube não é gerido de fora para dentro, Pinto da Costa já demonstrou que, tendo uma boa alternativa na manga, não olha a amizades ou compromissos com os treinadores em funções (que sempre foram escolhidos por ele), quando constata que a mensagem do treinador não passa (as conferências de imprensa de Paulo Fonseca são elucidativas) e que a situação se tornou insustentável (a equipa continua em sub-rendimento, apesar de já estarmos no 9º mês de trabalho deste treinador).
Por que razão, então, Pinto da Costa ainda não resolveu este problema (que ele próprio criou, quando preferiu contratar Paulo Fonseca em vez de renovar com Vítor Pereira)?
Porque, ao contrário de situações anteriores (Artur Jorge em 1988/89, Bobby Robson em 1993/94, José Mourinho em 2001/2002), nesta altura não me parece que seja fácil arranjar um treinador consagrado (ou que tenha experiência de trabalhar com consagrados), que seja uma solução de médio prazo, mas que esteja disponível e/ou disposto a pegar na equipa já.
Um treinador que chegasse agora ao FC Porto teria, logo de entrada, 7 jogos em 21 dias (entre 9 e 30 de Março), entre os quais uma eliminatória da Liga Europa enfrentando o Napoles (13 e 20 de Março), com uma deslocação a Alvalade pelo meio (onde um mau resultado poderá afastar a equipa da luta pelo 2º lugar) e a 1ª mão das meias-finais da Taça de Portugal contra o slb (a 26 de Março).
Ou seja, atendendo ao momento da equipa (agravado por um balneário em frangalhos, com alguns jogadores a saberem que irão sair no final da época) e olhando para o calendário (com viagens e jogos a serem disputados de 3 em 3 dias, praticamente só é possível fazer treinos de recuperação), qualquer treinador que pegue na equipa nesta altura, corre um risco elevadíssimo de chegar a Maio “esturricado” (vejam o que se passou com José Couceiro na parte final da época 2004/2005 e a consequência que isso teve para a sua carreira subsequente de treinador).
Além disso, mesmo que Pinto da Costa assumisse o compromisso (pessoal, escrito, contratual) que, independentemente dos resultados até Maio, o novo treinador continuaria para a próxima época, quais seriam as condições de sucesso de um treinador que iniciasse a época 2014/2015 fragilizado pelos resultados da parte final desta época e, ainda por cima, sabendo que, muito provavelmente, não irá poder contar com parte da coluna vertebral da equipa – Mangala, Fernando e Jackson?
Mais ainda. Se o FC Porto terminar o campeonato na 3ª posição, terá de disputar a pré-eliminatória de acesso à fase de grupos da Liga dos Campeões 2014/2015. Ora, isso significa ter de começar a época 2014/2015 mais cedo do que o habitual.
O problema é que, muito provavelmente, o FC Porto vai ter uma parte significativa dos jogadores do plantel 2014/2015 (Mangala?, Reyes, Fernando?, Herrera, Defour, Josué, Varela, Quaresma, Jackson?, Ghilas), envolvidos na fase final do Mundial do Brasil, o que significa que esses jogadores só irão iniciar a pré-temporada 2014/2015 em finais de Julho!
Noutros tempos, o FC Porto seria um desafio irrecusável e o risco de falhar estrondosamente era pequeno.
No cenário atual não é assim e, por isso, percebo perfeitamente que treinadores emergentes (Marco Silva?, Sérgio Conceição?) pensem duas vezes e que treinadores com passado no clube (André Villas-Boas?, Fernando Santos?) prefiram regressar apenas em Julho.
Quanto a treinadores estrangeiros consagrados (Marcelo Bielsa?, Michael Laudrup?), não acredito que haja algum que aceite pegar na equipa nesta altura.
O JOGO, 04-03-2014 |
P.S. Seria mais cómodo (e sem risco de falhar nos cenários traçados) se tivesse esperado pela decisão de Pinto da Costa, mas optei por publicar este artigo já, na sequência do artigo publicado pelo Filipe Sousa hoje de manhã, porque não sou grande adepto de fazer “prognósticos no final dos jogos”…
Concordo que queimar o treinador da proxima época seria um pessimo começo
ResponderEliminarConcordo que neste momento é extremamente dificil conseguir um treinador extrangeiro
Mas levanto entao uma outra alternativa que é a de um treinador interino até fim do ano. Será que o status quo nao é já tao grave que se justificaria a promoçao do Luis Castro (o unico que me parece capaz dessa funçao) para o que resta?
Nao nos podemos esqueçer que temos a obrigaçao de ganhao ao benfica nas 2 taças. Para mim o minimo para este ano nao ser de pesadelo.
«outra alternativa que é a de um treinador interino até fim do ano»
EliminarAdmito, perfeitamente, que seja uma das hipóteses que está em cima da mesa.
Mas, no cenário atual, como é que o balneário olharia para um treinador, sabendo de antemão que seria uma solução provisória (para os últimos dois meses da época)?
Opinião de um Benfiquista que vos lê frequentemente:
ResponderEliminarLuís Castro pelo menos até final da época. Tive pena de o ver ir para o vosso clube há uns anos atrás pois tinha admiração por ele nos tempos em que treinava o Penafiel. Sempre me pareceu merecer mais do que treinar juniores ou equipas B.
Não me levem a mal desejar que as coisas não melhorem muito no futuro próximo mas, como mero observador do futebol, penso que seria uma boa solução pois Paulo Fonseca não tem o mínimo de condições para continuar a treinar o clube.
Saudações desportivas.
"(...)por causa de uma eventual indemnização que a FCP SAD terá (teria) de pagar ao atual treinador do FC Porto(...)"
ResponderEliminarNuma situação em que o treinador já pediu para sair 3 vezes, não há qualquer compensação financeira a dar ao treinador, isso é o que faltava. Se alguém tivesse que compensar a outra parte, seria o Paulo Fonseca ao FC Porto por não querer cumprir o seu restante contrato.
Em Portugal todas as equipas contratam sem sequer falar com o treinador antes. Pinto da Costa falou com o Paulo Fonseca para saber quais são as suas ideias? Como é o seu discurso? Se é mentalmente forte?
Nos EUA, por exemplo, na NFL, no início do defeso as equipas que procuram treinadores, falar com os candidatos, como se de uma entrevista se tratasse.
Ele nao pediu para sair.. colocou o lugar á disposiçao... isto é se querem que eu sai-a vamos negociar...
EliminarArmin Veh.
ResponderEliminar"O FC Porto quando faz uma escolha faz através do seu presidente. A norma no FC Porto é o treinador ser escolhido pelo presidente e o adjunto é indicado pelo treinador. A decisão que for tomada será feita por Pinto da Costa."
ResponderEliminarJesualdo Ferreira, em declarações à RTP Informação
Também disse outra coisa curiosa como:
Eliminar"O cenário não é bom para quem sai nem para quem volta!"
Resumindo, além do erro histórico da não renovação de VP, a direcção comete outro erro de palmatória ao não despedir PF logo no final de Outubro quando já era evidente que não servia.
ResponderEliminarVamos continuar a escavar?
Eu não digo que defendo a continuidade de Paulo Fonseca até ao final da época.
EliminarO que eu digo é que compreendo a dificuldade de, nesta altura, arranjar uma boa alternativa, que possa ser uma solução de médio prazo.
José, o que eu digo é que se o tivéssemos afastado em Novembro e substituído por alguém competente, ainda íamos a tempo de discutir o jogo na Luz, bem como as restantes eliminatórias das outras competições. Nessa altura, não havia muitas razões para qualquer treinador nos rejeitar.
EliminarA direcção demorou a perceber o que era óbvio e, como tal, a época estará irremediavelmente perdida a não ser que nos caia do céu um Mourinho ou um Guardiola.
"Nessa altura, não havia muitas razões para qualquer treinador nos rejeitar"
EliminarConcerteza. Uma coisa teria sido substituir o treinador em meados/finais de Dezembro, após a fase de grupos da Liga dos Campeões, antes da paragem de Natal e com a possibilidade de influenciar as saídas e entradas de Janeiro, outra é querer (?) fazê-lo agora.
"a época estará irremediavelmente perdida a não ser que nos caia do céu um Mourinho ou um Guardiola"
EliminarO Mourinho e o Guardiola são dois extraordinários treinadores, mas eu não acredito em treinadores milagreiros, sejam eles quem forem, nem em transformações radicais da noite para o dia.
Nesta altura, o que o FC Porto precisa é de alguém que consiga estancar a espiral depressiva em que a equipa se encontra.
O José prefere que o clube lute por não perder o 4º lugar?
EliminarMas então não foi o VP que rejeitou o Porto? e preferiu ir para as arábias? Não estou a desculpar a direcção, que teve sem dúvida nenhuma uma aposta completamente falhada no PF. Mas nãos vamos mudar os factos.
EliminarÉ bom que nós portistas nos preparemos desde já para uma época terrível. é bom não ter grandes expectativas para esta época. Também percebo o dilema da direcção, porque ainda está tanta coisa em disputa. colocar um novo treinador agora poderia queimá-lo logo se ele não conseguisse os troféus que ainda é possivel vencer, e sem este ter tempo de impor as as suas ideias.
O Nuno Fonseca caiu que nem um patinho no jogo da direcção.
EliminarO VP rejeitou a proposta do Porto, sim. Agora reflicta um bocadinho e questione se, caso a direcção realmente o quisesse, ele teria rejeitado. Questione como é que "o barbeiro do Alexandre" já sabia que o PF estava contratado bem antes de VP sair. Questione como é que um portista de coração, bicampeão, prefere ir para um futebol de 3º mundo em vez de se manter no seu clube.
O Porto, se quisesse VP, teria VP. Foi o Porto que não o quis!
José, discordo da sua visão. Quando Mourinho chegou ao Porto, não foi a tempo de ganhar nada mas foi a tempo de fazer uma série de 6 vitórias consecutivas no final do campeonato.
EliminarUm bom treinador teria a capacidade para estabilizar a equipa e conseguir provavelmente o 2º lugar.
PF foi uma aposta completamente falhada da direcção e em especial de PC, é importante dizer-se. Agora VP, poupem-nos. A qualidade veio a decrescer desde que AVB saiu. Desculpas de jogdores sem cabeça no clube, mau ambiente, serviram muitas vezes de desculpa a VP, também ele com um discurso muito fraquinho. E VP é que não quis ficar, sim. Ele próprio afirmou que o tinham convidado a renovar. E não o tenho por mentiroso. Teve o mérito de ganhar 2 campeonatos só com 1 derrota com muita paixão mas, e o resto... Preferiu ir para um campeonato do 3º mundo pq sabia que seria cada vez maior a pressão que teria de suportar e além disso, foi ganhar uma pipa de massa.
EliminarPF é muito mau, pior do que VP, mas também não é VP um bom treinador para o Porto por muito portista que seja.
A estes que dizem que o VP não era bom treinador, só posso dizer que merecem esta época. Se nem com este descalabro lá chegam, nunca mais vão chegar. É por culpa de haver gente assim na direcção que são escolhidos os "Paulos Fonsecas".
EliminarAgora só falta vir alguém dizer que é preciso pôr a equipa a correr muito e a suar muito e depois ir buscar de novo o Octávio Machado, ou já agora, o Futre.
O DC ignora factos mas levanta as questões que lhe dão jeito como o barbeiro (esse grandioso argumento) e o portismo do VP. Mas não levanta outras questões como o compasso de espera que houve na altura da decisão sobre o treinador PF. O que terá acontecido (eventualmente) foi que PF foi abordado. Perto do fim do campeonato, o Benfica era quase campeão. Nesse cenário não haveria vontade de renovar com VP.
EliminarPercebo que gostava de VP como treinador. eu também. mas esta questão da renovação não muda em nada as razões para o achar bom treinador
Se está a dizer que só depois de campeão se lembraram de oferecer a renovação a VP, está a concordar comigo. VP era para sair. Arrependeram-se (talvez) dessa decisão depois dele ser campeão.
EliminarNão estou a ignorar factos, estou a ignorar uma entrevista. A não ser que todas as entrevistas tenham validade. Aquela do AVB a dizer que o interesse do Porto era uma palhaçada também foi bastante válida, não foi?
Claro que a culpa da não renovação do fantástico VP (que por acaso só arranjou clube no 3º mundo do futebol) foi dos adeptos que não gostavam dele, eheheheh. Então você acha que os adeptos é que comandam o clube? Também sou culpado da saída de Ivic na primeira passagem pelo clube (87/88) depois de ganhar tudo menos a Taça dos Campeões porque não gostava da qualidade de jogo. Disparates.
EliminarVP era portista mas isso só não chega. Era um treinador mediano tal como o foram Jesualdo e Fernando Santos, por exemplo, como o é o masca-chiclas do benfas. Robson foi um grande treinador só suplantado por Mourinho e mesmo AVB não foi capaz de reforçar o que tinha feito no Porto. Quanto á culpa que tenho, esteja descansado que não me importo. Ainda sou do tempo em que não ganhávamos nada mas nem por isso deixei de ser do Porto. Adeptos são aqueles que o são nas vitórias mas também nas derrotas. VP foi treinador do Porto, campeão, parabéns! NEXT!
A culpa não foi dos adeptos, foi dos idiotas da direcção que pensaram como alguns adeptos.
EliminarOs adeptos que iam para o estádio assobiar o VP pagaram o bilhete e têm todo o direito a serem ignorantes e a não fazer a mínima ideia do que estão a assistir. Que exista gente assim na direcção é que é problemático.
De resto, quem acha que campeonatos invictos caem do céu com "treinadores medianos" merece muitos Paulos Fonsecas até perceber o que é um treinador mediano. Qualquer treinador que o faça é MUITO BOM. Chame-se AVB, VP ou... ou não há outro, tal essa facilidade de ganhar campeonatos invictos.
Claro que sou ignorante, mas provavelmente tenho de a vantagem de o reconhecer apesar de ver futebol há quase 50 anos. Mas pior do que ser ignorante é achar que o mundo é que está errado como no caso de VP porque a verdade é que o suposto fantástico treinador só arranjou lugar no "fim do mundo". VP fez um trabalho muito bom internamente que inclusive faz sobressair o péssimo trabalho de PF. Curiosamente, tirando o campeonato, PF até conseguiu melhores resultados nas restantes provas do que VP.
EliminarHá adeptos que preferem defender pessoas quando o mais importante é o clube e esse sim, será sempre a preocupação dos que gostam do Porto. PF foi péssimo como VP foi fraco. PF não tinha organização de jogo e VP usava a posse de bola como um fim em si próprio quando a posse de bola devia ser usada como um meio para ganhar jogos.
VP é passado como PF já é passado e só espero que o futuro seja mais risonho e que possamos ganhar mais alguma coisa este ano. Tenho a certeza que todos os treinadores que passaram pelo Porto fizeram o que puderam e o que sabiam para nos dar vitórias e parabéns aos que o conseguiram. O que importa é o clube porque as pessoas passam e o clube fica para continuar a dar muitas alegrias aos adeptos mesmo os ignorantes e os que têm palas nos olhos.
"Curiosamente, tirando o campeonato, PF até conseguiu melhores resultados nas restantes provas do que VP."
EliminarConseguiu melhor que na 1a época, quanto à 2a fez pior na Champions. Que eu saiba se renovássemos com VP tínhamos o VP mais experiente e não o da 1a época.
Eu não defendo pessoas, defendo competência. Defendo que deixar sair um treinador campeão invicto é um erro crasso. Ainda mais para ir buscar um treinador que não dá qualquer garantia. Defendo que é um acto de gestão danosa e que deve ser evidenciado. Defendo que quem tomou a decisão na SAD deve sofrer consequências. Os treinadores não têm culpa de serem bons ou maus, mas os dirigentes têm culpa de os escolher.
De resto, praticamente tudo o que disse sobre VP é errado e não me vou preocupar em discuti-lo. Teve 2 épocas para perceber, se ainda não chegou lá, não vai ser agora, nem me interessa que chegue.
Quero continuar a ganhar seja com VP ou com qualquer outro. Simplesmente incomoda-me ter na direcção quem não consiga reconhecer os treinadores que nos aproximam mais da vitória.
Claro que foi melhor do que na primeira mas PF também estava na primeira época ou não?
EliminarObviamente que eu defendo competência e logicamente que as pessoas que escolheram PF e o mantiveram durante tanto tempo devem ser responsabilizadas e nesse particular o presidente Pinto da Costa tem o ónus maior uma vez que sempre assumiu PF como escolha pessoal. Mas também é lógivo dar o benfício da dúvida a quem tantas vezes (bem mais do que os outros) acertou e nos deu alegrias embora sejam (demasiadamente bem) pagos para isso. Já agora, quantos treinadores foram campeões pelo Porto e se foram embora no ano seguinte? Não vou na conversa da prostituta CS lisboeta que quer fazer crer que está tudo mal no Porto e que o treinador é o menos culpado. O Porto tem um excelente lote de jogadores e qualquer treinador mediano (onde incluo VP) seria capaz de fazer bem melhor do que temos feito. A SAD tem a sua (grande) quota parte de culpa e espero que haja mudanças na forma de actuar sendo a comunicação um dos maiores problemas neste momento. Temos um clube fechado até para os sócios e aberto para a abjecta CS lisboeta.
Também eu quero continuar a ganhar mas o passado já foi. VP já foi, PF já foi, agora é Luís Castro que espero seja capaz de dar a volta à situação embora não acredite em milagres. O Porto precisa de um treinador de qualidade mas também alguém que tenha um discurso fluente e assertivo e que seja capaz de impor respeito para fora mas fundamentalmente para dentro. Gostava de Van Gaal mas é provavelmente muito caro embora muitas vezes o barato saia caro.
Concordo inteiramente com o Sr. José Correia na sua análise.
ResponderEliminarAgora a meu ver a melhor solução por muito que custe seria levar o PF até ao fim, como fez até agora, mas informando a massa adepta que os protestos e esperas têm de ser feitas a ele e não a jogadores ou treinador.
Contratar neste momento alguém era para ser outro couceiro que veio com a promessa de preparar uma época e depois acabou por sair sem deixar saudades.
É que para mal de nós ainda estamos em todas as competições e embora ninguém acredite em três das quatro só dependemos de nós. Este é que é o grande problema.
Arranjar alguém interino é a meu ver pior solução possível pois iria perder tudo e deixar um plantel arrasado para a próxima época. Já se viu que os jogadores estão com o treinador e têm vontade, o problema é que eles não sabem o que fazer dentro do campo parecem baratas tontas.
Atualmente é ir até ao fim, passar a mensagem de que independente do que acontecer o PF vai terminar a época e se querem protestar a tribuna onde se senta deve ser o local a quem os sócios se devem dirigir durante os jogos.
Foi o PC que criou está situação se em dezembro tivesse feito o que era correto, não faltavam treinadores a quererem vir para o FCPORTO, nesta situação duvido que alguém com créditos aceite.
Concordo totalmente. O timing certo para trocar de treinador já passou há muito.
ResponderEliminarAs opções são 3:
1. Manter PF.
2. arranjar um treinador interino.
3. arranjar um treinador para esta e a próxima época.
1. Por mais sinais em contrário, acho que só uma posição firme do PF de querer sair pode impedir esta opção. Quanto a mim, a pior de todas.
2. Acho que esta é má pelos motivos apontados pelo Bruno Guedes, mas a que tem mais exequibilidade.
3. Acho que seria a melhor opção, mas não me parece que haja treinadores disponíveis. Os estrangeiros não vêm porque a SAD já mostrou que gosta de treinadores baratinhos e maleáveis. Os portugueses não vêm a não ser que tenham instintos suicidas. Com este estado de coisas e com a tendência descendente instalada, é bem provável que qualquer treinador que venha não consiga melhor que um 3º lugar no campeonato e ser eliminado nas taças.
É admirável como José Correia insiste na tese de que a direcção do FC Porto não quis renovar o contrato de Vítor Pereira, contrariando as declarações (repetidas) de Pinto da Costa e do próprio treinador. Quee fontes invoca? Nenhumas - além dos rumores do barbeiro de A. Burmester.
ResponderEliminarO que a equipa precisa neste momento é de uma massa adepta que lhe transmita confiança e não a destabilize ainda mais com vaias, insultos e ameaças. Há ainda dois títulos importantes em disputa - a Taça e a Liga Europa - e o segundo lugar na Liga está perfeitamente ao alcance da equipa.
Incrível é ainda haver ingenuidade ao ponto de acreditar que a direcção não conseguiria convencer VP a renovar se realmente quisesse.
EliminarO comportamento dos jogadores, ao contrário do que é dito por aí, e como ficou comprovado no jogo em Frankfurt, tem sido até bastante correcto. Os jogadores não estão desmotivados ou descrentes - eles não sabem é que o que devem fazer em campo.
EliminarManter PF NÃO PODE SER opção...
ResponderEliminarComo irá ser quando formos de novo humilhados em Alvalade ou banalizados pelos vermelhos no Dragão?
A questão que se coloca aqui já não é se é treinador para o Porto ou não, mas o PF está enterrado para toda a massa associativa e não tem nenhum espaço para errar... ZERO!
A única alternativa para o PF era ganhar os jogos todos até final da época e arrumar com os vermelhos, pois tirando isso, seja ao próximo empate ou derrota, ele só não apanha nos queixos se ficar escondido no estádio, pois ninguém já o tolera nem o atura!
Se vier um interino com o Luis Castro, mesmo que perca os jogos com Sporting e Benfica, terá a compreensão da massa associativa e quicá, até pode fazer um bom trabalho e de interino passar a efectivo, pois as bases tácticas que Luis Castro usa na B só difere para a à porque ele usa o tradicional 4-3-3, depois de no inicio ter tentado o 4-2-3-1 sem sucesso.
Depois Luis Castro, tem a vantagem de conhecer e de já ter trabalhado com grande parte dos jogadores que estão no plantel A, para além de saber exactamente o talento que temos na B e nos juniores e isso poderia ser muito positivo neste momento.
Em Suma, acho que o Luis Castro seria o nome ideal para assumir interinamente a equipa, pois qualquer outro treinador nem tempo teria para impor as suas ideias, antes de conhecer os jogadores sequer.
É um risco? Claro que sim! Mas também é o treinador que meteu os B's em 1º lugar da 2ª liga, praticamente só com putos Sub-20... portanto é um risco diria calculado.
qualquer treinador ambicioso desejaria entrar neste momento no fcp, quando ainda pode ganhar todos os trofeus envolvidos!
ResponderEliminaro tipo do estoril, mesmo sendo benfiquista é o unico em portugal que me parece aceitavel, já que o jardim o perdemos para o sporting.
por mim que venha um alemao ou holandes para meter disciplina na quantidade de meninos mimados que temos no plantel e metam aqueles jogadores a correr, porque há muita preguiça naquele plantel!
a culpa nao é exclusivamente do treinador!
O Jogo, hoje, confirma a tese do José Correia: há um impasse no Dragão. A meu ver, o impasse só tem uma solução aceitável: a saída do treinador. Como bem se escreveu, "batemos no fundo", chegámos ao fim da linha e a situação afigura-se insustentável. A relação entre o treinador e os adeptos é péssima. Por outro lado, há lacunas evidentes de liderança e de capacidade de motivação dos jogadores (não é só o desarranjo táctico que provoca os maus resultados, a insegurança emocional é notória e contribui sobremaneira para a perda constante de vantagens no marcador). Soma-se a desconfiança da SAD no trabalho do treinador e o resultado é um cenário negro para a sua permanência (que, aliás, o próprio é o primeiro a enjeitar). Por tudo isto, muito me surpreenderia o desfecho do impasse com a manutenção do Paulo Fonseca; seria terrível para todas as partes envolvidas. Quanto ao potencial novo treinador, não me parece que a escolha tenha de ser pensada, forçosamente, a médio-prazo. Pode perfeitamente optar-se por uma solução transitória, até final da época, com a possibilidade de prorrogar a ligação em função dos resultados e do ânimo da equipa/adeptos. Parece-me que há treinadores que o aceitariam sem problema pelo privilégio/oportunidade de treinarem o Porto, apesar de todas as vicissitudes. Considero que o eleito deverá ser externo ao clube para impor mais facilmente a sua liderança, pelo que não vejo com bons olhos a opção por um treinador interino, por estar à partida diminuído nesse âmbito. Não há muito mais a dizer, resta aguardar pelas cenas dos próximos episódios e pela decisão da SAD, com o Presidente à cabeça.
ResponderEliminar@zzzzz, Nuno Fonseca
ResponderEliminarSim, de acordo com a versão oficial (para consumo público), o FC Porto propôs (tarde e a más horas) a renovação do contrato a Vítor Pereira, mas vale a pena recordar alguns factos.
Em Março de 2013, após o jogo de Málaga, diversos órgãos de comunicação social anunciaram que, independentemente do FC Porto se sagrar (tri)campeão, Vítor Pereira não iria continuar. Da parte do FC Porto (Pinto da Costa ou SAD) não houve qualquer desmentido.
No início de Abril, corria em diversos mentideros da cidade do Porto, que já existiam contactos com treinadores para suceder a Vítor Pereira.
O barbeiro do Alexandre Burmester (mas não só, vejam os comentários a esse post), que não é propriamente o bruxo de Fafe, informava a alguns dos seus clientes que Paulo Fonseca (treinador do Paços de Ferreira) seria o próximo treinador do FC Porto.
No dia 22 de Maio, três dias após o abraço público de Vítor Pereira a Paulo Fonseca (que já era dado como seu sucessor), o empresário do treinador do FC Porto, Christophe Henrotay, em entrevista à TSF, afirma que ainda não tinha sido contactado pela FCP SAD para falar do futuro de Vítor Pereira.
“Ainda não recebi nenhuma chamada do Porto. Não depende de mim, depende do que o Porto quiser”
No dia 23 de Maio à noite, numa entrevista à RTP, quando questionado sobre a continuidade de Vítor Pereira como treinador do FC Porto, Pinto da Costa afirmou que tinha almoçado na véspera com Vítor Pereira e que foi consensual que havia “vantagens e desvantagens” numa terceira época de Vítor Pereira no FC Porto, tanto para o treinador como para o clube e que ambos (Vítor Pereira e Pinto da Costa) ficaram de “pensar nessas vantagens e desvantagens” e voltar a falar.
Perante este conjunto de factos, é mais do que óbvio que não havia (nem nunca houve) uma vontade séria e forte, da parte de Pinto da Costa e da SAD, na continuidade de Vítor Pereira.
Mas, claro, quem quiser que continue agarrado à versão oficial, de que foi Vítor Pereira que não quis renovar.
A versão oficial foi contada pelo próprio Vítor Pereira, que invocou não só razões financeiras mas também o desgaste pessoal e da família. Portanto, a não ser que Vítor Pereira esteja a mentir, a única coisa que é evidente é que ele não quis continuar. O resto é especulação. E é natural que as pessoas acreditem mais na palavra do ex-treinador do Porto do que nos palpites do barbeiro do RP, que ainda esta época previu que ia cair bomba em Alvalade.
Eliminarqual bomba?
EliminarMaisFutebol 23/05/2013
Eliminar"O F.C. Porto já formalizou junto de Vítor Pereira uma proposta para a renovação de contrato. [...] A proposta que lhe foi apresentada pelo F.C. Porto pressupõe melhores condições contratuais e maior liberdade de decisão junto da estrutura portista [...]"
Entrevista de Vítor Pereira ao MaisFutebol 01/07/2013
"Senti-me orgulhoso pela forma determinada com que a direção do F.C. Porto e Pinto da Costa me pediram a minha continuidade. Aliás, até fiquei surpreendido com a persistência deles. Não é normal darem tanto tempo a um treinador para tomar uma decisão. Mostraram que me queriam, mas tive de tomar uma decisão e comuniquei-a ao presidente no dia 29 de maio. A partir daí o F.C. Porto teve de partir para outras opções e eu para outros caminhos."
Entrevista de Vítor Pereira ao jornal i 17-08-2013
"Senti que estava na hora de mudar, o ciclo tinha terminado e pareceu-me melhor agarrar outro projecto e dar ao clube oportunidade de se renovar. Do ponto de vista familiar, permitiu uma vida mais tranquila porque a exposição que temos no nosso país não nos desgasta só a nós, desgasta a família. Mais por eles que por mim senti que era hora de descanso e ir para outro lado. Fico-lhes eternamente agradecido [ao FC Porto]."
Entrevista de Vítor Pereira ao jornal Record
"Fui eu quem quis sair do meu país e a maior prova do trabalho realizado foi a vontade do clube em querer a renovação. [...] Dei muito ao clube... Não sei se deixei a porta aberta porque as pessoas não ficaram satisfeitas por eu não ter renovado."
Entrevista de Pinto da Costa ao Jornal de Notícias, junho 2013
"Nós mudámos de treinador porque o treinador que ganhou o campeonato entendeu ir para a Arábia. Não foi uma questão de opção, tivemos de mudar."
Houve uma proposta para renovação de VP e ele não aceitou. e deu as razões para não aceitar. a partir deste ponto que é factual, pelo menos ninguém desmentiu, não há mais discussão possível. VP era mal amado de forma muito injusta por muitos portistas e na arábia ganha-se muito.
EliminarJá agora, nesta troca de "factos" e especulações, ainda não ocorreu a ninguém que a versão de Vítor Pereira é muito mais prestigiante pare ele do que se ele admitisse que o FCP não queria, na realidade, renovar com ele? E não poderá essa versão ter sido combinada entre ele e Pdc? Não seria a primeira vez que uma saída airosa era engendrada, vide Quinito (que oficialmente se demitiu), António Oliveira ("problemas familiares") e Tomislav Ivic /"honroso convite da FIFA").
EliminarJá que falam no meu barbeiro e, por implicaçao, nas suas fontes - relembro que, com grande antecedência ele me informou das contratações de André Villas-Boas e Paulo Fonseca. Quanto à "bomba" de Alvalade, que ele nunca especificou com clareza o que seria, ou era boato ou foi desmontada a tempo pela Brigada de Minas & Armadilhas.
EliminarDe histórias da Carochinha eu gostava quando de tenra idade.
Não vou repetir os factos que enunciei em cima, mas acrescento o seguinte:
EliminarAcham que uma proposta, apresentada num almoço no dia 22 de Maio (!!!), em que, segundo Pinto da Costa, foi consensual para as duas Partes, que havia “vantagens e desvantagens”, tanto para o treinador como para o clube, é reveladora de vontade e empenhamento, da parte de Pinto da Costa e da SAD, na renovação com Vítor Pereira?
A mim parece-me óbvio (mais do que óbvio!) que se houvesse uma vontade séria e forte, da parte de Pinto da Costa e da SAD, na continuidade de Vítor Pereira, essa proposta teria sido apresentada muito antes e envolvendo valores financeiros adequados à importância e responsabilidade do cargo (mesmo tarde e a más horas, se tivessem proposto ao Vítor Pereira 50% do que JJ ganha no slb, estou convencido que ele não teria ido para a Arábia Saudita).
Para além de um Grande Portista, o que eu digo é que o Vítor Pereira saiu do FC Porto como um Senhor, sem mostrar desagrado (pelas notícias públicas que apontavam o nome do seu sucessor quando ele ainda estava em funções), sem enviar qualquer tipo de remoque aos dirigentes do FC Porto e sem responder a umas declarações deselegantes de Pinto da Costa, a propósito dele, Vítor Pereira, se ter comprometido com o Al-Ahli SC antes do dia 30-06-2013.
«Acham que uma proposta, apresentada num almoço no dia 22 de Maio (!!!), em que, segundo Pinto da Costa, foi consensual para as duas Partes, que havia “vantagens e desvantagens”, tanto para o treinador como para o clube, é reveladora de vontade e empenhamento, da parte de Pinto da Costa e da SAD, na renovação com Vítor Pereira?»
EliminarÉ tão reveladora da vontade e empenhamento da parte de Pinto da Costa e da SAD, na renovação com Vítor Pereira, como da vontade e empenhamento de Vítor Pereira, na renovação com o Porto, caso contrário, as vantagens e desvantagens não seriam consensuais para as duas partes. E, assim sendo, podemos também especular (uma vez que optamos por especular e ignorar os factos relatados pelo treinador) se a proposta apresentada e o seu timing não levou em conta uma falta de vontade séria e forte, da parte de Vítor Pereira, em continuar no Porto.
Além disso, o dinheiro não foi o único motivo invocado por Vítor Pereira para a recusa da renovação. E em relação ao outro motivo invocado (desgaste pessoal e familiar), não numa entrevista, mas em várias, ao longo de duas épocas, a SAD do Porto fez aquilo que pôde, quando deu ao treinador o devido apoio, na altura mais difícil de Vítor Pereira no Porto (a meio da primeira época).
É natural que, tendo cumprido o seu contrato até ao fim, apesar das adversidades que enfrentou, Vítor Pereira mostre gratidão em relação a quem apostou nele e o apoiou nos momentos difíceis.
PF trilhou o FCP e PdC perdeu a vasa.
ResponderEliminarPF pôs o lugar à disposição, seja lá o que isso significa, e sacudiu a água do capote, confessando publicamente a sua incapacidade/indisponibilidade para reverter a situação. Até a sua disposição melhorou, pelo que se viu no regresso aos treinos. Uma boa confissão, acalma a consciência porque é sempre uma forma virtuose e humilde de reconhecer a culpa. PF está em paz e capaz de todas as audácias, sabendo que já se dispôs ao sacrifício da honra nesse testemunho sofrido de auto castigo para salvar o muito que ainda há a ganhar na presente época. Se a direcção não é capaz de resolver a situação, nunca poderá ser culpa do treinador, que reiteradamente pediu a sua desvinculação do cargo, dando à SAD as condições para gerir a situação “a tempo”. Por fim, ainda restará à direcção a prova de vida do valor real desta equipa: se o FCP não conseguir melhorar o registo depois de PF, é bem possível retirar algumas especulações e de que nem tudo o que parece é.
Impasse resolvido como previsto: Paulo Fonseca sai. Luís Castro entra, como sugerido por muita gente. Veremos se será capaz de melhorar o rendimento da equipa e de motivar os jogadores para o que resta da época. Estou curioso para ver quem ascenderá a timoneiro da equipa B. Será o adjunto (Folha) ou promover-se-á o Capucho? E os adjuntos da equipa principal?
ResponderEliminarAdjunto Folha parece-me obvio. O Luis Castro vem dar uma "perninha" mas em principio devera voltar para a B.
EliminarPor acaso, acho que o Luís Castro vai ficar até final da época. Gato escaldado de água fria tem medo e não me parece que a SAD, depois de ter optado por um treinador interino (à Tim Sherwood no Tottenham), vá precipitar-se na escolha do treinador e cair no mesmo erro (o Marco Silva, por exemplo, é uma aposta arriscada). Deste modo, as perguntas mantêm-se.
EliminarEnigma desfeito: Folha adjunto da equipa principal e José Guilherme promovido a treinador da equipa B.
EliminarCaro José Correia, totalmente de acordo. Recordo que Quinito foi embora antes de dezembro após apanhar 5-0 PSV (e mostrar que não tinha pulso no balneário... era o "livro de autógrafos", "Gomes e mais 10", Ivic saiu a meio já com a época meia perdida e graças ao Sousa Cintra, q despediu Robson... E Mourinho aceitou vir qd a época estava perdida, só restando lutar por lugar na UEFA. Esta época, para além do acesso direto à champions, ainda há Liga Europa, Taça Portugal e taça da cerveja (incluo por ser no Dragão com os vermelhos). Risco elevado para quem vier e até para PdC, que não quererá "falhar" novamente. A partir de hoje, o melhor treinador do mundo (interinamente) é Luís Castro.
ResponderEliminarPara já aguenta-se o Barco com calma e ponderação a ver o que o Estoril consegue sacar ao Galinheiro. Penso que com o jogadores que temos ganhar ao Arouca não será muito díficil ainda que a confiança esteja de rastos - trabalho para Castro: levantar a moral do plantel.
ResponderEliminarDepois logo se vê.
A minha única pergunta é porque é que este "desfecho" não se verificou mais cedo já que todos os "ingredientes estavam na posse do(s) "cozinheiro(s)" desde os jogos contra a Académica, Austria Viena, Benfica, Estoril e Eintracht Frankfurt.
Outra pergunta é porquê escolher Luís Castro para orientar os "bês" e Paulo Fonseca para o plantel principal e agora, passados 7 meses, dar a equipa a quem de principio não se considerava "material" para comandar o barco, tendo preferido alguém igualmente sem currículo...