FC Porto x Académica: Onze inicial |
“Por muito que quiséssemos tirar o foco do jogo seguinte, com 3-0 era muito difícil. O jogo de Sevilha é demasiado importante para sair das nossas cabeças. Pronto, agora sim, passamos ao jogo de Sevilha. Mas passámos 45 minutos antes do que devíamos ter feito. (…)
Sim, pesou [o Sevilha x FC Porto da próxima quinta-feira]. Foi o primeiro jogo em que substituí a pensar na gestão e não no jogo. Mas fi-lo sem beliscar o rumo que queria dar ao jogo”
Luís Castro, na conferência de imprensa após o FC Porto x Académica
Luís Castro diz que o jogo de Sevilha começou a ser jogado (na cabeça dos jogadores) ao intervalo do FC Porto x Académica, mas a mim pareceu-me que começou mais cedo.
E na cabeça do treinador começou (e bem!) antes do início do jogo, ao não convocar Mangala e Defour e ao deixar no banco de suplentes três outros titulares do recente FC Porto x Sevilha - Danilo, Carlos Eduardo e Quaresma.
Num clube habituado a lutar pelo título (convém lembrar que o FC Porto é “apenas” o atual Tricampeão nacional!), é normal que, com o 1º e 2º lugar a uma distância inalcançável, os jogadores sintam pouca motivação no que resta deste campeonato, visto que a única coisa que está em causa é assegurar o 3º lugar.
Ora, tendo este jogo com a Académica sido jogado a pensar no próximo (Sevilha x FC Porto), pode dizer-se que, no essencial, correu bem.
Correu bem porque ninguém se lesionou (já chega de lesões e castigos!).
Correu bem porque oito dos prováveis titulares no jogo a disputar no Sánchez Pizjuán – Danilo, Mangala, Alex Sandro, Defour, Carlos Eduardo, Varela, Quaresma e Ghilas – foram poupados ou o treinador geriu o seu tempo de jogo.
E correu bem porque, pela primeira vez na era Luís Castro, o resultado final (3-1) foi claramente melhor que a exibição.
Em termos individuais, de salientar as três extraordinárias defesas do Fabiano, duas delas a desviar para os postes da sua baliza bolas que levavam o selo de golo, mas também as exibições de dois jogadores que praticamente não contavam para Paulo Fonseca: Ghilas e Diego Reyes.
Acerca da exibição de Ghilas, a jogar de início e descaído numa das alas (algo que para Paulo Fonseca parecia quase proibido…), Pedro Jorge da Cunha, do site Maisfutebol, escolheu-o como a Figura do Jogo e escreve o seguinte:
«Ghilas somava 150 minutos para a Liga quando o anterior treinador saiu, sendo que grande parte desse tempo de utilização (90) foi somado no empate de Guimarães. Fonseca nunca olhou para Ghilas como verdadeira opção e jamais pensou nele como alternativa ao lote de extremos. A forma errada como geriu o tempo de jogo do ex-Moreirense é um bom exemplo da sua incapacidade no comando técnico do FC Porto.»
E eu aproveito para recordar aquilo que escrevi nos seguintes artigos:
Quaresma e a dupla Jackson-Ghilas (15-01-2014)
As alas são um problema? (17-01-2014)
Jackson e Ghilas não podem jogar juntos? (28-02-2014)
Quanto a Diego Reyes, que andou “desterrado” sete meses pela equipa B, voltou a jogar 90 minutos e voltou a ser dos melhores. Sem me alongar muito (para já), diria que foi notória a diferença de qualidade em relação ao outro defesa-central (Abdoulaye Ba), com quem fez dupla neste jogo.
Faltam quatro jogos para terminar o campeonato. Não vão ser fáceis e, com a excepção do último (FC Porto x slb), prevejo que serão penosos.
Paulo Fonseca fez algumas coisas bem. e uma dela foi experimentar Ghilas a "falso" extremo. Agora parece óbvio que Ghillas pode ser uma espécie de Derlei (ainda com as devidas distâncias), mas antes disso não vi ninguém a sugerir sequer essa hipotese. Esteve mal foi ao demorar 7 meses a descobrir isso e ao dar míseros minutos finais de desespero para ghilas se mostrar e ganhar confiança.
ResponderEliminarEu apostaria que já na pré-época havia gente aqui no RP a dizer isso.
EliminarNão garanto que eu tenha dito e não me apetece pesquisar agora, mas julgo que referi que gostava de ver o Porto a jogar com Ghilas numa ala e Quintero na outra.
Mas pelo menos, tenho a certeza que houve aqui muita gente a dizer isso.
Esta a brincar certo?
Eliminar«Olhando para o plantel atual (sem contar com o Quaresma) e constatando as dificuldades ofensivas que a equipa teve na fase pré-Carlos Eduardo, penso que Ghilas poderia ter tido mais oportunidades. Por exemplo, por que não testar Ghilas numa das alas, numa lógica parecida à de Derlei (com Mourinho) ou de Lisandro (antes de Jesualdo o colocar a avançado centro)?»
Eliminarin Reflexão Portista, 27-12-2013
«Eu não sei se um tridente atacante formado por Varela, Jackson e Ghilas (a jogar numa das alas) funcionaria bem mas, perante aquilo que se viu com outras opções de Paulo Fonseca (Varela - Jackson - Licá; Varela - Jackson - Josué), penso que faria todo o sentido experimentar.»
EliminarJosé Correia
in http://www.reflexaoportista.pt/2013/12/ghilas-e-o-minuto-85.html?showComment=1388180709569#c1546573824440542995
Seja como for, Ghilas é um optimo PdL para o próximo ano. Ufff
EliminarExistem comentários aqui que só mesmo lembrariam ao Nilton ou aos Gatos Fedorentos LOL
EliminarPF apostou em Ghilas numa Ala... LOL... o homem jogou 90m em todos os jogos que jogou com PF... foi uma aposta e peras!!!!
Nunca ninguém tinha sugerido antes Ghilas para uma ALA... realmente NUNCA! Só todos os adeptos, todos os blogs, todos os comentadores de televisão... resumindo todos os que tinham olhos na cara e que viram rapidamente que Licá era o, que Quintero e Josué morriam nas alas e deixavam a equipa coxa e que o único que sobrava era Ghilas... isto foi logo assim em Outubro de 2013, para ser mais preciso... portanto NÃO! NUNCA NINGUÉM sugeriu isso!
O Ghilas não era o único que sobrava, ainda havia Kelvin e Ricardo. Mas é curioso notar que muitas vezes os adeptos antecipam o óbvio e que os treinadores, por teimosia ou inépcia, não dão a mão à palmatória. Neste aspecto o Luís Castro tem sido muito sagaz (regresso ao 4x3x3, aposta evidente em Ghilas e Quintero, rotatividade e consequente gestão de esforço/motivação).
EliminarTudo bem, podem ter sugerido muitos de vocês. Como sugeriram mil e outras possibilidades. Até um relógio parado acerta duas vezes na hora.
EliminarA questão é que digam o que disserem só recentemente se mostrou que era uma boa opção. e não se relevou uma opção estúpida como outras mil possibilidades que sugeriram mas que já esqueceram.
Mais que tudo, o que queria dizer era que é mentira que essa possibilidade era proibida para PF. Foi ele que a testou quando começou a dar minutos razoáveis a Ghillas (sem ser aqueles 2 minutos ridiculos do costume). Foi ele que mostrou que era opção razoável. Não tem mérito por isso, porque devia ter visto mais cedo. Só alguns visionários, como vocês, é que tinham essas certezas absolutas!
Foi correcta a estratégia adoptada para este jogo: garantir minutos a jogadores menos rodados (Quintero, Ricardo, etc.), de forma a ganharem ritmo e motivação para futuros compromissos em que os titulares não estejam disponíveis, bem como poupar jogadores desgastados por utilização excessiva (Danilo, Mangala, Quaresma, etc). Isto sem perigar a vitória, construída com uma entrada forte e, sobretudo, muito eficaz. Na 2ª parte, depois de conseguido o mais importante, o Porto limitou-se a gerir o resultado, pelo que não me incomoda especialmente o golo da Académica e o afrouxamento da exibição, tendo em conta o que nos espera na 5ª, em Sevilha. O Ghilas provou que a sua utilização escassa na era Paulo Fonseca foi um dos erros crassos do treinador. Na pré-época parecia um jogador feito e o seu rendimento actual é consentâneo com o diagnóstico, por isso não se entende a renitência daquele em utilizá-lo, em tempo útil. O golo que marcou é de craque, ao picar a bola por cima do guarda-redes. Quanto ao Reyes, continua a demonstrar qualidades, mas no seu caso compreendo o tirocínio a que foi sujeito na equipa B, não o considerando um desterro. A concorrência até Janeiro era muito forte (Mangala, Otamendi e Maicon), portanto, a sua aparição na equipa principal surge no momento certo, aproveitando a saída do argentino e a lesão do brasileiro, depois de um período de adaptação que me parece adequado e em que demonstrou enorme maturidade (atente-se em todas as suas declarações até à data). Prova superada, segue-se a disputa do acesso à meia-final da Liga Europa.
ResponderEliminarMeus caros,... o jogo foi bom mas temos que ter calma e ir devagar. Há mais alegria na equipa que resulta de maior confiança alcançada com as vitórias. O Luís Castro está a tirar melhor partido do curto plantel que temos e as coisas estão a sorrir. Não podemos no entanto deixar de ver o que se passou no jogo de ontem, em que Fabiano foi determinante e várias ocasiões...
ResponderEliminarSaudações Portistas
"O Luís Castro está a tirar melhor partido do curto plantel que temos"
EliminarPlantel curto?
Ontem, de fora do onze inicial, ficaram: Helton (lesionado), Danilo, Maicon (lesionado), Mangala, Defour, Carlos Eduardo, Josué, Quaresma e Kelvin.
Não me parece que, qualitativamente, o plantel seja assim tão curto.
Curta era a competência do PF e longa foi a paciência (quem diz paciência pode dizer coisas bem mais feias) da direcção para com ele.
EliminarAgora junte-se Lucho e Nico a esse plantel. Plantel óptimo, cheio de soluções. O Porto já não tinha um 2º avançado da categoria de Ghilas no mínimo desde os tempos de Farias e Falcao. E acho Ghilas bem melhor que Farias.
Neste jogo só não gostei de 2 coisas...
ResponderEliminar1) Kelvin não ter entrado e ter entrado Quaresma (não se justificava e não se justificou)
2) Quinõ (ou Rafa), 22 anos, não ter sido convocado, para substituir o Alex Sandro.
Isto diz muito em relação ao futuro no clube desses dois jogadores e com muita pena minha...
Se não me engano o Rafa tem 18 anos, vamos lá com calma... O Quiño é diferente, cheira-me que na próxima época vai andar a rodar.
EliminarVincent, se Castro lançasse Bs a esta altura "novos" era com certeza linchado por isso. Agora eu acredito piamente que Castro, se continuar, vai passar a pré-época a potenciar muitos Bs.
EliminarVincent, 22 anos tem o Quino como se ler o que escrevi, vai naturalmente perceber isso.
EliminarO Rafa tem 18 anos sim
Se dúvidas havia em relação à qualidade (ou falta dela) do Abdoulaye, penso que ficou bem expressa na forma como foi "papado" no lance no golo da Académica. Penso mesmo que esse lance deveria constar nos manuais de formação de futebol como exemplo da forma como NÃO se deve defender. Este caso Abdoulaye não deixa de ser estranho pois sempre lhe vi algum potencial mas parece que esta meia época no Vitória funcionou como um retrocesso de anos na sua evolução enquanto futebolista.
ResponderEliminarDe facto, o Abdoulaye tem estado a um nível francamente negativo. Também estranho tamanha irregularidade, não tanto pelo potencial demonstrado anteriormente, mas precisamente pelas exibições ao serviço do Vitória, em que se notabilizou como esteio e patrão da defesa (ficaram-me na retina os bons jogos realizados na Liga Europa). Das duas, uma: ou não tem estaleca para o Porto ou não lidou bem com a queda de pára-quedas na equipa titular depois do tumultuoso mercado de Inverno.
EliminarO Ba foi "comido" nesse lance e tem tido várias paragens cerebrais nos últimos jogos. No entanto, acho que o factor decisivo nesse lance específico foi o facto de já estar amarelado e uma eventual falta naquela posição daria com certeza direito ao segundo amarelo.
EliminarParece-me que não ficava nada mal, ao Luís Castro, apostar em alguns jovens da equipa B. Por exemplo, levar o Ivo (ou o Tozé, ou o Kayembe, etc...) a um jogo, e colocá-lo a jogar uns 20/30 minutos.
ResponderEliminarNão vou ser estupido nem radical em dizer que Abdoulaye não vale um corno, mas que não é central para o FC PORTO, não é, de certeza absoluta!
ResponderEliminarPaulo Fonseca fez uma coisa bem: Apanhar o Alfa para o Barreiro.
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