Um golo, duas bolas ao poste esquerdo da baliza defendida por Beto e mais cinco boas oportunidades do FC Porto – Mangala aos 36’, Quaresma aos 37’, Jackson aos 67’, Quintero aos 71’, Ghilas aos 81’ –, traduziram-se no final destes primeiros 90 minutos numa vantagem mínima (1-0). É um resultado demasiado curto para aquilo que foi o desempenho das duas equipas neste jogo.
O Sevilha foi uma equipa compacta, que jogou com linhas juntas e tentou, várias vezes, sair rápido em contra-ataques perigosos. Mas os dragões tinham a lição bem estudada, foram competentes e nunca permitiram que isso acontecesse (grande jogo do “Polvo”).
Ocasiões de golo do Sevilha houve apenas duas e ambas na sequência de bolas defendidas para a frente por Fabiano (o “gigante” brasileiro terá de estar mais seguro no jogo da próxima semana no Sánchez Pizjuán).
Golo de Mangala após cruzamento de trivela de Quaresma (fonte: LUSA) |
É difícil escolher o MVP deste jogo.
Mangala “voador” impôs a sua capacidade atlética e voltou a marcar na Liga Europa.
Fernando encheu o campo e, para além das muitas bolas recuperadas, deu quase sempre sequência às jogadas com visão e inteligência (está muito melhor neste aspecto).
Quaresma voltou a demonstrar ser o extremo/ala português em melhor forma. Entre outras coisas, fez duas assistências de trivela (para Mangala e Jackson), teve um espectacular remate de primeira (que Beto defendeu) e enviou uma bola ao poste.
Mas a minha escolha é Diego Reyes. No seu 2º jogo para as competições europeias, dobrou várias vezes os seus companheiros da defesa e não me lembro de uma única falha deste campeão olímpico mexicano.
Se é difícil escolher o MVP, é muito fácil escolher o “artista” deste jogo: o árbitro alemão Wolfgang Stark, o qual, para além de alguns erros menores (por exemplo, em dois lances que seriam canto a favor do FC Porto, assinalou pontapé de baliza), teve um critério disciplinar vergonhoso.
Mostrou um cartão amarelo ridículo a Jackson e colocou-o fora do jogo da 2ª mão, num lance em que é o jogador do Sevilha (Iborra) que se encosta a Jackson e simula ter sido violentamente atingido na cara.
Mas, depois, o critério disciplinar do senhor Stark passou do 80 para o 8 e poupou vários cartões amarelos a jogadores da equipa andaluza, a saber:
- José Antonio Reyes (na falta sobre Alex Sandro, que antecedeu o golo do FC Porto);
- Daniel Carriço, duas vezes (na primeira situação o ex-sportinguista até pediu desculpa ao árbitro);
- Marko Marin, seu compatriota, que também escapou duas vezes à cartolina amarela;
- Coke (numa entrada de pés juntos sobre Quintero);
- Nico Pareja (falta sobre Jackson à entrada da área)
Apesar de estar a adoptar este critério largo (com os jogadores do Sevilha...), o senhor Stark não hesitou em mostrar dois cartões amarelos a Fernando na mesma jogada. Fantástico!
Num jogo que podia (e merecia!) ter ganho por 2 ou 3 golos de diferença, o FC Porto vai para Sevilha com apenas um golo de vantagem e sem poder contar com Jackson e Fernando (já nem falo nos lesionados Helton e Maicon). Não vai ser nada fácil. Esperemos não ter de jogar também contra uma arbitragem caseira.
Ganhamos mas foi escasso, na 2ª parte devíamos ter mais ambição... esta equipa do Sevilha não tem nada haver com a equipa que defrontamos á 3 anos, nada! É uma equipa mais fraca em todos os setores e mais fraca que o Nápoles, vamos ver se não pagamos caro este 1-0 que com uma postura mais arrojada devia dar uma vantagem mais confortável para a 2ª mao!
ResponderEliminarEu que nem sou otimista por natureza, acho que vamos a Sevilha confirmar a passagem às meias. Dominámos o jogo completamente, vulgarizámos os gajos e não os estou a ver a ganhar-nos por 2 de diferença! Agora só espero apanhar já o SLB nas meias!
ResponderEliminarO Fernando foi bem expulso, mas foi curioso que poucos minutos depois um jogador sevilhano também pontapeia a bola para longe e... nada.
ResponderEliminarNightwish, até concordava se o Fernando tivesse sido expulso por isso. O problema é que, se reparar bem na repetição por trás da baliza quando o árbitro mostra os cartões, ele aponta para o sitio da primeira falta e mostra o primeiro amarelo e depois aponta para o sitio da segunda "falta" (entre aspas pk não sei onde ele viu ali uma falta) e mostra o segundo cartão. Impressionante aquele painel de "entendidos" da sic a chamarem de tudo para baixo ao Fernando pela expulsão. Ah, o cartão ao Jackson é uma coisa indescritivel.
EliminarFernando exagerou nos protestos -como tem sido habitual nele- não fora isso e levava apenas amarelo, suponho eu, a não ser que os amarelos tenham sido mesmo cirúrgicos e a pedido Platinesco...O árbitro foi o habitual sempre que apita o Porto, ROUBA-NOS o mais que pode!...
ResponderEliminar-O que me revoltou mais, foi o facto dos comentadores SIC terem passado o tempo quase todo a elogiar a equipa e os jogadores do Sevilha!...Desliguei o som. -Porra, o Porto é uma equipa Portuguesa ou o que conta é a cor das camisolas?
Outra coisa que soube depois, foi que -a isso ninguém deu relevo- o Benfica perdeu Gaitan e Maxi por acumulação de amarelos e Amorim por lesão -que suponho grave-, no entanto -a confiança é tanta- ninguém dava importância a esse facto, vamos ver se tem ou não tem verdadeiramente nenhuma relevância em Lisboax...
Confesso que gosto de jogos assim, como o que terá de ser na segunda mão.
ResponderEliminarConvenhamos: o nosso Porto joga melhor com pressão do que sem ela. E o trio Defour/Herrera/Quintero(Josué) também não me assusta! Nem o Ghilas à frente no sitio dele.
A minha inquietação é: Deixará Castro jogar Kelvin ou Ricardo quando o Varela se cansar? Ou vai pôr o Licá? (medo!)
Quaresma quis mostrar serviço, percebo a excessiva dose de individualismo. Mas fez a assistência para o golo e dois remates com golo escrito na bola.
Carlos Eduardo é que precisa sentar o rabinho no banco. Não lhe faz mal ver o jogo de lá.
Reyes fez um gigantesco jogo! Afinal tínhamos defesa sólida só que não sabíamos! Onde estava esta defesa em Janeiro? *Suspiro*
Quanto à falta de cabeça da segunda parte, o árbitro até a mim me arreliou!
Mas com o anti-jogo e a injustiça vem a nossa garra e luta, e eu acredito na vitória.
Mas digo-vos, caros Portistas, passando eliminatória, e com a sorte que temos, ainda nos calha a Juve pela frente....
P.S.: Estou cansado de certos orgulhosos Portistas estarem sempre a criticar! Querem melhor? Façam vocês!
Castro, estou contigo.
Somos Porto!
«O FC Porto parte para Sevilha da mesma forma como viajou para Nápoles: com a vantagem de 1-0 e a certeza de que é melhor equipa do que o adversário. Ontem, talvez mais do que frente aos italianos, os azuis e brancos fizeram exibição muito melhor do que o resultado que obtiveram; tiveram mais jogo e mais bola do que golo, tendo justificado amplamente um resultado melhor.»
ResponderEliminarRui Dias
in record.pt
O Fernado é um "cabeça-quente". Sabendo que tinha feito falta que ia levar amarelo, protestar ali naquele momento foi estúpido e desnecessário.
ResponderEliminarVários jogadores do Porto este ano tem muito descontrolo emocional e falta de concentração. O que nos vai valendo é que qualidade individual temos às carradas e podiamos perfeitamente ainda estar na Champions se a equipa tivesse sido bem trabalhada desde o início da temporada.
Como previsto, regressou o Porto versão "ainda podemos ganhar esta competição", o que demonstra que o campeonato é uma via-sacra para os jogadores e para os adeptos, um intervalo nas provas verdadeiramente em disputa (para nossa infelicidade). Jogámos bem, fomos claramente superiores, sem deslumbrar, mas com autoridade, principalmente na 1ª parte. O Sevilha limitou-se a defender e a tentar explorar o contra-ataque, sem, contudo, criar o perigo que, por exemplo, o Nápoles conseguiu. O único calafrio provocado pelo ataque sevilhano foi a perdida incrível do Gameiro na 2ª parte. O resultado peca por escasso, mas dá-nos algumas garantias para a 2ª mão, em virtude, fundamentalmente, de não termos sofrido golos. Espero que o Luís Castro relembre o jogo com o Málaga da época passada porque as circunstâncias são semelhantes (vitória magra, desperdício caseiro, equipa desfalcada). O facto mais negativo, como foi sobejamente realçado, foi a perda do Fernando e do Jackson. Se este parece ter substituto (Ghilas) à altura, o Fernando é insubstituível, designadamente num jogo em que teremos de ter mais cuidados defensivos, tarefa em que o Fernado é insuperável e incomparável. No entanto, acredito na capacidade do colectivo para colmatar estas ausências e para nos levar até às meias-finais da Liga Europa. Nota final para o Reyes que começa a justificar o avultado investimento feito nele: é rápido, lê bem os lances, é bom no desarme, tem bom poder de impulsão e é evoluído tecnicamente. Falta-lhe maior capacidade física para aguentar embates com um Zlatan ou com um Drogba, por exemplo, mas, ou muito me engano, ou temos central à Porto, com grande futuro.
ResponderEliminarÉ mais do mesmo... desde que vejo futebol há mais de 20 anos é sempre o mesmo nas competições europeias: os árbitros são uns valentões contra as equipas portuguesas e uns porreiraços com espanhois, inglêses, italianos e alemães...
ResponderEliminarBom jogo, magra vitória mas vamos a Sevilha carimbar a vitória!
O árbitro deixou sinais de autoritarismo e "castigou" prioritariamente o FCP, porque tivemos azar. Ainda que seja o árbitro mais sério e competente, não conseguiu fugir aos seus ímpetos de justiceiro implacável. Se o adversário pudesse encomendar os cartões amarelos, teria sido compensado com uma taxa de realização excepcional. Calhou-nos a fava.
ResponderEliminarO FCP, ontem, foi mais coeso e controlou bem o jogo, salvo num ou noutro lance por erros individuais. Nesse particular, fomos mais competentes do que temos sido.
Contra uma equipa muito fechada, não é fácil chegar à frente, se o adversário definir bem os pontos fortes e se conseguir controlar os movimentos fraturantes que os jogadores chave podem despoletar. Foi, mais ou menos isso que aconteceu. Nem Varela conseguiu esticar o jogo, nem Quaresma desequilibrar amiudadamente, com o seu nonsense, os atentos sevilhanos. Carlos Eduardo ainda não conseguiu desenvolver o seu potencial e ultrapassar as dúvidas que o jogo lhe vai colocando e que não consegue ultrapassar: não constrói o suficiente, não desequilibra e não é forte na zona de pressão e no equilíbrio defensivo. Todos estes parceiros construtores estiveram quase sempre demasiado distantes de Martinez, e o que ganhamos em segurança, perdemos em fulgor ofensivo. Provavelmente, a equipa não terá condições par manter um nível de intensidade suficientemente alto para abafar ou tirar o adversário da zonaa de conforto de que gozou em demasiados períodos de jogo. E não foi por falta ambição, porque a equipa na minha perspectiva produziu conforme a capacidade actual da máquina, como foi dado ver quando o jogo se partiu e o Sevilha tirou algum efeito disso.
O resultado é positivo, mas não é brilhante tal qual a exibição do FCP. A defesa esteve bem, Fernando e Defour em bom nível. O ataque não foi mortal, embora Quaresma, aqui e acolá, nos tenha brindado com bons momentos. Martinez batalhou incansavelmente, ganhou muitas bolas, mas não teve muitas oportunidades para entrar na área defensiva do Sevilha.
Não sei se Luís Castro é um treinador de excelência, mas é muito gratificante a forma correcta como tem gerido as expectativas dos atletas e dos sócios, como comunica e o bom senso que revela.
Domingo há mais.
Gostei do jogo, mas falta-nos mais poder de ataque - eu sei que já devem estar fartos de ler isto. Na 2ª parte foi mais notório a falta de jogadores na zona de finalização. O Quaresma, só com adversários perto dele, arranca com a bola numa das linhas e só o Jackson estava na área, rodeado por uns 4 defesas - não se via mais nenhum jogador do FCP nas imediações. Assim não dá.
ResponderEliminarÉ verdade que merecemos vencer por mais golos, mas este ano é assim, ganhar pela margem mínima e ir sofrer massacres... Tanto vai o cântaro à fonte... O que retirei de positivo é que já não acontecem tantos erros defensivos.
estou a gostar da atitude do treinador. tem sido justo com o rendimento dos jogadores dando minutos a quem os merece.
ResponderEliminarnão concordo que o C. Eduardo tenha estado mal ontem. Acho que se embandeirou muito as primeiras exibições dele e está a pedir-se demasiado. Não acho que seja jogador para resolver os nossos problemas de criação mas acho que é uma peça importante no processo ofensivo e defensivamente não compromete.
Em relação ao jogo lá, não me preocupa muito a troca do Fernando pelo Defour (só espero que não esteja num dia como o de Málaga) e ainda menos do Jackson pelo Ghilas. São jogadores muito importantes mas os substitutos dão garantias suficientes.
Em relação ao Quintero, acho que o miúdo tem muito potencial mas ainda tem de passar mais algum tempo de maturação de modo a perceber quais as suas responsabilidades quando joga. É muito bonito marcar um golaço de vez em quando e fazer uma ou outra jogada genial todos os jogos mas precisa de consistência e deixar de cometer alguns erros infantis. Ser aplaudido efusivamente sempre que ele se levanta para aquecer ou entra em jogo e depois levar com um coro de assobios quando perde uma bola em transição, não deve ser muito bom para a cabeça de um miudo de 20 anos.
Exactamente Pedro! Concordo em absoluto! No ultimo golo de Quintero ele apontou para o seu nome nas costas. Marca de quem sabe que os adeptos o acham o salvador.
EliminarMas não esquecer que o mesmo aconteceu com Carlos Eduardo. Não são sempre jogos geniais. Se temos novos talentos nas equipas temos de os deixar florescer. Se o Herrera tem jogos intermitentes é normal, é um miudo. Tem de ter tempo e espaço para crescer e errar.
Eu sei que é ingrato, mas se o treinador souber filtrar o ruído do público, pode fazer com que haja espaço para termos estes três grandes valores, com Ricardo, Tozé, Gonçalo Paciência, Mikel, Ivo Rodrigues, Kelvin... a jogar tão bem como agora está Reyes.
Podemos ter uma equipa jovem bem dotada a custo zero.