sexta-feira, 31 de julho de 2015
Os Insondáveis Mistérios e Confusões do Futebol Português
1. Fernando Gomes, agora também referido pelo presidente do seu clube de sempre como Fernando Gomes da Silva (talvez para distinguir do Fernando Gomes da Selva), antigo atleta do F.C. Porto e antigo administrador da SAD do F.C. Porto, tornou-se um alvo de estimação de muitos portistas, com o Presidente à cabeça. Não faço ideia se lhes assiste alguma razão, ou sequer o que os motiva neste jogo de sombras. E isto porque os meandros do poder e da intriga futebolísticas nacionais, além de severamente opacos, pouco me interessam. Mas a verdade é que, até hoje, não vi qualquer explicação concreta para esta "caça ao Nando". Ah, coisa e tal, que se serviu da Liga para chegar à FPF, e desta para chegar à UEFA. A ordem foi essa, de facto, mas já agora digam-me de que modo se serviu. Admito até que o tenha feito, mas, caraças, concretizem!
2. Pedro Proença, ex-árbitro internacional português de magnífico currículo, assumido adepto e sócio do Benfica, acaba de ser eleito presidente da Liga com o apoio dos outros dois grandes e com a oposição do seu clube. Já sabemos que um dia até ficou dentalmente deficiente por via de um ataque de correligionários num centro comercial de Lisboa, mas, que diabo, expliquem-me lá direitinho que mal fez ele ao Benfica para não ter o seu apoio?
3. Luís Duque foi um dos mais eficientes dirigentes do futebol do Sporting desde os anos '60, aventaria eu. Confesso que fiquei satisfeito quando ele de lá se pôs a andar. Entretanto, por motivos que também me ultrapassam, tornou-se persona non grata no seu clube, a pontos de não ter por ele sido apoiado em nenhuma das suas candidaturas à presidência da Liga. Eu dou voltas ao miolo, mas nada disto me faz sentido.
4. No fundo, o mais avisado, se calhar, é o tipo "eclético", do género daquele fulano que preside à SAD do morto-vivo chamado Boavista F.C. - clube que subiu duas divisões numa só época, sem ter ganho em campo o direito a subir sequer uma. Originalmente conhecido como portista e amigo dos animais, foi funcionário, se a memória me não trai, do F.C. Porto, do Sporting, do Benfica, do Farense e do (falecido?) Imortal de Albufeira, até aterrar naquele antro de vermelhuscos disfarçados junto à Avenida da Boavista. O verdadeiro artista! Só me espanta como ainda não chegou a Presidente da Liga.
Quem colocou VP na comissão de arbitragem??Não foi Fernando Gomes??..Ora, se o responsável por VP estar onde está é FG , então tem feito mal ao futebol português. Se estiver errado que me corrijam.
ResponderEliminarO que sei e sabemos todos é que o que se tem passado na arbitragem não é normal, e não pode continuar. No que diz respeito a movimentações na liga e Federação confio 100% em PC, pode já não ter o fulgor de outros tempos e discordo de algumas coisas que tem dito em entrevistas ,mas continua a ser o melhor dirigente desportivo em Portugal e o que melhor se mexe na defesa do nosso clube.
Mas alguém de azul-e-branco vestido se manifestou contra a escolha do Vítor Pereira? Agora é fácil falar, como o Felisberto Costa dá a entender, aqui um pouco mais abaixo.. Se fossemos a seguir o seu raciocínio, meu caro, poderíamos então também perguntar: "Quem colocou FG na Administração da SAD?"
EliminarMas, como poderia o Porto adivinhar que VP ia ter o papel e prestação que está a ter na CA???..Enquanto FG esteve na SAD fez um bom trabalho, são coisas diferentes..Duvido que Pinto da Costa alguma vez pensasse que FG iria o queria ir para liga of FPF, foram apanhados de surpresa.
EliminarA questão volto a repetir,a CA é uma vergonha e ele como presidente da FPF tem responsabilidades, é ele, se não estou errado, quem escolheu o VP.
No caso de fernando Gomes e o Porto acho que é fácil perceber que a forma como se afastou de PC aquando da saída do clube mas principalmente a manutenção de VP à frente das nomeações dos árbitros são as razões desta "guerrinha". Acho até que se VP tivesse sido afastado nunca PC apoiaria Proença para a Liga.
ResponderEliminarPosso estar errado, mas acho que o Presidente da FPF não tem poderes sobre a Comissão de Arbitragem.. Deste modo, isso seria exigir ao Fernando Gomes da Silva uma coisa que ele não pode estatutariamente fazer. Quanto à forma como se afastou de PC, bem, a mim quer-me parecer que tanto ele como o seu sucessor (e antecessor) Angelino Ferreira se afastaram por causa das suas preocupações com a situação financeira do clube. A mim e a muitos, diga-se.
EliminarTambém acho que as preocupações financeiras foram motivo de discórdia mas também já sabemos que finanças e clubes de futebol não são exactamente os melhores amigos e isso não é exclusivo do Porto e muito menos de Portugal. Dizer que FG não tem que se preocupar com a comissão arbitragem é a mesma coisa q dizer que o Primeiro Ministro não tem nada a ver com o que se passa no ministério das finanças. Ele é o responsável número 1 e por isso mesmo que não o possa demitir tem pelo menos que exercer influência para mudar o que está mal.
EliminarHeresia mas, Vitor Pereira na altura não era o Pedro Proença de hoje?
ResponderEliminarMais não sei ! Todavia no seio da secção de Basquetebol era conhecido pelo FACADINHAS . Vale o que vale !
ResponderEliminar.....parece ter tudo a ver com a contratação por parte do Porto de Rúben Micael, F.Gomes, n'altura director financeiro, opôs-se, no entanto prevaleceu a vontade do Presidente, então, aparentemente não zangado, disse que queria sair para descançar e ao fim de 3 meses, sem dar conta a PC - deu razão ao seu famoso epíteto, o facadinhas - candidatou-se á presidência da Liga....
ResponderEliminarO que eu sei é que durante anos o FC Porto se alheou de assembleias e até eleições da Liga. Nunca concordei com essa posição, mas isso é secundário. Não podemos é alhearmo-nos e depois ficarmos abespinhados por um dos nossos se candidatar a presidente do organismo.
EliminarAtenção que o "eclético" nomeado já esteve na Liga de Clubes de Futebol...Foi Secretário Geral da Liga de Clubes antes de rumar ao Benfica.
ResponderEliminarO actual apoio dado - por Pinto da Costa - a Pedro Proença insere-se na antiga estratégia do Presidente: apoiar quem num determinado momento defende os nossos interesses, se o contexto mudar, e as circunstâncias também, não será de admirar que esse apoio venha a ser retirado num futuro qualquer. O futuro não pode ser totalmente determinado e controlado, existem factores que fogem ao nosso controlo. O que é hoje verdade amanhã pode ser mentira, nada de novo, as ponderações éticas devem ser tidas em consideração mas não devem tolher a defesa da causa em caso de luta de vida ou morte.
ResponderEliminarRelativamente à apreciação de Luís Duque fornecida pelo Alexandre permita-me discordar. Não o considero, e não serei caso único, “um dos mais eficientes dirigentes do Sporting” nas últimas décadas, apesar de os últimos 2 títulos leoninos darem a aparência de serem obra dele, a verdade é que foram mais obra da equipa do José Roquete e do seu projecto. Luís Duque colheu louros do prévio trabalho doutros, e a parte mais visível do labor dele foram as crises – desportivas, financeiras - em que deixou o Clube, apesar de existir exagero nas actuais acusações do Bruno de Carvalho ao trabalho de Duque, e consequentes sanções de que este foi alvo, a verdade é que o Bruno não deixa de ter alguma razão nessas delações. Para mim a verdadeira personalidade de Luís Duque ficou à vista em 2000, após a derrota leonina na Luz e enfrentando a possibilidade de contratar José Mourinho, com quem aliás já tinha acertado tudo para ser o futuro treinador do Sporting, decide “dar o dito por não dito” acobardando-se apenas porque 3 a 4 adeptos sportinguistas o decidiram confrontar com a decisão de contratar o ex-treinador benfiquista. Duque que já tinha dispensado Inácio, volta atrás na palavra, desiste de José Mourinho e perde uma oportunidade única de relançar o sporting na ribalta. O título leonino de 2001/2002 é mais obra do Jardel do que dele, e a contratação do jogador brasileiro é mais mérito de outro dirigente dos bastidores, Carlos Barbosa, que soube aproveitar a recusa do FC Porto – mais concretamente de Octávio Machado – no regresso do jogador em questão.
Um verdadeiro líder nunca se acobardaria, como o fez Duque, naquela situação e apenas porque uma «multidão» de 3/4 pessoas discordaram de contratação de Mourinho, quando tinha “a maioria silenciosa” do lado dele, não teve a intuição de que estava perante um momento único que poderia mudar positivamente o Clube, nem teve a percepção de que a maioria dos adeptos sportinguistas o apoiaria na sua decisão, nunca soube interpretar a realidade envolvente.
Quanto a Álvaro Braga Júnior, apesar da sua paixão clubística a verdade é que precisa de um salário ao fim do mês daí a sua deambulação por vários clubes do panorama desportivo nacional. Acabou por ser sempre dispensado passado algum tempo de trabalho porque nos momentos importantes fica aquém do necessário, a sua competência parece ser limitada, falo sem conhecimento directo mas fiando-me exclusivamente na minha interpretação dos factos. Além do mais nos dias de hoje é uma carta fora do baralho ou uma peça fora do tabuleiro, apenas conta como uma unidade matemática, assim como o Clube que actualmente serve… nos tempos do Major as coisas eram diferentes.
O Boavista subiu duas divisão porque havia sido despromovido ilegalmente...
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