Há três anos (agosto de 2012), no rescaldo da extinção/suspensão da equipa sénior de basquetebol, Moncho López deu várias entrevistas e, falando como coordenador de todos os escalões de formação do FC Porto, afirmou que o clube ia apostar forte na formação.
JN, 20-08-2012 |
«A Dragon Force pode ser uma lufada de ar fresco, mesmo em Portugal: “Pode melhorar o basquetebol do País. Vamos trabalhar na deteção de talentos e formação de atletas e treinadores de elite”»
Moncho López, O JOGO, 20-08-2012
Ontem, o FC Porto anunciou a contratação de Seth Hinrichs, um extremo/poste norte-americano de 22 anos.
«Depois de Arnette Hallman, Nick Washburn, José Silva e Brad Tinsley, Hinrichs, de 2,03 metros, é a quinta contratação confirmada para um plantel que vai manter sete elementos que disputaram a Proliga na época passada e que vai disputar a Liga Portuguesa de Basquetebol em 2015/16.»
in www.fcporto.pt, 11-08-2015
O JOGO, 03-07-2015 |
O JOGO, 14-07-2015 |
O JOGO, 12-08-2015 |
Ora, se a estas cinco contratações (4 norte-americanos e um internacional português) juntarmos os angolanos António Monteiro (ex-Recreativo de Libolo) e João Fernandes (ex-Illiabum), contratados há um ano atrás, bem como, o espanhol Ferrán Ventura (ex- CB Cornellas) e o internacional português Miguel Queiroz (ex-Illiabum), ambos contratados há dois anos atrás, verificamos que 2/3 do plantel do FC Porto, que irá disputar a Liga de Basquetebol em 2015/16, não são jogadores resultantes dos escalões de formação azul-e-branca.
Haverá quem diga, e eu estou de acordo, que para competir na FIBA Europe Cup e em Portugal ter “armas” para lutar pelo título, o FC Porto teria de seguir este caminho.
Contudo, três anos depois, penso que será legítimo perguntar: o que resta das ideias e (boas) intenções iniciais do projeto Dragon Force Basquetebol?
P.S. Perante todos estes factos, o “passeio competitivo” na Proliga, efetuado durante a época passada, cada vez faz menos sentido.
É preciso tempo. Isto de começar um projecto hoje e querer resultados para ontem...
ResponderEliminarNinguém falou em resultados e muito menos para ontem.
EliminarO que se discute e questiona é o que foi dito há três anos atrás, acerca do projecto Dragon Force Basquetebol, nomeadamente em termos uma equipa sénior baseada na formação e, afinal, vemos que a coisa não é bem assim.
Eu quando falei em resultados referia-me a que o plantel fosse composto na sua maioria por atletas formados no FC Porto. Não estava a falar de vitórias e ganhar campeonatos. Já agora José Correia, gosto bastante dos seus artigos.
EliminarDo projecto inicial da Dragon Force Basquetebol só permanencem dois jogadores: Pedro Bastos e João Galina.
EliminarO Arnette é português, apesar do nome.
ResponderEliminarJFP
O Arnette Hallman não é o primeiro, nem provavelmente será o último, norte-americano naturalizado a jogar pela selecção portuguesa.
EliminarCreio que o pai dele é que era naturalizado, ele nasceu em Portugal, no Barreiro ou em Lisboa.
EliminarJFP
José, O Arnette é hispano-português. Nasceu em Lisboa, filho de mãe espanhola e pai americano.
EliminarO Arnette Hallman só obteve a nacionalidade portuguesa em Outubro de 2013.
EliminarEstivemos a fazer tempo para que mudasse o presidente da FPB
ResponderEliminarO facto de se pretender fazer uma aposta na formação não faz por si só com que a qualidade que existia melhorasse por magia. É de salientar que para em 3 anos ter uma equipa que dê garantias na Liga não podiam começar a trabalhar com jogadores de 12, 13 ou mesmo 15 ou 16 anos! Por isso é normal que tenha havido nesse período algumas contratações e mesmo nessas alturas houve sempre preocupação, mesmo este ano, de trazer jogadores não completamente formados (por exemplo, o Ferran Ventura foi contratado com 18 anos). Por isso, atendendo às óbvias limitações temporais e compromisso com um mínimo de qualidade expectável duma equipa que representa o clube que todos amamos, penso que (ainda) é um manifesto exagero falar da morte "das ideias e (boas) intenções iniciais do projeto Dragon Force Basquetebol".
ResponderEliminarPS: não fez notar, não sei se por lapso ou desconhecimento, mas um dos norte-americanos contratados é também ele um internacional português.
Uma coisa seria termos uma equipa a disputar a Liga, baseada em elementos da formação portista / projecto Dragon Force Basquetebol, reforçada com a contratação de 2 ou 3 jogadores.
ResponderEliminarOutra coisa é termos uma equipa a disputar a Liga, fortemente baseada em elementos contratados e cujo plantel (de 12 ou 13 jogadores) inclui apenas 3 ou 4 elementos da formação portista / projecto Dragon Force Basquetebol.
E veremos quantos minutos irão jogar estes elementos da formação portista.
O que significa que a suspensão auto-imposta mais não foi que uma birra de menino mimado... e não por razões económicas!
ResponderEliminarO que foi dito há três anos foi o possível para justificar aquele desfecho. Como habitualmente, há que dar o desconto e valorizar o que há para ser valorizado: estamos de volta à primeira divisão e supostamente, para lutar pelo título.
ResponderEliminarhttp://doportocomamor.blogspot.pt/
"equipa sénior baseada na formação"
ResponderEliminarNão sei se alguém no clube disse especificamente isto, mas se o fizeram estavam a brincar com os adeptos (é impossível levar a sério uma afirmação dessas).
Mas o que faz realmente confusão é a questão económica. Em 12/13, 13/14 e 14/15 não havia dinheiro... mas em 15/16 já há. Pura lutar directamente pela Liga e ir à Europa!
Agora pergunto: as finanças do clube/SAD/patrocinadores (seja o que for) deram uma volta de 180º entre 2012 e 2015?
A ideia que passa é que o basket está "a prazo". Agora investiu-se, fortemente, mas se as coisas não correrem como se espera durante dois ou três anos acredito que se vai assistir a outra guinada repentina, porque não há, claramente, qualquer tipo de política de médio/longo prazo no basket (e fico-me por aqui para evitar divagar sobre o "ecletismo"). Relembro que estamos a falar de uma direcção que tomou posse em 1982, e não em 2012.
Cumprimentos.
Boas, não sei se é verdade mas ouvi dizer que após o último jogo com o benfica em que perdemos o título e na sequência das cenas com o lisboa o FCP ia ser castigado com 2 anos de interdição do Dragão Caixa o que explica a "ausência" do clube nos últimos anos.
ResponderEliminar"...na sequência das cenas com o lisboa o FCP ia ser castigado com 2 anos de interdição do Dragão Caixa..."
EliminarIsto não tem pés, nem cabeça.
Se alguém deveria ter sido alvo de uma punição exemplar (por parte da FPB) era o Carlos Lisboa e não o FC Porto.