Contra todas as expectativas, o FC Porto perdeu em Alvalade. A exibição de categoria alcançada na jornada que antecedeu a deslocação a Lisboa, frente ao “4º grande” SC Braga, contrapondo com as prestações insossas e resultados medíocres do Sporting, faziam antever mais um desfile triunfante dos Dragões na antiga Capital do Império. Houve qualidade no jogo apresentado pela equipa, apenas os golos parecem ter ficado perdidos no Olival. A vantagem pontual granjeada ao longo do campeonato, faz de certo modo relativizar o desaire de Alvalade. A pressão, por enquanto, continua a pairar para os lados da 2ª circular, por mais que os pasquins do costume queiram virar o bico ao prego.
De resto, no seio da coesa estrutura do FC Porto, os únicos indicios de agitação surgiram no folhetim dos assobios a Quaresma, nas renovações e, eventual cobiça estrangeira a alguns dos nossos atletas. O Cigano aparenta um feitío dificil, lida mal com a pressão, mais ainda quando esta vem do seu público, que, como sabemos, é exigente desde sempre, mais ainda nos tempos que correm, pelos títulos alcançados em catadupa. Lá de fora ecoa interesse de alguns dos “Tubarões” Europeus a meia equipa do FC Porto. Lucho, Quaresma, Bosingwa ou Bruno Alves, são apenas alguns dos visados. A SAD tenta blindar as suas “Joias” com o prolongamento dos seus contratos e, aos que ainda não alcançaram acordo, mostram sinais de inquietação (vide declarações do Pai de Bruno Alves, na passada semana na TSF).
Oito pontos de vantagem no campeonato, mais um adversário “atingível” que nos calhou em sorte para oitavos de final da Champions, fazem antever uma segunda metade de temporada não menos gloriosa que a primeira. Cabe, no entanto, a Jesualdo Ferreira, saber gerir da melhor forma as possíveis tricas e anseios pessoais dos jogadores, para que estejam concentrados de corpo e mente para os desafios que se avizinham. O exemplo da temporada passada ainda está bem presente, os adeptos não estarão por certo dispostos a sofrimento idêntico. Há, portanto, que acautelar este síndrome de “ego inchado”, sob pena dos danos serem irreparáveis.
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