sábado, 9 de fevereiro de 2008

Dicionário do Sistema - Dias da Cunha

Dias da Cunha – Após o FC Porto se ter afastado dos órgãos dirigentes da Liga (já lá vão 7 ou 8 anos), Dias da Cunha andou dois anos de “braço dado” com aquele que, posteriormente, acusou de ser um dos “rostos do sistema” (Pinto da Costa). Juntos defenderam a saída da arbitragem da Liga, apoiaram a candidatura derrotada de José Guilherme Aguiar à presidência da Liga (em 2002) contra o outro “rosto do sistema” (Valentim Loureiro, apoiado por Luís Filipe Vieira) e ambos os clubes – FC Porto e Sporting – votaram contra o fim do sorteio e o retomar das nomeações dos árbitros.
Ora, como Luís Filipe Vieira fez exactamente o caminho contrário (de “braço dado” com os Loureiros), o Dias da Cunha, de forma “muito coerente” com aquilo que defendia, zangou-se com o FC Porto e voltou a aproximar-se do Benfica. Percebem?

É fácil, depois de dois campeonatos ganhos, os resultados desportivos do Sporting começaram a ser pouco menos do que desastrosos e, como não havia (nem há) dinheiro para contratar jogadores melhores, houve que seguir uma estratégia segura, semelhante à de Manuel Damásio após um célebre Benfica-Boavista: cortar relações com Pinto da Costa.
As suas intervenções públicas eram motivo de chacota nacional e vários dirigentes sportinguistas, como Filipe Soares Franco, Miguel Ribeiro Telles e José Eduardo Bettencourt, fartaram-se e bateram com a porta (haviam de regressar mais tarde quando ele saiu da presidência do Sporting).

2 comentários:

  1. Zé,
    Este "dicionário" é muito importante, aliás, é um tesouro porque nos aviva a memória de acontecimentos e pessoas deprimentes e que ajudaram a enterrar o futebol português, que padece do um mal bem português: a inveja dos medíocres.
    Sigamos para E!!!

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  2. Dias da Cunha espelha na perfeição aquela velha maxima que Pimenta Machado eternizou; "O que hoje é verdade, amanha é mentira!"

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