Esta mensagem destina-se a mostrar aqui a minha indignação para com o péssimo trabalho dos jornalistas da Rádio Renascença (RR) no relato do último jogo Marítimo - FC Porto. Apesar de ter visto o jogo quase todo pela Sporttv, a partir do momento em que o FC Porto marcou o 3º golo tive de sair e decidi, já no carro, ouvir os instantes finais da partida através do relato da RR.
Já é sobejamente conhecido por todos os portistas o tratamento parcial primário que é dado aos clubes da capital na generalidade dos órgãos de comunicação social portuguesa. É com esta realidade que temos vivido, apesar de alguns deles (RDP e RTP) viverem de receitas provenientes do Orçamento de Estado e, como tal, pagos pelos impostos de todos os portugueses.
Até aqui, e apesar de alguns desvarios de Ribeiro Cristóvão (entre os quais a final da Taça dos Campeões Europeus de 1987), sempre tive a RR como uma rádio diferente e que primava por uma certa independência e rigor nas suas reportagens desportivas (o programa Bola Branca até tem demonstrado que existe a preocupação e exigência com uma informação credível e completa dos mais diversos acontecimentos e intervenientes do fenómeno futebolístico).
No entanto, e depois de ouvir o relato do final do jogo do FC Porto na Madeira, a minha opinião sobre a diferença da RR mudou completamente. E porquê? Pelos comentários que estavam a ser difundidos, e para quem de facto não tivesse assistido ao jogo, parecia que o resultado era muito injusto e que havia sério dano (prejudicando o Marítimo) no trabalho do árbitro Pedro Henriques. No final do jogo, e na análise dos comentadores (cujos nomes desconheço, apenas reconheço as vozes) o árbitro foi avaliado com nota 2 porque o seu trabalho teve "influência directa no resultado" (e adivinhem lá quem é que o árbitro terá prejudicado...). Um dos comentadores chegou mesmo a dizer que se o jogo tivesse sido bem apitado Lisandro tinha sido expulso numa entrada a um jogador do Marítimo e já não estaria em campo para marcar os 2 golos pelo FC Porto. Esse mesmo comentador disse também que o árbitro errou ao aplicar "a lei da vantagem" no lance em que Lisandro é derrubado na área e Tarik acaba por marcar o 2º golo do FC Porto. Ou seja, uma reportagem plena de cegueira histérica anti-portista.
O que na verdade estes senhores desejariam é que o FC Porto entrasse já derrotado no Estádio dos Barreiros: isso sim seria um óptimo estímulo a um sério trabalho de reportagem jornalística. Assim, e depois de um concludente 0-3 para o FC Porto, uma enorme azia afectou a generalidade dos jornalistas desportivos de Portugal, tendo eu tido a oportunidade de o comprovar aos da RR .
Mas vamos por partes:
1. Lisandro não merecia (nem de perto nem de longe!) ver um cartão vermelho pela entrada sobre a bola (!) que fez. Só quem não teve acesso às imagens televisivas é que pode acreditar nessa história. Mau trabalho dos jornalistas da RR.
2. E quem é que disse aos comentadores que Pedro Henriques aplicou a "lei da vantagem" no lance em que Lisandro é derrubado e Tarik marca o 2º golo do FC Porto? Mais uma vez, e depois de ter ignorado uma grande penalidade sobre Farías na primeira parte, o árbitro prestou-se a ignorar mais uma na segunda parte. Azar o dele, Tarik estava lá e aproveitou a sobra para fazer o golo. Mas SE o penalty tivesse sido marcado isso implicaria também a expulsão do defesa do Marítimo uma vez que Lisandro só tinha o guarda-redes adversário pela frente, ficando a partir daí o Marítimo a jogar com 9. Mais uma análise que revela, no mínimo, má-fé jornalística da RR.
Pelo exposto sou levado a concluir que os jornalistas da Rádio Renascença foram INCOMPETENTES no trabalho que realizaram relativamente aos comentários do jogo Marítimo - FC Porto. Quem ouve rádio não vê imagens, o que acrescenta mais responsabilidade a quem está a comentar. Se não transmitem de forma rigorosa o que se passa nesse momento, estão a distorcer a forma como os ouvintes entendem o jogo. Se conseguissem (os comentadores) despir-se (ainda que por breves momentos) da sua preferência clubística, tenho a certeza que conseguiriam ser mais profissionais na análise aos jogos. Ganham eles, ganha a RR e agradecem os ouvintes. Assim é que não.
Na minha opinião, há muito tempo que a informação desportiva da Rádio Renascença deixou de ser "católica".
ResponderEliminarNão sei se são influências do ex-vice do SLB - António Sala - mas isenção é palavra que não rima com Renascença.
Oh Nunes, «incompetentes». Mas tu achas que eles não sabem o que estão a fazer? Eles são é DESONESTOS. Imcompententes, não!
ResponderEliminar