quarta-feira, 7 de maio de 2008

Depois do "apagão"...

Do rescaldo da pesada derrota no passado fim de semana do FC Porto no Dragão, frente ao Nacional, não foi preciso esperar muito para aparecer em diversos fóruns e blogs espalhados pela net, um sem numero de teorias e suposições para aquele que foi o jogo mais estranho da equipa Portista ao longo de toda a temporada. A comunicação social, também não perdeu tempo para escalpelizar ao milímetro todas as ocorrências do encontro e, até o Record, concedeu honras de primeira página ao FC Porto, coisa tão rara naquele pasquim, com um título jocoso a compor o ramalhete.

Evidentemente não se pode escamotear a fraquíssima exibição da equipa, bem como a falta de atitude, concentração e uma grande dose de relaxamento patenteada, quando a época ainda não terminou e onde o bom nome do Clube está em jogo a cada partida realizada. A juntar a tudo isto há, tal como Jesualdo Ferreira mencionou aos jornalistas logo após o encontro, o respeito que deve ser tido em conta para com os adeptos e sócios que se deslocaram ao Dragão, para saudar os Campeões, mas também na ânsia de poder ver pela ultima vez esta época na sua casa, a equipa e o bom futebol que fez deste FC Porto um líder destacado nesta temporada. Defender estas cores traz responsabilidades permanentes, que em momento algum podem ser esquecidas por todos.

Porém não considero correcto quem queira aproveitar este momento menos feliz da equipa, para pôr em causa toda uma época, onde venceu o campeonato de forma brilhante e esmagadora, bem como a forma como foi capaz de elevar os seus patamares de qualidade, quer nas suas individualidades, quer enquanto conjunto, à medida que temporada foi avançando. De igual modo não faz sentido voltar a levantar duvidas sobre a competência do treinador, que a ele muito se deve tudo o que de bom foi feito até aqui. Com criticas e especulações da comunicação social e de terceiros, os Portistas podem bem, mas não sejamos nós próprios a dar tiros nos pés e querer arranjar bodes expiatórios, por um simples “apagão” ocorrido num jogo que pouco já havia para decidir. Há que elevar a moral e a concentração, porque ainda há mais um título para conquistar esta época.

2 comentários:

  1. Felizmente este "apagão" foi contra a Naval. Se tivesse ocorrido no jogo contra o Guimarães, iriamos ter de aturar o falatório das teorias da conspiração durante semanas.

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  2. As últimas impressões são as que mais nos marcam. O FCP perdeu com o Nacional e as marcas ainda se notam. Há algum exagero e alguma tendência para no desaire desportivo – quando é inesperado e volumoso - se puxar para uma interpretação mais negra do que os transtornos reais produzidos.
    No futebol a emoção comanda mais que a razão, e não fui excepção. Tentei procurar as causas e adivinhar os efeitos, fiquei pior que estragado porque o que tinha como certo – que tínhamos uma equipa forte como o betão – afinal, era um excesso : mais vontade que realidade.
    O treinador que sempre tivera um discurso inteligente, mostrou-se cheio de azia e transferiu para os jogadores a responsabilidade do insucesso. Hoje, mudou o discurso e revelou que foi toda a equipa que falhou, não se colocando de fora dos vários equívocos que tramaram a equipa no sábado passado. Fez bem, mas não apaga o acréscimo de confiança que foi transmitido aos nossos adversários mais próximos.
    De qualquer forma a dúvida ficou instalada, quer queiramos ou não, e não a vale a pena repetir frases bombásticas à José Mourinho, a exigir vitórias (e vítimas) futuras como se isso apagasse a “desonra” de termos sido batidos pelo Nacional.
    A derrota fez regressar o bom senso. Pelo menos a mim. Espero que o comportamento no próximo futuro do FCP seja melhor : não faço qualquer exigência, a não ser que todos saibam honrar a camisola do glorioso FCP.

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