sexta-feira, 20 de junho de 2008
Aufwiedersen
E pronto, Portugal inteiro volta a ser chamado à Terra. Depois de algumas semanas em estado de excentricidade total, o povo terá de encarar a dura e triste realidade dos ordenados baixos, dos impostos altos, da escalada sem fim do preço do petróleo e que, afinal, a sua Selecção Portuguesa não é a melhor da Europa, nem sequer consegue ser uma das quatro mais fortes.
Uma vez mais, numa fase final de uma competição de futebol, aquele velho ditado do “são 11 jogadores de cada lado e no final ganha a Alemanha” volta a confirma-se, que reflecte em muito o calculismo e a frieza do jogo Alemão, mas também o saber aproveitar o erro do adversário. Neste aspecto especifico, voltou a destacar-se aquela ave rara e protegida do seleccionador chamada Ricardo, que é um autentico passador a jogar fora de postes. De igual modo a equipa Portuguesa não pode propriamente dizer que não estava avisada para os perigos do jogo aéreo Alemão, bem como do mau planeamento e sua organização nas bolas paradas. Não mudaram nada, pagaram bem caro. Nem à equipa de Scolari valeu os golos de Nuno Gomes e Postiga no encontro, essa casualidade tão rara como um eclipse solar.
Neste Euro, da equipa Portuguesa fica a boa prestação que Deco fez na competição, mostrando que ainda está aí para as curvas, assim como Pepe provando que é um central de excelência, curiosamente as duas peças que em tempos não muito distantes, foram diversas vezes criticados por não pertencerem à raça genuína.
Dos jogadores do FC Porto presentes na competição a descrição foi a palavra de ordem. Apenas Meireles foi aposta mais regular de Scolari, com Bruno Alves tendo poucas oportunidades de se mostrar, tapado por dois magníficos centrais. Por último, Quaresma, que foi sendo apontado antes do Europeu como um provável titular, acabando por ser relegado para segunda ou terceira opção e, do pouco que jogou, a desinspiração já patenteada nos últimos encontros com a camisola Portista foi a tónica dominante.
Com esta eliminação da equipa Lusa, termina também o cortejo de Scolari em Portugal, com as suas bandeirinhas e santinhas, da boa vida que fazia questão de dizer que tinha no País, uma conta bancaria bem recheada, e Portugal, do triste fado, lá continua sem qualquer troféu nas vitrinas da Federação.
É um pouco estranho ver o Deco todo vestido de vermelho...
ResponderEliminar«A derrota de Quaresma é capaz de ser mais angustiante ainda, porque não tem o alicerce de marca consolidada capaz de segurar Cristiano Ronaldo nos abalos. Quaresma jogou pouco e pouco tempo, perdendo para Nani as brechas que se foram abrindo. Longe de ser uma atenuante, essa é uma parte importante do problema: uma cláusula de 40 milhões não combina com jogadores de banco. Ser extraordinário não chega; há que sê-lo regularmente. Outro problema: a estratégia adoptada no jogo fora de campo também não terá sido a melhor. Não sendo nenhum crime, o facto de dizer, sublinhar e repisar que estava na hora de sair do FC Porto deixou-o com pouca margem de simpatia no Dragão. Nada que o atrapalhasse se tivesse convencido tudo e todos com o Europeu. Não o tendo conseguido fazer, carregará nos ombros desconfianças inevitáveis.
ResponderEliminarMoral da história: nem sempre é boa ideia acreditar que um Europeu ou Mundial valorizam um jogador. Pode até acontecer o contrário.»
Hugo Sousa, O JOGO, 21/06/2008
«O destino de Ricardo Quaresma até pode vir a ser o Inter de Milão, mas o facto é que oEuro’2008 não ajudou nada à sua imagem. A “Gazzetta dello Sport” não perdoa e colocou o Mustang como primeira referência no capítulo das decepções em artigo sobre futebolistas envolvidos no Campeonato da Europa.”Um dos jogadores que mais desiludiram”, escreve aquele diário desportivo, o que não ajudará Quaresma a ter vida fácil se optar pelo Calcio.»
ResponderEliminar40 milhões de euros?
Pois...