terça-feira, 17 de junho de 2008

Os jornais e a decisão da UEFA




fonte: capa do Record

fonte: capa do 24 Horas


Em alguns casos, a azia é bem patente nas primeiras páginas...

7 comentários:

  1. A UEFA tremeu perante este caso complicado. Essa ideia que a UEFA convida os clubes a participar na CL e não fica obrigada a cumprir a retroactividade, é muito original. Se assim fosse, não se tornava necessário que estabelecesse qualquer regra para castigar. Decidia e condenava, segundo a sua crença. Mais, no caso do Milão o tribunal desportivo italiano tinha condenado severamente o clube, logo não havia dúvidas que esse direito de “não convidar” lhe estava conferido automaticamente. Para quê a regra ? e se escrita porque há-de estar acima da lei ?
    Uma trapalhada bem portuguesa que talvez ajude a UEFA a não ser megalómana e a cuidar um pouco melhor da sua casa, sem cuidar da dimensão dos clubes, como Platini gosta que pensem, mas não pratica. Platini, o presidente que pisca o olho aos pobres para tratar melhor dos ricos.

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  2. A Liga que tomou a iniciativa de fazer justiça, aplicando critérios jurídicos, altamente controversos. Não entendo que um grupo reunido sob o nome de CD se ache no direito de julgar com o recurso exclusivo a escutas e às declarações de uma testemunha hostil, que nem sequer foi ouvida em sede LPFP. Nem num país do 3º. Mundo. Teríamos que recuar até aos tempos da ditadura para assistir a tanto desprezo pela dignidade de um cidadão acusado, ao ser-lhe recusado, de facto, o direito de defesa. Não havendo contraditório, não pode haver defesa, e não funcionando em pleno esse prato da balança, não pode haver julgamento, e muito menos justiça
    O Dr. Loureiro e o Dr. Ricardo Costa se tivessem um mínimo de dignidade demitiam-se dos seus cargos. Fizeram um péssimo trabalho em nome da Justiça e permitiram que os instintos mais primários viessem à tona, descredibilizando a justiça, que dizem defender, e acirrando ao máximo as tensões clubistas. A justiça é suficientemente importante – ainda que desportiva – para ser entregue a uma personalidade sem experiência, ávida de protagonismo e aparentemente incapaz de se autonomizar das pressões a que foi sujeito. O Presidente, com aquela bonomia trabalhada, mostrou a face mais detestável da política : grandes palavras, gestos largos, muitas promessas cheias de bondade e tudo termina num tacticismo insuportável para agradar a gregos e troianos, para acabar por ceder e de forma vergonhosa. Quando LFV lhe levantou a voz o tipo ficou cheio de medo e rendeu-se. Não servem. Demitam-se !

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  3. O aparelho de justiça em Portugal é o que se vê. Muita morosidade, processos que são arquivados e reabertos porque uma testemunha hostil escreveu um livro. Constitui-se uma equipa especial com as melhores vedetas lá do sítio, e com a bênção do PGR, para acabar de vez com o inimigo público . O pais inteiro ajoelhou-se perante a dinâmica, a competência e a obra produzida por aquele grupo, o verdadeiro “dream team” da justiça portuguesa. Com essa tarefa chegaram tão alto e com tanta facilidade, que agora só poderão cair. Espero que o trambolhão seja enorme. É que na justiça como nas outras áreas, custa muito produzir obra de qualidade. Resolveram trilhar os caminhos do oportunismo carreirista. O Presidente do FCP era o alvo perfeito. Espero que fiquem mal na fotografia, quase tanto como ficou Dorian Gray.

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  4. O comportamento do SLB é uma vergonha. Chamam a polícia, promovem livros e filmes, servem-se de um gestor que é presidente de um outro clube que acaba por fechar, de um assalariado que é o principal accionista dum outro clube da 1ª Liga que, entretanto, era dirigido por antigos directores do SLB, com quem estabeleceram acordos, política e desportivamente, incorrectos e tomaram a iniciativa inédita, neste país, de apoiarem um partido político na corrida eleitoral. Dizem sempre que não, alguns até ficam indignados, mas julgam mesmo que são o clube do regime e o LFV deve estar convencido que tem mais poder que o Cavaco Silva. O SLB goza dos mais amplos poderes: “elege”, “mata”, “esfola”,” julga”, “condena” e adora ser “carrasco”. É um perigo e o Estado devia cuidar mais atentamente das prerrogativas que o SLB goza, sob pena de termos um Estado dentro de outro Estado, tal o poder e a influência do SLB nas variadíssimas instituições públicas, com a bênção de uma Comunicação Social que lhe é fidelíssima.
    Tem todo o direito o SLB de colocar a FPF em tribunal. Pela minha parte, só espero que o FCP e PdC façam o mesmo, relativamente à Liga e ao Dr. Ricardo Costa. Até às últimas instâncias.
    No meio deste processo há mais alguns pequenos patifes que vieram à tona, quando descobriram que poderiam aproveitar para destilar um pouco de mais veneno ou para tentar ganhar o Euromilhões, numa manhã de nevoeiro.

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  5. Acho que vamos poder respirar um pouco, durante algum tempo. Gosto muito de futebol, gosto ainda mais do FCP, mas incomoda-me esta "atenção" que nos foi dedicada pela UEFA.
    A SAD agiu de forma muito controversa ao não recorrer do castigo aplicado ao FCP. Se foi estratégico, foi muito arriscado. E, com o FCP não se deve correr riscos quando o perigo é eminente. O FCP não tem donos e os seus titulares servem para o gerir, honrando sempre o seu bom nome, a sua cultura e história, ainda que sejam os autores excepcionais dos capítulos mais recentes. Aliás, esse crédito não retira responsabilidades, acresce-as. Era desejável que o FCP, como accionista principal, pressionasse a SAD do FCP. Afinal, é o seu nome e prestígio que estavam em causa.
    Bem sei que os dirigentes são os mesmos, então talvez a primeira mudança devesse partir daí.

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  6. O director de comunicação da UEFA, William Gaillard, garantiu esta terça-feira a neutralidade da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) no processo de admissão do F.C. Porto à Liga dos Campeões 2008/09. Mais, o porta-voz do organismo europeu assume que o presidente da FPF «nunca pressionou» ninguém no âmbito do mesmo caso.

    «A Federação Portuguesa de Futebol manteve-se neutral em todo o processo, nunca tentou influenciar o Comité de Controlo e Disciplina ou o Comité de Apelo da UEFA, sempre respeitou a independência destes dois órgãos e em nenhum momento interferiu com o processo jurídico», revelou William Gaillard, em declarações à Agência Lusa

    Depois, o director de comunicação da UEFA explicou que o presidente da FPF, Gilberto Madaíl, «é um membro do Comité Executivo da UEFA e nunca pressionou quem quer que seja na UEFA», pois esteve «completamente fora do debate».

    in Maisfutebol

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  7. Só não percebo porque é que o Benfica não coloca a UEFA em tribunal?...Se foram estes que decidiram prejudicá-lo...É fácil, é directo e é capaz de dar mais Milhões...

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