No final da época 2004/05, após vender Seitaridis ao Dínamo de Moscovo, a FCP SAD entendeu que necessitava de contratar um novo lateral-direito (na altura não acreditaram no valor do Bosingwa, apesar deste fazer parte do plantel do FC Porto desde 2003/04). Deste modo, para suceder ao grego foi contratado Fatih Sonkaya, por um milhão e meio de euros, o qual, supostamente, estava em segundo lugar na lista de opções Co Adriaanse, atrás de Jan Kromkamp.
Em 8 de Julho de 2005, O JOGO, através de um artigo de Jorge Maia, apresentou-o assim:
«É lateral-direito, com dupla nacionalidade turca e holandesa, chama-se Fatih Sonkaya e esteve ontem na Invicta a fazer exames médicos antes de assinar por quatro temporadas pelo FC Porto, que pagou cerca de um milhão e meio de euros ao Besiktas para assegurar a sua contratação. Com 24 anos de idade, Fatih Sonkaya é internacional turco, custará menos seis milhões de euros que Kromkamp e tal como este é um velho conhecido de Co Adriaanse. O treinador do FC Porto conhece-o do campeonato holandês e do FC Roda, clube que representou durante quase toda a sua carreira e de onde se transferiu para os turcos do Besiktas no final da temporada 2003/04 por cerca de meio milhão de euros.
Na última época, Sonkaya não foi muito utilizado no clube turco, tendo sido chamado por Vicente del Bosque para participar em apenas 10 jogos mas isso não afectou as boas referências que Adriaanse tinha dele e que o colocaram no segundo lugar na lista de preferências do técnico do FC Porto para ocupar a vaga no lado direito da defesa deixada em aberto pela saída de Seitaridis. As outras alternativas de Adriaanse para o lugar eram, como se sabe, Kromkamp, do AZ Alkmaar como primeira escolha, e Trabelsi, do Ajax, como último recurso.
Com um 1,80 metros de altura e cidadão comunitário, Sonkaya encaixa no perfil definido pelos portistas para o sucessor de Seitaridis. Tinha de ser um jogador alto e fisicamente forte e não contribuir para o contingente de jogadores extra comunitários do plantel do FC Porto. Apesar de ter nascido em Oitu, na Turquia, Sonkaya emigrou muito novo com os pais para a Holanda, passando pelos escalões de formação do FC Heerlen antes de se transferir para o FC Roda na época de 1998/99 com apenas 17 anos. Duas boas temporadas com o Roda, em 2002/03 e 2003/04 acabariam por abrir-lhe as portas da selecção turca, ao serviço da qual se estreou a 30 de Abril de 2003 num jogo contra a República Checa. Na última temporada seria contratado pelo Besiktas, apesar de também ser pretendido pelo Galatasaray, mas continuou referenciado por Co Adriaanse, que poderá contar com ele a partir dos próximos dias. Sonkaya já está no Porto e integrará a comitiva que parte para estágio no início da próxima semana.»
Antes de chegar ao FC Porto, Sonkaya tinha passado pelos seguintes clubes:
1998/99 a 1999/2000: Roda JC (Holanda)
1999/2000: VVV (Holanda)
2000/01 a 2003/04: Roda JC (Holanda)
2004/05 Besiktas (Turquia)
Durante a época 2005/06, e apesar do treinador ser o seu conhecido Co Adriaanse, Sonkaya não mostrou a mínima qualidade para integrar o plantel do FC Porto e, por isso, foi com naturalidade que em 2006/07 foi emprestado à Académica.
Em Coimbra também não foi muito feliz e na época 2007/08 regressou ao seu primeiro clube – Roda JC – novamente por empréstimo.
Pelos vistos a coisa voltou a não correr bem e em 29 de Julho passado o empresário do jogador – Janucz Kowalik – afirmava o seguinte em declarações ao site Maisfutebol:
«Ele quer ser emprestado, não queremos rescindir. Estamos a estudar várias soluções. Houve a possibilidade de ir para a Turquia, mas até ao momento nada está decidido. Nesta altura, o Fatih está a treinar sozinho, aqui na Holanda, seguindo um programa de treinos preparado para o efeito. Ao mesmo tempo, estamos a tentar encontrar uma equipa para ele treinar, enquanto não resolvemos a situação em definitivo. Tive contactos com o F.C. Porto ao longo do defeso e eles têm colaborado neste caso. Se o Sonkaya sair valorizado depois deste novo empréstimo, também será bom para o Porto».
Com contrato com a FCP SAD válido até ao final da época 2008/09 (ou 2009/10?) eu imagino porque razão o jogador não queria rescindir com o FC Porto...
No último dia do mercado de transferências foi noticiado que, afinal, Fatih Sonkaya tinha rescindido com a FCP SAD e que ia voltar ao seu país, tendo sido contratado pelo clube turco Bursaspor.
Um final feliz?
Talvez, mas apenas para o jogador.
Para a FCP SAD que comprou o seu passe, pagou os seus ordenados (ou grande parte deles) durante três anos e que agora o deve ter indemnizado para ele concordar em rescindir, foi uma contratação globalmente ruinosa, quer em termos desportivos, quer financeiros.
Que lições tirar deste caso?
Faz sentido contratar jogadores desconhecidos e com curriculum limitado, apenas por indicação (capricho?) de um treinador?
Para casos como este (e houve tantos “sonkayas” nos últimos anos), não seria antes preferível contratar jogadores que se destacassem no campeonato português ou, em alternativa, apostar em jovens ligados ao FC Porto?
P.S. Os negritos são da minha responsabilidade.
29 comentários:
O caso do Sonkaya é diferente de outras contratações que não correram bem porque ele foi indicado pelo treinador, na altura Co Adriaanse. O clube por certo não conheceria o jogador e aceitou como válida a sugestão. Acontece.
Em muitos outros casos dos últimos anos, no entanto, contratámos jogadores sem que o treinador seja tido nem achado no assunto (apesar da comunicação social referir sempre que "o jogador tem o aval do treinador portista").
É claro que, nesses casos, seria preferível apostar em jovens já ligados ao FC Porto mas isso como sabemos seria uma maçada para a sad, que assim perderia a possibilidade de fazer mais uns negócios de alguns milhões de euros com um qualquer empresário sul americano (ou português, mas cuja esposa fosse brasileira e tivesse a credencial FIFA para negociar jogadores, por exemplo...).
A resposta á pergunta está na própria pergunta: "Para casos como este (e houve tantos “sonkayas” nos últimos anos), não seria antes preferível contratar jogadores que se destacassem no campeonato português ou, em alternativa, apostar em jovens ligados ao FC Porto?". Totalmente de acordo!
Cumpz
O Sonkaya é realmente um triste exemplo, mas como diz o Nuno Nunes, também uma excepção. O Adriaanse não foi um treinador comprador, muito pelo contrário. O seu problema foi querer encostar meia equipa, nomeadamente dois grandes investimentos da SAD a que tinha sido alheio - Diego e Postiga.
Durante as dois defesos em que foi o treinador, o FC Porto compraram-se menos jogadores do que com Jesualdo Ferreira. Não penso no entanto que o Professor seja o primeiro responsável por todas as contratações que aconteceram nas duas últimas épocas.
Nuno Nunes disse: «O caso do Sonkaya é diferente de outras contratações que não correram bem porque ele foi indicado pelo treinador, na altura Co Adriaanse. O clube por certo não conheceria o jogador e aceitou como válida a sugestão. Acontece.»
Chamo à atenção que o Co Adriaanse, sem nunca ter trabalhado com os jogadores que faziam parte do plantel do FC Porto, queria que a FCP SAD gastasse 7,5 milhões de euros num lateral direito - Jan Kromkamp.
Ora, conforme se comprovou, o FC Porto já tinha no plantel um lateral-direito de topo - Bosingwa.
Daí que eu diga que não fez qualquer sentido a compra do Sonkaya e muito menos faria queimar 7,5 milhões de euros no lateral que o Adriaanse definiu como 1ª opção.
É muito discutível que os jogadores tenham de ser contratados por indicação dos treinadores e mais discutível ainda quando os treinadores nem sequer conhecem o plantel.
Nuno Nunes disse: «Em muitos outros casos dos últimos anos, no entanto, contratámos jogadores sem que o treinador seja tido nem achado no assunto (apesar da comunicação social referir sempre que "o jogador tem o aval do treinador portista")»
Há jogadores que foram contratados sem ser por indicação dos treinadores - Quaresma, Lucho, Lisandro, Anderson - e que foram excelentes contratações.
Há jogadores que foram contratados por indicação dos treinadores (por exemplo, Sonkaya e Kaz) e que se revelaram verdadeiros fiascos.
Há jogadores que foram dispensados por indicação de um treinador - Pedro Mendes e Paulo Assunção - e que não deveriam ter sido.
Ao contrário do Pedroto ou do Mourinho, não reconheço ao Del Neri, Adriaanse e ao Jesualdo uma especial capacidade para indicarem/avalizarem contratações de jogadores.
Actualmente, confio muito mais na capacidade de prospecção da Gestifute do que na maior parte dos treinadores que passaram pelo FC Porto.
José Correia disse:
"Actualmente, confio muito mais na capacidade de prospecção da Gestifute..."
Mas a Gestifute ainda trabalha com a FCP-SAD?
Resta ainda algum jogador no FCP cujo empresário seja o Jorge Mendes?
Infelizmente, não há receitas seguras, o que não invalida que se tentem evitar as opções de maior risco. Mas, quem não arrisca não petisca. Como fazer ? Não creio que haja receitas certas, e na dúvida valido o crédito de experiência que os dirigentes do FCP souberam amealhar, até prova em contrário, o que acontece sempre que as opções me parecem bizarras demais.
Dos jogadores made in FCP, ou contratados ainda muito jovens, não vingaram (até agora, pelo menos) e por motivos vários : Postiga, Ricardo Costa, Hugo Almeida, Hugo Luz, Vieirinha, Paulo Machado, Hélder Barbosa, Bruno Gama, Ivanildo, Cândido Costa, Bruno Vale, Diogo Valente, Paulo Ribeiro e dos contratados em equipas portuguesas recordo : Sandro, Leandro Lima, Ezequias, Lino, Areias, Jorginho, Marco Ferreira, Maciel, Serginho Baiano, João Paulo, Tiago, Mário Silva, e sei lá quantos mais.
Certo, é que parece ter que ocorrer uma inevitável taxa de desperdício para se poder contar com alguns reforços para equipa e, mais tarde, para o mercado.
Sonkaya foi um desperdício, Tarik esteve próximo. Às vezes a fronteira entre o sucesso e o insucesso é um pequeno passo e requer um pouco de paciência. O caso Adriano deixa-nos cheios de dúvidas. Fundamental nas primeiras duas épocas passou a uma espécie de tumor que contagia todo o grupo. Foi “banido”. Não sabemos o que se passa ou passou, a não ser a teimosia do jogador em cumprir o contrato que assinou, que é um direito que lhe assiste.
Estamos a formar uma nova equipa. Vamos ter de esperar. A entrevista de JF no Público, de hoje, é esclarecedora e, nesse particular, o nosso treinador é mesmo um mister.
muito bom artigo.
Mas... não acho o Sonkaya um caso paradigmático porque o que temos visto são compras por caprichos de comissões. Nem para satizfazer o treinador são.
José Correia disse ; «Há jogadores que foram contratados sem ser por indicação dos treinadores - Quaresma, Lucho, Lisandro, Anderson - e que foram excelentes contratações.»
O Lucho foi contratado pela indicação de Victor Fernandez. O proprio afirmou-o à imprensa Espanhola quando esta ainda especulava na sua ida para Espanha directamente da Argentina. Só por isso "quase" valeu a sua passagem pelo FC Porto.
José Correia disse; «Actualmente, confio muito mais na capacidade de prospecção da Gestifute do que na maior parte dos treinadores que passaram pelo FC Porto.»
Os treinadores têm a tendencia por indicar jogadores com quem se cruzaram ao longo da carreira, ou têm um conhecimento profundo do atleta por terem actuado no mesmo campeonato. Já Gestifute trabalha com leque de olheiros alargado (que passa por ter parcerias com observadores e treinadores de varias ligas) que lhes permite ter um campo de recrutamento maior.
Parece-me sim, que alguns clubes deveriam era aprender com a Gestifute as melhores praticas de prospecção do mercado de jogadores.
Hulk onze milhas disse; «Mas a Gestifute ainda trabalha com a FCP-SAD?
Resta ainda algum jogador no FCP cujo empresário seja o Jorge Mendes?»
Do que transparece cá para fora, dá impressão que as relações entre FCP. SAD e Gestifute já tiveram melhores dias. Mas a "tão-em-cima-do-acontecimento" imprensa cor de rosa ainda à poucas semanas nos contou que Pinto da Costa passou recentemente um fim de semana na casa do Gerês de Jorge Mendes. ;-)
No plantel do FC Porto há, tanto quanto sei, pelo menos 2 jogadores da Gestifute, Nuno Espirito Santo e Pele.
Nelson Carvalho: "...Parece-me sim, que alguns clubes deveriam era aprender com a Gestifute as melhores praticas de prospecção do mercado de jogadores...."
Estou errado ou a Gestifute/Jorge Mendes iniciou a actividade quase em exclusivo com o FCP, tal como aconteceu com a empresa do José Veiga???
Hulk onze milhas disse; «Estou errado ou a Gestifute/Jorge Mendes iniciou a actividade quase em exclusivo com o FCP, tal como aconteceu com a empresa do José Veiga???»
Em exclusivo não será bem o termo, porque acho que a Gestifute sempre tive jogadores seus representados em outros clubes, incluindo os da Capital. Porem eram notórias as relações priveligiadas entre FCP e Gestifute, o que era boa parceria para ambos, pois a Gestifute tem bom olho na caça de talentos e FCP no desenvolvimento das suas capacidade e posteriormente na sua promoção alem fronteiras.
"Para casos como este (e houve tantos “sonkayas” nos últimos anos), não seria antes preferível contratar jogadores que se destacassem no campeonato português ou, em alternativa, apostar em jovens ligados ao FC Porto?"
As contratações deste defeso parecem espelhar isso mesmo. Dos jogadores que chegaram, o que parece ter um futuro mais certo no onze titular acaba por ser o único português contratado: Rolando.
Os outros, para já, não passam de pontos de interrogação.
José Correia disse: «Há jogadores que foram contratados sem ser por indicação dos treinadores - Quaresma, Lucho, Lisandro, Anderson - e que foram excelentes contratações.»
Quando Lucho, Lisandro e Anderson foram contratados pelo FC Porto já não figuravam apenas nos blocos de notas dos olheiros sul americanos que colaboram com o clube. Nessa altura faziam já parte das análises exaustivas do reputado site do Luis Freitas Lobo (Planeta do Futebol). Ou seja, eram praticamente certezas do futebol sul americano.
Quaresma, Lucho, Lisandro e Anderson eram jogadores com cartaz no mercado internacional (e isso verifica-se no valor q tivemos q pagar por eles, bastante elevado).
Essas contratações (a q se pode acrescentar um Diego, por exemplo) não têm nada a ver com as contratações de um Guarin, Benitez e outros jogadores q tais - jogadores com muito pouco mercado e com um CV muito mais "ligeiro" do q os jogadores acima referidos. É raríssimo o jogador com um CV ligeiro q chega directamente do estrangeiro e vinga no FCP: alguns há, mas a maioria verifica-se ser um flop. Isto devia dar q pensar.
"Faz sentido contratar jogadores desconhecidos e com curriculum limitado, apenas por indicação (capricho?) de um treinador?"
"capricho" não se aplica a esta contratação. Na altura Bozingwa era o único DD do plantel e logicamente era necessário um suplente. Foi recomendado pelo treinador e não rendeu, mas também não foi grande o prejuízo. A transferência creio que custou 1,5M€. Jogadores conhecidos e com curriculum custam 3 ou 4 vezes mais.
"Para casos como este (e houve tantos “sonkayas” nos últimos anos), não seria antes preferível contratar jogadores que se destacassem no campeonato português ou, em alternativa, apostar em jovens ligados ao FC Porto?"
Quais jogadores é que se destacam no nosso campeonato? Quem são esses maradonas? Espero que não contratem mais Ezequias e Sandros.
Em Portugal os jovens não são devidamente preparados para jogarem a nível profissional, daí a necessidade de rodarem após saírem dos júniores.
Alguns links sobre a politica de contratações:
Quanto custa um craque da bola?
Leiam os Clássicos, por Alvaro Magalhães
Jesualdo Ferreira assegura que “FC Porto não está mais fraco mas diferente e em construção”
Mais uma excelente entrevista de Jesualdo. Não há dúvidas que sabe dar entrevistas.
The Turk disse: «Na altura Bozingwa era o único DD do plantel e logicamente era necessário um suplente»
Atenção que a ideia não era contratar um suplente para o Bosingwa, mas sim um lateral direito para ser titular. Por essa razão é que o Adriaanse pressionou a SAD para esta comprar o Kromkamp do AZ Alkmaar (que custava "só" 7,5 milhões de euros!).
Quando a SAD disse que não comprava o Kromkamp, o Sonkaya foi a 2ª opção apresentada pelo Adriaanse, de uma lista de que também fazia parte Trabelsi do Ajax.
Ou seja, sem sequer conhecer Bosingwa e o enorme potencial que ele já tinha demonstrado para ser defesa-direito, o novo treinador entendeu que a equipa precisava de gastar uns milhões de euros na compra de um novo lateral-direito. É isso que eu contesto.
The Turk disse: «Quais jogadores é que se destacam no nosso campeonato? Quem são esses maradonas?»
Não digo que abundem laterais-direitos de topo no campeonato português, mas melhores e mais baratos que o Sonkaya vejo pelo menos três: Abel (na altura estava no Guimarães), João Pereira e Janicio (do Setúbal).
José Correia disse...
"Atenção que a ideia não era contratar um suplente para o Bosingwa, mas sim um lateral direito para ser titular. Por essa razão é que o Adriaanse pressionou a SAD para esta comprar o Kromkamp do AZ Alkmaar (que custava "só" 7,5 milhões de euros!)."
Por isso é que eu disse que um jogador com curriculum, que era o caso do internacional holandês que referiste, custa 3 ou 4 vezes mais o que o FCP pagou pelo Sonkaya. Eu não tenho as mesmas expectativas de um jogador pelo qual se paga 1,5M€ do que se pagasse 7,5M€. Para mim era óbvio que não vinha para ser a 1ª opção.
O Seitaridis foi vendido no final da época, creio que o Adriaanse foi contratado depois disso. Se calhar a pressa para preencher a necessidade de um DD jogou contra o FCP. O treinador quis um que já conhecia, a SAD acedeu. O que normalmente é uma boa opção, já que o treinador é que sabe se o jogador encaixa no seu modelo de jogo. Não resultou, mas também não pode resultar sempre.
Em relação aos laterais que referiste, apesar de serem melhores que o Sonkaya, para mim nenhum deles teria lugar no FCP. Na época seguinte a opção foi contratar o Fucile, que está uns furos acima de qualquer um desses.
The Turk disse: «Eu não tenho as mesmas expectativas de um jogador pelo qual se paga 1,5M€ do que se pagasse 7,5M€.»
De acordo.
Mas se a ideia era contratar um defesa-direito para ser 2ª opção (uma alternativa ao Bosingwa), mais reforça a minha opinião, isto é, mais valia contratar um defesa-direito razoável que já actuasse no campeonato português (evitavamos o problema dos periodos de adaptação) ou então apostar num dos muitos jovens que têm contrato com o FC Porto.
The Turk disse: «Em relação aos laterais que referiste, apesar de serem melhores que o Sonkaya, para mim nenhum deles teria lugar no FCP. Na época seguinte a opção foi contratar o Fucile, que está uns furos acima de qualquer um desses»
De acordo que o Fucile é melhor.
Além disso, custou cerca de 1/3 do Sonkaya (600 mil euros) e o método de contratação foi muito mais adequado para um jogador que não tinha curriculum: empréstimo + opção de compra.
O Sporting faz isso regularmente.
Nós fizemos isso com o Adriano e o Fucile (com bons resultados).
Porque razão não seguimos este método para outros casos?
José Correia disse...
"De acordo que o Fucile é melhor.
Além disso, custou cerca de 1/3 do Sonkaya (600 mil euros) e o método de contratação foi muito mais adequado para um jogador que não tinha curriculum: empréstimo + opção de compra.
O Sporting faz isso regularmente.
Nós fizemos isso com o Adriano e o Fucile (com bons resultados).
Porque razão não seguimos este método para outros casos?"
Para isso é necessário que o clube proprietário do passe esteja na disposição de emprestar, o que geralmente só acontece quando o jogador não é titular no clube de origem.
3 bitaites:
1) Adriaanse não queria que o Porto pagásse 7,5 milhões por Kronkamp. O PSV queria 7,5 milhões. Efeitos da contratação de Leandro do Bomfim. Adriaanse recomendou o futuro lateral direito da selecção holandesa, que acabou por ir para Espanha e depois para Inglaterra (Liverpool) nunca tendo atingido o rendimento esperado. Mas era um jogador com tudo para se afirmar um dos melhores do mundo, e, se calhar com Adriaanse teria tido outra sorte.
2) Sonkaya era claramente um "remendo". Nunca teve a menor hipotese. Tal como Benitez, já era assobiado quando descia as escadas do avião.
3) Bosingwa em 2005/06 não era nem de perto nem de longe o jogadorzaço que é hoje. Nessa altura ainda discutíamos se ele seria um bom ala já que a sua posição natural era a de trinco.
hmocc disse: «Adriaanse não queria que o Porto pagásse 7,5 milhões por Kronkamp. O PSV queria 7,5 milhões. Efeitos da contratação de Leandro do Bomfim.»
Há aqui uma confusão. O Kromkamp era jogador do AZ Alkmaar (ex-clube do Adriaanse) e não do PSV e, por isso, o preço pedido não teve nada a ver com o caso Leandro do Bonfim.
hmocc disse: «Bosingwa em 2005/06 não era nem de perto nem de longe o jogadorzaço que é hoje. Nessa altura ainda discutíamos se ele seria um bom ala já que a sua posição natural era a de trinco.»
Durante a época 2004/05, particularmente na 2ª volta, o Bosingwa foi várias vezes titular como defesa-direito. Que me lembre, nessa época nunca jogou como trinco.
No final da época 2004/05 já era claro que o Bosingwa poderia ser um bom/excelente lateral-direito (se bem me lembro, o Jaime Pacheco, que tinha sido seu treinador no Boavista, chegou a comentar essa hipótese).
Respondendo à pergunta: faz todo o sentido. Não faz sentido é contratar jogadores que o treinador não conhece, ou pseudo-vedetas em final de carreira. Para isso já bastam as galinhas.
E se não é o técnico a indicar os jogadores que precisa, quem mais? Não faz sentido!
Como alguém já disse aqui, o Tarik esteve quase para ser um daqueles desperdícios. Mas não foi! Antes pelo contrário...
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