terça-feira, 3 de março de 2009

Uma arbitragem habilidosa qb

«O Sporting conseguiu um empate a zero no Dragão, impondo um estilo de jogo muito físico, muito agressivo (...).
Melhor o Sporting na primeira parte, finalmente com Pereirinha à direita do meio-campo e com um lado novo: desde o primeiro minuto que alguns jogadores do Sporting (Derlei, Pedro Silva, Rochemback, Polga, Grimi) fizeram uma certa intimidação física com alvos definidos (Bruno Alves, Hulk). Se bem interpretei, era uma forma de antes de mais mostrar que não era a equipa que sofreu a humilhação do Bayern que estava ali. (...)
Mas a tentativa de impor o físico leonino não correu sempre bem. Grimi saiu aos 30' lesionado (entrou Caneira) mas tinha a lição bem estudada. Protestos junto do árbitro em cada falta, nunca virar a cara à luta e nunca dar espaços. (...)
João Ferreira teve um jogo difícil e a nota mais sonante é que Pedro Silva saiu do campo sem cartão amarelo, ou Derlei sem o vermelho...»

Estes extractos acerca da estratégia do Sporting em relação à arbitragem de João Ferreira, são da crónica que Manuel Queiroz assinou no DN de 1 de Março e que, no fundamental, ele repetiu ontem no Jornal de Domingo da TVI24, para desagrado dos outros dois comentadores - António Magalhães (director-adjunto do Record) e João Querido Manha.

Contudo, a arbitragem habilidosa de João Ferreira foi muito mais do que isto, abrangendo um conjunto de aspectos que irei destacar de seguida.


1. Um penálti polémico

É público e notório que todos os penalties a favor do FC Porto são polémicos e, portanto, apesar da mão nas costas e do toque no pé de apoio, se o árbitro tivesse assinalado penálti aos 17 minutos, no lance entre Pedro Silva e Cristian Rodriguez dentro da área do Sporting, ia ser um escândalo e ir-se-ia falar na intensidade e noutras coisas que tais.

«É evidente que ficou por assinalar uma grande penalidade. Com o braço direito, o jogador do Sporting agarrou e puxou o adversário, causando-lhe a queda. Lance deveria ter sido punido com castigo máximo
Jorge Coroado (ex-árbitro internacional)

«Ficou por assinalar uma grande penalidade. Além de ter sido puxado, o jogador do FC Porto é rasteirado por Pedro Silva. Uma distracção grave do árbitro João Ferreira
Rosa Santos (ex-árbitro internacional)

O lance dá azo a várias interpretações? Admito que sim, mas de uma coisa não tenho dúvidas, é muitíssimo mais claro que qualquer um dos TRÊS (!) penalties que esta época foram assinalados contra o FC Porto em Alvalade (um para o campeonato e dois na Taça da Liga).
Alguém tem dúvidas sobre isso? É só rever as imagens.


05.10.2008: Lance entre Tomás Costa e Moutinho, que Lucílio Baptista entendeu assinalar penálti

Comparando com estes três penalties, que dirá Rui Oliveira e Costa do derrube de Rodriguez neste FC Porto x Sporting? Não é difícil adivinhar...


2. A complacência para com os jogadores do Sporting

Conforme refere Manuel Queiroz, os jogadores do Sporting vinham bem instruídos e preparados para lidar com a questão arbitragem. Assim, para além de uma agressividade a roçar a violência, e que chegou a ser intimidação física, viram-se protestos permanentes em cada falta que o árbitro, de vez em quando, tinha a “coragem” de assinalar contra os leões.

João Ferreira tem fama de ser autoritário (decorre da sua formação militar), mas desta vez revelou uma estranha complacência, inclusive quando os jogadores do Sporting fizeram ajuntamentos à sua volta para o pressionarem.

Perante o que se passou em campo, é verdadeiramente incompreensível que Derlei e Rochemback não tenham sido expulsos e que Pedro Silva tenha chegado ao final do jogo sem sequer ver um cartão amarelo. Aliás, começa a ser habitual a carta verde que os árbitros dão aos jogadores do Sporting para eles distribuirem cacetada a torto e a direito. Ainda recentemente isso foi visível no Belenenses x Sporting, com Pedro Henriques a deixar ficar no bolso os cartões para Rochemback e Pedro Silva.


3. Pedro Silva, bateu em tudo o que mexia

«Pedro Silva - Quando teve a bola não jogou mal, quando não a teve batia em tudo o que mexia e saiu sem qualquer cartão...»
in DN, 01/03/2009

O Pedro Silva é um jogador multifacetado e não tem qualquer problema em recorrer a todos os meios, legais e ilegais, para travar os adversários que lhe aparecem pela frente (que o digam o Hulk, o Rodriguez ou o Lisandro).
Ele foi derrubes, obstruções, agarrões, valeu tudo e nem a sucessão de faltas, nem a gravidade de algumas delas, fizeram com que o árbitro o advertisse com um cartão amarelo. Caramba, ao menos tinha mostrado um cartãozito, só para disfarçar...


4. Rochemback, malhar nos adversários e protestar com o árbitro

«Rochemback - Muito bem a trinco, atento, sempre sem se esquecer de protestar com o árbitro, o que fazia parte da estratégia definida...»
in DN, 01/03/2009


Rochemback é um dos jogadores mais viris (e por vezes violento) do Sporting. Desta vez só viu o cartão amarelo aos 62’, mas antes disso, para além do habitual festival de faltas, já se tinha metido com o Hulk e fartado de protestar com o árbitro.

Foi substituído por Adrien aos 88', o qual entrou em campo, fez uma falta e protestou com o árbitro...


5. Três vezes perdoado o 2º amarelo a Derlei

Aos 35 minutos, quando conduzia um contra-ataque rápido do FC Porto, Lucho foi autenticamente varrido por Polga, ficando caído no relvado a contorcer-se com dores. O árbitro, e bem, deixou seguir o jogo para não beneficiar o infractor – o Sporting –, mas quando os jogadores do FC Porto perderam a bola interrompeu, e bem, o jogo de modo a que o infractor não beneficiasse da falta grave que tinha cometido. Ao parar o jogo o árbitro mostrou, e bem, o cartão amarelo ao Polga e também a Derlei, que veio disparado em direcção ao árbitro e que quase lhe encostou a cabeça (como fez o Petit num célebre Boavista-SLB).

Após ter sido admoestado com este cartão amarelo (e poderia ter sido um vermelho directo pela forma exuberante como se dirigiu e protestou com o árbitro), Derlei deveria ter visto o 2º cartão amarelo e, consequentemente, sido expulso em três ocasiões:
• no final da 1ª parte, ao impedir um contra-ataque do FC Porto;
• aos 70’, numa pisadela que inutilizou o Cissokho e obrigou à sua substituição;
• aos 82’, numa falta dura que cometeu sobre o Rolando.

O árbitro viu perfeitamente estes três lances (em dois deles marcou mesmo falta), mas entendeu não ser conveniente expulsar o jogador do Sporting.


6. Missão: anular Hulk

«Hulk - Bem marcado, nem sempre viu o árbitro decidir bem as faltas a seu favor (malharam nele a sério...).»
in DN, 01/03/2009

Como anular um jogador como o Hulk? É simples, não o deixando jogar.

"Aqui em Portugal infelizmente é difícil jogar. Usam muito o corpo, fazem muitas faltas. Estou sempre a sofrer faltas e é difícil jogar assim.
Prejudicado? Vejam as faltas que o árbitro deixou de marcar em mim e as que marcou contra mim. Se pusessem aqui o Adriano ou o Ibrahimovic a jogar eles também teriam muitas dificuldades, porque usam muito o corpo."
Hulk, no final do jogo


A forma como Hulk foi travado neste jogo é de compêndio. Valeu tudo. Obstruções, empurrões, entradas por trás, entalado entre dois adversários, etc.
Nas poucas vezes que o Hulk conseguiu fugir às “entradas assassinas” e ganhar as disputas de bola graças ao seu maior poderio físico, lá estava o árbitro João Ferreira para resolver o problema: Priiiiiii! Falta contra o Porto!


No final, foram tantas as faltas que o árbitro assinalou sobre o Hulk, como as que marcou ao próprio Hulk. Notável!

Parafraseando e adaptando um slogan benfiquista de há uns anos atrás, apetece dizer: deixem jogar o Hulk!


7. As cargas sobre Bruno Alves

«Bruno Alves - Quase sempre certo, num jogo em que Derlei e Liedson fizeram gala de entrar de anca muitas vezes. Tanto que caiu mais vezes ontem que na época toda.»
in DN, 01/03/2009


Apesar de ser um jogador escolhido pela UEFA para exemplificar técnicas defensivas, há muito que o Bruno Alves tem fama em Portugal de ser um jogador violento.
Ora, aquilo que se vê, jogo após jogo, é avançados a fazerem faltas sobre o Bruno Alves (e não ao contrário), com a agravante de muitas dessas faltas não serem assinaladas.

A técnica é conhecida e tem sido devidamente explorada pelos treinadores e jogadores adversários. Como não conseguem saltar tão alto como o Bruno Alves, nem nada que se pareça, metem-se por baixo dele e carregam-no quando ele está no ar, provocando o contacto e o desequilíbrio do defesa portista.
Já não é a primeira nem a segunda vez que o Bruno cai desamparado. O objectivo deve ser que ele se aleije a sério e fique no estaleiro durante umas semanas.

Conforme estas fotos demonstram, os jogadores do Sporting mostraram ser especialistas nesta técnica e até o Raul Meireles levou que contar.



8. Nos cantos valeu tudo

Se fora da área e em jogadas de bola corrida os jogadores do Sporting não hesitavam em agarrar os do FC Porto, imagine-se o que foi nos cantos, com o aglomerado de jogadores dentro da área leonina.
Penso que não terá havido um único canto em que os principais cabeceadores do FC Porto – Bruno Alves, Rolando e Rodriguez – não tenham sido agarrados ou impedidos de jogar a bola.

Aliás, o chega mais para lá com o cotovelo do Rodriguez ao Caneira ocorrido no período de descontos é precisamente num lance deste género, em que o internacional uruguaio, farto de ter sido agarrado durante o jogo todo, reagiu desta forma antes da marcação de um canto.


9. Cuidado com as faltas perto da área!

Toda a gente reconhece que o jogo foi muito conflituoso e que os jogadores do Sporting usaram (e abusaram) de uma dureza pouco habitual para travar o ataque do FC Porto.
Pois bem, sabem quantas faltas foram assinaladas pelo senhor João Ferreira perto da área dos leões? Zero!
Livres a favor dos dragões em posição frontal só a mais de 30 metros da baliza leonina, não fosse o diabo tecê-las...

Um lance paradigmático da preocupação do senhor João Ferreira em evitar jogadas potencialmente perigosas, de modo a garantir o empate final, ocorreu já em tempo de descontos, num canto a favor do FC Porto, quando quase todos os jogadores portistas subiram para a área do Sporting.

90'+1': Na conversão de um canto, há falta ofensiva de algum jogador do FC Porto?

«Não houve qualquer infracção. Não se compreendeu qual o motivo para a interrupção
Jorge Coroado, Tribunal de O JOGO

«Não houve qualquer falta por parte de algum jogador do FC Porto na área do Sporting quando decorria a marcação de um canto. Não se compreendeu a marcação da falta
Rosa Santos, Tribunal de O JOGO

«Após a marcação de um canto, alguns jogadores do FC Porto tentam alcançar a bola, mas não se vislumbrou qualquer falta, pelo que não terá tomado a melhor decisão o árbitro da partida
António Rola, Tribunal de O JOGO


10. As declarações no final

"Não gostei da forma como o João Ferreira resolveu certos assuntos relacionados com a disciplina."
Jesualdo Ferreira

Há um indicador infalível para aferir uma arbitragem que envolva o Sporting: ouvir/ler as declarações do Paulo Bento e dos jogadores no final do jogo. Pois bem, quer o treinador, quer os jogadores Polga, João Moutinho, Pedro Silva e Liedson não fizeram uma única referência à arbitragem.

Ora, como a comunicação social do regime também gostou da arbitragem do Major Ferreira, penso que está tudo dito.




P.S. Com este artigo sobre a arbitragem de João Ferreira, não pretendo dizer que foi apenas por causa do árbitro que o FC Porto não venceu o jogo. É evidente que a exibição esteve longe de ser brilhante, mas isso não nos deve coibir de chamar à atenção para esta nomeação cirúrgica de Vítor Pereira (na mesma jornada Lucílio Baptista foi nomeado para o SLB-Leixões), nem para os factos acima referidos.
Compreendo perfeitamente que a comunicação social do regime diga que a arbitragem foi boa (pudera!), mas não contem comigo para branquear a forma habilidosa como o jogo foi conduzido desde o primeiro ao último minuto.


O resultado agradou-lhes (ver as declarações de Rui Costa e de Miguel Vitor na gala do SLB), a arbitragem do senhor "João... pode vir o João" também e, por isso, nesta jornada o futebol português recuperou parte da sua credibilidade...

Este artigo, contra a corrente, fica para memória futura.

Fotos: Record, Maisfutebol

17 comentários:

  1. Lembro-me de estar a ouvir o relato (sou desses...) e ouvir os comentadores a dizer que o Tomás Costa levou amarelo por sorrir uma vez que não podia ser pela falta.
    Enfim. Nojo.

    ResponderEliminar
  2. José Correia

    Excelente post, comungo totalmente deste seu artigo, com excepção disto:

    "João Ferreira tem fama de ser autoritário (decorre da sua formação militar), mas desta vez revelou uma estranha complacência, inclusive quando os jogadores do Sporting fizeram ajuntamentos à sua volta para o pressionarem."

    Este joão ratão, pode ser o joão ratão, só é autoritário para os jogadores do F.C.Porto.

    Lembro-me de dois casos paradigmáticos:

    Em guimarães o flávio meireles quase mata o costinha, e nem falta marcou. Arbitro pode ser o joão ratão.

    Na Madeira com o Nacional, já não me recordo de quem era o jogador, dá uma patada no peito do Deco, e nem falta marcou. Arbitro pode ser o joão ratão.

    Pelo contrário lembra-se de um célebre jogo sbordem vs. F.C.Porto, em que o Rui Jorge se senta em cima do Beny , e ele responde tentando afastá-lo e o pode ser ojoão ratão expulsa imediatamente.

    A este propósito repare o que escreveu o Miguel Sousa Tavares:

    ”Parabéns, então,sr. João Ferreira:o senhor conseguiu,finalmente, decidir este campeonato,que não havia maneira de se decidir
    1- Ontem, ao minuto 35 do jogo de Alvalade, o sr. João Ferreira decidiu abrir o caminho do título ao Benfíca, juntando-se a uma vasta campanha nacional em curso que tem como objectivo levar o Benfica ao título, nem que seja por decreto-lei.
    Quando digo que decidiu, quero dizer exactamente que a anedótica expulsão de McCarthy - a mais inacreditável expulsão que eu vi em quarenta anos a ver futebol - não foi um deslize de momento, uma precipitação do árbitro. Não: ele teve vários dias para meditar na importância do jogo que estava a dirigir. Ele sabia que jogavam dois candidatos ao título e que a derrota de um deles - o Sporting-significaria que esse estava fora da corrida, e a derrota do outro - o FC Porto - significaria que ambos ficavam, com toda a probabilidade, afastados do título. E sabia, como qualquer árbitro sabe, que, num derby, reduzir uma equipe a 10 jogadores, ainda para mais a visitante, e quando ainda falta mais de uma hora para jogar, equivale praticamente a sentenciar o vencedor. Por isso, uma decisão tão determinante no desfecho quanto essa, tem de assentar num facto absolutamente incontestável por todas as partes. Ora, por mais jogos que arbitre, nunca mais o sr. João Ferreira terá oportunidade e necessidade de expulsar um jogador por ele acertar com o braço na anca de um adversário, quando este está sentado em cima dele e delibera-damente o impede de se levantar. Sobretudo quando, minutos antes, o mesmo sr. João Ferreira fez que não viu uma entrada para aleijar do Beto sobre o Quaresma - que não tinha sido, aliás, a primeira. E, como se dez contra onze não fosse já suficiente, o mesmo sr. João Ferreira, culminando uma arbitragem escandalosamente caseira em tudo, desde o critério disciplinar à avaliação das faltas, ainda tratou de expulsar também o Seitaridis, "esquecendo-se" que, não tendo ele cortado com a mão uma bola que fosse a caminho da baliza, a sanção correspondente era o cartão amarelo e não o vermelho. Podia ser até, que o Sporting viesse a ganhar o jogo com toda a naturalidade e justiça. Mas ele não deixou que as coisas acontecessem com naturalidade e justiça.
    De uma assentada, o sr. João Ferreira conseguiu atingir duplamente o FC Porto: tomando decisões que se revelaram determinantes na derrota e privando a equipa de contar com McCarthy para os jogos seguintes. Numa e noutra coisa, ele não é, aliás, original: esta época têm sido inúmeros os jogos em que decisões "infelizes" dos árbitros têm resultado em perdas de pontos para o FC Porto: ainda no penúltimo jogo, contra o Nacional (ninguém falou nisso porque a exibição foi tão má que não cabiam desculpas), mas a verdade, verdadinha, e que o árbitro lisboeta perdoou mnpenalty sobre o Jorge Costa, quando havia 0-1, e fez vista grossa a uma falta sobre o Ricardo Costa que tornou possível o segundo golo do Nacional. E, quanto ao McCarthy, uma coligação de gente que não gosta de ver jogar grandes jogadores se eles forem do FC Porto - que inclui árbitros, juizes do CD da Liga, adeptos e o presidente do Benfica - têm-se esforçado e conseguido, abusando do poder discricionário de que gozam, para impedir que ele jogue, transformando - o numa espécie de carniceiro do futebol, massacrando inocentes defesas que, coitadinhos, tal como o Rui Jorge ontem, que nada fazem para provocar as suas agressões selvagens.
    Parabéns, então, Sr. João Ferreira: o senhor conseguiu, finalmente, decidir este campeonato que não havia maneira de se decidir.”

    Miguel Sousa Tavares in "Nortada",22/03/05

    Cumprimentos

    ResponderEliminar
  3. José Correia, parabens mais uma vez por fazeres aquilo que se impunha: desmascarar não só uma arbitragem incompetente, como uma encomenda prò João "pode vir o João" Ferreira.
    Segui o jogo pela tv e não tive tempo de actuar no blog, mas faria exactamente isto denunciar toda a impunidade do jogadores do Sporting.

    Uma nota apenas: JF marcou uma falta perto da área do Sporting, precisamente a falta de Adrien mal entrou em campo.

    Oresto foi misto de wrestling e tourada em campo.

    Acusam o jogo negativo como se fosse culpa das duas equipas, nnguém teve a coragem de DENUNCIAR que o Sporting jogou para dar porrada contando com a complacência do árbitro.

    O lance de João Ferreira que o F LImpa Tudo cita, no Nacional, a envolver Deco, lembro-me perfeitamente, foi uma entrada do cntral Cardozo ao pescoço, sim, ao pescoço de Deco.

    No Guimarães-Porto da Taça, igualmente anotado, Costinha teve de usar colar cervical após a entrada de Fl. Meireles que saltou acima da cabeça deCostinha e o atingiu com os joelhos no pescoço.

    Até poderia ironizar-se com o facto de JF ter vindode missão militar no Líbano onde actuou como apaziguado, mas esta comlplacência de JF vem de longe contra o FC Porto.

    Aos jogos citados acima, acrescento o Estoril-FC Porto, na estreia de Couceiro. Permitiu tudo, anulou um golo ao FC Porto em que pelo menos devia dar um penálti, permitiu tudo até um golo irregular aos canarinhos mas o FC Porto, tal como no Nacional já citado, ganhou por 2-1. Mas na Taça com o Guimarães perdeu 2-1.

    Fiz bem em não ir ao jogo (também não podia), pois ter-me-ia irritado imenso com a arbitragem. Parece que os supostos adeptos do FC Porto irritaram-se com a sua equipa por não conseguir chegar à área de um adversário trauliteiro que festejou um empate de merda para ficar afastado do título.

    Mas é este o futebol que temos e o perfil de jogadores e de qualidade de jogo que se aceita desde que o FC Porto não ganhe.

    ResponderEliminar
  4. So posso dizer "o joão...pode ser o joão"... que mais se pode acrescentar.. Há..o 4º arbitro, já agora, era o artista da luz do benfica-braga....
    Ele há coincidências....

    Cumpz

    ResponderEliminar
  5. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

    ResponderEliminar
  6. Miguel Lopes, Varela... quiçá Beto e Orlando Sá. Parece-me uma nova política de contratações... acertada.

    ResponderEliminar
  7. sanzala,

    isso não é atitude de neto de visconde. que falta de chá.

    ResponderEliminar
  8. Parece que os supostos adeptos do FC Porto irritaram-se com a sua equipa por não conseguir chegar à área de um adversário trauliteiro
    Os adeptos do FCP já nem assobiavam o aborto depois do intervalo, era escusado, não ganhava vergonha.

    sanzala, eu não vi repetições, não me apeteceu, sei bem que elas não vão dizer que o árbitro não deixava o FCP passar muito do meio campo. Mas como os "lances polémicos" foram a favor do Porto, até fomos beneficiados...
    Cheira-me a nova estratégia. É sinal que começamos a chamar a atenção para as arbitragens mais descaradas. Parece-me culpa do último jogo com o cabrão do Bruno Paixão.

    ResponderEliminar
  9. Fujo de falar nas arbitragens porque se cai nesta balbúrdia, em que todos ralham, protestam e saem prejudicados.
    A arbitragem de JF foi muito má, mas foi um jogo muito difícil de apitar .
    Para além disso, e ainda que a estratégia permanente de confrontação, por iniciativa do SCP, não fosse devidamente castigada, a verdade é que o FCP jogou mal e quem entra com o PE a defesa direito, não está confiante e tem medo de perder.
    Esse sinal, foi passado aos nossos jogadores, ao adversário e ao público.
    Fiquei tão desiludido com o nosso jogo, que perdi a coragem e a vontade de me atirar ao árbitro.
    Temos de olhar bem para dentro e reconhecer que não fomos competentes. E isso é que me incomoda.

    ResponderEliminar
  10. Está aqui um trabalho de jornalismo interessante. Será que é passível de publicação em " A Bolota"?! Eu gostava. Assim toda a fanfarra vermelha, verde e branca poderiam ler que nós sabemos ver televisão, registar momentos e observar atitudes. Este João, filho duma gaivota, deve achar que anda tudo a dormir na província...e até se deu ao luxo de nem precisar disfarçar! A única coisa que lhe desejo é que como diz o nosso Presidente " largos dias têm 100 anos" e no final da época,vai ter que recapitular a lição, para ver se na de 2009/10 consegue repetir a graçola de forma mais eficaz e mata mesmo o PentaCampeonato ao Porto!

    ResponderEliminar
  11. Árbitro para o Naval-Benfica?

    Adivinharam.

    Sim, é João "Pode vir o João" Ferreira.

    Não há almoços de borla.

    Nem coincidências.

    ResponderEliminar
  12. Zé Luís disse...
    «Árbitro para o Naval-Benfica?
    Adivinharam.
    Sim, é João "Pode vir o João" Ferreira.
    Não há almoços de borla.
    Nem coincidências.«


    Com estas nomeações cirúrgicas, o sportinguista Vítor Pereira já garantiu o apoio do SLB nas próximas eleições para a Liga de Clubes.

    ResponderEliminar
  13. Os meus parabéns a Manuel Queiroz pela coragem e ao José Correia por este post.

    É a 1ª vez q leio uma coisa q para mim foi clara no final da 1.parte, derlei faz falta por trás num contra-ataque e o scp entraria na 2.parte com 10... isto (tvs incluidas) foi branqueado.

    ResponderEliminar
  14. Caros lucho, Zé Luís e restantes amigos portistas,

    Confesso-vos que hesitei antes de fazer este artigo. E hesitei porque, tal como muitos outros portistas, não queria que as minhas criticas à arbitragem fossem confundidas como sendo a única justificação que arranjei para a má exibição e o medíocre resultado.
    Não foi, nem é esse o meu objectivo.
    Temos de assumir que houve culpas próprias na exibição e no resultado, mas parece-me incontestável que o árbitro ajudou (e muito!) à “festa”.

    Ora, mais uma vez, a comunicação social branqueou uma arbitragem que, não tenho dúvidas, se tivesse uma orientação contrária teria sido um escândalo.
    Mais uma vez, e tal como já tinha acontecido aquando da eliminatória para a Taça de Portugal, houve sportinguistas (comentadores e opinion makers) que tiveram a lata de dizer que a arbitragem os tinha prejudicado!
    E infelizmente, mais uma vez a FCP SAD não reagiu a tudo isto com a firmeza que eu gostaria.

    Foi essencialmente por estas três razões, que eu entendi ser necessário escrever um artigo que expusesse, com factos, as manhas e calabotices desta arbitragem do João “pode vir o João” Ferreira.

    ResponderEliminar
  15. e depois o Farinha e o Márcio é que eram facciosos! Mas o Manuel Queiroz pode ser pq é do FCP! Ai essa coerência...

    ResponderEliminar
  16. Caro Zarolho: eu nunca fiz questão de dizer que sou imparcial quando se fala no FCP. Aliás admito a quem comigo fala que sou tão admiradora que perco algum sentido crítico. Afinal as paixões são assim. Mas não deixo de ter opinião menos válida por isso. Porque é a MINHA opinião. E defendo-a com argumentos claros ainda que de algum modo inflamados pelo azul e branco. Agora que é escandaloso o que se passou, é! Com mais ou menos adjectivos os factos estão lá. A interpretação que o zarolho faz deles pode da mesma maneira ser (in)coerente...depende do ponto de vista que no seu caso é só de um lado. Não menos válido por causa disso...

    ResponderEliminar