«Cerca de quatro dezenas de elementos da claque do Benfica No Name Boys foram acusados de vários crimes e o presidente do clube, Luís Filipe Vieira, foi alvo de uma participação à Comissão Disciplinar da Liga de clubes por apoiar aquele grupo de adeptos. A certidão foi também remetida para o Conselho Nacional Contra a Violência no Desporto, entidade junto de quem a claque se deveria ter legalizado, identificando todos os seus membros.
O mais conhecido grupo de apoiantes do Benfica foi alvo de uma aparatosa acção policial há cerca de meio ano, através da operação Fair Play, desencadeada pela Unidade Especial de Combate ao Crime Especialmente Violento (UECCEV) do DIAP de Lisboa com a colaboração da Polícia de Segurança Pública. Das mais de três dezenas de detidos, três ficaram presos preventivamente, quatro em prisão domiciliária e pelo menos dois proibidos de frequentar recintos desportivos.
A acção policial saldou-se ainda na apreensão de armas proibidas, material pirotécnico e mais de dez quilos de haxixe e 115 gramas de cocaína. O libelo sustenta que a claque era financiada através da venda de ingressos para os desafios e de substâncias estupefacientes, nomeadamente haxixe e cocaína. Foram ainda recolhidos indícios da venda e revenda de armas de fogo, nomeadamente de TASER (armas que atingem as vítimas com choques eléctricos), que teriam uma potência superior às usadas pelas forças de segurança.
A investigação abrangeu várias situações relacionadas com actos de violência de que foram vítimas adeptos do FC Porto e do Sporting. E ainda confrontos com forças de segurança e apreensões de droga. O inquérito acabou por agrupar factos ilícitos que estavam dispersos por outros processos. Nos casos da suspeita de tráfico de droga e de armas, as autoridades realizaram escutas telefónicas.
Através das escutas, recorde-se, a PSP pôde reunir elementos que a ajudaram a identificar a autoria moral e material do incêndio ateado ao autocarro que transportou a claque dos Superdragões, que se deslocou a Lisboa, em 21 de Julho de 2008, para apoiar a equipa de hóquei em patins do FC Porto que jogava contra o Benfica. Na origem deste acto esteve, segundo a acusação, o ódio contra o FC Porto, realçando a premeditação do acto, uma vez que o autocarro tinha sido antes seguido por uma viatura ligada aos No Name Boys. (...)»
in PUBLICO, 16/05/2009
«Luís Filipe Vieira garantiu ao Ministério Público nem sequer reconhecer os No Name Boys, acusando a polícia e a segurança privada por mau controlo de armas e material incendiário nos estádios – mas a PSP, num relatório a que o CM teve acesso, arrasa o presidente do Benfica. Pode ler-se que Vieira reúne com a claque para lhes dar todo o apoio, deixando entrar as tochas nas bancadas da Luz; despede o chefe de segurança do clube por ajudar a PSP a identificar os criminosos – e almoça com o comandante da polícia para lhe pedir que "facilite" na presença policial junto dos No Name Boys. Muitos deles entretanto presos por droga, armas, roubos, incêndios e espancamentos a adeptos rivais.»
in Correio da Manhã, 18/05/2009
Ficamos a aguardar (sentados) pelas decisões do Conselho Nacional Contra a Violência no Desporto e, principalmente, da Comissão Disciplinar da Liga do Dr. Ricardo Costa. Contudo, como se trata do SLB e do "senhor transparência", podemos desde já antever que nada de relevante irá acontecer.
O mais conhecido grupo de apoiantes do Benfica foi alvo de uma aparatosa acção policial há cerca de meio ano, através da operação Fair Play, desencadeada pela Unidade Especial de Combate ao Crime Especialmente Violento (UECCEV) do DIAP de Lisboa com a colaboração da Polícia de Segurança Pública. Das mais de três dezenas de detidos, três ficaram presos preventivamente, quatro em prisão domiciliária e pelo menos dois proibidos de frequentar recintos desportivos.
A acção policial saldou-se ainda na apreensão de armas proibidas, material pirotécnico e mais de dez quilos de haxixe e 115 gramas de cocaína. O libelo sustenta que a claque era financiada através da venda de ingressos para os desafios e de substâncias estupefacientes, nomeadamente haxixe e cocaína. Foram ainda recolhidos indícios da venda e revenda de armas de fogo, nomeadamente de TASER (armas que atingem as vítimas com choques eléctricos), que teriam uma potência superior às usadas pelas forças de segurança.
A investigação abrangeu várias situações relacionadas com actos de violência de que foram vítimas adeptos do FC Porto e do Sporting. E ainda confrontos com forças de segurança e apreensões de droga. O inquérito acabou por agrupar factos ilícitos que estavam dispersos por outros processos. Nos casos da suspeita de tráfico de droga e de armas, as autoridades realizaram escutas telefónicas.
Através das escutas, recorde-se, a PSP pôde reunir elementos que a ajudaram a identificar a autoria moral e material do incêndio ateado ao autocarro que transportou a claque dos Superdragões, que se deslocou a Lisboa, em 21 de Julho de 2008, para apoiar a equipa de hóquei em patins do FC Porto que jogava contra o Benfica. Na origem deste acto esteve, segundo a acusação, o ódio contra o FC Porto, realçando a premeditação do acto, uma vez que o autocarro tinha sido antes seguido por uma viatura ligada aos No Name Boys. (...)»
in PUBLICO, 16/05/2009
«Luís Filipe Vieira garantiu ao Ministério Público nem sequer reconhecer os No Name Boys, acusando a polícia e a segurança privada por mau controlo de armas e material incendiário nos estádios – mas a PSP, num relatório a que o CM teve acesso, arrasa o presidente do Benfica. Pode ler-se que Vieira reúne com a claque para lhes dar todo o apoio, deixando entrar as tochas nas bancadas da Luz; despede o chefe de segurança do clube por ajudar a PSP a identificar os criminosos – e almoça com o comandante da polícia para lhe pedir que "facilite" na presença policial junto dos No Name Boys. Muitos deles entretanto presos por droga, armas, roubos, incêndios e espancamentos a adeptos rivais.»
in Correio da Manhã, 18/05/2009
Ficamos a aguardar (sentados) pelas decisões do Conselho Nacional Contra a Violência no Desporto e, principalmente, da Comissão Disciplinar da Liga do Dr. Ricardo Costa. Contudo, como se trata do SLB e do "senhor transparência", podemos desde já antever que nada de relevante irá acontecer.
11 comentários:
Li esta noticia no Público de Sábado!
Não vi tele-jornais durante o fim de semana!
Será que os abriram com este escândalo como o fariam se de PdC e do FCP se tratasse?
Quanto ao "justiceiro" da Liga, penso que já arranjou a solução: vai pura e simplesmente demitir-se do cargo para fugir às suas responsabilidades!
Engraçado, há cerca de um ano, alguns adeptos do benfica tentaram manifestar-se junto ao estádio da luz, e nesse dia (e apartir dele) alguns adeptos deixaram de gostar do Sr. Vieira e tentaram mesmo agredi-lo... O que algumas pessoas não sabem, é que esse Sr, tentou comprar elementos das claques com bilhetes (e não só...) para o jogo no dragão (dia seguinte) para irem bater nos adeptos do benfica que se manifestavam.... Alguns viraram-se contra o feiticeiro, outros, pelos vistos, não....
Aguardemos...sentados claro...para nao ganharmos varizes..
«Vieira protege cabecilhas dos No Name Boys, diz PSP
O Presidente do Benfica dá apoio expresso aos No Name Boys, claque ilegal cujos vários membros são suspeitos de tráfico de armas e droga, roubos, incêndios e agressões. Luís Filipe Vieira garantiu ao Ministério Público que nem sequer reconhece os No Name Boys, mas um relatório da PSP; citado pelo ‘Correio da Manhã’, diz precisamente o contrário. Estas informações já estão nas mãos da Liga de Clubes.
De acordo com este relatório, Vieira reuniu-se, a 18 de Junho de 2008, com ‘Zé Gago’, elemento dos No Name Boys, “oferecendo-lhes total apoio, afirmando que iria devolver a sede à claque, despedir o chefe de segurança Paulo Dias por ajudar a PSP e autorizar o uso de tochas dentro do estádio”.
A ocorrência deste encontro foi detectada através das escutas a Hugo Caturno, elemento “extremamente violento” da claque. Numa conversa gravada entre Caturno e ‘Zé Gago’, este disse que Vieira lhe prometera que na época seguinte não haveria polícia na zona da claque, que autorizaria o uso de tochas, que iria devolver a sede à claque, com obras custeadas pelo clube, e que iria “tratar da polícia em três tempos” e “correr com Paulo Dias”. Paulo Dias é chefe de segurança que auxiliou a PSP a identificar vários dos 31 alegados criminosos detidos pela Divisão de Investigação Criminal da PSP de Lisboa, em Novembro do ano passado.
Segundo o relatório da PSP; Vieira tentou cumprir uma das promessas ao pedir a Diamantino Gaspar, comandante da PSP de Benfica, para “aliviar” a presença policial junto dos No Name Boys.
Ainda de acordo com “Correio da Manhã”, as informações deste relatório já estão na posse da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP), que, de acordo com a lei ainda em vigor, pode suspender a actividade desportiva do Benfica (a nova legislação ainda não entrou em vigor), pois a direcção do clube “não cumpre a lei e cede bilhetes a preço reduzido e instalações “ a claques ilegais.
Benfica nega e processa
A reacção do Benfica não se fez esperar. Em comunicado, o clube diz que vai apresentar queixa-crime contra o ‘Correio da Manhã’, o seu proprietário, Paulo Fernandes,e o autor do artigo.
“É sabido o esforço que o Presidente do Sport Lisboa e Benfica fez na legalização das ‘claques’, tendo, inclusive, apresentado propostas que visavam a alteração do actual quadro legal e que sugeriam uma maior responsabilização dos seus elementos”, diz o comunicado, publicado no site do clube, garantindo que, “verificada a não legalização, nos moldes exigidos pela legislação em vigor, dos sócios do Sport Lisboa e Benfica em ‘claques’, o Presidente do Sport Lisboa e Benfica adoptou conduta rigorosamente inversa àquela que o ‘Correio da Manhã’ lhe imputa, ou seja, retirou-lhes qualquer tipo de apoios.”»
in DN, 18/05/2009
LFV com ligações a traficantes de droga? Qual é a novidade? Porque acham que o Maradona foi ao estádio do slb?
«'No Name Boys'. Encerramento do inquérito. Acusação. DIAP de Lisboa.
O DIAP de Lisboa encerrou o inquérito relativo ao grupo de apoio ao SLB denominado 'No Name Boys', tendo deduzido acusação contra 38 pessoas.
Três arguidos estão em prisão preventiva, 4 estão em prisão domiciliária e 2 estão sujeitos, desde o primeiro interrogatório judicial, a interdição de entrada em recintos desportivos. Foi requerida a aplicação a mais 7 arguidos da medida prevista no artigo 27º da Lei n.º 16/2004 em vista à interdição de entrada em estádio de futebol.
Com base nos indícios recolhidos em inquérito foi imputado o cometimento de crimes de associação criminosa, tráfico de estupefacientes, detenção de arma proibida, distribuição irregular de títulos de ingresso, incêndio, dano com violência, roubo qualificado, ofensa à integridade física, arremesso de objectos.»
In site do MP
http://www.pgdlisboa.pt/pgdl/novidades/nov_mostra_doc.php?nid_novidade=509
«O presidente do Benfica garantiu, esta segunda-feira, ter retirado "qualquer tipo de apoios" à claque "No Name Boys". Mas o Ministério Público, que acaba de acusar de vários crimes 38 membros da claque, põe em causa aquela versão.
Já durante a investigação da Unidade Especial de Combate ao Crime Especialmente Violento, do DIAP de Lisboa, Luís Filipe Vieira havia assegurado que não reconhecia os arguidos como membros de uma claque legalizada. E negou que tivesse pedido ao comandante da PSP de Benfica para "aliviar" a presença policial junto dos "No Name Boys" (NN) e o controlo de artefactos pirotécnicos no Estádio da Luz. Mas aquela unidade do MP, que investigou os NN com o apoio da PSP, não deu crédito à versão de Vieira. Na acusação, emitida a semana passada, diz que "a factualidade [apurada] permite de alguma forma pôr em causa as declarações prestadas anteriormente pelo presidente do Sport Lisboa e Benfica". Ontem, o Correio da Manhã deu notícia da tese do MP, com o título "Cabecilhas dos No Name protegidos por Vieira". E o dirigente benfiquista ameaçou o jornal com uma queixa-crime. Sustentou que, após os NN optarem por não se adaptar à Lei n.º 16/2004, "retirou-lhes qualquer tipo de apoios". O MP, porém, concluiu que "a direcção do Benfica terá apoiado em concreto este grupo de adeptos" e, abstendo-se de acusar Vieira de crime, participou o caso à Comissão Disciplinar da Liga de Clubes.
A conclusão do MP baseia-se em escutas telefónicas, nos depoimentos do ex-comandante da PSP de Benfica e do ex-chefe da segurança da Luz, nas obras feitas pelo Benfica na suposta sede dos NN e nos lugares cativos no estádio da Luz de que beneficiam alguns arguidos. A acusação justifica o apoio de Vieira aos NN pelo poder que eles possuem, enquanto sócios do Benfica, nas assembleias-gerais do clube.
De resto, o MP descreve um quadro de violência e vandalismo em que os suspeitos actuam de forma planeada contra adeptos do F. C. Porto. Assim foi quando, a 21 de Junho de 2008, incendiaram o autocarro que levou os portistas a um jogo de hóquei na Luz. Membros do NN seguiram-nos de automóvel e, orientados à distância por outro arguido, atearam o fogo ao autocarro com gasolina, quando ele estava estacionado.
São ainda descritas agressões em que elementos dos NN, em superioridade numérica, empregam grande violência contra adeptos do F.C. Porto.»
JN, 19/05/2009
«No dia em que incendiaram um autocarro dos adeptos do FC Porto, a 21 de Junho do ano passado, os No Name Boys tiveram uma ajuda preciosa para a violência que se seguiu. Foi um elemento dos Spoters, os agentes da PSP que têm precisamente por missão escoltar e proteger as claques visitantes, a dar os Super Dragões à morte. Hugo Caturna, perigoso membro dos No Name a ser alvo de escuta telefónica, acalma os amigos: um polícia já o informou de que iam “largar” os rivais.
E a noite acabou com pontapés e garrafas partidas na cabeça das vítimas.
O crime teve lugar em plena área de serviço à saída da ponte Vasco da Gama, depois de um jogo de hóquei em Lisboa – e os agressores dos No Name Boys, para conseguirem emboscar e espancar os rivais, terão tido informação da própria polícia.
Caturna diz ao telefone, lê-se na Acusação do Ministério Público a que o CM teve acesso, que “um dos que o deteve [polícia] lhe disse que os iam ‘largar’ [S. Dragões] e que, por isso, iam andar por aí à deriva – referindo-se a informações de um Spoter [da PSP] que teria ligações com os arguidos [No Name Boys] e lhe teria fornecido informações sobre aspectos de acompanhamento de adeptos”.
As vítimas de agressões na ponte Vasco da Gama no Verão passado, depois de uma perseguição na 2.ª Circular, Lisboa, tiveram de ser assistidas no hospital devido a hematomas.
Os Spoters são agentes da PSP que se dedicam ao acompanhamento de claques. Foram criados na sequência do Euro’ 2004.
O polícia que deu informações aos No Name Boys sobre os rivais nunca foi identificado.»
Correio da Manhã, 19/05/2009
A benficatv já veio esclarecer o caso. Aparentemente o problema foi o LFV pretender que a policia jogasse à zona em vez de fazerem marcação homem-a-homem. :D
http://www.youtube.com/watch?v=Yvg1u1cLrwwSe o SLB não existisse tinha de ser inventado.
«Luís Filipe Vieira garantiu ao Ministério Público nem sequer reconhecer os No Name Boys, acusando a polícia e a segurança privada por mau controlo de armas e material incendiário nos estádios – mas a PSP, num relatório a que o CM teve acesso, arrasa o presidente do Benfica. Pode ler-se que Vieira reúne com a claque para lhes dar todo o apoio, deixando entrar as tochas nas bancadas da Luz; despede o chefe de segurança do clube por ajudar a PSP a identificar os criminosos – e almoça com o comandante da polícia para lhe pedir que "facilite" na presença policial junto dos No Name Boys. Muitos deles entretanto presos por droga, armas, roubos, incêndios e espancamentos a adeptos rivais.
Os motivos para esta relação, segundo o relatório da PSP, são simples: a claque tem cerca de quatro mil elementos, grande parte deles sócios há muitos anos, logo, cada um com um número de votos superior ao normal. E votam sempre em bloco, tendo capacidade de aprovar ou não qualquer assunto em debate nas assembleias gerais (ver caixa).
Diz a PSP que os No Name Boys nunca se quiseram legalizar como associação para não serem identificados. Mas a direcção do Benfica 'não cumpre a lei e cede bilhetes a preço reduzido e instalações' a um grupo que, nas últimas épocas, intensificou 'a violência sobre a polícia e adeptos rivais'. Além de deflagrarem as 'tochas, petardos, very-lights e potes de fumo nos estádios', 'incitam à violência com o lançamento de tochas, isqueiros e cadeiras' e 'vendem droga no decorrer dos jogos'. No final, seguem, espancam e roubam as pessoas.
Foi por isso que a Divisão de Investigação Criminal da PSP de Lisboa avançou em Novembro do ano passado com 31 detenções. E obteve provas das ligações do presidente do Benfica à claque ilegal. Em 18 de Julho de 2008, reuniu com ‘Zé Gago’, dos No Name, 'oferecendo--lhes total apoio, afirmando que iria devolver a sede à claque, despedir o chefe de segurança Paulo Dias por ajudar a PSP e autorizar o uso de tochas dentro do estádio'.
Vieira almoçou com Diamantino Gaspar, comandante da PSP de Benfica, e, segundo este, pediu-lhe para 'aliviar' a presença junto da claque. O objectivo seria fechar os olhos 'a artefactos pirotécnicos', proibidos por lei, 'para as pessoas verem o que é o inferno da Luz'. Estas informações estão na Comissão Disciplinar da Liga e, na pior das hipóteses, o Benfica arrisca suspensão da actividade desportiva.
CHUMBARAM PRESIDENTE DA PT
A PSP conclui, no relatório final da investigação aos No Name Boys, que a direcção do Benfica é refém da claque ilegal pela capacidade de votação em bloco – quatro mil elementos – nas assembleias. E deram uma demonstração de força quando vetaram a proposta de tornar Henrique Granadeiro, presidente da PT, sócio honorário do clube.
'BRAÇO ARMADO DO BENFICA'
‘Zé Gago’ deu a conhecer à PSP a proximidade que a claque mantinha com Luís Filipe Vieira através de uma conversa ao telemóvel com o amigo Hugo Caturna, elemento 'extremamente violento' dos No Name Boys que nessa altura estava a ser alvo de escuta telefónica.
Caturna é considerado um dos cabecilhas da claque ilegal, o mesmo que disse, em escuta, que 'os No Name Boys são o braço armado do Benfica'. Esteve no incêndio ao autocarro dos adeptos do FC Porto, em Junho passado, e no espancamento de um militar da GNR apenas porque usava um cachecol do clube do Norte. Depois incendiaram-lhe o carro com uma tocha. E no telefonema que a PSP apanhou ouviu ‘Zé Gago’ dar-lhe conta do que Luís Filipe Vieira lhes prometera: na época seguinte não haveria polícias no sector dos No Name. O presidente do Benfica, segundo ‘Zé Gago’, afirmou que ia 'tratar da polícia em três tempos'. Vieira anunciou ainda 'correr com Paulo Dias', o chefe de segurança que se dava 'com polícias' e que na época seguinte as tochas podiam entrar na Luz. Quanto à sede da claque, 'a casinha', ia-lhes ser restituída e o clube pagaria as obras necessárias.
PONTOS DA INVESTIGAÇÃO
A procuradora-geral-adjunta dirige o Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa, que através da Unidade Especial de Combate ao Crime Violento coordenou a investigação da PSP e já acusou os elementos da claque.
Comanda a Divisão de Investigação Criminal da PSP de Lisboa, responsável pela recolha de prova ao longo de mais de um ano sobre os vários crimes na claque do Benfica. O resultado final foram mais de trinta detenções»
in Correio da Manhã
«O conteúdo de uma pen-drive apreendida a um elemento do 'No Name Boys' (NNB) foi apenas um indício para o Ministério Público avançar para a acusação de associação criminosa. Dentro do dispositivo encontravam-se informações detalhadas sobre elementos da rival Juve Leo: fotografias dos dirigentes, acompanhadas por notas sobre "namoradas, cônjuges e restantes familiares". A recolha de informação fazia parte da forma de actuação dos NNB. Os 38 elementos ligados a esta claque foram acusados pelo DIAP de Lisboa de crimes de associação criminosa e tráfico de estupefacientes.
A acusação é feita após um grupo de 30 suspeitos ter sido detido em Novembro de 2008, na operação'Fair Play' realizada pela PSP de Lisboa.
Nas buscas domiciliárias, a polícia apreendeu droga, armas e material pirotécnico.
Terá sido a metódica recolha de informação que levou elementos do NNB ao encalço de João Filipe Sério, adepto do Sporting e membro do grupo "1143" que integra a Juventude Leonina. Em Fevereiro de 2008, quatro elementos do NNB, abordaram o rival junto à casa deste.
João Sério ainda tentou fugir para uma esquadra da PSP, que fica nas imediações. Porém foi alcançado pelo grupo. Um dos agressores, segundo a acusação, "desferiu diversos golpes no corpo do ofendido com uma faca que trazia consigo". Os restantes, "utilizando tochas incendiárias queimaram o corpo do ofendido, nomeadamente na anca esquerda e no abdómen, ao mesmo tempo que, utilizando um taco, desferiram com ele pancadas no corpo daquele, atingindo-o em várias zonas letais, nomeadamente na cabeça".
Este é apenas um caso relatado no despacho de acusação do DIAP de Lisboa neste caso, o qual resultou na junção de vários processos dispersos por diferentes comarcas. Um destes veio da comarca do Seixal e diz respeito à agressão e destruição do carro de um jornalista de O Jogo no centro de estágio dos "encarnados". O episódio ocorreu em Abril de2008 e o envolvimento dos NNB foi "apanhado" em escutas telefónicas. No dia da agressão, MIguel C. telefonou a Hugo C (ambos acusados no processo), contando que um grupo esteve no Seixal onde "partiram a boca toda a um do Jogo".
Os membros da claque partiram ainda o vidro do carro do jornalista, e tentaram introduzir no interior da viatura uma tocha incendiária que poderia ter destruído por completo o carro. "Partimos o carro todo do jornalista, (…) mandei uma tocha para dentro do carro, só não incendiou porque saiu fora", disse Miguel C, numa escuta que está transcrita na acusação.
Os líderes da claque são ainda suspeito de revenderem ilegalmente bilhetes para os jogos do Benfica. Os ingressos seriam cedidos à claque a um preço reduzido, mas depois eram colocados mais caros no mercado. O DIAP de Lisboa sustenta que o lucro obtido era "investido" depois no negócio da droga»
in DN
Estou estupfacto com tudo o que leio aqui. Não porque duvide minimamente mas porque nada disto saiu nunca na comunicação social. E não tenho dúvidas de que a comunicação social conheceria a grande maioria destes casos de agressões planeadas.
Quanto ao Vieira estou certo de que nada lhe vai acontecer.
Enviar um comentário