quinta-feira, 30 de julho de 2009

Em serviços mínimos


Para o segundo encontro referente à Peace Cup, o FC Porto apresentou-se em Sevilha, diante do Besiktas, com 4 alterações no onze inicial relativamente ao jogo com o Lyon. Beto, Miguel Lopes, Guarín e Farias tiveram oportunidade de se mostrar ao treinador, que, para esta partida, optou por retirar os alas puros da equipa, dando um cariz mais musculado ao meio campo. Uma espécie de 4-4-2, que se revertia pontualmente em 4-3-3.

Mercê dessa alteração táctica os Dragões evidenciaram alguma desorganização durante grandes períodos do jogo. A equipa Turca foi quem mais assumiu o controlo das operações, mas ao longo de todo o encontro, só foi criando algum frisson junto à baliza de Beto a partir de lances de bola parada.



Do lado do Porto, com Meireles a evidenciar pouco fulgor físico, Belluschi intermitente – apesar de pontualmente fazer uns apontamentos de classe – foi Guarín quem se mostrou mais esclarecido do que aquilo que lhe é habitual ver. Fernando, esse, varre tudo o que lhe aparece pela frente. Na dianteira, Farias passou longos minutos longe do jogo, e só Hulk fez valer a sua velocidade de ponta. Tivesse o árbitro a graduação dos seus óculos calibrada, e teria assinalado 2 penalidades claríssimas sobre o avançado portista.

Na verdade, esta é uma daquelas partidas que não deixará saudades a ninguém. Ao ritmo tradicionalmente lento destes típicos jogos de pré-temporada, junte-se a pouca predisposição das 2 equipas em jogar o jogo pelo jogo. É certo que ao FC Porto servia-lhe um empate para seguir em frente nesta competição, bem como as nuances tácticas impostas nesta partida por parte de Jesualdo possam ter afectado o rendimento colectivo, mas isso, por si só, não justifica uma exibição tão descolorida.



De positivo, fica o registo de mais uma prestação imaculada da defesa azul e branca, sendo claramente o sector mais entrosado da equipa. Beto muito seguro. Miguel Lopes em estreia, com algum nervosismo à mistura, que lhe valeu algumas más acções. A dupla de centrais esteve irrepreensível, como é hábito. Álvaro Pereira muito bem no flanco esquerdo.

Segue-se como adversário o Aston Villa, nas meias-finais da Peace Cup.

Fotos: Getty Images

7 comentários:

  1. Exibição pouco conseguida, mas objectivo atingido. Voltamos a jogar sexta-feira frente aos ingleses do Aston Villa: será que vão jogar outra vez os mesmos ou vamos ter a oportunidade de ver, por exemplo, o Falcao e o Valeri, jogarem mais tempo?

    Um abraço

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  2. Os jogos da pré-temporada são mesmo assim. E este como valia, pelo menos 500 mil eutros, percebe-se que tenha sido jogado mais para o resultado. Além disso há 3 atenuantes para a exibição pouco conseguida:
    1. Parece que estavam 40º à hora do jogo;
    2. O estado do relvado era mauzinho;
    3. Os jogadores têm sido sujeitos a grandes cargas físicas neste início de época pelo que é normal que não rendam tanto.

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  3. Parece-me interessante este teste ao 442 e estes jogos da pré-epoca servem para isto mesmo, apesar de estar algum dinheiro em jogo, já para não falar do prestígio. Apesar do resultado penso que o importante terão sido as conclusões retidas. O título da pré-epoca já foi atribuído em Amesterdão e penso que esse não faz parte dos nossos planos.
    Teremos uma grande vantagem se conseguirmos alternar os sistemas.

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  4. O relvado estava péssimo, os jogadores bastante cansados e o árbitro de ontem provou que Portugal não tem o monopólio dos (árbitros) muito mauzinhos.
    O jogo foi fraco. Só a irritação e a esperança de uma improvável melhoria me fez ficar acordado até ao fim.
    Com excepção de Beto, Rolando, Bruno, APereira, e Hulk foi tudo demasiado sem chama e criatividade para nos agradar.
    Estamos nas meias da Peace Cup e continuo à espera de ver um FCP com um futebol mais alegre, atrevido e atacante.
    Temos sido competentemente resultadistas, mas estou ansioso por ver o FCP a assumir o jogo e a jogar no campo inteiro.
    Esperemos com calma.

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  5. Apensa deixo um comentário. Vale tudo para parar o Hulk. Na segunda penalidade o gajo até parecia marrar contra o Hulk.

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  6. O que mais se destacou deste jogo foi o mau relvado (era mais um areal do que um relvado) e o árbitro que, tal como a defesa turca, se viu grego para travar o Hulk dentro das leis do jogo.

    O Miguel Lopes tem de controlar a sua impetuosidade, senão não acaba um jogo no campeonato português.

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  7. Uma das grandes batalhas esta época é proteger o Hulk. Vamos ver muita pancada sobre o brasileiro.
    Mas dizer o quê ? Que temos que proteger os talentosos?
    E depois vem o "Paulo risca ao meio Bento" dizer, e aos outros partem-se as pernas?

    Abraço

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