domingo, 11 de abril de 2010

Nada Farías sem ele...


Quase três meses depois, Farías volta a calçar as botas e regressa da melhor maneira possível aos relvados. Autor do único golo da partida que opôs os Dragões diante do Rio Ave, no estádio dos arcos, o argentino volta a confirmar a tendência de fazer golos em poucos minutos de utilização, deslaçando um nó que parecia muito apertado. Com um pé fora do FC Porto, Farías mantêm a ténue esperança da equipa azul e branca chegar ao 2º lugar e, consequentemente, garantir a vaga para a pré-eliminatória da Liga dos Campeões.

Depois de prestações mais vistosas diante do Belenenses e Marítimo, a equipa portista apresentou-se esta noite em Vila do Conde mais desgarrada e desconexa do que nos encontros anteriores. Não será alheio o facto de o Rio Ave se ter apresentado mais fechado, factor em que a nossa equipa tem sempre dificuldade em contornar, mas com o ritmo e processo de jogo lento que os homens de Jesualdo explanavam no relvado, dificilmente a equipa conseguia criar espaços.


Assim sendo, não admira que o único golo do jogo tenha surgido a partir de um lance de bola parada. Não admira que tenha sido apontado por um jogador que saltou do banco para reforçar a frente de ataque. Não admira, sequer, que além deste solitário golo pouco fique para contar deste encontro tão pobre. Sintomas de quem corre atrás de objectivos pouco tangíveis.

Para se aquilatar a desconcentração com que a equipa portista encarou este jogo, basta recordar os 2 erros defensivos de Miguel Lopes e Álvaro Pereira logo no começo do encontro. Valeu-nos a cabeçada de “pantufas” de Farías e a fabulosa intervenção de Helton ao minuto 68. Tudo resto, espremido e torcido, não se aproveita nada.

Sortudos todos aqueles que optaram por ligar à mesma hora na Sport TV para assistir a mais um recital do Barcelona de Messi.



Positivo: Ernesto Farías. Extraordinário o índice de aproveitamento do avançado argentino. Em poucos minutos em campo resolveu o jogo a favor da sua equipa, num excelente golpe de cabeça. Virtudes que não deverão ser suficientes para o segurar no Dragão para além desta época.

Negativo: Para não variar, uma vez mais neste campeonato, com o resultado ainda indefinido, um erro grosseiro da equipa de arbitragem contra o FC Porto, ao não assinalar uma evidente grande penalidade sobre Farías. Contabiliza-se, assim por alto, para cima de uma dezena deste tipo de “lapsos”, sempre em desfavor nosso. Coincidências…


Fotos: Agência Lusa

14 comentários:

  1. Jogo muito fraco, Rio Ave fechado e falta de velocidade.
    De resto bem HELTON, a merecer destaque, Hulk e ... El Tecla Farias, um injustiçado nestas épocas todas.
    Já não é de agora que o digo.
    Siga para a próxima vitória.

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  2. Eu cá acho que o "lapso" é continuar a insistir em bolas longas e transições rápidas quando (1) o adversário joga com 11 atrás da bola e (2) ataca com médios e avançados rápidos, porque eles sim, não precisam de tomar a iniciativa.

    Eu ainda acho que este é o maior "pecado" das equipas de Jesualdo, um que quase todos os outros treinadores já perceberam (exclui-se o Domingos).

    Entretanto, hoje (Domingo) à tarde defrontam-se em Anfield Liverpool e Fulham, ambos ainda envolvidos na Europa Cup, que disputaram, tal como o Benfica, na passada Quinta-Feira. Como eles, Hamburg, Wolfsburg, Valência, Atlético de Madrid também jogarão para os respectivos campeonatos hoje.

    Como é que é possível o Sporting baixar as calcinhas ao seu maior rival e aceitar mudar o jogo para Terça? Parece-me incrível. Surreal mesmo.

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  3. "Como é que é possível o Sporting baixar as calcinhas ao seu maior rival e aceitar mudar o jogo para Terça? Parece-me incrível. Surreal mesmo."

    Algo me diz que é um "presente" envenenado.

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  4. Mais do que a eficácia do Farias... aprecio a garra e a vontade que mete em todos os lances. Não jogava há 3 meses e mostrou mais alegria que os restantes 9 murcões. 9 porque o Helton fez um bom jogo também.

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  5. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  6. Vem aqui o mouro dizer que descobriu o centralismo...

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  7. Confesso que preferi ver o Real-Barcelona. Grande jogo, sempre muito intenso.
    Sempre que mudava para o Rio Ave - Porto para ver em que paravam as modas tinha a noção de estar a ver um jogo do campeonato de amadores. Este ano está visto. Venha o próximo.

    PS - o que motivará um tipo para vir às 2:20 da manhã a um blog portista fazer um comentário perfeitamente idiota e desajustado do tema do artigo? sem dúvida alguma, muita frustração acumulada ao longo dos anos...

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  8. num jogo demasiado cinzento, há uma nota que quero registar: o comportamento correcto das claques do FCP.

    foram um exemplo de entrega e de paixão no incentivo à equipa, quando tudo o que esta fazia dentro do campo era complicar.

    uma crítica construtiva: como seria óptimo que aquele comportamento se verificasse em todos os jogos, mesmo naqueles em que estamos a perder.

    saudações PENTACAMPEÃS!

    PS1: também eu preferi ver o Clássico Espanhol em detrimento do meu FCP. vi o jogo de Vila do Conde em diferido, por assim dizer. que antítese para o do Barnabé...

    PS2: eu reflicto todos os dias por estar a perder poder de compra no concelho onde resido. sinto-o da pior forma: na carteira. mas e como refere o Miguel Magalhães, parece-me que este não é local mais apropriado para esses pensamentos. foi, na minha opinião, um comentário um pouco a despropósito.

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  9. Meus amigos cada um coze-se com as linhas que tem, agora não vale a pena lamentos, ou será que vale...? Isto em relação ao jogo de ontem como é óbvio, para nós ultras o objectivo foi cumprido 3 pontos e mais nada, tudo bem que se podermos juntar ao jogo um bom espectáculo futebolistico é optimo mas na falta do melhor chega a conquista dos 3 pontos. Claro que para alguns adeptos de sofá é um pouco incompreensivel esta maneira de pensar, mas para as claques que sempre acompanham e vão acompanhar o nosso FCP, a paixão e dedicação que os ultras sentem por o nosso clube, está acima da comprensão de qualquer mortal.
    SOMOS PORTO E ESTÁ TUDO DITO.
    Grande abraço.

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  10. Contra um adversário com medo de ser goleado e extremamente defensivo, era extremamente dificil fazer mais. Não fizemos um jogo incrível, mas muito sinceramente acho que fizemos uma exibição até bastante boa. Marcámos da única maneira que conseguiriamos, tendo em conta aquela teia defensiva. Bem, está ganho. Venha o próximo!

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  11. @ ultras FCP Matosinhos

    acusei o 'toque' do «adepto de sofá». mas não me revejo nesse epíteto.

    infelizmente para mim, estou "lesionado" [ruptura total do tendão de Aquiles, tal como o David "Becas" ;) ] e, no presente, não posso acompanhar a Equipa as vezes que pretendia. também há a "lesão" na carteira, mas isso são outros "quinhentos" ;)

    contudo, e só esta época, já estive em Londres e no Algarve. dois jogos de péssima memória, bem sei, mas somos Portistas em TODAS as ocasiões, certo?
    curiosamente - ou talvez não - desde que fiquei mais "caseirinho" as derrotas têm estado afastadas ;)

    o que pretendi transmitir com o comentário anterior foi que admirei, mesmo em diferido (pelo motivo indicado), o trabalho excelente das claques no apoio à equipa. foram incansáveis durante TODA a partida! daí o meu sincero elogio. e eu nem vou muito à bola com algum do "universo Ultra", confesso.

    daí a minha crítica construtiva em relação a esse mesmo apoio e porque não o sinto em todos os jogos no Dragão, mesmo nas derrotas. houve jogos, esta época, em que o estádio teve um silêncio demasiado ensurdecedor. e é precisamente nesses momentos que a Equipa necessita do seu 12º jogador - o clássico chavão, mas bastante verdadeiro. ;)

    desculpa se me dirigi só a ti, mas como o já escrevi, "acusei o toque". e «como quem não sente não é filho de boa gente»...
    sem ressentimentos porque e como o escreveste - e bem! - «SOMOS PORTO», certo?

    saudações PENTACAMPEÃS!

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  12. «Quando uma equipa perde os principais objectivos da época, é difícil manter a motivação, manter a mesma intensidade com que se luta pelo título ou pela Liga dos Campeões»
    João Vieira Pinto
    in O JOGO, 11/04/2010

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  13. «Farías é um ponta-de-lança perigoso que não precisa de muitos remates para marcar, sendo importante neste momento até pelo facto de a equipa não ter muitas soluções para aquela posição»
    João Vieira Pinto
    in O JOGO, 11/04/2010

    Apesar de Farías ter características semelhantes a Falcao, é óbvio que fez falta durante o longo período em que esteve lesionado.

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  14. Não me parece que o Farias é semelhante ao Falcao, só um aspecto os une, o serem relativamente baixos...O Farias é mais sólido fisicamente e mais fixo, o Falcao mais mexido e rematador...

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