quarta-feira, 20 de abril de 2011

Um meio-campo de luxo


Em Março passado, no seu jogo de estreia pela Selecção, Rúben Micael marcou os dois golos com que a equipa das quinas derrotou a Finlândia (2-0).

Na mesma altura, e após uns anos de ausência, Fernando Belluschi, fruto da época que tem vindo a fazer, regressou ao lote de convocados da selecção argentina para os particulares com Estados Unidos e Costa Rica (26 e 29 de Março).

Freddy Guarín, depois do muito de bom que já tinha mostrado no último terço da época passada, é um dos jogadores deste campeonato, tendo sido várias vezes considerado o melhor em campo, eleito o jogador do mês de Março e, claro, tornando-se um dos indiscutíveis da sua selecção.

João Moutinho, saído de um pesadelo chamado Sporting, voltou ao seu melhor nível, assumindo o papel de pêndulo equilibrador do FC Porto e da Selecção.

Falta juntar a esta lista Fernando, médio formatado por Jesualdo e que praticamente só defende, mas cuja importância nas transições e cobertura defensiva faz com que André Villas-Boas não o dispense.

Por tudo isto, não é exagerado dizer que o plantel desta época é constituído pelo melhor lote de médios desde o plantel de 2003/04 onde, recordo, havia um mágico Deco, um enorme Maniche, um cerebral Costinha, um Pedro Mendes todo-o-terreno e um Alenitchev de fino recorte.

E do lote actual estou a deixar de fora Souza e Castro, dois médios pouco utilizados, mas que já deram indicações positivas (desde que foi novamente emprestado, Castro tem sido bastante elogiado no Sporting Gijon).

Se é verdade que para algumas posições as alternativas existentes no plantel estão muito aquém dos titulares (ponta-de-lança e defesa esquerdo são as mais notórias), é indiscutível que no meio-campo a competitividade é muito elevada. Fernando ou Guarín? Belluschi ou Guarín? Moutinho ou Guarín? Belluschi ou Rúben? etc.

Os jogadores não gostam de ficar de fora (Rúben teve uns desabafos subliminares no final do Portugal x Finlândia), mas não há dúvida que a equipa fica a ganhar com esta competitividade. E feliz do treinador que pode contar com um lote de médios desta qualidade, todos eles perfeitamente integrados na cultura do clube e sem andarem a sonhar diariamente com outros campeonatos (não é Raul Meireles?).

É caso para dizer que já não temos o Lucho (que saudades!), mas temos um meio-campo de luxo.

4 comentários:

  1. Por falar em Lucho, seria um regresso perfeito do El Comandante, que parece estar debaixo de criticas em Marselha!
    Era o toque final de classe para o nosso super meio-campo.

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  2. Caro José Correia, caríssimas(os:

    a minha mais forte convicção para o encontro de logo é que os "Coentros e os rabanetes não se sentarão à mesa do rei" - que é como quem "escreve": não haverá espaço para abébias, pelo que aposto num novo apagão ;)

    «este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!

    saudações desportivas mas sempre pentacampeãs! ;)

    Miguel | Tomo I

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  3. Até acho que se deveria vender um dos médios (que não o Fernando e o Moutinho, claro). É demasiada qualidade para ficar sentada no banco num clube com as finanças sempre curtas como o nosso. E quanto do ponta de lança, houve uma grande aposta no bigorna que ainda aguarda pela rentabilização. Não creio que seja bem pensado encontrar já mais um substituto para esta posição. Só se for um jogador jovem, inadaptado, disposto a estar no banco e a esperar pela integração no médio prazo...

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  4. Vender um dos médios?

    É dos sectores onde não deve sair ninguém, excepto o Souza.

    Com 2 lesionados como aconteceu esta noite, quais seriam as alternativas?

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