Com o defeso aparecem os inevitáveis rumores sobre transferências (vendas), e se fosse a prestar muita atenção ao que vou lendo nos jornais até ficava a pensar que o FCP ainda vai vender o 11 titular todo para a próxima época... de Falcão a Sapunaru passando por Rolando ou Fernando, acho que já apareceram rumores sobre todos ou quase.
Normal, como diria o outro, ou não tivessem os jornais que fazer pela vida (e sem jogos, há que trazer outro tipo de notícias às primeiras páginas...). Mas atenção que não quero necessariamente dizer com isto que andam a inventar notícias - é perfeitamente possível que até tenham um mínimo de fundamento, já que a maior parte dos clubes terá certamente em carteira umas dezenas de jogadores em que estão hipoteticamente interessados; mas daí a um interesse concreto em apresentar proposta tendo em conta valores que o FCP estará disposto a discutir, vai uma enorme distância.
Mas adiante: vejo muitos portistas a dizer que neste Verão "é para fazer como em 2003", em que "não fizemos nenhuma grande venda". Ora isto de tanto ser repetido até passa por verdade, mas está pura e simplesmente errado: em 2003 vendemos aquele que foi o melhor artilheiro da época 02/03 e habitual titular a ponta-de-lança, Hélder Postiga. É fácil descontar a sua importância na altura tendo em conta o que fez desde então, mas relembro que nessa época fez 35 jogos (31 no campeonato) e foi o melhor marcador da equipa com 14 golos. Era, portanto, um jogador bastante importante na altura.
Mais, e no que a considerações financeiras diz respeito: ao ser vendido por 9M€ (mais uns potenciais 3M€ por objectivos, que infelizmente não se vieram a realizar), Postiga foi a venda mais cara de sempre até ao momento (i.e. 2003). Ou seja, tampouco se poderá dizer que nos demos ao luxo financeiro de poder passar esse Verão sem uma grande venda, longe disso.
Neste momento não temos uma tesouraria mais folgada do que tínhamos no Verão de 2003, longe disso (sem me expandir, basta por exemplo assinalar que temos mais de 100M€ de dívidas que se vencem até Abril do próximo ano), por isso não me parece que nos possamos dar ao luxo de não vender ninguém (a não ser que se queira e consiga contrair ainda mais grandes empréstimos a juros elevados, o que duvido).
Dito isto, penso que é perfeitamente possível evitar a saída de mais do que um titular, no máximo, enquanto se aguenta o barco (de tesouraria). Pessoalmente não me importava de vender Fernando, Fucile (ou Sapunaru, mas não os dois) e C. Rodriguez por uns 30M€ no total, porque penso que poderiam ser bem substituídos sem ser sequer preciso abrir os cordões à bolsa (e o próprio Fernando parece estar cheio de "comichão" para sair, a crer nas palavras do próprio; good riddance). Outra alternativa (indesejada) seria a venda de Falcão por 30M€ (ou mais), mas nesse caso seria bem diferente (i.e. por imposição ao clube e um duro golpe desportivo). Mas de uma ou outra forma estou certo que teremos bastante estabilidade em 2011/12 de forma a revalidar o título e fazer boa figura na Liga dos Campeões.
De qualquer forma, estou certo que Pinto da Costa não estará disposto a vender mais do que 1 ou 2 titulares no máximo dos máximos; mas se por acaso até nem vendesse ninguém, não se poderia falar numa "repetição de 2003" devido ao exemplo Postiga que mencionei acima.
Normal, como diria o outro, ou não tivessem os jornais que fazer pela vida (e sem jogos, há que trazer outro tipo de notícias às primeiras páginas...). Mas atenção que não quero necessariamente dizer com isto que andam a inventar notícias - é perfeitamente possível que até tenham um mínimo de fundamento, já que a maior parte dos clubes terá certamente em carteira umas dezenas de jogadores em que estão hipoteticamente interessados; mas daí a um interesse concreto em apresentar proposta tendo em conta valores que o FCP estará disposto a discutir, vai uma enorme distância.
Mas adiante: vejo muitos portistas a dizer que neste Verão "é para fazer como em 2003", em que "não fizemos nenhuma grande venda". Ora isto de tanto ser repetido até passa por verdade, mas está pura e simplesmente errado: em 2003 vendemos aquele que foi o melhor artilheiro da época 02/03 e habitual titular a ponta-de-lança, Hélder Postiga. É fácil descontar a sua importância na altura tendo em conta o que fez desde então, mas relembro que nessa época fez 35 jogos (31 no campeonato) e foi o melhor marcador da equipa com 14 golos. Era, portanto, um jogador bastante importante na altura.
Mais, e no que a considerações financeiras diz respeito: ao ser vendido por 9M€ (mais uns potenciais 3M€ por objectivos, que infelizmente não se vieram a realizar), Postiga foi a venda mais cara de sempre até ao momento (i.e. 2003). Ou seja, tampouco se poderá dizer que nos demos ao luxo financeiro de poder passar esse Verão sem uma grande venda, longe disso.
Neste momento não temos uma tesouraria mais folgada do que tínhamos no Verão de 2003, longe disso (sem me expandir, basta por exemplo assinalar que temos mais de 100M€ de dívidas que se vencem até Abril do próximo ano), por isso não me parece que nos possamos dar ao luxo de não vender ninguém (a não ser que se queira e consiga contrair ainda mais grandes empréstimos a juros elevados, o que duvido).
Dito isto, penso que é perfeitamente possível evitar a saída de mais do que um titular, no máximo, enquanto se aguenta o barco (de tesouraria). Pessoalmente não me importava de vender Fernando, Fucile (ou Sapunaru, mas não os dois) e C. Rodriguez por uns 30M€ no total, porque penso que poderiam ser bem substituídos sem ser sequer preciso abrir os cordões à bolsa (e o próprio Fernando parece estar cheio de "comichão" para sair, a crer nas palavras do próprio; good riddance). Outra alternativa (indesejada) seria a venda de Falcão por 30M€ (ou mais), mas nesse caso seria bem diferente (i.e. por imposição ao clube e um duro golpe desportivo). Mas de uma ou outra forma estou certo que teremos bastante estabilidade em 2011/12 de forma a revalidar o título e fazer boa figura na Liga dos Campeões.
De qualquer forma, estou certo que Pinto da Costa não estará disposto a vender mais do que 1 ou 2 titulares no máximo dos máximos; mas se por acaso até nem vendesse ninguém, não se poderia falar numa "repetição de 2003" devido ao exemplo Postiga que mencionei acima.
vender Fernando, Fucile (ou Sapunaru, mas não os dois) e C. Rodriguez por uns 30M€ no total
ResponderEliminarSe fossem 30M€ de mais-valias seria um bom negócio.
"Não estou a dizer que não necessitamos de mais-valias, mas nesta altura o volume que ainda temos de alcançar é muito reduzido, precisamente porque já realizámos as operações com as vendas de Bruno Alves e Raul Meireles. Essas operações poderão fazer com que eventualmente possamos fazer outro tipo de receitas para cobrir a margem que ainda nos falta para fecharmos uma exploração financeira equilibrada no final de Junho."
ResponderEliminarAngelino Ferreira
in ojogo.pt, 11/06/2011
Toda a gente sabe que vamos vender.
ResponderEliminarE até quais são os que menos nos custarão vender, ou para os quais já estamos devidamente preparados, o pior é que está a demorar muito para o dinheiro começar a rolar no mercado de transferências.
E sem vendermos, não chegam os substitutos, ou não se ultimam pormenores que podem fazer perder boas oportunidades.
O essencial seria segurar as grandes pérolas, os fora-de-série indispensáveis para a Champions, desses continua a prolongar-se o mistério sobre Falcao.
Continua sem renovar e quer acreditemos, quer não, na renovação...a verdade é que a demora vai levantando fantasmas.
Perder Falcao seria duro. Duríssimo.
Cristian, Fucile, Fernando, Rolando.
Será por aqui que o Porto poderá fazer os encaixes de dinheiro significativos.
Agora depende dos compradores e interessados.
Não vejo dinheiro a rolar..ninguém dá os verdadeiros tiros de partida...
...por enquanto o silêncio do mercado pelas nossas bandas até estremece as paredes...
* Só de me lembrar que uma das grandes argoladas de Pinto da Costa, foi buscar o caxineiro a Londres, que estava a passar tão mal...
Coitadinho...
Enfim.
"O nosso modelo de negócio, dos clubes portugueses, mas também dos europeus, é baseado na obtenção de mais-valias provenientes da venda de jogadores. É a realidade do FC Porto, como é a realidade do Manchester United, só que o grau de necessidade ou dependência dessas receitas varia. Não temos a elasticidade e a expressão das receitas dos grandes clubes europeus, desde os direitos televisivos aos comercias, por isso o nosso grau de necessidade é maior do que o desses clubes."
ResponderEliminarAngelino Ferreira
in ojogo.pt, 11/06/2011
Só um aditamento
ResponderEliminarSaiu Postiga mas entrou Benny pelo que o saldo financeiro não foi significativo
Pior do que a venda do postiga... é aquisição do mesmo 2 anos depois (pagamos mais de 6M pelo passe e ainda lhes demos o pedro mendes....)
ResponderEliminarEstão a esquecer-se de um pormenor: Postiga não foi o único a sair da equipa em 2003, também o Capucho foi dispensado/vendido, penso que não por valores iguais ao do Helder Postiga, mas também era titular e influente na estratégia da equipa em 2002/3, e não ficou para a época seguinte de Mourinho.
ResponderEliminar"Postiga foi a venda mais cara de sempre até ao momento (i.e. 2003)"
ResponderEliminarJardel saiu por mais de 15M de euros, e Jorge Andrade também saiu por 9M mais o passe do Nuno.
A saída do Postiga não foi problemática na medida em que ja se sabia que o seu substituto era melhor que ele.
Há mais de 100 milhões a pagar mas também há muitas dezenas de milhões a receber, por vendas já efectuadas, por melhorias contratuais em contratos televisivos e outros, pelo acesso conseguido à CL, etc.. O saldo não deverá ser assim tão negativo. Não me parece que Angelino Ferreira estivesse a mentir quando disse "...Não estou a dizer que não necessitamos de mais-valias, mas nesta altura o volume que ainda temos de alcançar é muito reduzido...". Friso "MUUUUITO REDUZIDO".
ResponderEliminarPortanto, não vale a pena estarmos muito preocupados, a falência não vem aí. Afinal, o Porto até é dos clubes que menos percentagem gastam daquilo que ganham em salários. Em 2009/2010, só gastou 40% dos seus proveitos em salários contra 42,8% do slb, 51% do Braga e 60% do sporting. E a média nacional foi de 68%, o que quer dizer que os clubes pequenos portugueses gastam em salários de forma completamente inconsciente e por isso vêm falindo uns atrás dos outros (Salgueiros, Alverca, Farense, Estrela da Amadora, Belenenses?, Beira-Mar?, etc.). Mas lá fora é igual ou pior em Inglaterra e Itália, com 68% e 77% respectivamente. A UEFA recomenda um tecto de gastos salariais de 50% dos proveitos totais.
Resumindo e concluindo: O Porto está bem e recomenda-se, os velhos do restelo portistas que querem sol na eira e chuva no nabal, ou seja, poucochinhos gastos como nos "bons velhos tempos" e em simultâneo um Porto com cada vez mais dimensão europeia, escusam de fazer mal aos pobres corações com tantas preocupações de catástrofe iminente porque não há nenhuma catástrofe iminente no Porto, só nas cabeças deles.
A mim não me preocupam estas indefinições. Ainda falta algum tempo para o início da pré-época e não acredito nem concebo que Hulk e Falcao sejam vendidos.
ResponderEliminarEu não inventava muito no lugar de lateral-direito. Quer o Sapu quer o Fucile - se estiver concentrado - me dão totais garantias. Ou seja, só no caso de haver uma excelente proposta por algum dos dois é que pensava em vender.
As saídas de Fernando, Rolando e de C.Rodriguez são as mais previsíveis e mais fáceis de encaixar para os adeptos. Principalmente o Fernando, quanto a mim, que já demonstrou não estar com a cabeça aqui e nós sabemos bem o que isso geralmente significa. O Rolando é um bom jogador, um bom profissional, mas se o Porto tiver tacto e contratar alguém para a mesma posição que dê garantias, apostando ao mesmo tempo no Maicon em definitivo, é perfeitamente substituível. Com o CR10 é a mesma coisa. Se sair por bom dinheirinho, perfeito. Estou-lhe grato por tudo, foi uma boa aquisição, mas é transferível. No entanto, caso fique, e se as lesões não o perturbarem, também é mais uma boa solução para o ataque.
Na baliza, não entendo a possível contratação do Bracalli. O Beto é um grande guarda-redes, já demonstrou ser uma óptima alternativa ao Helton, estamos a complicar o que é fácil, apesar do Bracalli ter estado sempre muito bem no Nacional. Só posso perceber a eventual saída de Beto, caso este a queira para poder ser titular numa outra equipa e, mesmo assim, espero que seja emprestado.
Negroni disse: "Há mais de 100 milhões a pagar mas também há muitas dezenas de milhões a receber. O saldo não deverá ser assim tão negativo"
ResponderEliminarAssim "tão" negativo como o quê, ao certo?
Concerteza q não será com o q eu insinuei, já q eu disse q estou certo q "bastará" encaixar uns 30M€ em vendas (mas atenção q os compradores não costumam pagar tudo a pronto, muito longe disso).
Quem se der ao trabalho de dar uma vista de olhas ao R&C do 3o trimestre pode fazer as suas próprias contas. E por aí ficamos a saber q as dívidas de outrém à SAD a curto prazo (i.e. no mesmo período q a tal dívida de mais de 100M€) ascendem a uns 55M€.
A esses 55M€ q temos a receber e estão contabilizados, presumo q nos próximos 9 meses se pode acrescentar mais uns 10-20M€ (de receitas LC e bilheteira, principalmente).
Ou seja, presumo q o "buraco" de tesouraria nos próximos 9 meses andará entre os 20 e os 30M€. Este buraco poderá ser colmatado seja com vendas de jogadores (e atenção aos prazos de pagamento), seja com novos empréstimos.
Negroni disse: "Não me parece que Angelino Ferreira estivesse a mentir quando disse [...]"
Não, não mentiu. Já o José Correia tinha aludido a estas declarações, mas ressalvo que convém acima de tudo não confundir alhos com bugalhos.
O Angelino estava a falar da demonstração de resultados (e daí q ele tenha falado em "mais valias"); ora o q mais importância tem para se decidir se é preciso vender jogadores ou não é a situação de tesouraria e fundo de maneio, e era disso que eu estava a falar.
Fazer lucro ou não no exercício é importante (e para o próprio Angelino sem dúvida, já q recebe 1% do lucro como bónus), mas é irrelevante para determinar se há necessidade de se vender no defeso.